Os governos de Cuba e China assinaram neste domingo em Havana dez acordos, convênios e memorandos econômicos que incluem créditos, donativos e a cooperação nas áreas financeira, técnica, petrolífera, informática e comunicações para reforçar as relações bilaterais.
Os convênios foram assinados na presença do líder cubano Raúl Castro e do vice-presidente chinês, Xi Jinping, que se encontra em visita oficial à ilha.
Segundo um dos acordos, Cuba e China ampliarão sua cooperação no setor petrolífero mediante as respectivas empresas do setor Cupet (União Cuba Petroleo) e a CNPC (China National Petroleum Corporation).
A China é um dos países que está em negociações com Cuba para concluir e estabelecer novos contratos de prospecção petrolífera nos blocos da ZEE (Zona Econômica Exclusiva) que a ilha caribenha possui nas águas do Golfo do México, segundo indicaram especialistas do Ministério da Indústria Básica cubano.
Ambos os governos assinaram memorandos para a expansão da refinaria de Cienfuegos (sudeste) e a execução de um projeto de gás natural nesse complexo.
Em matéria de cooperação econômica, a China concederá a Cuba um donativo e uma linha de crédito sem juros, mas não foram divulgados detalhes das quantias.
Os governos de Cuba e China também assinaram um memorando para a elaboração da agenda econômica bilateral dos próximos cinco anos.
Havana e Pequim se propõem a fomentar a cooperação tecnológica em matéria de televisão digital e em outros campos, como supervisão e controle bancário.
Empréstimos para a modernização do setor da saúde na ilha, para provisões de laboratórios e para a reabilitação das redes hidráulicas cubanas foram outras das áreas onde a China pretende colaborar com Cuba.
O reforço da cooperação entre Cuba e China ocorre quando a ilha se encontra imersa em processo para "atualizar" seu ineficiente modelo econômico e tratar de superar a grave crise que atinge sua economia há décadas.
Antes da assinatura desses acordos, Raúl Castro se reuniu neste domingo com o vice-presidente chinês, Xi Jinping, durante um encontro realizado no Palácio da Revolução de Havana.
Em sua chegada à ilha no sábado passado, Xi Jinping - considerado o favorito para suceder o atual presidente, Hu Jintao - antecipou que o objetivo desta visita era "'ampliar as coincidências, aumentar a amizade e aprofundar a cooperação à procura conjunta do desenvolvimento".
Cuba é o primeiro ponto da viagem latino-americana de Xi, que pretende visitar ainda Uruguai e Chile, com o objetivo declarado de aumentar as relações econômicas da China com a região.
O vice-presidente chinês viaja acompanhado de uma delegação integrada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Wan Gang; o vice-ministro das Relações Exteriores, Zhang Zhijun; o vice-presidente da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento (principal órgão de planejamento econômico), Zhu Zhixin; e o presidente do CDB (Banco de Desenvolvimento da China), Chen Yuan.
A China é o segundo maior parceiro comercial de Cuba, atrás apenas da Venezuela. O comércio bilateral Havana-Pequim aumentou para US$ 1,8 bilhão em 2010, valor US$ 254 milhões a mais que em 2009, segundo dados oficiais.
Fonte: EFE
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