domingo, 31 de julho de 2011

Americanos acordaram tarde para dívida, dizem analistas

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Desacostumados à posição de assombração das finanças globais, os americanos acordaram tarde para o problema de sua dívida e agora temem que as consequências do impasse avariem ainda mais sua imagem no mundo e seu depenado caixa doméstico.

Essa epifania vem acompanhada da piora no humor e nas expectativas econômicas dos americanos.

Levantamento do centro de pesquisa Pew que contrapõe respostas de junho a respostas do fim de semana passado (antes de a tensão chegar ao ápice) mostra um salto de nove pontos, para 38%, dos que dizem seguir o debate "muito de perto".

Em outra sondagem do mesmo instituto, 68% defenderam um acordo entre governo e oposição. Há apenas três semanas, pesquisa do Gallup indicava que só 22% queriam a elevação do teto da dívida dos EUA.

Sem aumentar esse limite, US$ 14,3 trilhões que se exaurem depois de amanhã, o país terá de optar entre medidas como um calote em seus credores externos e a suspensão dos pagamentos de pensionistas e servidores.

Ontem, em seu pronunciamento semanal ao país, o presidente Barack Obama voltou a pedir um acordo.

Mas, mostrando que o impasse continua, a Câmara, controlada pela oposição, votou contra plano do Senado, controlado pelos governistas.

"O público não presta atenção em questões de política pública no seu dia a dia. Mas esse problema se tornou tão urgente que acabou capturando muita atenção", disse à Folha Jerome Powell, pesquisador no Centro de Políticas Bipartidárias, grupo criado por ex-rivais no Senado que calculou o rombo no caixa do governo em agosto.

FALTA DE EDUCAÇÃO

Especialistas veem nesse despertar atrasado um sintoma de desinformação. E há um quê de arrogância em ignorar experiências próximas como as dos vizinhos sul-americanos, assombrados rotineiramente, nos anos 1980, pelas cobranças do Fundo Monetário Internacional --que agora exorta os EUA a agirem rapidamente sob pena de arcarem com "terríveis consequências".

"Os americanos não são informados o suficiente sobre outros países", afirma Isabel Sawhill, especialista em Orçamento e política fiscal na Brookings Institution, para quem a população está em negação por querer uma solução indolor.

"Eles não viam paralelo nenhum [com essas crises], pois acham que os EUA são dotados de uma capacidade única de resolver problemas."

Sawhill responsabiliza os políticos e a mídia pela "deseducação" sobre a dívida. "A população sabe que há um problema, mas não entende onde ele está", aponta.

Para Linda Bilmes, que passou por vários governos e hoje leciona finanças públicas em Harvard, a raiz da questão são os impostos e a ignorância sobre eles.

"A maior razão para a dívida estar tão alta é que George W. Bush cortou impostos duas vezes no exato momento em que fomos a duas guerras", diz. "Nas demais guerras que os EUA travaram, os impostos subiram para ajudar a cobrir os custos."

A epifania já deixou sua marca negativa sobre a avaliação do Congresso e a popularidade de Obama, apontam levantamentos do Gallup.

Pouco ajudou o fato de vir acompanhada de uma onda de tensão que monopolizou TVs, rádios, sites e jornais.

"As expectativas dos americanos em relação à economia só pioram, em muito devido ao debate", analisa Frank Newport, do Gallup.

"As pessoas ouvem sobre os efeitos horríveis de não subir o teto da dívida sobre sua vida diária. E pensam 'devemos estar em péssima forma para que isso faça tão mal'. Claramente, o debate teve seu peso na psique americana."

Mas é Sawhill quem resume o medo maior no incosciente americano --não tão distante, aliás, daquele muito ouvido na Europa ao se descobrir devedora em 2009.

"As consequências sobre a reputação dos EUA serão bem adversas, pois esse impasse faz parecer que nós não conseguimos governar o país", afirma. "E que somos um gigante digno de pena."

Fonte: Folha
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Russos comemoram Dia da Marinha

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Este domingo, 31 de julho, é comemorado o Dia da Marinha da Rússia, instituído no país em 1939. Em festa, as cidades russas que sediam bases navais celebram a data com paradas militares e competições de esportes aquáticos.

A história da marinha começou ainda no século XVII, precisamente em 30 de outubro de 1969, quando o Alto Conselho de Pedro, o Grande, formado por representantes da aristocracia feudal, decretou a primeira lei para a frota de embarcações.

No decorrer dos séculos, as forças navais da Rússia não se envolveram apenas em questões militares do país. Seus navios realizaram uma série de descobertas de terras novas e se aventuraram em meio às geleiras polares. Foram os marinheiros militares que realizaram os primeiros estudos e descrições dos litorais da Sibéria, Kamtchatka, Alasca, Ilhas Curilas e Aleútas e de Sahalina.

Além de terem descoberto a Antarctica. Foram os grandes exploradores como Lazarev, Bellinsgauzen e Nevelski que colocaram a Rússia vanguarda das grandes explorações.

Um grupo de dançarinos se apresentou durante os jogos aquáticos da estação do Pacífico do Norte Menor, em Vladivostok.

Fonte: Diário da Rússia

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França pede mais apoio a outros europeus em conflitos na Líbia

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O governo francês pediu neste domingo a outros países da União Europeia mais apoio para que os conflitos na Líbia, sob o regime do ditador Muammar Gaddafi há mais de 40 anos, se encerrem o mais cedo possível. O pedido veio do ministro da Defesa, Gérard Longuet.

Em entrevista ao jornal francês "Le Journal du Dimanche", o ministro afirmou que França e Reino Unido não estão sozinhos na Líbia, mas que seu país deseja que nações da zona do euro aumentem a presença na questão.

Longuet citou Espanha, Alemanha e Polônia como alguns dos países que poderiam ajudar mais na solução do conflito. "Quanto mais formos para mostrar que não há o que fazer com Gaddafi, mais conseguiremos seu isolamento total e rapidamente acabar com a guerra", disse.

ONDA DE REVOLTAS

O ditador líbio enfrenta desde março uma ampla ofensiva militar dos rebeldes oposicionistas, que exigem sua renúncia imediata. Como outros líderes confrontados na onda de revoltas do mundo árabe, ele condena a interferência externa em seu país e diz que não deixará o poder.

Diante da violenta repressão das forças de Gaddafi, a ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou uma resolução para intervenção militar no país, com objetivo de proteger os civis.

A ofensiva, iniciada em 19 de março, não conseguiu derrotar Gaddafi, que continua negando pedidos para que deixe o poder.

Fonte: EFE
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sábado, 30 de julho de 2011

Humala toma posse e diz que hidrelétricas priorizarão ‘interesse peruano’

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Em meio a um impasse sobre investimentos brasileiros no setor energético peruano, o novo presidente do Peru, Ollanta Humala, disse nesta quinta-feira, em seu discurso de posse, que a construção de hidrelétricas no país deve priorizar a demanda interna e fortalecer empresas peruanas.

"Promoveremos a construção de hidrelétricas, fortalecendo a Eletroperu e as empresas elétricas estatais regionais e promovendo as privadas, em um adequado balanço que outorgue prioridade à demanda nacional", afirmou.

Em junho, o Peru cancelou a licença provisória de um consórcio brasileiro para a construção da usina hidrelétrica de Inambari, no sul do país.

A usina faz parte de acordo assinado em 2008 pelos então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alan García, antecessores de Dilma Rousseff e de Humala, que prevê a construção de ao menos seis hidrelétricas na Amazônia peruana.

As usinas, que custariam US$ 15 bilhões (cerca de R$ 23 bilhões), teriam como principal cliente o mercado brasileiro e seriam erguidas por empreiteiras brasileiras, com assessoria técnica da Eletrobrás, estatal brasileira do setor elétrico.

'Guardião da democracia'

Em seu discurso, Humala seguiu o tom de sua campanha, em que procurou afastar-se da imagem do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e adotar um discurso mais próximo do de Lula.

"Eu jurei pela democracia, e assim será. Ratifico esse juramento, sou um zeloso guardião do Estado de Direito e um defensor da liberdade de imprensa e de expressão. Sou um soldado desta democracia", afirmou.

No entanto, o presidente que pretende impor uma "nova relação entre o Estado e o mercado" em seu governo.

"O Estado será o garantidor dos direitos e liberdades, para impulsionar as oportunidades para todos, diferente do Estado excludente."

Humala afirmou ainda que a prioridade de seu governo será reduzir a pobreza. "A democracia será plena quando a igualdade for patrimônio de todos e a exclusão desaparecer até dos lugares mais remotos do nosso país."

O discurso de posse foi acompanhado por Luis Favre, ex-marido da senadora Marta Suplicy (PT-SP), que assessorou Humala na corrida eleitoral. Favre é tido como um dos responsáveis pelo tom de sua campanha.

Juramento

A cerimônia, no entanto, teve momentos tensos. Durante o juramento à nação, Humala respaldou a Constituição de 1979, ignorando a Carta aprovada pelo ex-presidente Alberto Fujimori, em 1993.

O juramento foi acompanhado pelo presidente do Congresso, Daniel Abugattás. O antecessor de Humala, Alan García, não participou da cerimônia, supostamente para evitar ser hostilizado pelo público presente.

A decisão de jurar sobre a Carta de 1979 provocou protestos entre a bancada fujimorista. "O senhor é um usurpador, um golpista e ditador. Seu juramento não é válido", gritou a parlamentar opositora Martha Chávez.

Partidários do presidente intervieram, tentando abafar o protesto com aplausos. Críticos da Constituição dizem que a carta aprovada no governo de Fujimori centraliza poderes e dificulta a inclusão social.

Passada a confusão, Humala anunciou benefícios sociais em seu governo. Segundo ele, o salário mínimo terá um aumento de 75 sóis (cerca de R$ 40) a partir de agosto, e outros 75 sóis em 2012.

O presidente divulgou ainda ações em prol de aposentados e a ampliação de um programa contra a desnutrição infantil.

Sobre a política externa, ele afirmou que priorizará a integração com países vizinhos, sejam eles andinos ou não.

Humala disse, no entanto, que não copiará modelos externos. "Queremos que o Peru deixe de ser um espaço problemático e construa um caminho próprio. Tomaremos como exemplo o melhor de outras experiências."

Fonte: BBC Brasil
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Empresas e governos fazem investimentos bilionários em ciberdefesa

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Antes, os militares planejavam combates em terra, na água e no ar. Agora, o ciberespaço surgiu como quarto campo de batalha. Nova dimensão de conflitos bélicos está ocupando os juristas.

O campus da National Defense University – centro norte-americano de formação militar – fica em Washington, à beira dos rios Potomac e Anacostia. A universidade foi escolhida pelo vice-secretário de Defesa dos Estados Unidos, William Lynn, para apresentar, no último dia 14 de julho, uma nova estratégia militar para o ciberespaço, declarado oficialmente como domínio operacional das forças armadas do país.

Lynn destacou que outros Estados provavelmente já atuem no ciberespaço há muito tempo. O vice-secretário lembrou que 24 mil documentos secretos dos Estados Unidos foram roubados em março, em um ataque de hackers ao Pentágono.#b#

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos acredita que um governo estrangeiro esteja por trás desta invasão. "A tecnologia ultrapassou o alcance de nossa estrutura jurídica e política e estamos tentando recuperar isso", afirmou Lynn.

Negócios milionários para empresas de armamentos

A corrida para recuperar terreno começou há alguns anos. No início de 2009, o então secretário de Defesa norte-americano, Robert Gates, anunciou em uma entrevista à emissora CBS que tinha a intenção de quadruplicar o número de especialistas em Tecnologia da Informação (TI) e investir uma grande quantia em ciberdefesa.

Em 2014, os militares norte-americanos pretendem desembolsar mais de 12 bilhões de dólares com segurança em TI, o que representa um aumento de 50% em relação a 2009. Algo parecido acontece em outros lugares. No fim de maio, o ministro da Defesa do Reino Unido, Nick Harvey, disse que o desenvolvimento de armas cibernéticas é parte integrante do armamento das Forças Armadas britânicas.

Empresas de armamentos estão aproveitando essa onda. A norte-americana Lockheed Martin, líder no mercado, já abriu seu segundo centro de cibertecnologia, onde simula ataques cibernéticos. A Boeing adquiriu várias firmas especializadas no setor.

E também o maior grupo aeroespacial e de armamentos da Europa, o EADS, quer lucrar com o negócio das armas digitais, planejando construir a própria empresa de segurança em TI, sob a égide de sua empresa de segurança, a Cassidian.

Tecnologia em perigo

Em 2010, o worm Stuxnet demonstrou como as armas cibernéticas podem ser utilizadas de maneira eficaz e precisa. O programa autorreplicante, semelhante a um vírus de computador, obteve sucesso ao sabotar uma usina de enriquecimento de urânio em Natanz, no Irã. Entretanto, os mesmos dispositivos de controle que foram manipulados pelo worm ainda são encontrados em diversas indústrias. #b#

"Se o Stuxnet é capaz de causar um estrago tão grande, isso significa uma revolução em termos dos riscos com os quais precisamos nos preocupar. Tudo o que nos rodeia é controlado por sistemas desse tipo", adverte o finlandês Mikko Hypponen, especialista em segurança em TI. "Temos uma infraestrutura vulnerável. Basta ir a qualquer fábrica, usina, indústria química ou de alimentos e olhar ao redor: tudo é controlado por computadores."

Também os sistemas de armas militares convencionais são controlados por computadores. A aceleração no campo de batalha, segundo a lógica militar, exige maior automação porque as pessoas são lentas demais para essas situações.

Mas, em outubro de 2007, ficou claro o quão perigoso pode ser uma pane na tecnologia. Na África do Sul, um canhão de defesa aérea do fabricante Oerlikon, pertencente ao grupo alemão Rheinmetall, ficou fora de controle e disparou sem parar ao seu redor. Nove soldados morreram e 14 ficaram gravemente feridos. Uma falha de software – e não uma manipulação – é apontada como a causa do problema.

Base jurídica da guerra cibernética

O surgimento de uma nova dimensão de conflitos bélicos está ocupando os juristas. Um grupo de 15 especialistas de 12 países está trabalhando em um Manual de Direito Internacional para Aplicação na Guerra Cibernética.

Entre os autores, está Thomas Wingfield, do Centro Marshall, na Alemanha. O advogado defende a tese de que se pode responder a ataques cibernéticos com meios militares convencionais. #b#

"Sempre que se chegar ao nível de um ataque armado, ou seja, o equivalente a uma invasão com tanques, a um bloqueio naval, a um ataque a cidadãos ou a soldados de um país, o Direito Internacional permite que o país responda militarmente e de forma unilateral para acabar com a ameaça", considera Wingfield.

Entretanto, continua existindo um problema: no ciberespaço, pistas podem ser perfeitamente apagadas. E outras, falsas, podem ser lançadas. É praticamente impossível identificar a origem exata dos ataques. Mas Wingfield não considera necessária uma segurança 100% eficaz.

Ele e sua equipe acreditam que, para entrar na guerra cibernética, basta estar 75% seguro ao lançar mão de todos os recursos possíveis – sejam técnicos, informativos, de domínio público ou diplomáticos. O termo jurídico seria "provas claras e convincentes". Porém, em tribunal, isso não basta – é necessário apresentar provas que eliminem todas as dúvidas.

Fonte: Deutsche Welle
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EUA pedem unidade na oposição da Líbia, após morte de chefe militar

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Os Estados Unidos pressionaram os líderes da oposição líbia nesta sexta-feira para superar qualquer racha dentro do movimento contra o ditador do país, Muammar Gaddafi, após a morte do chefe militar dos rebeldes, Abdel Fatah Younes.

Porta-voz do governo americano, Mark Toner afirmou que as circunstâncias da morte do membro dos rebeldes continuam incertas e disse que o fato é um desafio adicional ao CNT (Conselho Nacional de Transição) da oposição. Segundo ele, diplomatas americanos na Líbia estão tentando ajudar a esclarecer o caso.

"O importante é que eles (rebeldes) trabalhem de forma aplicada e transparente para garantir a unidade da oposição líbia", disse.

Mustafa Abdel Jalil, presidente do CNT, anunciou ontem à noite que Younes foi assassinado. Mas a falta de detalhes, somada à notícia divulgada mais cedo de que Younes tinha sido preso sob ordens de Jalil, levantou questões sobre as circunstâncias da morte.

Os rebeldes anunciaram que Younes tinha sido preso devido à suspeita de que sua família ainda pudesse ter vínculos com o regime de Gaddafi. Havia rumores de que ele estava envolvido em contatos não autorizados com a administração Gaddafi e, até mesmo, que ele tinha ajudado a fornecer armas para as forças leais ao ditador.

Antes do anúncio de sua morte, homens armados que declaravam apoio a Younes apareceram nas ruas de Bengazi afirmando que iriam usar de força para libertá-lo da custódia do CNT.






Fonte: Folha
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Teto da dívida divide o Congresso dos EUA

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O Congresso americano enfrenta um racha partidário envolvendo o aumento do teto da dívida pública dos EUA e cortes orçamentários.

Na noite desta sexta-feira, o Senado, de maioria democrata, rejeitou um projeto que havia acabado de ser aprovado na Câmara dos Representantes (deputados federais), de maioria republicana.

A medida já era esperada, já que o projeto republicano foi fortemente criticado por parte do presidente Barack Obama e de seus aliados.

O plano, proposto pelo presidente da Câmara, o republicano John Boehner, e aprovado por 218 votos a 210 na Casa, previa a elevação do teto da dívida dos EUA – atualmente em US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) – em US$ 900 bilhões, o que permitiria o pagamento de dívidas por mais alguns meses, além de cortes orçamentários estimados em US$ 917 bilhões e mudanças constitucionais para tentar equilibrar o orçamento.

Mas os democratas dizem que o projeto forçaria o Congresso a votar em uma nova extensão do teto da dívida daqui a alguns meses – em meio à corrida eleitoral presidencial de 2012 –, em uma repetição das desgastantes discussões partidárias em curso atualmente.

O Senado e a Casa Branca tentam votar um projeto que aumente mais o teto da dívida – em US$ 2,5 trilhões – e que promova cortes orçamentários de US$ 2,2 trilhões.

Caso o impasse do teto da dívida não seja resolvido até 2 de agosto, os EUA não terão como cumprir com todas as suas obrigações financeiras, o que pode forçar uma moratória com prováveis impactos na economia mundial.

Clique Leia também na BBC Brasil: Entenda o impasse em torno da dívida americana
‘Morto’

Pouco antes da votação, Boehner disse ao Congresso que os republicanos haviam tentado “seu melhor” para tentar obter um consenso.

“Me arrisquei muito para tentar obter um acordo com o presidente”, declarou Boehner, em referência às negociações fracassadas com a Casa Branca.

Em seguida à votação na Câmara, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que o projeto aprovado pelos republicanos “já chegou morto”.

“Agora que fizemos mais um exercício político, com o tempo contra nós, os líderes precisam começar a trabalhar juntos imediatamente para chegar a um comprometimento que evite a moratória e estabeleça as bases para uma redução balanceada do deficit”, declarou Carney, em comunicado.

Obama tembém pediu, em discurso, que a população pressionasse seus congressistas para dar fim ao impasse, reiterando que qualquer acordo terá de ser bipartidário.

O presidente disse que se os EUA perderem sua nota de crédito AAA – a mais alta fornecida pelas agências de classificação de risco e que indica pouco risco de calote – não será porque o país não é capaz de pagar suas dívidas.

“Será porque não tivemos um sistema político AAA que fizesse frente a nossa nota de crédito AAA”, declarou.

Fonte: BBC Brasil
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EUA buscam conselho do Brasil sobre América Latina, diz militar americano

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Os militares dos EUA buscam o aconselhamento e o ponto de vista do Brasil em sua relação com a América Latina, afirma o vice-chefe do Comando Sul das Forças Armadas americanas, Joseph Kernan.

Baseado na Flórida, o SouthCom é responsável pelas atividades militares dos EUA na América Central e do Sul. Vice-almirante, Kernan, 56, fez carreira nos SEAL, as equipes de operações especiais da Marinha, e foi o primeiro comandante da Quarta Frota após sua recriação, em 2008, que provocou reações negativas na região.

Ele assumiu o posto atual em maio, depois de trabalhar em Washington como assessor do ex-secretário da Defesa Robert Gates. Kernan esteve no Brasil com a equipe que participou dos Jogos Mundiais Militares. Durante a viagem, reuniu-se com oficiais no Rio e em Brasília.

Na entrevista à Folha, destacou a "importância crescente" do Brasil e a importância que os EUA dão à relação bilateral. Abaixo, os principais trechos.

RELAÇÃO BILATERAL

"Nos anos recentes, tudo está em ritmo ascendente com o Brasil. O presidente Obama visitou [o país], o comandante do SouthCom está vindo no próximo mês. Tudo isso é baseado na forte relação histórica entre nossos países, na importância do Brasil para a região e na importância crescente do Brasil no ambiente global."

ACONSELHAMENTO

"Respeitamos o fato de que o Brasil deve buscar e promover relações com todos os países na região. Reconhecemos que isso é importante. Na verdade, é benéfico para nós. Procuramos aconselhamento e o ponto de vista do Brasil. Entendemos o quão importante é a relação estratégica, de longo prazo e duradoura, e esse entendimento deve transcender os altos e baixos."

MILITARES NO HAITI

"No Haiti, quando estive lá para ajudar nos esforços de socorro depois dos múltiplos furacões de 2008, nós nos subordinamos em termos de segurança à Minustah [força de paz da ONU, comandada pelo Brasil].

Eles entendiam claramente as necessidades de segurança dada a sua presença contínua. Pedimos que cuidassem de nossa segurança, enquanto nossa missão providenciava a entrega de ajuda humanitária com nossas capacidades logística, médica e de engenharia.

Tínhamos helicópteros pesados e embarcações anfíbias para desembarcar suprimentos e pessoas, enquanto a Minustah fornecia a segurança. Tratou-se de reconhecer que outros tinham mais conhecimento do que nós, e não de se preocupar com quem estava liderando ou no comando de esforços que precisavam ser complementares."

QUARTA FROTA

"Quando no comando da 4ª Frota, eu tinha um oficial naval brasileiro que participava de muitas das atividades unilaterais e multilaterais em que estávamos envolvidos. Ele era um consultor valoroso em relação a todos os nossos exercícios militares e atividades na região.

Eu lhe delegava responsabilidades que iam além da definição convencional de "oficial de ligação". Ele era essencialmente um participante vital e competente de minha equipe."

DIFERENÇAS

Uma das razões pelas quais acredito que fui escolhido para comandar a frota foi o entendimento de que as pessoas de Operações Especiais acreditam na importância de construir relações com pessoas e militares de outros países.

Durante nossas carreiras, passamos uma enorme parte do tempo trabalhando em colaboração com contrapartes. Aprendemos a entender e valorizar a diversidade cultural e étnica. A compreensão de que nem todo mundo pensa como nós, e tem uma perspectiva diferente mas importante, com a qual podemos aprender, é vital."

Fonte: Folha
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Brasil e América do Sul já se preparam para calote na dívida dos EUA

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Impasse sobre dívida dos Estados Unidos deixa América do Sul em alerta. Países temem invasão de dólares de especulador em fuga dos EUA, com conseqüências desastrosas para indústrias locais. No Brasil, governo se deu superpoderes para supervisionar especulação. No continente, ministros da economia vão discutir proteção conjunta em duas reuniões em agosto. Problemas econômicos globais foram o tema principal de encontro da presidenta Dilma Rousseff com a colega argentina, Cristina Kirchner, nesta sexta-feira (29/07). Dilma criticou "imobilismo político" dos EUA frente à iminente crise da dívida.

O Brasil e os demais países da América do Sul começam a se preparar para um desfecho da crise da dívida norte-americana com potencial para causar estragos pela região. Se o governo Barack Obama for empurrado para o calote, o continente aposta que os especuladores em fuga dos Estados Unidos e atrás de lucros fáceis vão querer invadir a região. Neste cenário, o preço das moedas de cada país ficaria mais caro, afetando as exportações nacionais a produzindo uma avalanche de importações.

Para tentar proteger o Brasil de uma enxurrada de dólares, o governo armou-se dando amplos poderes aos ministros da Fazenda e do Planejamento e ao presidente do Banco Central (BC) para intervir no chamado “mercado de derivativos”, paraíso da especulação. A trinca, que forma o Conselho Monetário Nacional (CMN), poderá impor limites de valores e de prazos para a compra e venda de dólares e taxar os contratos em até 25%.

Já os chefes de Estado e governo da América do Sul decidiram nesta quinta-feira (28/07), no Peru, onde estiveram para a posse do novo presidente daquele país, Ollanta Humala, que seus ministros da economia vão se reunir nos dias 4 e 5 de agosto, em Lima, para discutir com se proteger dos efeitos de uma possível nova etapa na crise global. Um outro encontro acontecerá no dia 11 de agosto, em Buenos Aires, desta vez, com a presença dos presidentes dos bancos centrais.

Os atuais problemas da economia mundial foram o tema principal da reunião que as presidentas do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner, tiveram nesta sexta-feira (29/07), em Brasília, durante visita oficial da argentina.

Em declaração à imprensa depois da reunião, Dilma disse que a América do Sul se diferencia de “outras partes do mundo, hoje dominadas pela recessão, pelo desemprego, pelo caos financeiro e fiscal e, sobretudo, pela imobilidade política na resolução dos desafios que têm pela frente”.

Embora a presidenta não tenha especificado, a afirmação referia-se aos EUA, onde um impasse entre Obama e seus inimigos republicanos sobre a dívida norte-americana ainda não foi superado e deixa o mundo em estado de alerta. Segundo Dilma, a Unasul precisa mesmo discutir o assunto para “coordenar respostas à crise global” e para defender-se da “excessiva liquidez”, da “avalanche de manufaturas” e da “valorização de nossas moedas”.

Cristina concordou ser fundamental blindar a região contra o “ingresso de capitais especulativos” e adotar medidas comuns que defendam o “formidável” avanço social, no mercado de trabalho e na industrialização que, na opinião dela, tem ocorrido na região nos últimos tempos. “Temos que nos adiantar porque os tempos econômicos e dos mercados muitas vezes não são os tempos da política”, afirmou Cristina, sobre as duas reuniões econômicas da Unasul marcadas para as próximas semanas.

Xerife da especulação
No Brasil, o governo já se adiantou. Na última quarta-feira (27/07), em um pacote de medidas para conter o barateamento do dólar, o governo resolveu dar-se autorização para fazer intervenções maciças no “mercado de derivativos”. Uma medida provisória (MP) transformou o CMN numa espécie de xerife da especulação, com autoridade para fixar limites e prazos e até para proibir certas cláusulas contratuais na negociação de dólares.

Até agora, a supervisão dos derivativos era repartida entre a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o BC. Segundo o secretário-executivo do ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, ambos exercem tal controle conforme a perspectiva individual da área de jurisdição de cada um – investidores privados, no caso da CVM, e setor financeiro, no do BC. Nenhum tem uma visão mais ampla sobre os riscos mais gerais para o país (prejuízo causado a exportadores pelo dólar barato, por exemplo).

De acordo com Barbosa, esta postura do governo está em linha com as posições que o Brasil defende, desde a eclosão da crise financeira internacional em 2008, no grupo dos países mais ricos do mundo, o G-20, de mais transparência e regulação do mercado de derivativos.

Para ele, as incertezas sobre o futuro da dívida norte-americana justificam que o Brasil se prepare para o pior. “Uma situação de extrema liquideza internacional tem potencial de movimentos muito grandes e muito rápidos de capital para um lado ou outro. E, nesse momento, isso pode se refletir numa apreciação adicional do real que não é benéfica para a economia [brasileira]”, afirmou.

O mercado de derivativos tem potencial para bagunçar a economia brasileira e afetar o preço do dólar por causa do volume de negócios. Em junho, as transações com dólares atingiram US$ 376 bilhões, segundo a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). O valor é nove vezes maior do que a quantia movimentada pelo comércio exterior no período (US$ 42 bilhões, entre exportações e importações).

Apesar de a equipe econômica ter agora superpoderes de intervenção no mercado de derivativos, esse poder ainda não foi exercido. O CMN teve sua reunião mensal nesta quinta-feira (28/07), mas não baixou nenhuma norma.

A única medida do pacote cambial que concretamente já está em vigor é uma nova taxação, de 1%, sobre contratos de compra e venda de dólares acima de US$ 10 milhões. Os pagamentos devem começar a ocorrer a partir de outubro (mas serão retroativos a julho). Até lá, a equipe econômica vai fazer reuniões com entidades do sistema financeiros para explicar como funcionará a nova regulação dos derivativos.

Fonte: Carta Maior
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"Tráfico incita população contra o Exército", diz comandante

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Em entrevista o comandante da Força de Pacificação do Exército, general Carlos Sarmento, afirmou que as reações violentas dos moradores dos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, durante as abordagens dos militares são, em grande parte, orquestradas por traficantes que permaneceram no local após a ocupação.

Segundo ele, os criminosos querem retomar a situação anterior à pacificação quando o tráfico tinha amplo domínio e ditava as regras. "Vemos estas reações como uma coisa orquestrada e incentivada por traficantes para desmoralizar a tropa e criar fatos que deixem transparecer que a nossa missão aqui não está tendo sucesso. Eles fazem pressão nos moradores", disse o general.

Segundo Sarmento, há ofensas gratuitas aos militares que partem do "nada". Ele disse que os locais mais preocupantes são a Praça São Lucas, na Vila Cruzeiro, e a região próxima à quadra esportiva da comunidade da Chatuba, na Penha.

"O tráfico faz pressão para que volte o que era antes, que o Exército saia daqui e que não há necessidade de as tropas ficarem por aqui. Há palavrões e ofensas. A patrulha está ali para cumprir o seu dever. As pessoas são abordadas, revistadas e pode haver a prisão por desacato. De repente, se forma uma grande aglomeração ao redor, mulheres e crianças são colocadas em volta para impedir a ação da tropa. Às vezes, latas e garrafas são jogadas", afirmou o oficial.

Sarmento afirmou, no entanto, que os casos de reação à tropa são isolados e que a população apoia a pacificação. "O Complexo do Alemão é um paraíso e a Penha está muito perto disso", elogiou.

Outros motivos

O general afirmou ainda que, em menor quantidade, há casos em que a população se insurge contra a tropa em razão da imposição de horários para términos de festas nas comunidades. "Nós estabelecemos horários para término de festas nas ruas, normalmente às 2h, mas tudo é combinado previamente. Mas aí, chega 2h, a festa tem que acabar, mas o pessoal quer que continue. E aí, partem para a baderna e agressões à tropa", explicou.

As reações às abordagens já fizeram com que a Procuradoria da Justiça Militar denunciasse ao menos 49 pessoas por delitos como desacato, resistência, ameaça ou desobediência aos militares, segundo um levantamento feito pelo iG no site do Superior Tribunal Militar (STM). Esses crimes constam no Código de Processo Penal Militar (CPPM).

Sarmento revelou ao iG que todas as pessoas detidas pela tropa de pacificação são levadas para a sede do órgão e, lá, recebem a oportunidade de se retratarem com os militares. Se o detido aceitar e o militar ofendido concordar com as desculpas, o auto de prisão em flagrante, que resulta em abertura de inquérito e denúncia, nem é lavrado. "Os autos de prisão são lavrados nos casos mais graves ou quando há reincidência", explicou.

O general afirmou que, em caso de reações às abordagens, os militares estão orientados inicialmente a usar spray de pimenta e, em seguida, bombas de gás lacrimogêneo. Segundo ele, somente em uma situação mais grave, a tropa poderá usar munições não-letais sendo que os disparos têm que ser feitos sempre em direção aos membros inferiores (pernas).

Procuradoria da Justiça Militar já denunciou ao menos 49 pessoas por desacato ou ameaça às tropas militares que ocupam os complexos do Alemão e da Penha.

"Vocês só fazem essa p... porque estão fardados. Tira essa p... daí, quero ver tirar essa p... e vem pra cá. Você só se acha homem com essa farda, vem na mão. Quem é você para me dar ordem?".

As frases acima são de um morador do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, ao ser revistado por integrantes da Força de Pacificação do Exército no dia 6 de junho. Desde dezembro, os militares ocupam o conjunto de comunidades do Alemão e da Penha.

Conforme o iG revelou no último dia 11, a Procuradoria da Justiça Militar vem recebendo informações de que moradores do Alemão têm reagido com violência às abordagens dos militares e supostamente fariam ameaças a eles. Há relatos de agressões e xingamentos. E para conter a população, as tropas reagem com tiros de munições não-letais e o uso de spray de pimenta.

Essas reações às abordagens já fizeram com que a Procuradoria denunciasse ao menos 49 pessoas por delitos como desacato, resistência, ameaça ou desobediência aos militares, segundo um levantamento feito pelo iG no site do Superior Tribunal Militar (STM). Esses crimes constam no Código de Processo Penal Militar (CPPM).

Apenas um dos 49 denunciados permaneceu na cadeia. Os demais receberam o benefício de liberdade provisória.

Somando os denunciados e os que ainda não foram denunciados, ao menos 80 pessoas foram presas pela Força de Pacificação suspeitas de cometerem crimes previstos pelo CPPM. Há inquéritos em andamento.

O iG teve acesso, junto ao Ministério Público Militar, a trechos de algumas denúncias que mostram a reação dos moradores quando são abordados e as supostas ameaças aos militares. A Procuradoria não forneceu os nomes dos acusados.

No domingo (24), durante uma revista no Complexo do Alemão, houve uma discussão entre moradores e integrantes da tropa. Durante o bate-boca, garrafas, pedras e pedaços de pau foram arremessadas em direção do militar, que revidou com tiros de munição não-letal.

O disparo acabou atingindo o olho de um morador que estava na confusão. Ele foi identificado como Wanderlan dos Santos Silva. Ele está internado e corre o risco de perder a visão, segundo informações da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O Exército abriu inquérito para apurar o caso e afastou do patrulhamento os oito militares envolvidos no episódio.

Morador tentou tomar fuzil de militar, relata denúncia

Uma denúncia descreve um fato ocorrido no dia 17 de abril. Nesta data, integrantes da Força de Pacificação estavam parados na Praça São Lucas, na favela Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Segundo a Procuradoria Militar, um grupo de 17 pessoas apareceu e começou a provocar os militares.
“Seus periquitos. Vocês não têm p... nenhuma para fazer aqui”.

Na ocasião, um morador tentou usar um banheiro de uso exclusivo dos militares. No entanto, foi proibido pela tropa, que alegou que havia outros destinados à comunidade. O morador, então, se revoltou. Chutou o banheiro e, na companhia de mais sete, gritou: “Seus filhos da p..., quem manda aqui é o trem bala, essa p... é pública, a gente vai usar o banheiro de qualquer jeito”.

Durante a confusão, uma das pessoas tentou pegar o fuzil de um dos militares e disse: “Larga e vem na mão, o bonde do trem bala vai voltar. Quem manda aqui é o Comando Vermelho. A gente vai pegar vocês fora daqui, abre o olho”.

Na mesma situação, uma moradora teria incitado a população a agredir os militares: “Taca pau, pedra nestes periquitos do governo”. Os militares, então, pediram reforço. Eles reconheceram algumas pessoas que participaram da confusão e deram voz de prisão. O caso resultou em denúncia por desacato contra quatro moradores.

“Me leva preso que eu quero ver”

Autos obtidos no Ministério Público Militar indicam que, no dia 25 de junho, os militares pararam um homem que dirigia sem habilitação e documentação do carro. Assim que foi abordado, o morador disparou contra os integrantes do Exército.

"Não estou nem aí porque vocês não podem me prender mesmo, seus filhos da p... Então me prende, me leva preso que eu quero ver", disse o morador, que foi denunciado por desacato.

Outra denúncia informa que, no dia 27 de junho, os militares revistaram pessoas que jogavam cartas na região das Casinhas. Um morador não quis ser vistoriado e não aceitou botar as mãos na parede. Ele chegou a colocar a mão debaixo da cintura. Pensando que o morador estivesse armado em razão do gesto, o militar acionou o spray de pimenta.

Segundo a denúncia, o militar foi empurrado e insultado pelo morador. "Eu não vou não. Você vai tomar no c... Vai se f... Você não tem autoridade para isso. Sou trabalhador, não preciso disso".

“Vou pegar um a um na porrada”

O iG também teve acesso à denúncia sobre um fato que ocorreu em 7 de maio. Na ocasião, após ser abordado no largo do Terço, na comunidade Nova Brasília, um morador negou-se a ser revistado e ameaçou os militares. “Vou pegar um a um de porrada”.

A Procuradoria também denunciou dois moradores por outro caso que aconteceu no mesmo dia. Na ocasião, eles estavam na rua 12, na Vila Cruzeiro. Um deles estava com drogas e se negou a ser revistado. Além de xingar os militares e tentar agredi-los, o suspeito ainda fez ameaças. "Isso não é para sempre não, na rua você (militar) anda à paisana".

Fonte: Último Segundo
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Unasul preocupada com a crise econômica mundial

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Após a posse de Ollanta Humala na presidência do Peru, os presidentes da Unasul conversaram a portas fechadas sobre os possíveis efeitos da crise econômica mundial e sobre a possibilidade de seu agravamento. O Brasil, assim como a Argentina, é relativamente vulnerável a uma turbulência financeira, mas já não depende das compras de produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos. Já a Colômbia está no extremo oposto. Exporta para o mercado norteamericano cerca de 40% dos bens que vende ao exterior.

A presidenta Cristina Fernández de Kirchner deixou a reunião de cúpula da União Sulamericana de Nações a toda velocidade e sem declarações, nem sobre a Unasul, nem sobre os mortos em Jujuy. Ela deixou Lima rumo a Brasília, onde inaugura hoje (29) a nova sede da embaixada argentina no Brasil. No entanto, o Página/12 soube que os presidentes da Unasul decidiram realizar um encontro a portas fechadas para falar abertamente sobre a crise financeira internacional. A cúpula da Unasul prosseguiu após um almoço em que Tania Libertad e duas ministras do gabinete [argentino] cantaram “Del puente a la Alameda”. Libertad também cantou “Yo vengo a oferecer mi corazón”, de Fito Páez.

A declaração dos presidentes sulamericanos chama-se “Declaração da Unasul contra a desigualdade”. Um trecho diz que “em todo esse tempo, nossos países avançaram em valorizar nossos recursos e riquezas naturais e mostraram-se capazes de enfrentar com êxito os efeitos adversos da crise financeira internacional, registrando, por sua vez, significativas taxas de crescimento econômico e de redução da pobreza”.

O documento acrescenta que os presidentes reconhecem “a importância do processo de integração como instrumento de redução da pobreza e como elemento de inclusão social”, mas, ao mesmo tempo, constatam “que nos países da região persistem índices de desigualdade muito elevados que afetam a dinâmica da redução da pobreza e mantem excluídos dos benefícios da expansão econômica segmentos da sociedade de menor renda, particularmente os mais vulneráveis”.

Segundo apurou o Página/12, a presidenta brasileira, Dilma Rousseff, e seu colega colombiano, Juan Manuel Santos, foram aqueles que mais se estenderam na análise da crise financeira internacional, que poderia se aprofundar em função de uma eventual moratória parcial de pagamentos por parte dos Estados Unidos. O Brasil vem lutando para que a situação – denominada por seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, como “guerra cambial” – deixe de pressionar, como está ocorrendo, na direção de sobrevalorizar o real e prejudicar, assim, as exportações brasileiras.

A posição que os funcionários brasileiros manifestaram ontem é que, felizmente, o maior país da região, conta com amplas reservas financeiras e com um mercado interno desenvolvido pela incorporação de 36 milhões de pessoas que estavam fora do mapa.

Os brasileiros projetam aumentar a bateria de medidas contra o dumping de produtos estrangeiros, por exemplo, dos Estados Unidos.

A agenda da presidenta argentina hoje em Brasília não se limitará, por isso, à inauguração da embaixada no terreno que o Brasil cedeu quando transferiu a capital do Rio de Janeiro para uma planície deserta.

Se, por um lado, a valorização do real ceder e o Brasil conseguir manter a leve desvalorização da última semana, a Argentina melhorará seu nível competitivo. Mas o risco seria uma diminuição do ritmo de crescimento do Brasil, um sócio comercial chave para os produtos argentinos. Os funcionários argentinos dos ministérios de Economia e de Desenvolvimento Industrial encontrarão do outro lado a colegas cada vez mais sensíveis à permeabilidade frente às importações e mais atentos a sua balança comercial. Neste cenário, é um cenário provável que Cristina Fernández de Kirchner e Dilma Rousseff tratem de estudar alguma política que diminua ruídos no comércio bilateral.

O Brasil, assim como a Argentina, é relativamente vulnerável a uma turbulência financeira, mas já não depende das compras de produtos brasileiros por parte dos Estados Unidos. A Colômbia está no extremo oposto. Exporta para o mercado norteamericano cerca de 40% dos bens que vende ao exterior. A guinada política sulamericana promovida por Santos, que assumiu em 7 de agosto de 2010, atenuou a estratégia de alinhamento automático com Washington, de Alvaro Uribe. A crise norteamericana seria um estímulo a mais para melhorar as relações com os vizinhos da região, Venezuela incluída.

O presidente Hugo Chávez foi o grande ausente da posse de Humala e da cúpula da Unasul. A declaração dedicou um parágrafo a ele: “Reafirmamos nossa solidariedade com o presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez Frías, e confiamos em seu pronto restabelecimento e recuperação”. Chávez postou no twitter: “Que conversa adorável tive com a presidenta Cristina, essa irmã minha e nossa! Obrigado Cristina! Te prometo viver!”. O presidente venezuelano, que tem câncer e enfrenta eleições gerais em 2012, completou ontem 57 anos.

Seu estado de saúde agrega um motivo de preocupação aos vizinhos do bairro. Com uma Europa em queda e os Estados Unidos abalados pela crise financeira – situação que costumam prejudicar as nações menos desenvolvidas – qualquer mudança no tabuleiro sulamericano aparece agigantada por uma enorme lupa.

Os presidentes da Unasul felicitaram o novo presidente peruano Ollanta Humala e resolveram convocar uma cúpula de funcionários e especialistas em temas sociais este ano, em Cuzco. A necessidade de inclusão social e coesão do Peru multicultural foram alguns dos temas abordados por Humala em seu discurso de posse no Congresso. “Renovamos nossa plena confiança na capacidade criadora da Unasul para enfrentar com êxito aos desafios do presidente na certeza de que, juntos, conseguiremos forjar um futuro de justiça social, igualdade e bem-estar para nossos povos”, diz o documento final da cúpula.

Fonte: Carta Maior
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Republicanos aprovam projeto de dívida nos EUA

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A Câmara dos Deputados norte-americana aprovou nesta sexta-feira um plano republicano para cortar o déficit orçamentário do país. O projeto, contudo, deve ser barrado no Senado, mas pode abrir caminho para um compromisso bipartidário para evitar um default da dívida dos Estados Unidos.

Com o prazo final cada vez mais próximo, na terça-feira, os republicanos aprovaram um plano de corte por 218 votos a 2010, após a liderança retrabalhar o projeto com o objetivo de vencer parlamentares conservadores contra aumentos de impostos dentro do próprio partido.

A legislação republicana, fortemente criticada pelo presidente norte-americano, Barack Obama, enfrenta morte certa no Senado, controlado pelos democrtas, onde eles prometeram votar contra no final desta sexta-feira.

Mas a aprovação do projeto quebra semanas de uma inércia política e abre a porta para conversas sobre um compromisso que pode passar pelo Congresso antes da terça-feira, quando o governo diz que ficará sem recursos para pagar suas contas sem um acordo.

Caso o compromisso seja alcançado, uma votação final no Senado pode ocorrer já na segunda-feira ou até o meio-dia de terça-feira, disse um assessor democrata à Reuters.

Os atrasos tornam impossível para o Congresso aprovar um acordo e enviá-lo à mesa de Obama até a décima primeira hora, aumentando o nível de incerteza nos já nervosos mercados finaceiros.

Um acordo tardio também aumenta a perspectiva de que os Estados Unidos percam sua nota de crédito "AAA".

Fonte: Reuters
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Barradas por sérvios, tropas da Otan voltam a quartéis em Kosovo

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Tropas da Otan em Kosovo voltaram na sexta-feira para seus quartéis depois de serem impedidas por membros da etnia sérvia de chegarem até as forças de paz mobilizadas nos postos de fronteira com a Sérvia, onde atuam para conter a violência provocada por uma disputa alfandegária.

Usando caminhões, carretas, troncos e pneus, centenas de civis kosovares de origem sérvia bloquearam duas rodovias do norte de Kosovo que levam até a fronteira com a Sérvia.

Um comboio da Otan com pelo menos dois veículos blindados de transporte e vários caminhões, que levava água e comida para as tropas na fronteira, teve de recuar por volta de 15h (hora de Brasília) quando o comandante das forças da aliança, o general alemão Erhard Buehler, desistiu de dialogar com o negociador sérvio, Borislav Stefanovic, segundo relato de um fotógrafo da Reuters no local.

"Eu tenho de fato a força para passar, e terei de passar para abastecer meus homens. Desta vez cedemos ... mas vamos ver da próxima vez", disse Buehler a jornalistas.

Os sérvios prometem manter o bloqueio rodoviário até que o governo de Kosovo, controlado pela maioria de etnia albanesa, aceite não instalar seus policiais e agentes alfandegários em postos de fronteira estratégicos.

"O general Buehler tomou a decisão correta, de não usar a força. Superamos a crise aguda, mas isso não significa que tais situações não irão se repetir", disse Stefanovic à TV sérvia RTS.

A disputa teve início na segunda-feira, quando o governo kosovar enviou unidades policiais especiais a postos da fronteira -- até então mantidos principalmente por agentes de etnia sérvia.

O objetivo é fiscalizar a proibição de importações de produtos da Sérvia, adotada como retaliação por Belgrado ter proibido a importação de produtos de Kosovo, devido a divergências sobre regras alfandegárias.

Três dias de violência se seguiram na região, levando à morte de um policial da etnia albanesa. Nacionalistas sérvios radicais chegaram a incendiar um dos postos de fronteira, até que as forças da Otan interviessem.

Em Belgrado, o presidente da Sérvia, Boris Tadic, fez declarações sugerindo que não há um final à vista para o impasse, que preocupa gravemente os EUA e a União Europeia, e que pode complicar o processo de adesão da Sérvia à UE.

Kosovo era uma província sérvia que se tornou protetorado da ONU em 1999, quando a Otan bombardeou a então Iugoslávia durante 78 dias para coibir a repressão à etnia albanesa da região.

Em 2008, Kosovo declarou sua independência, mas os 60 mil sérvios que vivem no norte da região ainda consideram Belgrado como sua capital.

Fonte: Reuters
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Empresas não investem em inovação e forçam governo a criar bolsas

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Setor industrial gasta pouco com pesquisa e desenvolvimento no Brasil e vê concorrência estrangeira aumentar desde a crise financeira internacional de 2008. Atual preço barato do dólar, no patamar mais baixo em uma década, piora situação, que as empresas com muitos trabalhadores gostariam de reverter pagando menos tributos à Previdência Social. Sem acordo até agora com centrais sindicais para desonerar a folha, governo lança programa para formar 100 mil cientistas brasileiros no exterior. Investimento será de R$ 3 bilhões.

O baixo nível, numa comparação internacional, de investimento das empresas em inovação tecnológica levou o governo a lançar um programa de bolsa de estudos para brasileiros frequentarem universidades estrangeiras. A meta é mandar 100 mil estudantes ao exterior, 75 mil financiados com dinheiro público, para que eles se tornem cientistas e, na volta ao país, possam aplicar o conhecimento aquirido em pesquisas para empresas.

Os bolsistas serão selecionados por mérito - vão precisar tirar notas mínimas em provas classificatórias – e direcionados a 50 instituições listadas em dois rankings internacionais como as melhores do planeta. O governo federal vai investir R$ 3,1 bilhões na formação dos alunos.

O programa de bolsas, chamado Ciência sem Fronteiras, foi apresentado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, nesta terça-feira (27/07), durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto. Parte da constatação de que o país tem várias deficiências na área de inovação. Entre elas, a “falta protagonismo das empresas” no investimento em pesquisa, segundo Mercadante.

Estatísticas do ministério mostram que, no Brasil, o investimento privado em pesquisa representa 0,54% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezes produzidas pelo paíse em um ano. O investimento público é maior (0,57% do PIB).

Em outros países, a situação se inverte. O Estado gasta menos do que o setor privado. No Japão e na Coréia do Sul, o investimentos privado é quatro vezes superior ao brasileiro como proporção do PIB. Nos Estados Unidos, Cingapura e Alemanha, o triplo. Na China e na Austrália, o dobro. Enquanto dois terços das patentes registradas no mundo são privadas, no Brasil, são públicas.

De acordo com Mercadante, o investimento privado diminuto é resultado de anos de inflação e ausência de crescimento no passado. Mas, também, de “passividade” das empresas, que optam por usar tecnologia comprada de terceiros, o que dá menos trabalho.

Com pouco investimento em pesquisa, as empresas brasileiras, especialmente do setor industrial, têm ganhos de produtividade inferiores aos de competidoras estrangeiras. E, por causa disso, estão sofrendo desde a eclosão da crise financeira internacional de 2008/2009, que fechou os mercados para produtos manufaturados pelo mundo. O atual preço barato do dólar no Brasil, nos patamares mais baixos em mais de uma década, é um complicador adicional.

Sem inovar, as empresas pressionam o governo a adotar medidas que as ajudem a se tornar mais competitivas frente à concorrência de fora. Uma das principais reinvindicações é pagar menos tributos incidentes sobre a folha de salários, algo que o governo estuda concretamente fazer.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem dito que ainda não há prazo para a conclusão dos estudos sobre a chamada desoneração da folha salarial.

Segundo Carta Maior apurou, está difícil de chegar a um acordo com as centrais sindicais de trabalhadores, que temem que o governo desonere a folha sem criar um novo imposto para alternativamente financiar a Previdência Social. A Fazenda diz, no entanto, que a desoneração terá uma compensação.

Em recente debate no Congresso sobre desoneração da folha, o economista Manuseto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), disse é mais fácil para as empresas tentarem superar problemas de competitividade mandando a fatura para terceiros, do que se esforçando por conta própria.

Para ele, as empresas deveriam gastar mais dinheiro, por exemplo, com o treinamento dos funcionários. “O caminho mais fácil é tirar direitos dos trabalhadores, mais difícil é aumentar a produtividade”, afirmou.

Fonte: Carta Maior
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Lula diz que Jobim em seu governo não dependeu de voto

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (29) não ter ficado chateado com a declaração do ministro Nelson Jobim (Defesa) de que votou no tucano José Serra na última eleição presidencial.

"Nunca me preocupei em perguntar aos meus amigos em que votam, o voto é sagrado e cada um vota em quem quer. O Jobim não foi convidado para o meu governo por causa do voto dele."

Jobim deu entrevista na terça-feira (25) ao programa "Poder e Política", realizado em Brasília pela Folha.

Segundo ele, que é filiado ao PMDB, a presidente Dilma Rousseff já sabia de sua preferência.

Além de revelar o voto em Serra, Jobim disse que o tucano teria tomado as mesmas atitudes de Dilma se tivesse vencido a eleição e fosse confrontado com escândalos como os que derrubaram os ministros Antonio Palocci (Casa Civil) e Alfredo Nascimento (Transportes).

Na entrevista, Jobim respondeu a perguntas sobre vários temas. Falou, por exemplo, sobre sigilo eterno de dados públicos, documentos da ditadura militar que foram destruídos, relação de dissidentes do PMDB com o governo Dilma e a perda de poder do Ministério da Defesa sobre a Aviação Civil.

Fonte: Folha
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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Os motivos de Dilma para não demitir Nelson Jobim

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O ministro da Defesa Nelson Jobim nunca foi muito de seguir a liturgia dos cargos que ocupa. Na presidência do Supremo Tribunal Federal, que exerceu de junho de 2004 a março de 2006, ele quis agir como parlamentar, movimentando-se para emplacar uma lei sobre precatórios, e depois operou de forma explícita para tornar-se candidato a congressista, governador - ou, por que não?, presidente.

Nesta terça-feira, Jobim mostrou mais uma vez que não se contém. Passou por cima da etiqueta para dizer publicamente que votou no tucano José Serra nas eleições de 2010. Ainda que o fato não seja novidade nos bastidores de Brasília, a declaração pública é uma afronta à presidente Dilma Rousseff – que é sua chefe e o manteve num cargo que ele ocupa desde o governo Lula.

Proposital - A experiência política de Jobim, filiado ao PMDB, não deixa brecha para a ingenuidade: ele sabe que suas palavras serão interpretadas como um recado à presidente. Há sete meses, o ministro gozava de muito prestígio no Planalto. Foi conselheiro do então presidente Lula para os assuntos mais diversos e era chamado para debater questões em pauta no STF, além da agenda política.

Uma das questões em que Jobim esteve diretamente envolvido foi a renovação da frota de caças da Força Aérea Brasileira (FAB), um negócio avaliado em 5 bilhões de euros. Lula e Jobim tinham preferência pela compra dos caças franceses Rafale. Outro assunto da alçada de Jobim na era Lula era a construção no Brasil de um submarino de propulsão nuclear, com tecnologia francesa, plano que custaria ao menos 800 milhões de euros ou 2 bilhões de reais.

Acontece que, assim que assumiu o governo, Dilma mandou avisar que os dois projetos estavam suspensos e que a negociação recomeçaria, em outro momento, do zero.

Com Dilma, Jobim trata apenas dos programas relacionados ao ministério da Defesa. “As tarefas que a presidente lhe propõe são burocráticas, muito pouco para o ego de Jobim”, afirma um peemedebista. O Planalto evita colocar lenha na fogueira acesa por Jobim. A orientação é minimizar o impacto das declarações do ministro. O que então segura Jobim no cargo?

O primeiro motivo é o prestígio de que Jobim goza junto aos comandantes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Não é tarefa simples colocar um civil em meio às Forças Armadas. O segundo é a costura que ele vem fazendo desde 2009 pela aprovação da Comissão da Verdade – proposta rejeitada pelos quartéis, mas defendida pela presidente . O projeto de lei, que prevê a investigação dos crimes ocorridos durante a ditadura militar, é um temas caros a Dilma e será encaminhado ao Congresso Nacional no segundo semestre.

Fonte: EXAME
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Mauricio Tolmasquim autografa livro durante Energy Summit 2011

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O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, autografará seu livro sobre o novo modelo do setor elétrico na tarde do dia 3 de agosto, durante o Energy Summit 2011. O livro de 300 páginas tem prefácio assinado por Dilma Rousseff e conta a história do modelo setorial que abriu espaço para os leilões de energia, a competição e a expansão da oferta. Tais assuntos estarão em debate, na prática, durante os três dias do tradicional encontro do setor energético brasileiro.

Tolmasquim participa também da abertura oficial do Energy Summit, no dia 3, ao lado dos presidentes da Abrage, Anace, Abraceel, Apine, CCEE, PSR, e dos diretores da Abrace, Eletrobras e ONS. Na platéia, presença confirmada de alguns dos mais importantes executivos do setor energético brasileiro. Em debate o planejamento estratégico de recursos energéticos no Brasil.

Consolidado como o maior evento do setor energético nacional, o Energy Summit costuma ser escolhido por várias empresas para apresentar suas soluções e serviços, como a Tradener, primeira comercializadora a ser autorizada pela ANEEL e pioneira no mercado livre de energia, a Mundivisas, consultoria de expatriação especializada em energia, petróleo e gás, e o escritório Waltenberg Advocacia, especializado no assessoramento jurídico de negócios de energia.

Ao todo, a edição 2011 do Energy Summit conta com 14 patrocinadores e 75 apoiadores.

Patrocinam o encontro a Tradener, CPFL Renováveis, BioEnergias Renováveis, Advocacia Waltenberg, ERSA – Energias Renováveis, Felsberg & Associados, IBS Energy, Mundivisas, Novozymes, Plugar, RSA,TGM, Wobben WindPower, CAS e do escritório Trench, Rossi e Watanabe Advogados.


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EADS eleva previsão de lucro com salto de pedidos da Airbus

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A EADS, cuja unidade Airbus superou até agora neste ano a rival Boeing na batalha de encomendas de aviões, previu um significativo aumento do lucro operacional no próximo ano, conforme cresce a demanda por aeronaves.

A EADS previu que a Airbus vai vender mais de 1.000 aviões em 2011, apoiada em decisão de atualizar a família de jatos A320 para tecnologias que consomem menos combustível e que deram à empresa liderança sobre a Boeing no segmento.

O grupo publicou resultados de segundo trimestre acima do esperado pelo mercado nesta sexta-feira, assim como fez a Boeing dois dias antes, e elevou a meta de fluxo de caixa livre para o ano para cerca de 1 bilhão de euros (US$ 1,44 bilhão), excluindo gastos com aquisições.

A EADS afirmou ainda esperar que o lucro operacional em 2011 antes de eventos não recorrentes fique estável em cerca de 1,3 bilhão de euros. Mas, para 2012, o grupo espera uma "significativa melhora" no lucro antes de juros e impostos e eventos não recorrentes, graças a "maior volume, melhores preços e melhoria na performance do superjumbo A380".

A EADS gera cerca de 70% de suas vendas com a divisão da Airbus, com o restante dividido entre os negócios com helicópteros e áreas espacial e de defesa.

O grupo informou que o lucro antes de juros e impostos (Ebit) subiu 15%, para 371 milhões de euros nos três meses encerrados em 30 de junho, com as vendas avançando 6%, para 12,1 bilhões de euros.

A EADS informou que espera que a Airbus entregue entre 520 e 530 aviões este ano, incluindo 25 A380, ajudando a empresa a superar a receita do ano passado. Nesta semana, a Boeing cortou ligeiramente sua perspectiva de entregas de entre 485 e 500 unidades para entre 485 e 495 aviões.

Fonte: Reuters
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Transporte aéreo do Brasil foi o que mais cresceu em junho, aponta Iata

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O crescimento da demanda por viagens aéreas internacionais desacelerou um pouco em junho, segundo dados da indústria, sob a pressão de aumento nos preços de combustíveis para aeronaves e aumentos de impostos em alguns países.

O tráfego total de passageiros subiu 4,4% na comparação anual em junho, mas a demanda por cargas foi 3% menor em comparação com o mesmo mês de 2010, informou a associação mundial do setor, Iata, nesta quinta-feira.

"A tendência para viagens de passageiros continua ascendente, mas a passos mais lentos que a recuperação pós-recessão, que estava em uma taxa anual próxima de 10%", disse a Iata.

Os padrões de crescimento regional mudaram, disse o diretor-geral e presidente-executivo da Iata, Tony Tyler. A associação representa mais de 240 companhias aéreas.

"As companhias aéreas do Oriente Médio tiveram uma expansão moderada de um dígito e as condições econômicas menos favoráveis reduziram o crescimento chinês. Contudo, a América Latina está liderando a expansão da indústria, seguida da Europa, que está crescendo fortemente apesar da crise."

BRASIL

Ainda de acordo com a Iata, o mercado brasileiro teve a maior taxa de crescimento doméstico (15,1%) em junho, acima do verificado na Índia (14%) e da China (5%), que detém o segundo maior mercado doméstico mundial.

Nos EUA, que representam mais de 50% do mercado de vôos domésticos, houve um incremento de 1,3% do tráfego no mês passado.

O Japão, que também possui um forte tráfego interno, ainda foi bastante prejudicado pelas tragédias naturais (terremoto e tsunami) de março: a Iata registrou uma contração de 24% no período.

Fonte: Reuters
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Rafale, Super Hornet e Gripen travam 'guerra' por venda de caças

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O adiamento da decisão sobre os caças que vão reequipar a FAB (Força Aérea Brasileira) colocou as três fabricantes concorrentes em clima de vale-tudo. De ironias entre adversários a acordos antecipados com empresas brasileiras, as ações promovidas no “tempo de espera” mostram que franceses, americanos e suecos estão em “guerra” nesta disputa. Estima-se que a negociação do F-X2, programa brasileiro para a compra de 36 caças que deverão reforçar a frota da aviação de combate, movimente cifras entre R$ 10 bilhões e R$ 25 bilhões nos próximos 30 anos.

“Se o governo brasileiro comprar caças prontos, o que é muito mais caro, estará fazendo um tipo de escambo”, dispara Bengt Janér, representante da sueca Saab. A empresa promete construir o Gripen NG (Nova Geração) em parceria com engenheiros da Embraer. “Estamos aumentando o alcance do caça em mais de 40%; vamos instalar novos armamentos, radares, sensores, computadores e softwares. E propomos fazer isso com a indústria brasileira”.

“O F-18 (Super Hornet) e o Rafale têm capacidade operacionais parecidas, embora o Rafale leve pequena vantagem e seja mais moderno. O Gripen se compara ao nosso Mirage 2000, geração anterior de caças”, rebate Jean-Marc Merialdo, do consórcio francês. “Somos otimistas. O governo mudou, mas as propostas não mudaram. E, portanto, não mudou a avaliação que pode ser feita de cada uma delas”, gaba-se sobre a preferência ao Rafale anunciada pelo governo brasileiro até 2010.

“A Boeing é uma empresa maior que as duas concorrentes juntas. Nosso preço é o mais baixo e o único comprovado. O Gripen sequer foi construído e o Rafale está experimentando situações de combate pela primeira vez agora (na Líbia)”, desdenha Thomas C. DeWald, da Boeing. “A capacidade operacional do Super Hornet é sempre ressaltada, especialmente se comparada aos dois concorrentes”, continua DeWald.

Corrida por fora

Com exceção dos americanos, os representantes do Rafale e do Gripen juram que não foram informados pelo governo brasileiro sobre o prazo para que a escolha seja anunciada. “O governo tem nos dito que a decisão será tomada até o fim deste ano, mas não haverá pagamento até 2012”, diz Thomas DeWald, antecipando-se aos rivais.

Embora mostre-se com informações privilegiadas sobre o certame, a empresa americana é a única que não possui escritório em Brasília e nem formalizou negociações paralelas com empresários brasileiros. “Aproveitamos esse período para conhecer melhor o mercado. Temos conversas bem adiantadas na área de biocombustíveis”, resume o executivo da Boeing.

Avant-garde nesta missão, franceses do consórcio Rafale (composto pela Dassault, Snecma e Thales) aproveitam o que chamam de “tempo livre” para investir junto ao empresariado brasileiro. Perguntado se a iniciativa pode garantir mais apoio à compra do Rafale, Jean-Marc Merialdo não vacila: “É possível”.

As negociações renderam até agora acordos com 42 empresas – sobretudo da região de São Bernardo do Campo (SP) –, que ganharam a garantia de serem fornecedoras do grupo caso o Rafale seja escolhido como o caça de combate da FAB.

“Aproveitamos a demora da decisão para promover uma série de seminários a fim de nos aproximar da indústria brasileira, principalmente a de menor porte”, acrescenta Merialdo. “Entre esses potenciais parceiros também destacamos as universidades e centros de treinamento, porque vamos dar apoio às nossas empresas com a formação de pessoal qualificado. Não que o Brasil não os tenha, mas a demanda é muito superior à existente.”

Em maio, a sueca Saab inaugurou o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro, também em São Bernardo. O investimento anunciado foi de R$ 50 milhões no prazo de 5 anos. Atualmente, o centro é gerido de forma independente e congrega empresas ligadas ao projeto sueco.

Já os franceses dizem que se o Rafale for eleito poderão aportar até R$ 13 bilhões no Brasil, “gerando atividades” junto às indústrias parceiras.


Saab e Dassault propõem parceria aeroespacial em SP

A empresa Saab, da Suécia, e o consórcio Rafale International, da França, ambos participantes da fase final do processo F-X2 para escolha do caça de tecnologia avançada da Força Aérea Brasileira (FAB), estão apresentando propostas de cooperação com o setor aeroespacial, por meio da prefeitura de São Bernardo do Campo (SP)

A empresa Saab, da Suécia, e o consórcio Rafale International, da França, ambos participantes da fase final do processo F-X2 para escolha do caça de tecnologia avançada da Força Aérea Brasileira (FAB), estão apresentando propostas de cooperação com o setor aeroespacial, por meio da prefeitura de São Bernardo do Campo (SP). Serão comprados 36 aviões. O valor não está definido. Há um terceiro concorrente, a norte-americana Boeing, com o modelo F-18 E/F.

Ontem, em reunião com o prefeito Luiz Marinho (PT), o vice presidente da Dassault Aviation, Eric Trappier, formalizou a disposição do grupo, fabricante dos caças Rafale, em estabelecer "larga parceria com empresas locais e de acelerar a transferência de conhecimento para a rede de escolas superiores".

A Saab apresenta hoje seu plano. Diretores da matriz sueca e o diretor da corporação no Brasil, Bengt Jáner, vão apresentar ao prefeito o projeto de um sofisticado Centro de Pesquisa Aeronáutica a ser instalado em São Bernardo, independentemente do resultado da escolha do novo caça da FAB. O investimento inicial no projeto é avaliado em US$ 50 milhões. Há dois outros centros em atividade, um na Suécia e outro da Índia.

Fonte: Último Segundo / Estadão
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Rafale: 'Temos uma capacidade operacional à frente dos concorrentes'

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“Se quiser ter uma ideia do custo, tem que colocar custo em relação ao benefício. Senão, não significa nada”. A afirmação é do coronel da aviação do exército francês Jean-Marc Merialdo, diretor do consórcio Rafale no Brasil sobre as críticas de que o caça oferecido pelo grupo é o mais caro na disputa: o pacote é estimado em US$ 6,2 bilhões.

“O nosso pacote de transferência de tecnologia não tem preço. É total, completo, de toda a tecnologia do avião de combate”, afirma Merialdo.

Os franceses afirmam que sua proposta oferece um “pacote amplo e completo de cooperação tecnológica e industrial, incluindo know how, softwares, hardware, processos e a entrega de todas as ferramentas e códigos-fonte necessários sem nenhum tipo de restrição”.

Propõem “transferência de 100% dos recursos de desenvolvimento da aeronave no Brasil” e asseguram que a indústria brasileira estará “diretamente envolvida no programa de desenvolvimento”, tonando-se “fornecedora direta”.

Saiba mais sobre o que diz Jean-Marc Merialdo sobre a proposta do Rafale:

O ex-presidente Lula, quando estava à frente do governo, foi claro sobre sua preferência pelo Rafale. O senhor está otimista com a presidente Dilma em relação à escolha para o F-X2?

Jean-Marc Merialdo: Somos muito otimistas. Primeiro porque o governo mudou, mas as propostas não mudaram. O posicionamento das três empresas não mudou e, portanto, a avaliação que pode ser feita de cada uma delas. Segundo, confiamos na nossa proposta de transferência de tecnologia. Isso não tem preço. É garantida pelo governo francês e se baseia num leque de parcerias com a indústria brasileira e universidades, e se enquadra no âmbito de uma parceria estratégica firmada entre os presidentes Lula e Sarkozy no final de 2008.

Qual diferencial do Rafale em comparação com as duas outras propostas?

Jean-Marc: Somos três competidores e os três não são da mesma classe. Temos dois aviões bimotores, o F-18 e o Rafale, que são aproximadamente da mesma classe, têm capacidade operacional parecida, embora o Rafale leve pequena vantagem e seja mais moderno. O outro avião (Gripen) é de classe diferente. Pelo tamanho e por sua capacidade operacional, se compara mais ao nosso Mirrage 2000, geração anterior ao Rafale. Então, eu diria primeiramente que o Rafale tem uma capacidade operacional à frente dos concorrentes.

A Boeing afirma que o Rafale experimenta situações de combate pela primeira vez agora, na Líbia; a Saab, que a configuração do caça francês foi congelada na década de 1990. O que o senhor diz?

Jean-Marc: Ao contrário de muitos outros caças, o Rafale foi desenvolvido desde o início como polivalente, ou seja, é capaz de conduzir várias missões num mesmo voo. Isso foi comprovado na Líbia. Essa polivalência se deve a um dispositivo que chamamos de fusão de dados: permite reunir todas as informações de sensores internos e externos numa única tela. Ele começou a ser projetado em 86 e entrou em operação em 2004, mas a tecnologia não é congelada, é um a arquitetura aberta. Isso permite integrar novas funções e equipamentos o tempo todo. Mais uma vez: o Gripen é da classe do nosso Mirrage 2000. O Rafale é duas vezes mais potente, eficiente e capacitado.

Estima-se que o Rafale seja mais caro: tanto no valor da venda e quanto na despesa para fazê-lo voar.

Jean-Marc: Numa competição você não divulga seu valor sob o risco de dar vantagem aos concorrentes. Sobre o custo de operação, não posso lhe dar figura por enquanto, porque elas estão sendo refinadas a cada vez mais, sobretudo nesta operação na Líbia. Posso dizer que ficam cada vez mais baixas. Se quiser ter uma ideia do custo tem que coloca-lo em relação ao benefício. Senão, não significa nada. Há dois aviões diferentes, é lógico que o custo de operação é diferente.

E como o governo brasileiro poderá pagar pela compra do Rafale, caso o escolha?

Jean-Marc: Uma vez escolhido vendedor haverá uma negociação que vai entrar em detalhes na parte técnica, da transferência de tecnologia e da forma de pagamento. A proposta inclui um esquema de pagamento que depende estritamente do esquema de entrega dos aviões. Agora não se sabe se o Brasil vai pagar diretamente do Tesouro ou se vai recorrer a um empréstimo a bancos. Isso irá influir na forma de pagamento.

O consórcio francês afirma que se o Rafale for escolhido irá gerar parcerias no Brasil que poderão cobrir 160% do valor do contrato de compra. Porém, já existem acordos fechados, inclusive com universidades. Essa iniciativa pode levar os parceiros a fazerem um coro a favor da Rafale?

Jean-Marc: É possível.

Fonte: Último Segundo
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Saab: 'O Brasil vai continuar a depender de tecnologia estrangeira?'

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Único monomotor na disputa pelo reaparelhamento da frota de caças brasileiros da FAB, o Gripen tenta convencer o governo brasileiro de que pode ser tão capaz e eficiente quanto os caças Rafale (francês) e F-18 Super Hornet (americano). “Nós não somos nem melhores nem piores”, diz o representante da fabricante sueca Saab no Brasil, Bengt Janér. “Mas estamos quebrando um paradigma”, afirma o executivo.

Os suecos contam com a simpatia de militares de Aeronáutica e prometem não só o menor preço – estima-se que o caça Gripen custe US$ 4 bilhões –, mas também a melhor condição de pagamento. “Preço fixo, nenhum desembolso nos primeiros 8 anos, parcelamento em 15 anos e utilização da moeda de preferência (euro ou dólar)”, anuncia a proposta de divulgação.

Os suecos também afirmam que 30% dos investimentos resultantes dessa parceria permanecerão no Brasil. E para entender o que isso significa, eles vão além: garantem que a indústria nacional desenvolverá até 40% de todo o programa Gripen no mundo.

O argumento final tenta convencer o governo brasileiro a favor monomotor: transferência total de tecnologia para o País, o que inclui códigos-fonte e propriedade intelectual. “A tecnologia desenvolvida aqui não será produzida em nenhum outro país, incluindo a Suécia. O Brasil será exportador”, prometem.

A seguir, saiba mais o que diz Janér sobre a proposta do Gripen NG.

Os concorrentes acusam o Gripen NG de nem existir. Afirmam que a opção pelo caça significa realizar uma compra “no escuro”. Em que consiste a proposta de criar um caça em parceria com o Brasil?

Bengt Janér: Hoje existem 232 caças Gripen voando em cinco forças aéreas: Suécia, Hungria, República Tcheca, África do Sul e Tailândia. Estamos propondo, a partir desses caças, uma parceria com o Brasil para desenvolver a nova geração. Continua monomotor, o que faz dele extremamente econômico, só que com aumento de tração. Estamos aumentando o alcance em mais de 40%; trocando o trem de pouso da fuselagem para as asas; instalando novo radar e integrando novos armamentos, sensores, computadores e softwares. O Brasil vai continuar a depender de tecnologia estrangeira ou vai ter a sua própria? O significado maior da parceria é esse.

O ex-presidente Lula declarou a preferência pelo francês Rafale, mas há informações que no relatório da FAB os militares teriam declarado apoio ao Gripen. Como o senhor define a vantagem do caça sueco?

Janér: Pelas nossas estimativas, o Gripen custa hoje aproximadamente US$ 5 mil a hora de voo (incluindo o combustível sobressalente, a manutenção e o óleo lubrificante), enquanto que um Rafale custa US$ 20 mil e o da Boeing US$, 10 mil. Quando você tem dois motores, você carrega um peso muito maior, o que faz dos outros caças mais caros. E eles não carregam mais armamentos ou carga que os monomotores. Têm uma tração boa, mas são mais caros. Nós não somos nem melhores nem piores.

O senhor afirma que não risco em apostar em um projeto que ainda vai ser desenvolvido?

Janér: Temos uma janela de oportunidade que estamos dispostos a compartilhar. Insisto, o problema dos outros é que já estão prontos e, portanto, não tem como fazer isso, até porque o projeto deles foi congelado vários anos atrás. Por exemplo, a Boeing teve a configuração do F-18 Super Hornet congelada na década de 1980, o Rafale, em 90. Vejo uma bifurcação: uma coisa é você viver num mundo onde você faz trocas comerciais para aumentar a margem de algumas empresas, a outra é desenvolver sua própria tecnologia.

Os concorrentes afirmam que a configuração de seus caças é uma arquitetura aberta, que pode ser modernizada por mais 30 anos, que é o tempo de vida dos caças...

Janér: Estamos quebrando um paradigma. Você congela a configuração de uma aeronave muito antes de ela entrar em operação. E não se muda computadores e sensores a toda hora. Uma aeronave dura aproximadamente 30 anos e nesse período é feita uma atualização de meia vida, em que se troca computadores e etc. Criar uma nova geração de Gripens ficará muito mais barato no que diz respeito a integrar armamentos e outras peças. Colocar novos armamentos nos outros é possível, mas muito mais caro.

A principal defesa do projeto Gripen se baseia no apelo de o caça ser mais barato. O senhor considera esse motivo suficiente para justificar uma opção de compra que também é política?

Janér: A questão da tecnologia é uma decisão política. As empresas brasileiras que participarem do processo poderão utilizar tecnologias em outras áreas, por que a gente prometeu compartilhar a propriedade intelectual de tudo que for desenvolvido em conjunto. Mas o orçamento é importante. O gasto com manutenção sai do orçamento da Aeronáutica. Geralmente são 75% com pessoal, 25% custeio e 5% investimentos. Quando há um corte de orçamento, como houve esse ano, todo mundo sente. O comandante terá que decidir que aeronave deixar no chão.

Assim como os franceses, os suecos também investem em parcerias com empresas brasileiras. É um jeito de conquistar adeptos ao projeto?

Janér: Estamos investindo no Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB), em São Bernardo do Campo (SP). Temos interesse em profissionais qualificados e acreditamos que haverá demanda de mão de obra. Nossos planos incluem investir na fabricação de aeroestruturas em parceria com indústrias nacionais. Por exemplo, a produção da fuselagem central, traseira e das asas do Gripen NG, independentemente do resultado disputa, será feito por uma empresa brasileira.

Fonte: Último Segundo
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‘A Boeing é maior que as duas outras concorrentes juntas’, diz diretor

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Diferentemente das concorrentes que participam da disputa pela venda dos 36 caças que irão renovar a frota da FAB – a sueca Saab e o consórcio francês Rafale Internacional – os americanos da Boeing não mantêm escritórios no Brasil nem fecharam parcerias com empresas e universidades brasileiras. Enquanto os rivais europeus selam acordos com empresários no interior de São Paulo e de Minas Gerias, os executivos da Boeing afirmam seguir na disputa com mais tranquilidade: “Os outros concorrentes não têm como alcançar o mesmo nível de qualidade que o nosso”, afirma Thomas C. DeWald, diretor regional da fabricante para América Latina.

A preferência declarada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao francês Rafale também não preocupa a empresa, afirma o americano. “Com a chegada da presidenta Dilma, e essa disposição dela de rever todos os processos, achamos que o jogo começou de novo. Está todo mundo competindo em pé de igualdade”, diz enquanto a decisão não sai.

Mas tanta “tranquilidade” não significa inércia. Diante das investidas rivais em busca do contrato para fornecer os caças ao programa F-X2, os executivos da empresa reagiram. Recentemente propôs à Embraer 100 mil horas de trabalho de engenharia em conjunto “para trabalhar a capacidade de desenvolver novas configurações e usos para o avião”.

Saiba mais sobre o que diz Thomas C. DeWald sobre a proposta do F-18 Super Hornet.

Até o fim da gestão do ex-presidente Lula, o governo brasileiro manifestou predileção pelo caça francês Rafale. Porém, há informações de que no relatório da FAB, os militares brasileiros teriam afirmado preferir o sueco Gripen. Como a Boeing se vê nessa disputa?

Thomas C. DeWald: Claramente, no final do governo Lula, havia inclinação para a escolha do Rafale, muito em decorrência da relação do Lula com o Sarcozy. Mas com a chegada da presidenta Dilma, e essa disposição dela de rever todos os processos, achamos que o jogo começou de novo. Está todo mundo competindo em pé de igualdade. Estou certo de que a proposta da Boeing é a mais consistente não só pela capacidade da própria Boeing e do F-18 Super Hornet, mas pela tecnologia e pelo valor econômico. Ampliar a capacidade de desenvolvimento na área aeroespacial é de muito interesse do governo brasileiro.

Qual o diferencial do F-18 Super Hornet em relação aos outros dois concorrentes?

DeWald: O Super Hornet sempre foi a melhor aeronave para o governo brasileiro, se considerar custo-benefício. A principal vantagem é que o Super Hornet é bastante conhecido e tem diversas experiências em situações de combate, além de grande capacidade de produção e manutenção. Além disso, conta com todo apoio e infraestrutura da própria Boeing, que é uma empresa maior que as outras duas concorrentes juntas. É um caça que tem muito mais unidades produzidas que os outros dois. E a capacidade operacional da Boeing é sempre ressaltada, especialmente se comparada aos dois concorrentes.

O senhor afirma que a proposta do F-18 Super Hornet é melhor sobretudo pelo custo-benefício? Qual o valor de venda do caça e o custo de operação por hora de voo?

DeWald: Preço de venda do caça é uma questão estratégica na competição. Tenho certeza de que a nossa proposta é a mais consistente e a melhor. O custo de operação do Super Hornet é de US$ 3.200 incluindo combustível e manutenção. É um custo bastante baixo. E é o único comprovado, não é estimativa. O Gripen sequer foi construído e o Rafale está experimentando situações de combate pela primeira vez agora, na Líbia. O F-18 tem milhares de horas de voo e milhares de unidades produzidas.

Em relação à transferência e ao compartilhamento de tecnologia, a proposta americana é integral?

DeWald: A transferência de tecnologia foi completamente aprovada pelo governo norte-americano, tem apoio do presidente Barack Obama, do Congresso e do Departamento de Defesa. Nós oferecemos à Embraer a possibilidade de fazer a montagem final no Brasil, além de uma série de transferências tecnológicas dentro da área de engenharia e montagem e manutenção. A Boeing também propôs à Embraer 100 mil horas de trabalho de engenharia em conjunto para trabalhar a capacidade de desenvolver novas configurações e usos para o avião. O Brasil é totalmente capaz de desenvolver novas características para esse.

O consórcio Rafale afirma que tem o caça mais moderno nesta competição e os suecos defendem que o Gripen NG, que eles propõem desenvolver conjuntamente com o Brasil, será mais barato e melhor que os adversários. Como o senhor avalia as afirmações dos concorrentes?

DeWald: Quando você olha para todo o pacote que a Boeing tem para oferecer ao governo brasileiro, inclusive na área de defesa, e, economicamente falando, os outros concorrentes não tem como alcançar o mesmo nível de qualidade. Se for analisar a avaliação de risco, o Super Hornet é comprovadamente o que mais foi testado e o que tem mais unidades produzidas. Os EUA vão usar essa aeronave até 2035, são pelo menos mais 20 anos de produção contínua de peças, que vai acompanhar o pacote que envolve o avião. Dependendo da demanda e de novas ameaças que possam vir a surgir, há espaço para inovações tecnológicas.

O presidente Barack Obama visitou há pouco o Brasil. Houve algum indicativo sobre a decisão final da compra sobre o F-X2?

DeWald: O governo tem nos dito que a decisão será tomada até o fim deste ano, mas não haverá pagamento até 2012. Encaramos essa fase atual como uma boa oportunidade para estreitar os laços com parceiros anteriores ao processo e para conhecer melhor o mercado brasileiro sua capacidade produtiva e de manutenção. Podem surgir oportunidades de parcerias. Há diversos contatos com universidades brasileiras, por meio de uma unidade chamada Boeing Research Tecnology (Boeing Pesquisa e Tecnologia). Há conversas bastante adiantadas na área de biocombustível.

Fonte: Último Segundo
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Navalshore 2011 conta com presença de tecnologia para comunicação via satélite

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A OnixSat, empresa provedora de soluções em comunicação via satélite para o mar, terra e ar, irá expor suas inovações tecnológicas na feira

Na próxima semana, entre os dias 03 e 05 de agosto, a Navalshore, Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore ocorre com o compromisso de levar aos expositores e visitantes, variedades em produtos e serviços para este mercado, principalmente no que se refere ao segmento de petróleo e gás. A organização da feira acredita na superação do sucesso da edição anterior, na qual foram mais de 13 mil visitantes profissionais, acima de 320 empresas expositoras nacionais e internacionais, provenientes de países como Argentina, Japão, China, Espanha, Suécia, Coréia do Sul, EUA, Finlândia, Itália, Noruega, Canadá e Holanda, garantindo a oportunidade de networking e negócios com profissionais vindos de mais de 40 países.

Para a edição de 2011, a OnixSat irá participar no estande 499, demonstrando suas soluções em telecom para os mercados náutico, destacando o IsatPhone Pro, telefone satelital portátil, os terminais Dock Stations para IsatPhone; os Planos Promocionais para FleetBroadband (FBB); assim como a solução SkyWave D+, tecnologia que atende ao Anexo V da Petrobras, referente aos equipamentos de segurança em embarcações que prestam serviços para a estatal.

“Este ano, já tivemos uma excelente participação na Brasil Offshore, outro grande evento do mercado. A Navalshore é uma feira que já participamos no passado e, sem qualquer dúvida, nossa presença deve gerar bons negócios, assim como na edição anterior”, reforça Igor Falcão, gerente de Telecom da OnixSat.

As soluções OnixSat em comunicação via satélite atendem às necessidades de diversos tipos de serviços, desde telefonia à tráfego de dados em banda larga, podendo apresentar cobertura global, a partir da rede de satélites Inmarsat. Grandes organizações como a Transpetro, Grupo Edison Chouest, Astromáritima e outros fortes players do mercado naval e offshore já utilizam produtos telecom OnixSat, demonstrando a capacidade de fornecimento da empresa, assim como a confiabilidade nos produtos, serviços e sistemas.

Fonte: GeoPolítica Brasil com OnixSat
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Paramount Group apresenta Maverick e Marauder ao Brasil

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Conforme revelamos em nossa cobertura da LAAD2011, a Paramount Group debutou nesta que é a mais importante feira de defesa da América Latina, apresentando dois de seus veículos, os quais são alvo desta matéria exclusiva e passarão por avaliações aqui no Brasil, o Marauder e o Maverick.

Durante a LAAD2011 fomos convidados para uma entrevista exclusiva, onde nos foi anunciado a intenção desta que é uma das grandes indústrias de defesa da África do Sul de se instalar e fornecer seus produtos e serviços na America Latina tendo como base o Brasil. Conferimos de perto os veículos apresentados e nos impressionou a qualidade apresentada pela empresa.

Após o baixar da poeira levantada pela feira, estamos trazendo a você amigo leitor, matérias exclusivas, lhes trazendo uma visão mais aprofundada sobre tudo que vimos e conhecemos durante a feira, em um trabalho mais primoroso e detalhado, mantendo assim nosso característico compromisso com a qualidade e idoneidade de nosso trabalho. E após abordar o FX-2 com uma análise dos concorrentes e iniciar uma série aprofundada dos concorrentes com o Dassault Rafale, decidimos apresentar a Paramount e seus veículos aos nossos leitores.

A Paramount Group é uma indústria de defesa com sua sede na África do Sul, porém, possui atuação em âmbito global. É uma das maiores empresas privadas do setor de defesa e aeroespacial especializada em veículos blindados e soluções para segurança interna, controle de fronteira e operações de manutenção da paz. Fundada em 1994, no período em que começa a suspensão das sanções sobre a Africa do Sul, no inicio de suas operações a empresa realizava a modernização de viaturas blindadas, atendendo á um grande número de clientes não só em solo pátrio, mas também no mercado internacional.

A Paramount Group atua em diversas áreas relativas a defesa e segurança, desde a produção de equipamentos de proteção individual e infraestrutura para o campo de batalha, passando pela tecnologia de veículos blindados, modernização de aeronaves como também tecnologia aeroespacial, tendo um vasto leque de produtos e soluções.

Porém, o ano de 2008 ficou marcado como o início da produção de suas próprias plataformas para sistemas terrestres. A empresa exibiu um crescimento anual de 20% nas vendas nos últimos cinco anos e duplicou sua força de trabalho nos últimos 12 meses para atender aos novos pedidos dos seus veículos resistentes a minas para operações de manutenção da paz e segurança interna.






Uma característica muito atraente em relação aos negócios estabelecidos com a Paramount Group, diz respeito a sua estratégia de atuação global, que visa estabelecer parcerias e centros de serviços e produção em diversas regiões do globo, sendo seu diferencial em relação as demais empresas do setor de defesa a sua disponibilidade em transferir e capacitar tecnologicamente empresas locais, sendo um ponto atrativo para países que visam modernizar sua matriz industrial e impulsionar sua produção e exportação de materiais de defesa. Neste sentido temos alguns interessantes exemplos desta política da empresa. Em janeiro de 2010, assinou um acordo estratégico com a Ashok Leyland, uma das maiores companhias da Índia e a maior fornecedora de veículos logísticos para as forças de defesa indianas, com vistas a fabricar veículos protegidos contra minas na Índia. Assim, a companhia está ajudando países em desenvolvimento a desenvolver suas capacidades industriais de defesa através da transferência de tecnologia, um diferencial marcante para os países que buscam gerar empregos, inovação e potencial de exportação.

Outro exemplo que podemos citar é o acordo firmado com o Ministro da Indústria da Defesa do Azerbaijão, que estabeleceu uma base de produção em Baku, onde passaram a ser produzidos MPVs Matador e Marauder. O acordo destina-se a auxiliar o Azerbaijão a desenvolver uma indústria de defesa, onde através desta parceria a Paramount visa usar Baku como o pólo de exportação regional para outros países na CIS (Federação dos Estados Independentes).

Como revelado pelo GeoPolítica Brasil durante a LAAD2011, a Paramount teve a solicitação para avaliação de dois de seus produtos na linha de veículos blindados pelo Brasil e por mais um país sul americano que foi mantido em segredo. Assim a empresa demonstrou-se otimista em relação a estabelecer no Brasil um de seus centros globais de tecnologia e uma base para o mercado na América Latina. Os veículos que estão sendo testados são o Maverick, um veículo de segurança interna para ser usado pela polícia e outras organizações no cumprimento da lei, e o Marauder, um veículo blindado avançado protegido contra minas.

Segundo o executivo John Craig, CEO do Paramount Group: “Esses testes são extremamente significativos para a África do Sul e para a América do Sul, pois eles marcam a maior colaboração entre essas duas regiões econômicas de rápido crescimento econômico. A Paramount Group é uma empresa global de defesa produzindo tecnologia revolucionária de veículos blindados e esses testes fazem parte da nossa expansão agressiva dirigida à região. Esperamos que o mercado sul americano para veículos blindados cresça progressivamente nos próximos anos. Como resultado da modernização das forças armadas deste continente e um desejo de longa data de tratar as questões de segurança interna, estamos vendo os gastos com segurança e defesa crescerem em toda a região. Países como Brasil, Colômbia e Argentina anunciaram um aumento de dois dígitos nas despesas nos próximos cinco anos. Acreditamos que nossa tecnologia líder mundial, nosso histórico invejável e nossa excelente relação custo-benefício proporcionam aos clientes potenciais o melhor valor disponível no mercado”.

Ainda completou citando a estratégia de capacitação e transferência de tecnologias: “A abordagem de produção exclusiva da Paramount Group, pela qual localizamos instalações de produção no país, nos permitirá compartilhar a melhor tecnologia e habilidades da África com os engenheiros e cientistas da América do Sul. A transferência de tecnologia, as relações comerciais melhores e o compartilhamento de habilidades são todos resultados positivos da maior cooperação entre a América do Sul e a África do Sul”.

Agora vamos conhecer um pouco mais sobre os veículos apresentados durante a feira e que são alvo de avaliações no Brasil, tendo despertado interesse de nossos militares.





O primeiro deles é o Marauder, um VBTT sobre rodas 4X4 protegido contra minas e com capacidade de transportar 8 soldados equipados e 2 tripulantes, recentemente foi exibido em um programa da BBC, recebendo deste o titulo de veículo mais “imparável” do mundo, transpondo vários obstáculos, como paredes de tijolos e resistindo a detonação de explosivos.

O Marauder pode receber duas configurações, na primeira Transporte de tropas e na segunda pode ser equipado com uma metralhadora pesada em uma variedade de torres disponíveis para este veículo, transformando em um excelente veiculo de esclarecimento/observação e patrulha de combate.

Suas principais características exibem robustez, resistência e uma grande agilidade em variados terrenos. Além dessas qualidades, o Marauder exibe uma excelente capacidade de mobilidade estratégica, necessitando de poucos preparativos para transporte aéreo e capacidade de ser reconfigurado no próprio campo de batalha para enfrentar novas ameaças que venham a surgir. Sendo extremamente apto para emprego tanto em guerra convencional como no cenário de guerra assimétrica, de dia ou de noite ele está pronto para o combate, contando para isso com sistema de visão noturna e diversos sensores que o tornam um verdadeiro predador.

Com uma capacidade de transportar até 5 toneladas, apresenta uma grande flexibilidade operacional, podendo ser equipado com uma vasta gama de armamentos, bem como pode atuar no apoio logístico ás tropas, transportando provisões de combate e víveres, sendo um importante fator para integrar grupos de patrulha em profundidade ou forças de pronta resposta. Para esses cenários de aplicação, o Marauder conta a sua disposição tanques de combustível de longo alcance, estendendo seu raio de ação de maneira expressiva.

Uma importante capacidade deste blindado que o torna uma atraente opção no mercado internacional de defesa, diz respeito a sua resistência á minas terrestres e IED´s, tendo sido aprovado em rigorosos testes, onde suportou explosões de minas anti-tanque dispostas em diversas posições sob o veículo e mesmo uma mina dupla sob suas rodas, superando estes testes mantendo a integridade de seu casco. O seu interior também foi cuidadosamente projetado para proporcionar a sobrevivência de seus ocupantes, onde recebeu assentos especiais concebidos para evitar lesões resultantes do impacto resultante da aceleração vertical ou lateral proporcionada pela explosão. Além da proteção contra minas, o Marauder possui um casco de parede dupla em toda extensão da cabine e compartimento para proteger sua tripulação contra ataques no STANAG 4569 nível III. Possuindo ainda a possibilidade de receber blindagem adicional, sendo capaz de ter esta proteção instalada ou removida no próprio campo de batalha.

O Marauder possui uma grande reserva de potência, tornando este veículo extremamente ágil em qualquer tipo de terreno, sendo um fator importante para se livrar de emboscadas e locais de difícil acesso. Um de seus pontos fortes é sua capacidade de cruzar terrenos inóspitos, fora de estrada, um fator que proporciona uma variada opção de rotas até o campo de batalha, tornando um elemento surpresa, deixando ao inimigo a dúvida de onde vira o seu “predador”.

Além de tudo que foi exposto, o Marauder exibe um atraente custo/benefício, pois utiliza em sua construção componentes largamente disponíveis no mercado, o que torna seu custo baixo e sua manutenção simples se comparado aos concorrentes, tornando este um veículo viável as forças armadas de qualquer nação, apresentando confiabilidade e eficiência em toda sua longa vida útil.





Outro veículo apresentado durante a LAAD2011 que despertou interesse das autoridades de segurança pública, em especial, foi o Maverick. Mais veículo blindado da linha de produtos da Paramount e que exibe algumas características inovadoras e muito atraentes ao emprego policial na realidade brasileira.

Concebido como um veículo de aplicação policial e de segurança interna, o Maverick foi idealizado para o controle de distúrbios urbanos, exibindo a capacidade de transportar em seu interior até 12 policiais, possuindo sistema de climatização, agilidade e a resistência aos impactos de munição de fuzil 7,62mm perfurante, uma das munições que são largamente utilizadas pelos traficantes cariocas. O Maverick ainda possui sistema de extinção de fogo na área da rodas e regiões sensíveis, mantendo a plena capacidade de mobilidade do veículo frente a barricadas de pneus em chamas ou contra bombas incendiárias. Suas janelas blindadas oferecem um amplo campo de visão. Como bem conhecemos as operações com este tipo de veículo no Brasil, muitos podem questionar tais vidros de área “generosa”, o que pode onerar as corporações policiais com a substituição dos mesmos após os confrontos,mas o Maverick diferente dos “caveirões” convencionais, possui um inovador sistema de CCTV e outros sensores que dão a capacidade de operar este veículo com a mesma eficiência mesmo com o uso de escudos balísticos sobre os vidros. O sistema CCTV e os sensores que compõe a suíte deste veículo dão a capacidade de envio e recebimento de imagens e informações em tempo real, seja através de seu sistema de câmaras ou através de outro veículo remoto, prevendo até a integração com apoio de VANT. Com isso ainda possibilitando a coleta de provas que podem ser utilizadas para a identificação e julgamento de meliantes.

O Maverick possui a capacidade de evoluir no asfalto ou fora dele, ainda contando com um dozer, ou popularmente “limpa trilhos”, hidráulico capaz de remover obstáculos e barricadas que se coloque em seu caminho, extremamente ágil e manobrável o Maverick é um potencial concorrente para equipar as forças policiais, em especial a PMERJ, para combater o narcotráfico dentro das comunidades, oferecendo segurança e capacidade estratégica as forças policiais e de segurança pública.

Nós do GeoPolítica Brasil tivemos uma excelente impressão destes veículos e da seriedade com que a Paramount desenvolve seus produtos olhando para as necessidades do mercado, resta-nos aguardar os resultados das avaliações destes veículos aqui no Brasil. Quem sabe não veremos alguns exemplares destes em nossas forças armadas ou policiais em 2014 e 2016?

Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil

Matéria Exclusiva GeoPolítica Brasil
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