Há um crescente risco de que os incidentes marítimos envolvendo a China desencadeiem uma guerra na Ásia, o que poderia envolver também os Estados Unidos e outras potências, alertou uma instituição australiana nesta terça-feira.
O Instituto Lowy afirmou em relatório que o comportamento de risco dos militares chineses nos mares do Sul e do Leste da China, junto com a demanda do país por recursos e sua maior assertividade no cenário global, elevam as chances de um conflito armado.
"As linhas marítimas do Indo-Pacífico na Ásia estão ficando mais lotadas, disputadas e vulneráveis a tensões armadas. Forças navais e aéreas estão sendo fortalecidas em meio a uma mudança nos equilíbrios do peso econômico estratégico", escreveram Rory Medcalf e Raoul Heinrichs, autores do estudo.
"As fricções da China com Estados Unidos, Japão e Índia devem persistir e se intensificar. Conforme crescem o número e o ritmo dos incidentes, cresce também a probabilidade de que um episódio chegue a um confronto armado, a uma crise diplomática ou possivelmente até a um conflito", diz o texto.
A divulgação do estudo coincide com o lançamento pela China, talvez já nesta semana, do seu primeiro porta-aviões, num símbolo da atual expansão militar de Pequim. Neste mês, a China enviou seu maior navio civil de patrulha ao mar do Sul da China, o que preocupou as Filipinas, que disputa com os chineses uma zona marítima supostamente rica em gás e petróleo.
Na segunda-feira, o Senado dos EUA aprovou uma moção que deplora o uso da força contra navios vietnamitas e filipinos no mar do Sul da China. Um porta-voz da chancelaria chinesa reagiu dizendo que a resolução "não para em pé", e que países que não estejam diretamente envolvidos na disputa não deveriam interferir.
O relatório australiano detalha também tensões entre China e Japão, decorrentes de um exercício militar chinês em abril de 2010 perto das ilhas japonesas de Okinawa, e exacerbados pela detenção de um pescador chinês cuja traineira abalroou uma embarcação da Guarda Costeira japonesa.
Esses incidentes causaram uma crise diplomática durante a qual a China interrompeu suas exportações de terras-raras, um mineral raro, para o Japão, maior aliado dos EUA na região.
Fonte: Reuters
O Instituto Lowy afirmou em relatório que o comportamento de risco dos militares chineses nos mares do Sul e do Leste da China, junto com a demanda do país por recursos e sua maior assertividade no cenário global, elevam as chances de um conflito armado.
"As linhas marítimas do Indo-Pacífico na Ásia estão ficando mais lotadas, disputadas e vulneráveis a tensões armadas. Forças navais e aéreas estão sendo fortalecidas em meio a uma mudança nos equilíbrios do peso econômico estratégico", escreveram Rory Medcalf e Raoul Heinrichs, autores do estudo.
"As fricções da China com Estados Unidos, Japão e Índia devem persistir e se intensificar. Conforme crescem o número e o ritmo dos incidentes, cresce também a probabilidade de que um episódio chegue a um confronto armado, a uma crise diplomática ou possivelmente até a um conflito", diz o texto.
A divulgação do estudo coincide com o lançamento pela China, talvez já nesta semana, do seu primeiro porta-aviões, num símbolo da atual expansão militar de Pequim. Neste mês, a China enviou seu maior navio civil de patrulha ao mar do Sul da China, o que preocupou as Filipinas, que disputa com os chineses uma zona marítima supostamente rica em gás e petróleo.
Na segunda-feira, o Senado dos EUA aprovou uma moção que deplora o uso da força contra navios vietnamitas e filipinos no mar do Sul da China. Um porta-voz da chancelaria chinesa reagiu dizendo que a resolução "não para em pé", e que países que não estejam diretamente envolvidos na disputa não deveriam interferir.
O relatório australiano detalha também tensões entre China e Japão, decorrentes de um exercício militar chinês em abril de 2010 perto das ilhas japonesas de Okinawa, e exacerbados pela detenção de um pescador chinês cuja traineira abalroou uma embarcação da Guarda Costeira japonesa.
Esses incidentes causaram uma crise diplomática durante a qual a China interrompeu suas exportações de terras-raras, um mineral raro, para o Japão, maior aliado dos EUA na região.
Fonte: Reuters
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