Tropas da Otan em Kosovo voltaram na sexta-feira para seus quartéis depois de serem impedidas por membros da etnia sérvia de chegarem até as forças de paz mobilizadas nos postos de fronteira com a Sérvia, onde atuam para conter a violência provocada por uma disputa alfandegária.
Usando caminhões, carretas, troncos e pneus, centenas de civis kosovares de origem sérvia bloquearam duas rodovias do norte de Kosovo que levam até a fronteira com a Sérvia.
Um comboio da Otan com pelo menos dois veículos blindados de transporte e vários caminhões, que levava água e comida para as tropas na fronteira, teve de recuar por volta de 15h (hora de Brasília) quando o comandante das forças da aliança, o general alemão Erhard Buehler, desistiu de dialogar com o negociador sérvio, Borislav Stefanovic, segundo relato de um fotógrafo da Reuters no local.
"Eu tenho de fato a força para passar, e terei de passar para abastecer meus homens. Desta vez cedemos ... mas vamos ver da próxima vez", disse Buehler a jornalistas.
Os sérvios prometem manter o bloqueio rodoviário até que o governo de Kosovo, controlado pela maioria de etnia albanesa, aceite não instalar seus policiais e agentes alfandegários em postos de fronteira estratégicos.
"O general Buehler tomou a decisão correta, de não usar a força. Superamos a crise aguda, mas isso não significa que tais situações não irão se repetir", disse Stefanovic à TV sérvia RTS.
A disputa teve início na segunda-feira, quando o governo kosovar enviou unidades policiais especiais a postos da fronteira -- até então mantidos principalmente por agentes de etnia sérvia.
O objetivo é fiscalizar a proibição de importações de produtos da Sérvia, adotada como retaliação por Belgrado ter proibido a importação de produtos de Kosovo, devido a divergências sobre regras alfandegárias.
Três dias de violência se seguiram na região, levando à morte de um policial da etnia albanesa. Nacionalistas sérvios radicais chegaram a incendiar um dos postos de fronteira, até que as forças da Otan interviessem.
Em Belgrado, o presidente da Sérvia, Boris Tadic, fez declarações sugerindo que não há um final à vista para o impasse, que preocupa gravemente os EUA e a União Europeia, e que pode complicar o processo de adesão da Sérvia à UE.
Kosovo era uma província sérvia que se tornou protetorado da ONU em 1999, quando a Otan bombardeou a então Iugoslávia durante 78 dias para coibir a repressão à etnia albanesa da região.
Em 2008, Kosovo declarou sua independência, mas os 60 mil sérvios que vivem no norte da região ainda consideram Belgrado como sua capital.
Fonte: Reuters
Usando caminhões, carretas, troncos e pneus, centenas de civis kosovares de origem sérvia bloquearam duas rodovias do norte de Kosovo que levam até a fronteira com a Sérvia.
Um comboio da Otan com pelo menos dois veículos blindados de transporte e vários caminhões, que levava água e comida para as tropas na fronteira, teve de recuar por volta de 15h (hora de Brasília) quando o comandante das forças da aliança, o general alemão Erhard Buehler, desistiu de dialogar com o negociador sérvio, Borislav Stefanovic, segundo relato de um fotógrafo da Reuters no local.
"Eu tenho de fato a força para passar, e terei de passar para abastecer meus homens. Desta vez cedemos ... mas vamos ver da próxima vez", disse Buehler a jornalistas.
Os sérvios prometem manter o bloqueio rodoviário até que o governo de Kosovo, controlado pela maioria de etnia albanesa, aceite não instalar seus policiais e agentes alfandegários em postos de fronteira estratégicos.
"O general Buehler tomou a decisão correta, de não usar a força. Superamos a crise aguda, mas isso não significa que tais situações não irão se repetir", disse Stefanovic à TV sérvia RTS.
A disputa teve início na segunda-feira, quando o governo kosovar enviou unidades policiais especiais a postos da fronteira -- até então mantidos principalmente por agentes de etnia sérvia.
O objetivo é fiscalizar a proibição de importações de produtos da Sérvia, adotada como retaliação por Belgrado ter proibido a importação de produtos de Kosovo, devido a divergências sobre regras alfandegárias.
Três dias de violência se seguiram na região, levando à morte de um policial da etnia albanesa. Nacionalistas sérvios radicais chegaram a incendiar um dos postos de fronteira, até que as forças da Otan interviessem.
Em Belgrado, o presidente da Sérvia, Boris Tadic, fez declarações sugerindo que não há um final à vista para o impasse, que preocupa gravemente os EUA e a União Europeia, e que pode complicar o processo de adesão da Sérvia à UE.
Kosovo era uma província sérvia que se tornou protetorado da ONU em 1999, quando a Otan bombardeou a então Iugoslávia durante 78 dias para coibir a repressão à etnia albanesa da região.
Em 2008, Kosovo declarou sua independência, mas os 60 mil sérvios que vivem no norte da região ainda consideram Belgrado como sua capital.
Fonte: Reuters
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