Quando o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, citou o custo como uma razão para retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão, ele se referiu a uma quantia de US$ 1 trilhão gastos pelo país em seus atuais conflitos bélicos.
Mas, por maior que pareça, essa cifra subestima grosseiramente o custo total para o Tesouro dos EUA das guerras no Iraque, Afeganistão e Paquistão, e ignora valores mais vultosos que ainda devem surgir, segundo um estudo divulgado na quarta-feira.
A conta total deve ficar entre US$ 3,7 e US$ 4,4 trilhões, de acordo com o projeto de pesquisa intitulado "Custos da Guerra", feito pelo Instituto Watson de Estudos Internacionais, da Universidade Brown (http://www.costsofwar.org).
Nos dez anos transcorridos desde que os soldados norte-americanos desembarcaram no Afeganistão para perseguir os líderes da Al Qaeda responsáveis pelos atentados de 11 de setembro de 2001, os gastos nos conflitos totalizaram uma soma de US$ 2,3 a US$ 2,7 trilhões.
Mas a cifra vai continuar aumentando, pois precisa levar em conta custos muitas vezes ignorados, como as pensões vitalícias para veteranos feridos e os gastos estimados para o período de 2012 a 2020. A estimativa não inclui pelo menos outro US$ 1 trilhão gastos em juros da dívida bélica, e bilhões de dólares em gastos impossíveis de contabilizar, segundo o estudo.
Em termos humanos, as atuais guerras dos EUA causaram 224 mil a 258 mil mortes diretas, o que inclui 125 mil civis no Iraque. Muitas outras pessoas morreram em consequência indireta dos conflitos, por exemplo, por desnutrição e falta de acesso a atendimento médico e água potável. Outras 365 mil pessoas ficaram feridas, e 7,8 milhões de pessoas precisaram deixar suas casas.
A pesquisa reuniu mais de 20 acadêmicos para tentar destrinchar informações que nem sempre aparecem de forma consistente ou transparente nos relatos oficiais.
O relatório salienta o ônus que os conflitos continuarão impondo ao orçamento federal dos EUA, que já se encaminha para uma situação insustentável devido ao envelhecimento da população norte-americana e à disparada nos custos da saúde.
O texto também questiona o que os EUA ganharam com esse trilionário investimento bélico.
"Espero que, ao olharmos para trás quando isto acabar, algo muito bom tenha resultado", disse o senador republicano Bob Corker à Reuters em Washington.
Fonte: Reuters
Mas, por maior que pareça, essa cifra subestima grosseiramente o custo total para o Tesouro dos EUA das guerras no Iraque, Afeganistão e Paquistão, e ignora valores mais vultosos que ainda devem surgir, segundo um estudo divulgado na quarta-feira.
A conta total deve ficar entre US$ 3,7 e US$ 4,4 trilhões, de acordo com o projeto de pesquisa intitulado "Custos da Guerra", feito pelo Instituto Watson de Estudos Internacionais, da Universidade Brown (http://www.costsofwar.org).
Nos dez anos transcorridos desde que os soldados norte-americanos desembarcaram no Afeganistão para perseguir os líderes da Al Qaeda responsáveis pelos atentados de 11 de setembro de 2001, os gastos nos conflitos totalizaram uma soma de US$ 2,3 a US$ 2,7 trilhões.
Mas a cifra vai continuar aumentando, pois precisa levar em conta custos muitas vezes ignorados, como as pensões vitalícias para veteranos feridos e os gastos estimados para o período de 2012 a 2020. A estimativa não inclui pelo menos outro US$ 1 trilhão gastos em juros da dívida bélica, e bilhões de dólares em gastos impossíveis de contabilizar, segundo o estudo.
Em termos humanos, as atuais guerras dos EUA causaram 224 mil a 258 mil mortes diretas, o que inclui 125 mil civis no Iraque. Muitas outras pessoas morreram em consequência indireta dos conflitos, por exemplo, por desnutrição e falta de acesso a atendimento médico e água potável. Outras 365 mil pessoas ficaram feridas, e 7,8 milhões de pessoas precisaram deixar suas casas.
A pesquisa reuniu mais de 20 acadêmicos para tentar destrinchar informações que nem sempre aparecem de forma consistente ou transparente nos relatos oficiais.
O relatório salienta o ônus que os conflitos continuarão impondo ao orçamento federal dos EUA, que já se encaminha para uma situação insustentável devido ao envelhecimento da população norte-americana e à disparada nos custos da saúde.
O texto também questiona o que os EUA ganharam com esse trilionário investimento bélico.
"Espero que, ao olharmos para trás quando isto acabar, algo muito bom tenha resultado", disse o senador republicano Bob Corker à Reuters em Washington.
Fonte: Reuters
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