O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, insistiu nesta quinta-feira que seu país não pretende fabricar armas nucleares e acrescentou que se o Irã quisesse bombas, não temeria em anunciar essa intenção.
Segundo a agência oficial iraniana "Irna", Ahmadinejad destacou que o Irã já deu um passo para se aproximar da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). "Vocês devem dar um passo e nós daremos outro", afirmou à AIEA Ahmadinejad, cujo país anunciou esta semana que começou a instalar uma nova geração de centrífugas para enriquecer urânio a 20%.
O presidente do Irã, além disso, negou que seus mísseis representem uma ameaça para a Rússia ou demais países europeus. "Temos relações cordiais com essas nações", comentou.
No último dia 13 de julho, o ministro russo de Exteriores, Serguei Lavrov, propôs uma aproximação "passo a passo" entre o Irã e a AIEA para tratar a questão do programa nuclear iraniano. Os iranianos repetiram que cumprem suas obrigações perante à AIEA, ao informar seus avanços no campo nuclear, mas a própria organização pediu mais transparência e colaboração.
Grande parte da comunidade internacional, com os Estados Unidos à frente, acusa o Irã de ocultar, sob seu programa nuclear civil, outro plano com aplicações bélicas cujo objetivo seria fabricar armas atômicas, uma acusação que Teerã rejeita.
O regime iraniano descartou uma proposta de Rússia, Estados Unidos e Reino Unido para enviar seu urânio a 3% ao exterior para que seja devolvido enriquecido a 20% em quantidade suficiente para manter seu programa nuclear civil.
O Irã foi submetido a um embargo internacional de armas no início dos anos 1980, mas desenvolveu um programa bélico próprio que inclui mísseis de médio alcance, supostamente capazes de chegar a Israel e a bases dos EUA no Oriente Médio, países que considera seus maiores inimigos.
O Conselho de Segurança da ONU já aprovou diversas sanções ao Irã por conta de seu programa nuclear.
Fonte: EFE
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