A energia nuclear poderá ser considerada novamente essencial para o desenvolvimento e segura em um ou dois anos, após a catástrofe de Fukushima, declarou nesta sexta-feira, em Buenos Aires, o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano.
"A energia nuclear seguirá sendo essencial para o desenvolvimento em um entorno mais seguro", afirmou Amano.
O funcionário foi consultado na capital argentina sobre as lições deixadas pelo grave acidente da central japonesa em março. Amano está em Buenos Aires para participar de um ato para celebrar o 20º aniversário da Agência Brasil-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).
"O que ficou de lição é que a prioridade é a segurança. Que todos os países aprendam que é preciso cooperar na ampliação da segurança", insistiu.
Amano recordou que a AIEA enviou uma comissão ao Japão devido ao acidente ocorrido no dia 11 de março, depois de um tsunami provocado por um terremoto afetar as instalações da central de Fukushima Daiichi.
O objetivo da missão foi "obter um informe claro e poder aprender com esta lição, que não implica em um passo atrás na energia atômica, mas sim em avançar com um conjunto de novas seguranças", disse. Fukushima, que foi a mais grave crise nuclear desde a catástrofe de Thernobil, na Ucrânia, em 1986, colocou em dúvida a segurança em todas as usinas do planeta.
Além do diretor da AIEA, também viajaram a Buenos Aires os chanceleres da Argentina, Héctor Timerman, e do Brasil, Antonio Patriota.
Fonte: France Presse
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