A Gol comunicou nesta sexta-feira (8) que fechou acordo para compra da Webjet. O valor do negócio é de cerca de R$ 311 milhões, dos quais cerca de R$ 96 milhões serão pagos aos atuais sócios.
De acordo com a empresa, a aquisição está sujeita, entre outras condições, à realização de auditoria nas atividades e ativos da WebJet, e às aprovações das autoridades governamentais pertinentes.
A Gol afirmou que, até a conclusão da aquisição, as operações das duas empresas seguirão de forma independente, sem previsão de mudanças estruturais ou de gestão.
A Webjet interessa à Gol, entre outros motivos, por causa dos horários de pouso e decolagem (slots, no jargão do setor) em aeroportos que já estão com sua capacidade no limite, como o Aeroporto Internacional de Guarulhos (Cumbica) e Santos Dumont, no Rio.
"Estamos confiantes de que, com essa aquisição, a Gol aproximará cada vez mais pessoas com segurança e inteligência, continuará com sua missão de popularizar o transporte aéreo e se consolidará como uma das líderes no segmento de aviação de baixo custo no mundo”, afirmou Constantino de Oliveira Junior, presidente da Gol, em nota.
Negociação
Desde o início da tarde, rumores davam conta de que a empresa aérea, a segunda maior do país, estaria negociando a compra da concorrente. Os rumores impulsionaram as ações da Gol, que subiram mais de 3,5%. No meio da tarde, a Gol admitiu que estava negociando com a Webjet, sem no entanto apontar o objetivo das conversas
A Webjet pertence ao empresário Guilherme Paulus, acionista minoritário, fundador e presidente do conselho de administração da operadora de turismo CVC. Paulus é o único acionista da Webjet. Em janeiro do ano passado, o empresário vendeu participação de 63,6% da CVC para o grupo norte-americano Carlyle.
Empresa resultante
A Webjet é a quarta maior companhia aérea do país, com 5,16% do fluxo de passageiros em voos domésticos em maio, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil. A Gol, a segunda maior empresa brasileira, teve 35,39% da demanda doméstica em maio. Juntas, as duas empresas responderam por 40,55% do mercado brasileiro naquele mês.
Mesmo com a união das duas companhias, a empresa resultante não ultrapassa a TAM, que ficou com 44,43% do mercado nacional em maio.
Fonte: Portal G1
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