A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) negou nesta quinta-feira qualquer envolvimento com a operação francesa que levou armas para os rebeldes na Líbia.
O secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, disse ainda não ter informação sobre nenhum outro país que tenha dado armas aos insurgentes.
Rasmussen defendeu ainda que a Otan implementou de maneira bem sucedida a resolução do Conselho de Segurança da ONU, que determinou a intervenção militar estrangeira na Líbia para conter a repressão de civis comandada pelo ditador Muammar Gaddafi.
A França foi o primeiro país da aliança a confirmar que enviou armas para os rebeldes líbios. O país, contudo, disse que não violou o embargo de armas da ONU, já que tais armas eram necessárias para proteger civis ameaçados.
Citando fontes não identificadas, o jornal "Le Figaro" disse nesta semana que a França usou neste mês paraquedas para jogar lançadores de foguetes, rifles de assalto, metralhadoras e mísseis antitanque para os rebeldes nas Montanhas Ocidentais da Líbia.
Um porta-voz militar francês confirmou esse relato, o que levou alguns diplomatas na ONU a questionarem se o envio de armas sem o consentimento do comitê de sanções do Conselho de Segurança não representaria uma violação ao embargo armamentista ora em vigor.
"Decidimos fornecer armas autodefensivas às populações civis porque consideramos que essas populações estavam sob ameaça", disse o embaixador francês junto à ONU, Gerard Araud, a jornalistas.
"Em circunstâncias excepcionais, não podemos implementar o parágrafo 9 quando se trata de proteger civis", disse Araud, referindo-se ao artigo da resolução 1.970 do Conselho de Segurança, adotada em fevereiro, que impôs um amplo embargo armamentista à Líbia.
Questionado se o envio de armas seria uma violação, Rasmussen afirmou que cabe ao comitê de sanções da ONU definir.
Fonte: Folha
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