quinta-feira, 30 de junho de 2011

China pede calma ao Vietnã sobre disputa marítima

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Um militar chinês de alto escalão pediu ao Vietnã que apazigue o descontentamento público e evite um aumento da tensão entre os dois vizinhos comunistas, informou um jornal oficial chinês nesta quinta-feira, após semanas de tensões no Mar do Sul da China.

Os comentários, em parte um alerta e em parte uma tentativa de melhorar os laços, foram feitos por Ma Xiaotian, vice-chefe do Comando Geral do Exército de Libertação Popular, em um encontro com autoridades da Universidade de Defesa Nacional do Vietnã, informou o Diário do Exército de Libertação.

Ma não mencionou diretamente uma recente disputa no Mar do Sul da China, mas esse era claramente o foco de seus comentários.

Ma disse "esperar que o Vietnã conduza as questões sensíveis de forma adequada e oriente corretamente a opinião pública e o sentimento popular", disse o jornal chinês.

"Parem de permitir que as questões cresçam e piorem, e evitem complicar problemas de forma que se tornem multilaterais e internacionalizados", disse Ma aos visitantes vietnamitas em comentários parafraseados pelo jornal.

A relação entre a China e o Vietnã vem sofrendo tensões no último mês por conta de uma disputa de longa data sobre a soberania no Mar do Sul da China, onde os dois países, além de outros, reivindicam o domínio sobre pequenas ilhas.

O Vietnã permitiu manifestações durante a disputa em frente à embaixada chinesa em Hanói, uma rara expressão popular de oposição à China sancionada oficialmente no país. A China é uma antiga vizinha e rival do Vietnã, e os dois países se enfrentaram em uma breve guerra em 1979.

Fonte: Reuters
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Rússia começará a construir a popa do “Mistral” em dezembro

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A Rússia começará em dezembro a construir a popa dos porta-helicópteros da classe Mistral, informou hoje o presidente da Corporação Unificada de Construção Naval da Rússia, Roman Trotsenko.

“A Rússia construirá nos Estaleiors do Almirantado em São Petersburgo. De certo, será a metade do barco”, disse Trotsenko.

Ele também disse que os cascos dos navios serão transportados depois para o Estaleiro STX, em Saint-Nazaire, na França, onde será realizada a montagem final dos porta-helicópteros.

Em 17 de junho, a Rússia firmou com a França um contrato para venda de dois porta-helicópteros francesas da classe Mistral. Esta chegou a ser a maior transação comercial registrada entre Rússia e um país da OTAN. A soma dos contratos ascendeu o valor de 1.2 bilhão de euros.

A Rússia planeja construir um total de quatro navios desse tipo: Dois serão construídos na França e os outros dois há expectativa que sejam construídos na Rússia. Segundo o contrato, os primeiros navios seriam entregues à Rússia em 2014 e 2015 respectivamente.

O porta-helicópteros Mistral desloca 21 toneladas, mede 210 metros de comprimento e pode se deslocar a uma velocidade de 18 nós. Sua autonomia de até 10,800 km.

O navio pode operar até seis helicópteros, seis lanchas de desembarque e dois hovercraft, sem contar que pode abrigar um batalhão de tanques de combate Leclerc ou outros 70 viaturas blindadas.

Sua tripulação costa de 160 homens e pode transportar outros 450 homens.

Fonte: O Informante via Plano Brasil
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Iran avança e o Brasil dorme em berço Esplêndido

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Vale lembrar leitor que o “Programa Espacial Iraniano” a dez ou quinze anos atrás se encontrava bem aquém do “Programa Espacial Brasileiro” e hoje apresenta resultados que o nosso programa jamais alcançou em 50 anos de existência.

Hoje o Brasil faz parte do grupo econômico conhecido como “BRICS”, formado também pela China, Rússia, Índia e a África do Sul, sendo que dentre os programas espaciais dos países do grupo o brasileiro é o único que não decolou até hoje (já que o “Programa Espacial Sul-Africano” só prevê o desenvolvimento de satélites de pequeno porte (microsatélites e tecnologias associadas) e de forma até agora bastante exitosa), apesar de ser o segundo mais antigo de todos, só atrás do da Rússia.

Infelizmente apesar da luta inglória de grandes profissionais brasileiros (técnicos, engenheiros e pesquisadores civis e militares) em 50 anos de programa não conseguimos sequer nesse período colocar por nossos próprios meios um simples “parafuso em órbita”, apesar da área de satélites ter alcançado alguns resultados através de foguetes estrangeiros.

É extremamente frustrante além de preocupante para toda comunidade espacial do país (composta por menos de 3000 integrantes e diminuindo rapidamente por falta de reposição – a Índia tem 16 mil) que após esse tempo todo o resultado alcançado seja “pífio” se comparamos com os resultados alcançados por outras nações do mundo em um período bem menor de tempo.

Desde o início da década de 90 do século passado que essa comunidade vem se mobilizando ingloriamente para esclarecer aos “d…loides” de governos subseqüentes a importância do programa espacial para um país das dimensões territoriais do Brasil. Durante esses período foram realizadas reuniões reservadas com autoridades, audiências públicas, seminários, workshops, congressos, visitas oficias de autoridades do governo e do Congresso as instalações das instituições envolvidas com o programa e elaboração de documentos que até hoje não resultaram em nada, a não ser muito blá-blá-bla e promessas mirabolantes.

Assim sendo leitor, o resultado não poderia ser outro, e em nossa opinião o PEB vive hoje o pior momento de toda sua história (apesar da melhora dos recursos financeiros durante a segunda metade do Governo LULA, ainda que insuficientes) já que a classe política brasileira se recusa a entender o grande erro histórico e estratégico para nossa sociedade que esta sendo cometido por “omissão”.

Certamente isso gerará grandes conseqüências no futuro de nossa sociedade, já que o país está perdendo a competência tecnológica que resta adquirida nesses 50 anos num programa não só crucial para o país como para toda a humanidade.

O mundo já identificou há décadas que a tecnologia espacial é crucial para o desenvolvimento de suas sociedades, bilhões de dólares são investidos anualmente e outros bilhões são gerados por esses investimentos que trazem benefícios incalculáveis em todas as áreas do conhecimento humano.

Infelizmente só mesmo os “d...loides de Brasília” não enxergam ou se recusam enxergar (o programa espacial devido a ignorância da sociedade brasileira não dá voto, e sendo assim não é interessante para a classe política) o caminho adotado por esses países em direção dessa nova fronteira.

Países como a Argentina, que mesmo com grandes dificuldades financeiras, literalmente já ultrapassou o Brasil na área de desenvolvimento de satélites e se confirmadas as ultimas notícias divulgadas pela mídia, caminha seriamente para nos ultrapassar na área de foguetes.

Vale lembrar leitor, que desde o início da década de 70 (1971) os argentinos já tinham colocado um ser vivo (um macaquinho) no espaço em um vôo suborbital,e se não fosse pelo inconseqüente ex-presidente argentino Carlos Menem que cedeu as pressões do governo americano cancelando o “Projeto Condon” (hoje isso não ocorre no governo da Cristina Kirchner que tem apoiado incondicionalmente o programa espacial do seu país) a Argentina hoje certamente faria parte do fechadíssimo clube espacial, formado por países que detém a tecnologia espacial de acesso ao espaço.

Fonte: Brazilian Space via Plano Brasil
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Otan nega envolvimento em entrega de armas a rebeldes líbios

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A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) negou nesta quinta-feira qualquer envolvimento com a operação francesa que levou armas para os rebeldes na Líbia.

O secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, disse ainda não ter informação sobre nenhum outro país que tenha dado armas aos insurgentes.

Rasmussen defendeu ainda que a Otan implementou de maneira bem sucedida a resolução do Conselho de Segurança da ONU, que determinou a intervenção militar estrangeira na Líbia para conter a repressão de civis comandada pelo ditador Muammar Gaddafi.

A França foi o primeiro país da aliança a confirmar que enviou armas para os rebeldes líbios. O país, contudo, disse que não violou o embargo de armas da ONU, já que tais armas eram necessárias para proteger civis ameaçados.

Citando fontes não identificadas, o jornal "Le Figaro" disse nesta semana que a França usou neste mês paraquedas para jogar lançadores de foguetes, rifles de assalto, metralhadoras e mísseis antitanque para os rebeldes nas Montanhas Ocidentais da Líbia.

Um porta-voz militar francês confirmou esse relato, o que levou alguns diplomatas na ONU a questionarem se o envio de armas sem o consentimento do comitê de sanções do Conselho de Segurança não representaria uma violação ao embargo armamentista ora em vigor.

"Decidimos fornecer armas autodefensivas às populações civis porque consideramos que essas populações estavam sob ameaça", disse o embaixador francês junto à ONU, Gerard Araud, a jornalistas.

"Em circunstâncias excepcionais, não podemos implementar o parágrafo 9 quando se trata de proteger civis", disse Araud, referindo-se ao artigo da resolução 1.970 do Conselho de Segurança, adotada em fevereiro, que impôs um amplo embargo armamentista à Líbia.

Questionado se o envio de armas seria uma violação, Rasmussen afirmou que cabe ao comitê de sanções da ONU definir.

Fonte: Folha
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Brasil pretende lançar satélite de defesa até 2014, diz Jobim a senadores

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O Brasil pretende lançar até 2014 um satélite geoestacionário para interligar os sistemas de defesa em todo o seu território. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29) pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, a 10 senadores que participaram de uma audiência pública promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) na sede do próprio ministério. A audiência foi realizada por requerimento do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), presidente da Subcomissão da Amazônia e da Faixa de Fronteiras.

O novo satélite, cujo lançamento ainda depende de uma decisão final do governo brasileiro, permitirá a comunicação direta entre Brasília e pelotões de fronteira e submarinos que navegam no Oceano Atlântico, além do rápido envio de imagens de áreas pouco acessíveis. Atualmente, como explicou o ministro, o governo brasileiro aluga canais de um satélite de propriedade de uma empresa privada de capital mexicano.

- Hoje, quando precisamos de uma imagem, os mexicanos só as enviam para nós em 36 horas. E ainda não temos como saber se a mesma imagem será cedida a terceiros - disse Jobim.

O custo total de colocar um novo satélite estatal em órbita será de aproximadamente R$ 700 milhões, segundo o ministro. A quantia envolve a construção do satélite, seu lançamento, seguro e sistema de acompanhamento em terra. Atualmente, o custo anual do aluguel dos canais de um satélite privado, para serviços de telecomunicação e transmissão de imagens, é de R$ 44,8 milhões.

O ministro considerou o satélite "vital" para a segurança nacional, além de permitir o acesso à internet para mais de 1.800 municípios que ainda não são conectados à rede mundial de computadores. Após ouvir os dados referentes ao satélite, o senador Jorge Viana (PT-AC) concordou com o ministro em que este não poderia ser comercial, mas sim "algo estratégico do país".

Integração

As imagens do novo satélite poderão ser cedidas a países vizinhos, como antecipou Jobim, dentro de uma política de aproximação com as nações da América do Sul. Ao lembrar que o Brasil possui a maior economia do subcontinente, o ministro defendeu a adoção de uma "relação de compreensão" com os demais países sul-americanos. Em resposta a uma questão da senadora Ana Amélia (PP-RS), a respeito da receptividade de países vizinhos à nova política brasileira de defesa, ele ressaltou a rapidez da aprovação do Conselho Sul-Americano de Defesa, apesar de algumas resistências à proposta em nações vizinhas.

Jobim relatou aos senadores que esteve há poucos dias na Colômbia, negociando acordos de cooperação em defesa na área de fronteira. Em sua opinião, a cooperação com a Colômbia poderá servir de modelo a ações semelhantes com outros países vizinhos. Propondo maior aproximação com esses países, ele recordou que a América do Sul conta com a maior capacidade do mundo de produção de proteína vegetal e animal, além de grande capacidade de produção de energia e das reservas de água doce da Amazônia e do Aquífero Guarani.

- Precisamos evitar que retorne o discurso de internacionalização da Amazônia - afirmou.

Ao final da exposição, o senador João Pedro (PT-AM) demonstrou preocupação com a carência de policiais federais na região de fronteira. Por sua vez, o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) recordou sua experiência como governador de Santa Catarina ao defender a realização de concursos para policiais que trabalhem nos municípios mais distantes.

Mozarildo Cavalcanti relatou uma reivindicação dos secretários estaduais de Segurança por maior participação no Plano Estratégico de Fronteiras. O presidente da comissão, senador Fernando Collor (PTB-AL), agradeceu ao ministro pela exposição detalhada do plano aos senadores.

Fonte: Senado Federal via Notimp
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Parlamento grego aprova plano de austeridade em meio a protestos

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Nuvens de gás lacrimogêneo se espalhavam pelas ruas de Atenas enquanto o Parlamento aprovava o pacote de austeridade econômica do governo Papandreou. Líderes europeus se disseram aliviados com a aprovação.

Acompanhado por batalhas nas ruas de Atenas, o Parlamento grego aprovou nesta quarta-feira (29/06) o drástico pacote de austeridade econômica do governo para salvar a Grécia da inadimplência estatal. Dos 300 parlamentares, 155 votaram a favor das duras medidas econômicas, 138 votaram contra e 5 se abstiveram.

O programa de austeridade econômica do primeiro-ministro George Papandreou prevê reduções salariais, aumento de impostos e privatizações. A aprovação do projeto pelo Parlamento era condição para que Atenas continue a receber ajuda financeira da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Um deputado do partido social-democrata de Papandreou, o Pasok, votou contra o programa, que pretende economizar 28 bilhões de euros, e foi prontamente expulso do partido. Um parlamentar da oposição conservadora, em contrapartida, votou a favor do governo.

Antes da votação, o presidente do Banco Central grego, George Provopoulos, aumentou a pressão sobre os deputados do país: "Seria um crime se o Parlamento votasse contra o pacote. O país iria selar seu suicídio", disse Provopoulos ao jornal Financial Times.

Ira da população

No entanto, se políticos internacionais e instituições financeiras saudaram a aprovação do pacote econômico em Atenas, milhares de manifestantes voltaram a protestar na praça Sintagma, em frente ao Parlamento. Com o uso de gás lacrimogêneo, a polícia evitou que uma parte dos manifestantes, munidos de pedras, adentrasse o prédio do Parlamento em Atenas.

Uma greve geral convocada pelos sindicatos ainda paralisa o país. Novas manifestações estão programadas para a noite desta quarta-feira. Nuvens de gás lacrimogêneo se espalharam pelas ruas. Durante a votação no Parlamento, cerca de 30 radicais atacaram escritórios do Ministério grego das Finanças com pedaços de madeira e metal.

A ira diante do pacote de austeridade econômica se estende além dos sindicatos e da esquerda radical grega. O programa governamental provocou indignação numa população já desiludida pela corrupção e pelo nepotismo.

Muitos gregos estão amargurados sobretudo devido aos duros requisitos impostos pela UE e pelo FMI, que condicionaram a liberação de uma parcela de mais de 12 bilhões de euros em ajuda financeira à aprovação nesta quarta-feira do pacote de austeridade econômica na Grécia.

Alívio na Europa

A União Europeia, por sua vez, saudou a aprovação dos planos de Papandreou. O país altamente endividado deu um importante passo para se afastar do fundo do poço, afirmaram nesta quarta-feira o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy.

Numa primeira reação, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, se disse aliviada com a novidade. "Esta é realmente uma boa notícia", afirmou Merkel à margem de uma conferência sobre finanças da bancada conservadora da coalizão de cristão-democratas e social-cristãos em Berlim.

Além de Merkel, o presidente do Deutsche Bank, Josef Ackermann, se demonstrou contente com o resultado. Ackermann afirmou em Berlim nunca ter duvidado da sabedoria dos gregos. Nos mercados financeiros, o desenvolvimento no Parlamento grego também ecoou positivamente. Na expectativa de uma aprovação em Atenas, os índices das bolsas de valores já haviam subido nos últimos dias.

Novo pacote

Nesta quinta-feira, os parlamentares gregos ainda terão de aprovar as leis necessárias para a implementação das medidas de austeridade econômica. O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, disse estar seguro de obter maioria também nessa votação.

Com a aprovação no Parlamento grego, os ministros de Finanças da União Europeia deverão liberar no próximo domingo uma nova parcela de ajuda financeira para a Grécia, que também deverá ser avaliada pelo FMI no próximo dia 5 de julho.

Posteriormente, UE e FMI deverão trabalhar num novo pacote de ajuda financeira para Atenas, que deverá suceder ao primeiro de 110 bilhões de euros. O novo pacote prevê uma participação de 30 bilhões de euros do setor privado. Uma soma semelhante deverá provir de privatizações e aproximadamente 55 bilhões virão dos cofres públicos.

Fonte: Deutsche Welle
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Palestinos pedirão reconhecimento a um Estado à ONU em setembro

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Os palestinos devem comparecer à ONU em setembro para pedir o reconhecimento a um Estado e se transformar em membro de pleno direito, embora nenhuma destas medidas seja garantida e não estejam descartadas outras opções.

O procedimento estabelecido para que um país seja admitido como novo membro da ONU estipula que após ser apresentada a solicitação formal à Secretaria-Geral, nove dos 15 membros do Conselho de Segurança devem dar sua aprovação, entre eles os cinco permanentes com direito de veto.

Se a proposta prosperar, o Conselho de Segurança recomenda então à Assembleia Geral debater a incorporação do novo membro, para o que é preciso a aprovação de dois terços da câmara.

Atualmente, 192 nações integram a ONU, o que significa que o Estado palestino deve contar com o sinal verde de 128 países, no caso de o Conselho de Segurança dar sua recomendação, algo improvável dada a oposição de Washington.

No caso de Israel, a resolução 181 (da partilha de 1947) criou a plataforma legal para seu estabelecimento, ao que seguiram em 1948 vários reconhecimentos em nível bilateral, embora o Conselho não tenha dado sinal verde ao Estado judeu devido à primeira guerra árabe-israelense.

Apenas em maio de 1949 Israel obteve o reconhecimento como membro da ONU na Assembleia Geral após um amplo debate, um processo que, segundo os analistas, os palestinos estudam seguir.

Até o momento, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) conta com o apoio de 116 países, e nesta semana o responsável das Relações Exteriores do Fatah, Nabil Shaath, assegurou que antes de setembro outras 24 nações se somarão a este número.
No caso de os palestinos não conseguirem o apoio de 128 países a princípio, há outras opções.

"Ir à ONU em busca de reconhecimento é uma alternativa entre várias opções. Ainda segue havendo ceticismo sobre a medida e suas consequências", explicou Hiba Husseini, advogada e ex-assessora legal da equipe negociadora palestina.

Para Ziad Abu Zayad, advogado e co-editor do Semanário Palestina-Israel, a ideia de ir à ONU é uma mensagem clara de frustração e desespero da liderança palestina.

"É como se alguém ameaçasse dizendo: 'vou matar alguém, por favor, me detenha'", diz.

Israel e EUA expressaram sua rejeição aos planos palestinos de buscar reconhecimento fora do marco das negociações, posição que a União Europeia (UE) apoia em maior ou menor medida, mas que também prefere resolver em conversas diretas entre as partes.

O diretor do Centro para a Democracia e Desenvolvimento Comunitário, Walid Salem, sustenta que o objetivo da ida à ONU é estabelecer um processo baseado nos direitos humanos que mude a atual relação de amo (Israel) e vassalo (palestinos).

A semente da proposta, explica, é cozinhada há três anos pelo Governo do primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Salam Fayyad, que partia de três premissas fundamentais: criar as instituições para um futuro Estado palestino, promover a luta não violenta contra a ocupação e obter o apoio internacional para um Estado.

A essas ideias se uniu a tese do negociador palestino Mohamed Shteye de comparecer à ONU sem descartar as negociações de paz com Israel.

Assim reafirmou em maio o presidente da ANP, Mahmoud Abbas: "Nossa primeira opção são as negociações, mas se não houver progresso até setembro iremos à ONU".

No entanto, outras autoridades palestinas insistiram que a OLP irá a esse organismo internacional com ou sem progresso nas negociações.

Se não for alcançada uma maioria, os palestinos podem solicitar uma revisão de sua situação para obter uma melhor posição de cara às negociações, como equiparar seu status ao de caráter especial que tem a UE.

Outra opção é pedir que seja colocada em prática a resolução 181, solicitar uma resolução contra os assentamentos ou inclusive ressuscitar aquela que equiparava o sionismo ao racismo.

Os palestinos, contudo, querem evitar a todo custo o exemplo de Kosovo, reconhecido por pelo menos 76 países mas que não conta com o beneplácito de Rússia e China, membros permanentes do Conselho.

O coordenador especial da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio, Robert Serry, insiste que, independentemente do que ocorrer em setembro, "a comunidade internacional seguirá chamando pressionando as partes a retornar à mesa de negociações".

Fonte: EFE
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Obama defende legalidade da ação militar na Líbia

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, insistiu nesta quarta-feira na legalidade da intervenção militar na Líbia, que não foi autorizada pelo Congresso americano, e reafirmou que a solução do conflito requer a saída do líder líbio Muammar Kadafi.

"Enquanto Kadafi estiver controlando grandes números de soldados, o povo líbio correrá perigo", acrescentou o presidente durante uma entrevista coletiva na Casa Branca. "Não há dúvidas de que Kadafi tem de abandonar o poder".

Alguns legisladores americanos acusaram recentemente Obama de violar a Lei de Poderes de Guerra, de 1973, que exige que o Poder Executivo notifique ao Congresso sobre o envio de tropas ao exterior nas primeiras 48 horas.

A legislação também proíbe que essas tropas permaneçam por mais de 60 dias em um conflito sem uma autorização específica do Congresso para o uso da força militar ou uma declaração de guerra.

A Casa Branca até agora garantiu não ter violado essa lei, pois diz que advertiu ao Congresso antes de começar as operações e lembra que, desde então, manteve diversas sessões informativas com os parlamentares para mantê-los a par dos eventos na Líbia.

"Quando informei à população sobre esta ação, indiquei que seria uma missão limitada e que os Estados Unidos não colocariam tropas no terreno", destacou Obama.

"Fizemos exatamente o que dissemos que faríamos, não há soldados (americanos) no terreno. Nossos aliados assumiram grande parte da operação e não houve baixas americanas", acrescentou. "A nossa é uma missão bem limitada".

Para ele, "boa parte de todo esta discussão acerca da Lei de Poderes de Guerra é pura politicagem".

"O que fizemos é em cumprimento ao mandato das Nações Unidas, que determinava impedir o massacre de civis por parte do regime", complementou Obama.

Fonte: EFE via Deutsche Welle
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Paquistão pede que EUA abandonem base aérea usada por aviões espiões

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O Paquistão pediu aos Estados Unidos que abandonem uma base aérea situada em seu território que supostamente é usada pelos americanos para lançar seus ataques de aviões espiões contra a insurgência, informou nesta quinta-feira a imprensa paquistanesa.

"Dissemos a eles que abandonem a base aérea", manifestou ontem a um grupo de jornalistas o ministro da Defesa paquistanês, Ahmed Mukhtar, segundo a agência estatal de notícias "APP".

O ministro indicou que em breve a base será "desalojada", segundo a versão publicada hoje pelo diário paquistanês "Dawn".

A remota base de Shamsi, situada na província sudoeste do Baluchistão, foi objeto de especulações durante os últimos meses, incluindo a versão de que na realidade estaria sob o controle dos Emirados Árabes Unidos.

Em abril, fontes de inteligência paquistanesa disseram à imprensa que os militares americanos já haviam abandonado esta base, utilizada pelos aviões não tripulados para reabastecer e decolar para atacar alvos insurgentes.

Nem EUA nem Paquistão admitem em público a existência do programa de aviões não tripulados na fronteira.

Apesar de todo o segredo que envolve a base aérea de Shamsi, é evidente que os EUA não necessitam mantê-la para continuar lançando ataques com mísseis contra alvos insurgentes e da rede terrorista Al Qaeda.

As relações entre Paquistão e EUA se deterioraram de forma extraordinária este ano devido ao caso do espião americano que matou dois paquistaneses em janeiro e sobretudo após a operação militar americana que terminou por matar Osama bin Laden, em 2 de maio, na cidade de Abbottabad, nos arredores de Islamabad.
Na mesma conversa com os jornalistas, o ministro da Defesa paquistanês admitiu que há um "déficit de confiança" com Washington que deve ser reduzido através de ações conjuntas.

Os aviões espiões são um dos motivos de divergência, já que o Paquistão frequentemente critica em público os EUA por estes ataques.

Fonte: EFE
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Plano de estímulo monetário dos EUA termina sem garantir crescimento sustentável

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Chega ao fim nesta quinta-feira a segunda rodada do chamado relaxamento quantitativo, política pela qual o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) injetou US$ 600 bilhões (cerca de R$ 942 bilhões) na economia americana por meio da compra de títulos do Tesouro de longo prazo.

Iniciado em novembro do ano passado com o objetivo de impulsionar a lenta recuperação da economia americana, esse novo ciclo de relaxamento quantitativo (QE2, na sigla em inglês) teve resultados modestos, como mostram os dados econômicos mais recentes.

“Não ajudou muito”, disse à BBC Brasil o economista Rafael Amiel, da consultoria IHS Global Insight. “Não teve um impacto na economia real.”

Ao recorrer à medida pela segunda vez – na primeira, durante o auge da crise econômica mundial, entre 2008 e 2009, foram investidos US$ 1,75 trilhão (cerca de R$ 2,75 trilhões) na compra de títulos – o Fed esperava que, no final de junho, data programada para encerrar o QE2, a recuperação econômica já estivesse em uma “trajetória sustentável”.

No entanto, ao confirmar o fim do QE2, na semana passada, o presidente do Fed, Ben Bernanke, admitiu que a recuperação da economia americana segue num ritmo menor que o esperado.

“A recuperação econômica parece estar ocorrendo em um ritmo moderado, apesar de um pouco mais lento do que o comitê (Federal Open Market Committee, ou Fomc, órgão equivalente ao Comitê de Política Monetária brasileiro) esperava, e alguns indicadores recentes do mercado de trabalho também foram mais fracos do que o esperado”, disse Bernanke na ocasião.

Crescimento

As declarações de Bernanke foram feitas logo após reunião do Fomc na qual a previsão de crescimento para o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos foi reduzida para ficar entre 2,7% e 2,9% neste ano – abaixo da projeção anterior, divulgada em abril, que colocava o aumento do PIB entre 3,1% e 3,3%.

A projeção do FMI (Fundo Monetário Internacional) é ainda mais pessimista.

Em um relatório anual sobre a economia americana divulgado nesta quarta-feira, o FMI prevê avanço de 2,5% neste ano e 2,7% em 2012 e afirma que o crescimento deve permanecer fraco por algum tempo.

A taxa de desemprego, que em novembro do ano passado estava em torno de 10%, hoje é de 9,1%, patamar ainda considerado alto e sem perspectivas de grandes mudanças no curto prazo.

O Fed prevê que a taxa de desemprego chegue ao fim deste ano em torno de 8,6% a 8,9%, e o próprio Bernanke já afirmou que deve levar “vários anos” até que esse patamar volte a um nível considerado “normal”, entre 5% e 6%.

Com a recuperação em marcha lenta, a economia americana não tem crescido o suficiente para recuperar os cerca de 8 milhões de postos de trabalho perdidos durante a recessão – que se estendeu por 18 meses, até junho de 2009.

Somados a esses problemas estão ainda o déficit recorde no orçamento, calculado em US$ 1,4 trilhão (cerca de R$ 2,2 trilhões) para o ano fiscal que termina em setembro, e o risco da dívida pública, que já chegou ao teto de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,5 trilhões) ultrapassar o limite legal.

Caso a Casa Branca e o Congresso não cheguem a um acordo para elevar o teto da dívida até o dia 2 de agosto, os Estados Unidos correm o risco de ter de parar de cumprir seus compromissos financeiros, o que, segundo o governo e o FMI, pode não apenas mergulhar a economia americana em uma nova crise, mas também provocar “choques severos” nos mercados globais.

Há também o déficit comercial com países como a China, o mercado imobiliário ainda em crise e fatores externos, como os altos preços das commodities e o impacto do terremoto e do tsunami que atingiram o Japão em março sobre alguns setores, como o manufatureiro.

Críticas

Apesar do cenário pouco otimista, os resultados do QE2 não chegam a surpreender, já que desde seu início analistas alertavam que a medida não ia resolver os problemas da economia americana.

No entanto, mesmo diante das dúvidas iniciais de analistas, o Fed sempre disse que não poderia deixar de agir diante das dificuldades da economia americana, ao lembrar que tem a dupla tarefa de controlar a inflação e ao mesmo tempo estimular o crescimento.

Como os Estados Unidos permanecem desde dezembro de 2008 com sua taxa de juros inalterada em entre 0% e 0,25% e sem previsão de aumento, o governo não tinha mais espaço para recorrer à medida tradicionalmente adotada para impulsionar a economia, que seria a redução dos juros.

Nesse quadro, o relaxamento quantitativo – que, na prática, significa imprimir dinheiro para comprar os títulos de longo prazo – tinha o objetivo de baixar os juros de longo prazo, aumentando a liquidez e estimulando a demanda.

Oito meses depois, o nível de confiança de consumidores e empresas permanece baixo. Mas a inflação, que na época do lançamento do QE2 registrava seu menor aumento em décadas, tornando-se uma das razões da implementação da medida, devido ao temor de deflação, voltou a crescer, e deve ficar entre 2,3% e 2,5% neste ano, segundo o Fed.

A trajetória do QE2 também foi marcada por críticas de países emergentes, como o Brasil, que acusaram os Estados Unidos de provocar um fluxo excessivo de capital em suas economias, provocando a valorização das moedas locais frente ao dólar e prejudicando as exportações.

No campo doméstico, a pouco mais de um ano para as eleições presidenciais, a oposição republicana não cansa de culpar as ações do Fed por problemas como os altos preços dos combustíveis.

Por ora, o Fed anunciou que não pretende implementar uma terceira rodada de relaxamento quantitativo. Mas já avisou que essa medida não está totalmente descartada e depende de como a economia americana irá se comportar.

Fonte: BBC Brasil
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Choques entre polícia e manifestantes ferem mais de mil no Egito

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Choques entre policiais e manifestantes no Cairo, capital do Egito, deixaram mais de mil feridos nos últimos dois dias, afirmou nesta quarta-feira o vice-ministro da Saúde, Abdul-Hameed Abazah. Desde terça-feira, milhares de egípcios participam de protestos que exigem mais rapidez no julgamento de autoridades acusadas de cometer abusos durante o governo do ex-presidente Hosni Mubarak.

De acordo com Abazah, nos dois dias de confronto cerca de 900 feridos receberam atendimento médico no local e mais de 120 foram levados ao hospital.

Os choques começaram na noite de terça-feira, quando supostos familiares de manifestantes mortos nos protestos contra Mubarak foram impedidos de participar de uma homenagem às vítimas. Cerca de cem supostos parentes tentaram invadir o teatro onde a cerimônia era realizada e nove foram detidos.

Os demais marcharam até o centro do Cairo, tomando a praça Tahrir e reunindo-se em frente à sede do Ministério do Interior para protestar contra o conselho militar, que acusam de manter a ordem da era Mubarak, não promover reformas e atrasar os julgamentos de autoridades leais ao ex-líder.

No início da semana, o julgamento de Habub el-Adly, que chefiou o Ministério do Interior durante o governo de Mubarak e é acusado deordenar o uso de força contra manifestantes durante os protestos do início do ano, foi adiado para 25 de julho.

De acordo com a AP o protesto reuniu seis mil egípcios na noite de terça-feira. Na manhã desta quarta-feira, 1.500 ainda estavam no local. Na tentativa de dispersá-los, policiais atiraram para o ar e usaram bombas de gás. Os manifestantes responderam atirando pedras e dezenas de carros e lojas foram destruídos.

Em comunicado divulgado no Facebook, o Exército afirmou que os protestos têm o objetivo de "desestabilizar o país" e fez um apelo para que os egípcios não participem das manifestações.

Fonte: Último Segundo
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Dilma pede maior proteção comercial para Mercosul

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A presidente Dilma Rousseff propôs na quarta-feira ao Mercosul elevar a proteção comercial contra o aumento de importações, em uma tentativa de conter a entrada de produtos baratos da Europa, Ásia e Estados Unidos em uma região de rápida expansão.

A proposta, levada pelo Brasil à Comissão de Comércio do bloco, que também é formado por Argentina, Paraguai e Uruguai, será discutida nas próximas semanas e permitirá que cada país eleve individualmente seus tributos de importação de bens não pertencentes à zona, de acordo com uma autoridade do governo brasileiro.

"Nós, países do Mercosul, devemos estar bem atentos ao que se passa no mundo. Neste momento de excepcional crescimento da região, identificamos que alguns parceiros de fora buscam vender-nos produtos que não encontram mercado no mundo rico", disse Dilma, em sua primeira participação numa cúpula do Mercosul desde que tomou posse em janeiro.

Um diplomata argentino afirmou à Reuters sob condição de anonimato que a Argentina, que tem uma dura política comercial que inclui barreiras a importações e licenciamento não automático, concorda em preservar o mercado para o bem da região.

Uruguai e Paraguai, as economias menos industrializadas do Mercosul e, portanto, mais abertas às importações, receberam a proposta com cautela.

"Acreditamos que é importante ... a existência de um verdadeiro mercado regional, forte, vigoroso, que não tenha restrições tarifárias no seu funcionamento externo", disse a jornalistas o chanceler uruguaio, Luis Almagro. "A proposta (do Brasil) é para ser analisada".

COMPETITIVIDADE COMPROMETIDA

Chanceleres e ministros de Comércio e Economia do bloco, reunidos perto de Assunção desde terça-feira, expressaram preocupação com perda de competitividade da economia regional por uma apreciação de suas moedas, o que estimula as importações.

Dilma disse que "precisamos avançar no desenvolvimento de mecanismos comunitários que venham reequilibrar a situação" e pediu que a Comissão de Comércio do bloco aprovasse a proposta do Brasil até dezembro, quando chegará ao fim o semestre de presidência uruguaia no Mercosul, que começa a partir da atual cúpula.

As economias do Mercosul voltarão a crescer neste ano acima da média mundial, com taxas que oscilarão entre 4 por cento, no caso do Brasil, até 7 por cento ou mais, no caso da Argentina -- um nível mais moderado em comparação ao crescimento de 2010.

"Os países em desenvolvimento na América Latina, neste contexto, têm um desempenho muito mais dinâmico, mas muitos de nós têm sofrido as consequências do excesso de liquidez produzido pelos países ricos, que compromete nossa competitividade e tem sido o principal fator responsável pelas pressões inflacionárias existentes", disse Dilma.

COOPERAR, NÃO COLONIZAR

Além de Dilma, também participaram da reunião do Mercosul no Paraguai os chefes de Estado de Equador e Uruguai. A presidente argentina, Cristina Kirchner, não viajou por recomendação médica.

No encontro, os mandatários compartilharam informações sobre a saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, quem pediu ao seu ministro de Energia, Rafael Ramírez, que o representasse na cúpula, segundo o próprio funcionário venezuelano.

O presidente do Uruguai, José Mujica, que falou depois de Dilma, pediu que as companhias brasileiras, as mais fortes da região, cooperassem para ajudar a desenvolver seus sócios.

"O Brasil não tem culpa de ser tão grande, nem nós temos culpa de sermos tão pequenos. Isso se arruma multiplicando os atores", disse Mujica.

Dilma defendeu que as assimetrias entre os sócios sejam enfrentadas "realizando projetos de grande relevância".

"Precisamos promover maior integração de nossas cadeias produtivas, estimulando parcerias entre as empresas da região, sobretudo as de pequeno e médio porte", afirmou a presidente.

Também participou da cúpula do Mercosul, realizada na sede da Confederação Sul-Americana de Futebol, o chanceler japonês, Takeaki Matsumoto, que convidou o bloco sul-americano a um diálogo para intensificar as relações comerciais com o país asiático.

Um funcionário do Ministério de Assuntos Exteriores do Japão disse a jornalistas que empresários japoneses e do Mercosul estão pedindo aos governos a implementação de um acordo mútuo de livre comércio.

Fonte: Reuters
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Copa de 2014 será mais cara da história, diz consultor do Senado

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A Copa do Mundo de 2014 no Brasil será a mais cara da história, com gastos da ordem de 40 bilhões de dólares, segundo levantamento da Consultoria Legislativa do Senado. Os números foram considerados sem "nenhum fundamento" pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, nesta quarta-feira.

"O nosso país, dono de vários recordes no futebol mundial, já tem mais um: o da Copa mais cara de todos os tempos", afirmou o consultor legislativo do Senado para as áreas de Turismo e Esporte, Alexandre Guimarães, em artigo.

Nesta conta estão incluídos 33 bilhões de reais anunciados pela presidente Dilma Rousseff para obras de infraestrutura da Copa incluindo segurança e saúde, 7 bilhões de reais que devem ser gastos em estádios pelo setor público e os 20 bilhões de reais que o BNDES disponibilizará para financiamento do trem-bala Rio de Janeiro-São Paulo.

Somados, esses valores chegariam a 38 bilhões de dólares pela cotação do dólar na tarde desta quarta. O trem-bala, no entanto, não ficará pronto para a Copa do Mundo de 2014 e sua operação durante a Olimpíada de 2016 no Rio não é uma exigência colocada em edital para a empresa que vencer a licitação.

Mesmo assim, os valores a serem gastos pelo Brasil ainda ficariam bastante acima dos 8 bilhões de dólares que, segundo Guimarães, a África do Sul desembolsou para realizar o evento, até hoje o mais caro da história, entre estádios e obras de infraestrutura.

"Mesmo o número específico para a Copa (excluindo gastos com infraestrutura), vai passar fácil a África do Sul, que foi a mais cara até agora", disse o consultor à Reuters por telefone.

O ministro Orlando Silva contestou o levantamento da Consultoria Legislativa do Senado e afirmou que o número de 40 bilhões de dólares apontado por Guimarães é "cabalístico" e sem "nenhum fundamento".

"A Copa do Mundo é um estímulo, é um catalisador, um mecanismo que faz com que o país antecipe investimentos que, mais cedo ou mais tarde, teria que fazer para melhorar as suas cidades", disse Silva durante o programa "Bom Dia, Ministro", da NBR.

Para ele, "não é justo colocar na conta da Copa" esses investimentos em áreas que não terão ligação direta com o evento. "O que tem que se colocar na conta da Copa são os investimentos em estádios, os investimentos em questões operacionais para a realização do Mundial", defendeu.

Para Guimarães, da Consultoria Legislativa do Senado, no entanto, foi o governo que colocou todos os investimentos na mesma rubrica da Copa do Mundo. A consultoria é encarregada de produzir estudos e notas técnicas de esclarecimento sobre questões de relevância para o Congresso.

Para ele, um exemplo disso é a aprovação na Câmara dos Deputados do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para obras do Mundial e dos Jogos Olímpicos de 2016.

"Por que se aprovou o RDC? Para a Copa", disse Guimarães. "Tudo vai entrar como obra da Copa depois do RDC", acrescentou.

Na madrugada desta quarta-feira os deputados concluíram a votação da medida provisória que cria um regime especial para as obras da Copa do Mundo de 2014, das Olimpíadas de 2016 e da Copa das Confederações de 2013.

Pelo regulamento, que ainda tem que ser aprovado no Senado, o governo não precisará informar ao público os valores que pretende gastar em cada obra até o final da licitação. Durante o processo, esses dados ficarão restritos a órgãos de controle

Fonte: Reuters
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Mercosul quer unir forças para alcançar desenvolvimento com inclusão social

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Além de destacar "a consolidação da região como um dos mercados mais atraentes em nível mundial", os presidentes comprometeram-se a "impulsionar o desenvolvimento econômico com inclusão social, através da redução da pobreza", destaca o texto final.

Os chefes de Estado destacaram a necessidade de que o bloco reflita sobre "a forma com a qual enfrentará as oportunidades e desafios que a transformação do cenário internacional apresenta".

Os presidentes dos países do Mercosul também uniram forças para fortalecer o bloco ante a invasão de produtos provenientes de países como China, que buscam mercados em expansão.

"Novos ventos sopram em nossa região e isso é muito positivo, o crescimento incrível do Paraguai em 2010 (de 15%) foi acompanhado de avanços nos outros países (do bloco). (...) Temos que comemorar, mas resta muito a ser feito", destacou a presidente Dilma Rousseff, em seu discurso na cúpula de presidentes.

"Com o excepcional crescimento da região (durante 2010), países de fora buscam vender" e "devemos estudar mecanismos comunitários para reequilibrar a situação", destacou a presidente, que citou a necessidade de tomar medidas concretas durante a presidência temporária do Uruguai, que assume nesta quarta-feira.

Nesse sentido, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que os países do Mercosul devem preservar seus mercados e evitar que sejam "invadidos por produtos de países que não têm a quem vender", como os Estados Unidos, os países europeus e asiáticos.

Segundo Dilma, o grupo também deve analisar a forma de se relacionar com outros países. "É importante concluir as negociações de acordo de associação com a União Europeia", e também "fortalecer as negociações sul-sul", disse.

Por sua vez, o presidente uruguaio, José Mujica, chamou o bloco a "construir economias complementares" e criar uma "autodefesa" frente à entrada de produtos provenientes do exterior.

"É lógico que aumentar e assegurar nossos mercados é decisivo", destacou, ao afirmar que os governos devem "garantir a institucionalidade do Mercosul, já que é a porta de entrada para o crescimento".

A esse respeito, o chanceler Antonio Patriota afirmou que serão iniciadas negociações com Bolívia e Equador para integrá-los como membros plenos do bloco.

Em representação da presidente argentina, Cristina Kirchner, o ministro de Relações Exteriores do país, Héctor Timerman, destacou que o Mercosul deve continuar analisando mecanismos para aprofundar o processo de integração entre os países e o "desenvolvimento equilibrado de todos os seus membros".

Por sua vez, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, aproveitou o encontro para pedir a eliminação "de barreiras de toda índole" e garantir "a livre circulação de bens e mercadorias".

Nesse sentido, durante o encontro, foi criado um grupo de alto nível para supervisionar a eliminação da dupla cobrança do Tarifa Externa Comum (TEC), que deve entrar em funcionamento em 1º de janeiro de 2012, mas que para sua implementação ainda falta definir elementos práticos e técnicos.

O comércio entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai encerrou o ano passado com um volume de 44,55 bilhões de dólares, e as autoridades prevêem que o grupo cresça 5% em 2011.

Mas para que esse crescimento se concretize, o bloco deve estimular as cadeias produtivas, agregar mais valor aos produtos locais e investir em setores estratégicos, como o energético, estimou a presidente.

A utilização dos recursos energéticos também foi destacada por Lugo como um ponto fundamental para o desenvolvimento.

"A integração energética é a garantia de avanço econômico do Mercosul. (...) Esta integração não nos garantirá apenas benefícios econômicos, (devemos) iniciar um processo que terá como consequência o desenvolvimento de nossos povos", destacou.

Nesta quarta-feira, Lugo recebeu Dilma, em um encontro durante o qual discutiram os meios para aumentar a integração de ambos os países, informou o principal assessor brasileiro de Relações Internacionais.

Fonte: AFP
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EUA impõem sanções a Síria e Irã por abusos a direitos humanos

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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos disse na quarta-feira que irá impor sanções às forças de segurança da Síria por causa de abusos a direitos humanos e ao Irã por apoiar o regime sírio.

O Tesouro citou quatro importantes divisões das forças sírias que teriam congelados eventuais bens sob jurisdição dos EUA e com os quais os norte-americanos ficam proibidos de terem relações comerciais.

"As ações de hoje (quarta-feira) se somam aos esforços do governo (dos EUA) para pressionar (o presidente sírio Bashar) al-Assad e seu regime a acabar com o uso da perversa violência", disse David Cohen, subsecretário-interino do Tesouro para assuntos de terrorismo e inteligência financeira.

Há dúvidas sobre o efeito prático das sanções, já que dificilmente as forças sírias teriam bens sob jurisdição dos EUA.

Mas Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado, disse que as sanções "também limitam a capacidade de outras companhias e investidores internacionais de fazer negócios com eles."

"O que é mais importante, passa uma mensagem de que estamos vendo as ações desses indivíduos, e não só observando-os como tomando ações contra eles."

Irã e Síria são principais suportes do terrorismo

..Irã e Síria são os "principais suportes do terrorismo", denunciou nesta quarta-feira John Brennan, o principal assessor sobre terrorismo do presidente americano, Barack Obama, durante a apresentação da nova estratégia antiterrorista americana.

"Por esta razão vamos seguir utilizando todas as ferramentas de nossa política exterior para evitar que estes regimes e organizações ameacem nossa segurança nacional", afimou Brennan.

Segundo Brennan, os Estados Unidos admitem que "há vários países e grupos que apoiam o terrorismo e se opõem aos interesses americanos", disse Brennan durante uma conferência na Universidade Johns Hopkins.

Tanto Irã como Síria apoiam o movimento xiita libanês Hezbollah, um grupo que os Estados Unidos qualificam de terrorista.

Os EUA condenaram recentemente em diversas ocasiões o governo sírio por sua brutal repressão contra os manifestantes que protestam contra o regime do presidente Bashar al-Assad.

Os Estados Unidos e parte da comunidade internacional acusam o Irã de tentar adquirir armas atômicas se escondendo em um programa nuclear civil, o que Teerã sempre desmentiu.

O programa nuclear iraniano foi condenado por seis resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, quatro das quais incluem sanções econômicas e políticas. Estados Unidos e União Europeia também adotaram suas próprias sanções econômicas e políticas.

Fonte: Reuters / AFP
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quarta-feira, 29 de junho de 2011

China: Brasil não tem capacidade de liderar

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Documentos obtidos pelo Wikileaks e revelados pela agência A Pública mostram que, na avaliação do ex-embaixador chinês em Brasília, a China acredita que o Brasil não tem "capacidade e influência" para ser líder e que as ambições do país excedem seu verdadeiro peso no cenário internacional.

Telegramas de agosto de 2008 registram diálogo dos então embaixadores da China, Chen Duqing, e dos Estados Unidos, Clifford Sobel. O representante asiático considerou que o Brasil não possuía qualificação para pleitear assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas e estava "interessado apenas em algumas áreas, e não em paz ou em segurança".


"Em outro telegrama, os Estados Unidos ponderavam que a principal relutância chinesa quanto à reforma no Conselho de Segurança dizia respeito à possível entrada do Japão no conselho. Para os diplomatas, se a China apoiasse o Brasil em seu antigo anseio por uma inserção mais profunda no principal organismo multilateral, estaria por tabela beneficiando os rivais asiáticos", conta a agência.

O embaixador chinês ainda classificou o porto de Santos como "o pior do mundo". E reclamou que a burocracia brasileira é muito confusa, com uma sobreposição de funções. Ainda observou que, por não ter consolidado suas bases para garantir desenvolvimento prolongado e mais crescimento econômico, fica comprometida a meta de reduzir a desigualdade social. Em várias correspondências, os diplomatas americanos consideram que o Brasil considera a China como um aliado fundamental, mas que não recebe o mesmo tratamento.

- O governo Lula considera a China um parceiro para contrabalancear a influência de nações mais ricas em instituições multilaterais - afirmou a embaixadora americana, Donna Hrinak, em despacho de 14 de maio de 2004 vazado pelo Wikileaks. - Para o Brasil, mesmo um casamento de conveniência é preferível a um eterno encontro.

De acordo com A Pública, o embaixador Thomas Shannon previu, em telegrama de 22 de abril de 2008:
- A China será uma forte concorrente, para os Estados Unidos e para o Brasil.

Fonte: Blog do Nassif
Sugestão: LucasU
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Sem avisar, a agência sanitária dos Estados Unidos decide abrir uma filial em Brasília.

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Sem avisar, a agência sanitária dos Estados Unidos decide abrir uma filial em Brasília. O resultado é a primeira encrenca diplomática do governo Dilma com os americanos.

Uma comitiva de autoridades brasileiras desembarca discretamente nesta semana em Washington para resolver a primeira bronca diplomática entre os dois países desde que Dilma Rousseff assumiu a Presidência da República. A encrenca compõe-se de três letras: FDA, sigla para Food and Drugs Administration, agência do governo americano responsável pela fiscalização dos remédios e alimentos consumidos nos Estados Unidos. Há dois meses, a administração de Barack Obama decidiu abrir um escritório da FDA no Brasil – sem nem ao menos avisar sua colega Dilma Rousseff, quanto mais pedir um o.k. do governo brasileiro. Pegou mal. Para impedir que a bronca vire crise, diplomatas do Itamaraty e Dirceu Barbano, presidente da Anvisa, agência equivalente à FDA no Brasil, pedirão pessoalmente aos americanos que desistam da ideia. Ganha uma aspirina genérica quem adivinhar o resultado dessa reunião.

“Fomos surpreendidos. Mandei um e-mail pessoal para a chefe da FDA, Margaret Hamburg, relatando o estranhamento com essa situação desrespeitosa”, afirmou Barbano a ÉPOCA. Ele disse que, apesar de já ter sido cogitado pelos americanos, o assunto não estava na lista das negociações entre as agências. “A diretoria da Anvisa não vai admitir que uma agência estrangeira faça trabalho similar ou igual ao nosso em território brasileiro. Se isso acontecer, a Anvisa poderá ser desacreditada internacionalmente.”

Por que instalar uma agência da FDA no Brasil? Segundo os americanos, o escritório permitiria que os técnicos da agência fiscalizassem diretamente laboratórios de remédios que exportam para os Estados Unidos. O propósito desse tipo de escritório, portanto, seria assegurar a qualidade dos produtos importados que chegam aos EUA. Na prática, a FDA assumiria inspeções hoje conduzidas pela Anvisa.

Isso já acontece, de maneira semelhante, em países como China e Índia, onde a FDA abriu sucursais. Na América Latina, há escritórios da FDA no México, no Chile e na Costa Rica. Esses países, porém, não dispõem de agências de fiscalização sanitária competentes ou exportam com frequência produtos defeituosos. O governo chinês só permitiu a chegada da FDA depois de ser ameaçado de boicote pelos americanos, após o rumoroso caso em que brinquedos contaminados por chumbo foram exportados para os Estados Unidos.

No Brasil, não há razões evidentes para a abertura de um escritório. Primeiro, o Brasil quase não exporta medicamentos para os EUA. Segundo, e mais importante, Anvisa e FDA mantêm acordos bilaterais para permitir inspeções em laboratórios e fábricas, desde que autorizadas pelo governo de cada país, como já se deu em visitas a indústrias de tabaco. As duas agências também firmaram recentemente convênios confidenciais para trocar informações acerca de laboratórios americanos e brasileiros.

ÉPOCA obteve documentos internos da Anvisa que oferecem algumas explicações para o avanço americano. Segundo os papéis, nos quais os dirigentes da Anvisa dizem que causou “estranheza” a notícia da abertura do escritório da FDA no Brasil, a nova investida dos Estados Unidos faz parte de um plano de “engajamento global” da FDA. “A agência vem se apresentando para diversos países como alternativa à falta de estruturas nesses países. Ou, em outras palavras, que os países poderiam contar com a FDA para a garantia da segurança dos produtos produzidos em seus territórios”, diz um dos trechos do documento.

De acordo com um diretor da Anvisa, José Agenor Álvares, não faz sentido a abertura de uma agência da FDA no Brasil. “Pode ser uma tentativa de intrometer-se na regulação sanitária brasileira. Só vejo nexo, do ponto de vista dos americanos, se for para fazer lobby. Tentar, por exemplo, acelerar autorizações para a venda de medicamentos americanos”, diz. Na avaliação de Agenor, a FDA deveria dar crédito às inspeções da Anvisa e se valer delas para decidir sobre a autorização da importação de produtos de uma fábrica brasileira. Para o presidente da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac), Fernando Marques, uma das explicações para um escritório no Brasil é a defesa dos interesses das indústrias americanas. “Elas querem prorrogar patentes dos remédios que vencem nos próximos anos e continuar vendendo milhões ao governo brasileiro”, afirma. “Dessa forma, a fabricação de remédios genéricos e similares nacionais, mais baratos, fica comprometida.”

Procurada por ÉPOCA, a FDA preferiu não comentar a abertura do escritório no Brasil. “É prematuro discutir localizações e prazos para a instalação de novos escritórios”, disse a agência, por meio de nota. A FDA afirmou ainda que uma das principais missões de um escritório no exterior é “aprender mais sobre as indústrias locais e sobre os desafios de como os produtos são regulados”. A embaixada americana em Brasília, onde já há preparativos para receber a equipe da FDA, não quis comentar o assunto.

O mal-estar diplomático do caso FDA surge no momento em que a presidente Dilma tenta suavizar as relações com os Estados Unidos, após os oito anos de duras divergências durante a gestão Lula. Nesse período, o Brasil acumulou divergências com os americanos – entre as mais rumorosas, a diferença de opinião sobre as finalidades da política nuclear do Irã – e viu sua parceria comercial com os Estados Unidos se enfraquecer diante da ascensão da economia chinesa. A saída de Celso Amorim do Ministério das Relações Exteriores, homem que simbolizava o antiamericanismo da política externa de Lula, foi interpretada como uma oportunidade de desanuviar as relações diplomáticas entre os dois países. Antonio Patriota, o diplomata que sucedeu Amorim, foi embaixador em Washington e mantém bom diálogo com os americanos. Tanto que sua nomeação foi fundamental para que Obama visitasse o Brasil em março, menos de três meses após a posse de Dilma. Ainda não houve tempo para que aparecessem bons resultados dessa nova fase de diálogo entre Brasil e Estados Unidos. Caso se repitam episódios como o da FDA, é difícil acreditar que apareçam.

Fonte: Revista Época
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Brasil começa a implantar RG com chip no mês que vem

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O RG biométrico, com chip, já começa a ser implementado no Brasil em julho. Neste ano, 2 milhões de brasileiros em Brasília, Rio de Janeiro e Salvador serão os primeiros a ter o novo cartão de identidade (denominado RIC), em fase de testes.

A convocação dos selecionados para trocar a antiga cédula de identidade começou em janeiro e a escolha foi aleatória, segundo o Ministério da Justiça. No primeiro semestre, parte dos eleitores brasileiros também já foi cadastrada para permitir uma mudança para o cartão biométrico no título de eleitor.

Nessa primeira fase, todo o custo será bancado pelo governo - o documento biométrico pode custar até R$ 40 e as formas de pagamento ainda não estão definidas (hoje alguns Estados cobram pelo atual RG). Procurada ontem para comentar o assunto, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que ainda não há uma data certa para o Estado integrar o projeto. Ainda deverá ser lançado um processo licitatório (sem data definida).

A mudança no documento deverá atingir, até 2019, 150 milhões de brasileiros. A tecnologia foi contratada de uma empresa suíça, a Covadis, com sede em Genebra, que também trabalha na instalação em outros países do mundo. Para seu executivo-chefe, Marcelo Correa, as alterações no sistema de identificação brasileiro "serão um teste importante" para a nova tecnologia. Para ele, a grande vantagem do novo formato é a proteção dos dados dos cidadãos, além da redução do risco de fraudes, com o roubo de documentos.

O cartão promete diminuir a quantidade de cópias de documentos que cada cidadão terá de fazer, cada vez que for obrigado a se apresentar a um serviço público. Ele trará um chip com dados da pessoa, informações biométricas e sua impressão digital. Para garantir a proteção dos dados, a Casa da Moeda ficará responsável pelo armazenamento das informações contidas em cada um dos cartões.

Fonte: Estadão
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Atlantis está pronto para lançamento que fecha era dos ônibus espaciais

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O ônibus espacial Atlantis está pronto para o lançamento em direção à Estação Espacial Internacional no dia 8 de julho, anunciou a Nasa após uma reunião para revisar os planos do último voo da historia de um ônibus espacial americano.

O lançamento no Centro Espacial Kennedy, na Florida (sudeste dos EUA), está programado para as 11H26 (12H26 em Brasília), na que será a última missão do programa dos ônibus espaciais americanos, que durou 30 anos.

A missão final, conhecida como STS-135, vai durar 12 dias e conta com uma tripulação de quatro astronautas americanos a bordo.

Assim que o Atlantis voltar à Terra, o programa de ônibus espaciais dos Estados Unidos será concluído oficialmente, deixando a Rússia como a única nação no mundo capaz de transportar os astronautas ao espaço.

Companhias privadas competem para construir a próxima geração de naves espaciais americanas, mas é pouco provável que elas fiquem prontas antes de 2015.

Fonte: France Presse
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Irã faz testes secretos de mísseis com capacidade nuclear, diz Londres

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O Irã realizou testes secretos de mísseis balísticos além das públicas manobras militares de dez dias iniciadas na segunda-feira, alegou nesta quarta-feira o ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, em uma audiência na Câmara dos Comuns.

Sem dizer quando os testes ocorreram especificamente, ele disse que houve experimentos secretos com mísseis que poderiam ser capazes de transportar uma arma nuclear. "(O Irã) realizou testes encobertos de mísseis balísticos e lançamentos de foguetes, incluindo o teste de mísseis capazes de transportar uma carga nuclear em violação da resolução 1929 das Nações Unidas", afirmou Hague.

O Reino Unido acredita que Teerã conduziu ao menos três testes secretos de mísseis balísticos de médio alcance desde outubro, em meio a uma aparente escalada de seu programa nuclear para escapar de escrutínio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

O Irã atualmente está expondo seu poder de fogo em uma série de jogos de guerra em um aparente show de transparência, e na terça-feira disparou 14 mísseis em testes públicos. No entanto, o Reino Unido acredita que os testes secretos mostram que os líderes iranianos querem evitar a inspeção da real extensão de seu programa de armas.

No mês passado, um relatório da AIEA listou "disparos de alta voltagem e instrumentação para testes de explosivos em longas distâncias e, possivelmente, no subterrâneo, indicando que há indicações de que Teerã está conduzindo atividades clandestinas de armas nucleares.

Hague também disse que o Reino Unido está preocupado com a decisão do governo iraniano de aumentar sua capacidade de enriquecer urânio a um nível mais alto na central de Fordo, perto da cidade sagrada de Qom, no centro do país. "Anunciou sua intenção de triplicar sua capacidade para produzir urânio enriquecido a 20%. Esses são níveis de enriquecimento acima do necessário para energia nuclear pacífica", disse o chanceler britânico.

Testes de mísseis

Na terça-feira, o Irã lançou 14 mísseis balísticos de curto e médio alcance durante um de seus tradicionais exercícios de "defesa" destinados a demonstrar a força do país e a dissuadir Israel e EUA de atacar a República Islâmica.

Os Pasdaran, oficiais da Guarda Revolucionária que controlam o programa de mísseis iraniano, dispararam um Ghadr de médio alcance (1.800 a 2.000 km) e outros 13 modelos de curto alcance: Zelzal (400 km), Shahab 1 e Shahab 2 (300 km a 500 km).

Os disparos foram feitos um dia depois de o Irã revelar ter silos subterrâneos que podem carregar mísseis capazes de atingir Israel e bases dos EUA no Golfo. A TV estatal mostrou imagens dos silos, alegando que mísseis de médio e longo alcance estocados no local estão prontos para ser lançados no caso de um ataque ao Irã.

Sem oferecer detalhes, uma autoridade da Guarda Revolucionária disse que Teerã construiu "numerosos" silos subterrâneos de mísseis que não podem ser detectados por satélites.

O Ghadr, que teoricamente pode atingir o território de Israel, é uma versão aperfeiçoada do míssil de combustível líquido Shahab-3 iraniano, desenvolvido a partir do No-dong norte-coreano, segundo os especialistas ocidentais. Os mísseis Shahab 1 e 2, assim com o Zelzal, são derivados do Scud soviético.

Em várias ocasiões, Israel e EUA afirmaram não descartar ataques militares contra a República Islâmica, suspeita, apesar dos reiterados desmentidos, de tentar produzir armamento atômico sob a fachada de um programa nuclear civil.

Fonte: Último Segundo
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Um breve panorama sobre a questão Líbia por Angelo D. Nicolaci

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A OTAN dá mais um passo em sua estratégia para derrubar Kadhafi, como noticiado pelos principais jornais no mundo, a França forneceu armamento aos rebeldes que lutam contra o governo Líbio.

Vamos traçar uma breve linha do desenrolar dos fatos que culminaram nesta minha postagem. Primeiro, após a onda de manifestações no que o ocidente intitulou “Revolução Árabe”, ou “Crise no Oriente Médio”, um grupo insurgente líbio iniciou a insurreição nos bastiões da resistência, á saber Benghazi, Derna e Tobruk , já conhecidos de longa data quando há algumas décadas estes grupos financiados pelos EUA e seus aliados ensaiaram um levante sem sucesso contra o governo de Kadhafi. O grupo iniciou uma onda de ataque contra as tropas do governo, sob a bandeira de manifestantes, algo que logo nas primeiras imagens ficou claro se tratar de um golpe contra o governo líbio, que reagiu energicamente na repressão.

Quero deixar aqui um ponto importantíssimo para que possamos ter uma visão real do que se passa na Líbia, a Carta das Nações Unidas defende que o Estado Soberano utilize dos meios que se façam necessários para garantir sua integridade institucional, algo que ficou claro quando “manifestantes” atacaram órgãos representantes do Estado Líbio com fuzis e granadas, armas classificadas como instrumentos de guerra, dando com isso a legalidade para que Kadhafi lança-se suas tropas para conter o movimento rebelde.

Segundo, em momento algum houve qualquer prova de desrespeito aos direitos humanos pelas tropas leais ao governo, uma vez que, ao contrário do divulgado pela grande mídia global, o governo realizou bombardeios contra seus próprios paióis de armamento nas cidades tomadas pelos insurgentes a fim de evitar que tais armas caíssem nas mãos destes criminosos. Posteriormente foram realizados ataques de artilaria contra posições rebeldes nas cidades ocupadas.

Terceiro, Kadhafi após apelo internacional tentou estabelecer cessar fogo, porém o mesmo foi rompido pelos rebeldes, sendo revidados pelo governo Líbio, que por conseguinte foi acusado pela ONU de atacar “civis inocentes”. Daí presenciamos uma forte pressão européia e americana para aprovar sanções contra o governo líbio e autorizar uma ação militar orquestrada pela OTAN, sob a prerrogativa de “ajuda humanitária” e “salvaguarda de civis”. Estabeleceu-se então uma zona de exclusão aérea.

Antes de passar ao próximo ponto, vamos aqui esclarecer o que seria uma zona de exclusão aérea. Esta zona trataria teoricamente de uma área a ser demarcada no mapa, onde qualquer aeronave militar seria proibida de sobrevoar, sob pena de ser abatida em caso de violação desta zona. Tal missão não tem qualquer prerrogativa para ataque a tropas terrestres, uma vez que a zona é de exclusão aérea e não zona desmilitarizada, até pelo fato que, caso se institui-se uma zona desmilitarizada, os rebeldes também deveriam respeitar tal área. Outro fator importante de se salientar é que tal missão em teoria não explicita atacar bases fora da zona de exclusão ou
prédios do governo.

Quarto, foi posteriormente divulgado que semanas antes do início das hostilidades na Líbia, representantes do grupo rebelde e um de seus líderes que residia há mais de 20 anos nos EUA, se reuniram secretamente em Paris com membros da inteligência daquele país.Demonstrando assim claramente se tratar de uma ação orquestrada pelos interesses ocidentais.

Quinto, após um longo período de bombardeios ás tropas leais ao governo de Kadhafi, ficou claro ao estrategistas da OTAN que os rebeldes não possuem capacidade de vencer as tropas legais apenas com o apoio aéreo, a OTAN passou a atacar zonas civis de Trípole a fim de neutralizar o governo, bombardeando onde possivelmente estaria Kadhafi, com isso vitimando em um desses ataques criminosos, filhos e netos do governante Líbio. Ainda observamos um aumento exponencial de vítimas desta guerra após a entrada da OTAN, que supostamente entrou para salvar vidas, tem matado mais do que protegido com suas bombas e munições “sujas”, conforme denunciamos aqui constantemente.

A penúltima medida foi condenar Kadhafi no TPI, para assim dar legalidade ao assassinato do mesmo em uma provável ação da OTAN, que como bem sabemos é expert em despejar bombas a esmo, como no Iraque, Afeganistão e outros exemplos do passado recente.

Hoje vemos a França fornecer armas e mísseis a estes rebeldes como forma de tentar finalmente derrubar o governo Líbio representado por Kadhafi, que embora seja ignorado pela comunidade internacional, possui apoio da grande maioria da população líbia, tendo mesmo levado o país á uma extraordinária posição nos índices de desenvolvimento humano e social nas últimas décadas.

Agora eu convido o amigo leitor a tirar suas próprias conclusões, para isso peço porém que leia o histórico de todas as notícias que postamos aqui, traçando assim um panorama real do que se passa naquela nação.

Angelo D. Nicolaci
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Brasileiro fica a ver navios no Líbano

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À espera da chegada de um navio de guerra brasileiro à missão de paz da ONU no Líbano, o contra-almirante Luiz Henrique Caroli está há quatro meses comandando uma esquadra internacional a partir de um escritório em terra.

O Brasil assumiu o comando da Força Tarefa Marítima da Unifil (missão da ONU no Líbano) em fevereiro de 2011, como parte dos esforços do Itamaraty -iniciados no governo Lula- para fazer do país um ator relevante no cenário do Oriente Médio.

A negociação com a ONU, delineada em agosto de 2010, incluía o envio de uma fragata no primeiro semestre de 2011 e de até 300 fuzileiros e especialistas em desminagem no futuro.

Caroli e seus assessores são hoje responsáveis por oito navios militares, cedidos à ONU por Bangladesh (2), Alemanha (3), Grécia (1), Indonésia (1) e Turquia (1).

Só a embarcação brasileira não chegou, e Caroli precisa contar com a boa vontade desses países para missões em alto-mar.

A frota tem o objetivo de impedir o contrabando de armas pelo mar para o Líbano.

"Todos os navios vêm [de seus países] com a tripulação completa e não têm como acomodar o Estado-Maior do comandante. Então eu tenho que comandar de terra" disse Caroli à Folha.

De um escritório da base da ONU no Líbano, o contra-almirante traça estratégias, planeja operações e controla as estatísticas da missão.

Quando acontece um evento fora do comum -como o encontro de um navio suspeito ou à deriva- , ele é informado por rádio e toma decisões à distância.

"Os embarques que eu faço [em navios] são esporádicos, [começam] de manhã [e vão] até a tarde ou a noite. Eu embarco e desembarco de helicóptero. Só dormi [no mar, durante a missão] duas vezes, em um navio da Indonésia e em um da Turquia".

Segundo o contra-almirante, o problema é que, longe da ação, não é possível ter o controle tático da esquadra.

"O que a Unifil espera, ou esperava, era eu exercer o controle no mar. Seria melhor", afirmou ele.

A pedido do Ministério da Defesa, a Marinha do Brasil concluiu no início de abril um estudo favorável ao envio ao Líbano da fragata Independência. Ela seria comandada por Caroli e se tornaria o navio capitânia da frota da ONU.

A fragata, navio de grande porte armado com canhões e mísseis antinavios, levaria 257 militares e um helicóptero. Ela ficaria ao menos seis meses no Líbano.

Porém, após o retorno do estudo ao Ministério da Defesa, a iniciativa travou -à espera de envio ao Itamaraty e à Casa Civil, para depois ser submetida ao Congresso.

O Ministério da Defesa afirmou que o assunto ainda está sendo estudado porque, na prática, significa enviar tropas ao exterior.

A Folha apurou que diplomatas do Itamaraty envolvidos na negociação são favoráveis ao envio da fragata.

PRESSÃO

Em quatro meses, os brasileiros subiram a média de navios investigados na missão de 16 para 60 por mês.

Mas isso não diminuiu a pressão sobre Caroli, exercida pela ONU, pelo envio imediato da fragata brasileira.

"Minha resposta tem sido: "a Marinha está pronta, mas está aguardando a decisão do Ministério da Defesa e do Congresso"", diz Caroli.

Fonte: Folha
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Custo de guerras dos EUA deve superar US$ 3,7 tri, diz estudo

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Quando o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, citou o custo como uma razão para retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão, ele se referiu a uma quantia de US$ 1 trilhão gastos pelo país em seus atuais conflitos bélicos.

Mas, por maior que pareça, essa cifra subestima grosseiramente o custo total para o Tesouro dos EUA das guerras no Iraque, Afeganistão e Paquistão, e ignora valores mais vultosos que ainda devem surgir, segundo um estudo divulgado na quarta-feira.

A conta total deve ficar entre US$ 3,7 e US$ 4,4 trilhões, de acordo com o projeto de pesquisa intitulado "Custos da Guerra", feito pelo Instituto Watson de Estudos Internacionais, da Universidade Brown (http://www.costsofwar.org).

Nos dez anos transcorridos desde que os soldados norte-americanos desembarcaram no Afeganistão para perseguir os líderes da Al Qaeda responsáveis pelos atentados de 11 de setembro de 2001, os gastos nos conflitos totalizaram uma soma de US$ 2,3 a US$ 2,7 trilhões.

Mas a cifra vai continuar aumentando, pois precisa levar em conta custos muitas vezes ignorados, como as pensões vitalícias para veteranos feridos e os gastos estimados para o período de 2012 a 2020. A estimativa não inclui pelo menos outro US$ 1 trilhão gastos em juros da dívida bélica, e bilhões de dólares em gastos impossíveis de contabilizar, segundo o estudo.

Em termos humanos, as atuais guerras dos EUA causaram 224 mil a 258 mil mortes diretas, o que inclui 125 mil civis no Iraque. Muitas outras pessoas morreram em consequência indireta dos conflitos, por exemplo, por desnutrição e falta de acesso a atendimento médico e água potável. Outras 365 mil pessoas ficaram feridas, e 7,8 milhões de pessoas precisaram deixar suas casas.

A pesquisa reuniu mais de 20 acadêmicos para tentar destrinchar informações que nem sempre aparecem de forma consistente ou transparente nos relatos oficiais.

O relatório salienta o ônus que os conflitos continuarão impondo ao orçamento federal dos EUA, que já se encaminha para uma situação insustentável devido ao envelhecimento da população norte-americana e à disparada nos custos da saúde.

O texto também questiona o que os EUA ganharam com esse trilionário investimento bélico.

"Espero que, ao olharmos para trás quando isto acabar, algo muito bom tenha resultado", disse o senador republicano Bob Corker à Reuters em Washington.

Fonte: Reuters
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França dá mísseis e fuzis aos rebeldes líbios, diz jornal

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A França enviou armas aos rebeldes líbios das áreas montanhosas ao sul de Trípoli para tentar acabar com o impasse na guerra com as forças do ditador Muammar Gaddafi e permitir que os oposicionistas possam avançar até a capital da Líbia. A informação é do jornal francês "Le Figaro".

Os rebeldes líbios pediram inúmeras vezes aos países ocidentais por armas melhores, para combater as forças de Gaddafi. A coalizão, contudo, rejeitou oficialmente os apelos, com medo das consequências de armar grupos desconhecidos.

No começo da ofensiva internacional, contudo, houve relatos de que o Conselho Nacional de Transição (CNT), o órgão político rebelde, recebeu armas do Qatar e de outros emirados do Golfo em Benghazi e Misrata. A ajuda nunca foi confirmada.

Segundo o jornal, as armas incluem mísseis antitanque do tipo Milan, foguetes, fuzis e metralhadoras. Elas foram entregues aos rebeldes líbios na região de Djebel Nafusa, nas últimas semanas, por meio de lançamentos com paraquedas --que permite uma aterrissagem de grande precisão.

A "ajuda" teria vindo depois da França constatar, no começo de maio, que a ofensiva dos rebeldes não conseguia ganhar terreno na Líbia e que as frentes de batalha corriam risco de se estabilizar.

De acordo com o "Le Figaro", as armas enviadas pela França ajudaram os rebeldes a controlar uma ampla zona que vai da fronteira com Túnez a Gharian, cerca de 60 km ao sul de Trípoli. Eles tomaram as cidades de Nalut, Tiji, Al Jawsh, Shakshuk e Yafran.

O avanço garantiu ainda controle de pistas de aterrissagem por onde chegam pequenos aviões do Golfo.

A ideia é que os rebeldes consigam chegar a Trípoli para organizar uma revolta no reduto das forças de Gaddafi, com a ajuda dos mercenários do regime que estariam insatisfeitos, sem receber salário, e da própria população, que sofre uma escassez de gasolina e "não aguenta mais".

Um alto funcionário citado pelo "Le Figaro" afirma que a França agiu por conta própria, sem o apoio dos países aliados na intervenção militar na Líbia, comandada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Fonte: Folha
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Petrobras acha mais pré-sal; Senado reabrirá debate sobre royalties

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Descoberta no campo de Campos, no Rio de Janeiro, é considerada a principal na bacia fluminense. Anunciado pela Petrobras, poço é controlado por duas empresas estrangeiras. No Senado, parlamentares preparam-se para retomar debate sobre redistribuição de royalties do pré-sal. Comissão já tem vagas garantidas para São Paulo, Rio e Espírito Santo, potenciais perdedores com mudança de regras. Grupo terá 60 dias para tentar acordo

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (28/06) ter achado, junto com sócios estrangeiros, o maior campo de petróleo da camada pré-sal em Campos (RJ), uma das três bacias em que este tipo de óleo existe no Brasil. A descoberta foi classificada pela estatal brasileira de “a principal” já realizada no pré-sal de Campos.

Além de Campos, a Petrobras explora petróleo pré-sal também na bacia de Tupi, no Espírito Santo, e na de Santos, em São Paulo. A nova descoberta situa-se num campo que não é controlado pela estatal brasileira. O controle divide-se entre uma empresa de capital espanhol e chinês, a Repsol Sinopec, operadora do poço, e a canadense Statoil. Ambas tem 35% das ações cada. A Petrobras tem 30%.

A descoberta ocorre justamente numa semana em que o Senado prepara-se para criar uma comissão para discutir a distribuição dos roylaties do petróleo do pré-sal. Polêmico, o assunto promete agitar parlamentares e governadores nos próximos meses, numa das maiores disputas federativas dos últimos tempos.

Ao sancionar a lei do pré-sal em dezembro, o ex-presidente Lula vetou uma distribuição dos royalties que havia sido aprovada pelo Congresso. Essa distribuição era considerada prejudicial demais aos estados com mais potencial de produção de petróleo pré-sal (São Paulo, Rio e Espírito Santo). Destinava aos outros estados do país parcela considerável do dinheiro.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira (27/06) que a comissão terá 60 dias para chegar a um consenso. Sem acordo, o senador pretende botar em votação, como presidente do Congresso, o veto do ex-presidente Lula.

A comissão deverá ter 16 senadores. Quatro vagas serão reservadas aos estados do Sudeste. Inclusive para Minas Gerais, que não produz petróleo, mas produz minério, e é que novas regras de royalties de minério também sejam discutidas.

Fonte: Carta Maior
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Brasil lidera ação por Estado palestino, diz dirigente da OLP

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O Brasil é um parceiro central na campanha pelo reconhecimento do Estado palestino, que será levada às Nações Unidas em setembro.

A afirmação é de Nabil Shaath, um dos principais dirigentes e negociadores palestinos. Segundo ele, o Brasil manteve a política do governo Lula de angariar apoio internacional ao reconhecimento da Palestina.

"O Brasil nos ajudou e continua ajudando", disse Shaath ontem em Ramallah, durante conversa com correspondentes estrangeiros. "O governo de Dilma Rousseff está seguindo os passos do nosso querido amigo Lula da Silva".

Nesta semana, a OLP (Organização para Libertação da Palestina) oficializou a decisão de pedir o reconhecimento do Estado palestino na ONU, em setembro.

A formulação exata do pedido ainda está sendo definida, mas basicamente os palestinos querem que a ONU reconheça seu Estado nas fronteiras pré-1967, para que a Palestina seja aceita como membro da organização.

O plano é fortemente criticado por Israel, que abriu uma contraofensiva diplomática para tentar frustrá-lo.

Para o governo israelense, trata-se de uma ação unilateral que viola um dos princípio dos acordos assinados com os palestinos --o de que a solução do conflito deve ser obtida em negociações.

Os Estados Unidos também já disseram que são contrários à iniciativa, mas Shaath manifestou esperança de que o país não use seu poder de veto contra o plano no Conselho de Segurança da ONU em setembro.
Após avaliar o pedido, o Conselho de Segurança decidirá em votação se recomenda a adesão da Palestina como membro da ONU. Caso isso aconteça, os palestinos precisariam da aprovação de pelo menos dois terços dos votos da Assembléia Geral (128 países).

Shaath calcula que esse número será alcançado com facilidade, pois até o momento 117 países já declararam apoio à declaração palestina. Na América Latina, somente Colômbia e México não atenderam ao pedido.
Apesar das duas exceções, o continente latino-americano é considerado um exemplo pela liderança palestina.

"Nosso maior sucesso é a América Latina. O Brasil desempenhou um papel importante ao nos ajudar a obter o reconhecimento dos países sul-americanos", disse Shaath. "O presidente Lula tem toda a minha gratidão por ter sido o fator proeminente para obter o suporte da América Latina. E continuamos a ter esse apoio."

Em dezembro do ano passado, menos de um mês antes de deixar o poder, Lula enviou uma carta à Autoridade Nacional Palestina declarando que o Brasil reconhece o Estado palestino nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias(1967), que incluem Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental.

Vários países da América do Sul seguiram o exemplo do Brasil, o que Shaath atribuiu em grande parte ao esforço do ex-presidente.

Shaath contou à Folha que na semana da posse de Dilma, Lula organizou encontros de vários líderes latino-americanos com o presidente palestino, Mahmoud Abbas. "Graças a Lula, saímos da posse com o apoio de mais oito países", disse.

Fonte: Folha
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Airbus vende 88 aviões A320 às empresas chinesas CAS e ICBC

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A Airbus anunciou nesta terça-feira a venda de 88 aviões do modelo A320 de um só corredor à CAS (Companhia Chinesa de Serviços Aéreos) e à filial do gigante bancário ICBC (Banco Industrial e Comercial da China).

O presidente da Airbus, Tom Enders, assinou com o presidente da CAS, Li Hai, o acordo geral de venda destes aviões, cujo preço é de entre US$ 65 milhões e US$ 100 milhões, segundo as características da aeronave.

A Airbus detalhou em comunicado que a ICBC Leasing assinou um contrato de aquisição de 42 das aeronaves, o que constitui o primeiro pedido feito pela filial do banco chinês, o maior do mundo por valor de mercado, a um fabricante de aviões.

Li Xiaopeng, presidente desta companhia de leasing, que conta por enquanto com uma frota de 68 aviões, destacou que a decisão "estratégica" foi tomada após "uma avaliação e um estudo em profundidade do mercado".

Os dois dirigentes chineses destacaram as qualidades dos A320, em particular sua "regularidade técnica elevada e os baixos custos operacionais", assim como sua eficiência em termos econômicos.

"Estamos contentes de ter recebido um novo pedido da CAS, um cliente nosso há muito tempo, e também a primeira encomenda do ICBC Leasing", declarou Enders, que afirmou estar convencido de que os aviões "contribuirão com o crescimento e o êxito do setor da aviação na China".

Fonte: EFE
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terça-feira, 28 de junho de 2011

Navio com blindados chegou na última sexta ao Porto de Rio Grande

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Atracou na manhã da última sexta-feira, no Porto de Rio Grande, o navio Grande Brasile, de bandeira italiana. A bordo dele, 38 blindados de guerra, que fazem parte do projeto Leopard, do Exército brasileiro. Inicialmente previsto para quinta-feira, o desembarque dos carros só foi possível na sexta, em função do mau tempo.

O projeto Leopard é um contrato de compra e apoio do Ministério da Defesa brasileiro com a Alemanha, com o objetivo de modernizar e reaparelhar as unidades blindadas do Exército. Já foram adquiridas 220 viaturas blindadas de combate, sete especializadas de socorro, quatro Lança Pontes (VBE L Pnt), quatro viaturas de Combate de Engenharia e quatro de Escola de Motorista.

Este foi o quinto lote de aquisições do governo brasileiro. Ao todo, sete compras estão previstas até o início de 2012. Os carros serão encaminhados para Santa Maria por meio rodoviário.

O fornecimento de diversos equipamentos de simulação, rádios, ferramentas, suprimentos e manuais estão incluídos no projeto. Também está previsto o treinamento de recursos humanos e o suporte logístico para todos os materiais de emprego militar.

Fonte: ZERO HORA
Sugestão: Lauro
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Projeto de defesa chinês será um "alvo grande e gordo" para a Marinha dos EUA

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Fazem mais de vinte anos desde que a Marinha dos EUA obteve uma expressiva arma em caso de guerra. Na década de 1970 e 1980 a Marinha Soviética produziu uma série de grandes navios de superfície para contrapôr a Marinha dos EUA. Havia um grande número de classes de destroyers e até mesmo cruzadores da classe Kirov de propulsão nuclear. Em seguida, houve vários porta-helicópteros da classe Moskva, porta-aviões Kiev e Tbilisi / Admiral Kuznetsov. No seu auge, a Marinha soviética possuía mais de sessenta grandes navios de superfície. Hoje esse número foi reduzido para cerca de 28 e sem porta-aviões.

Agora a China está oferecendo a Marinha dos EUA a oportunidade de praticar suas estratégias de observação e combate. Segundo relatos de Westpac, a China enviará seu primeiro porta-aviões para realizar testes no mar na próxima semana. É também um velho navio, o Varyag, um porta-aviões da era soviética que estava em construção quando o "Império do Mal" entrou em colapso há vinte anos. Sua construção estava parcialmente concluída no cais por anos antes de a Marinha da China fazer uma proposta por ele. Lá ele permaneceu ainda por alguns anos, enquanto Pequim e Moscou discutiam os planos de construção, o preço e quem faria o trabalho restante para concluir o navio. Finalmente, em 2000, foi rebocado para o porto chinês de Dalian, onde foi submetido a reconstrução e armamento desde então.

Aparentemente, o ex-Varyag, agora teria sido nomeado Shi Lang, está pronto para sua festa de debutante. O porta-aviões chinês é um grande navio, mais de 900 pés. Que vai incorporar aeronaves de decolagem e aterrissagem convencional. O principal candidato para este papel é o J-15, inspirado no caça Sukhoi Su-33 naval russo. O J-15 também pode incluir aviônicos e equipamentos do J-11B, que é baseado no russo Su-27. Além disso, há relatos de que a China está desenvolvendo o J-18 Red Eagle, uma aeronave de decolagem e aterrissagem curta/vertical (VSTOL). O que ainda é obscuro são os planos de desenvolvimento de aeronaves de apoio que são necessários para a condução de operações aéreas.

Parece que a China não apenas comprou um ex-porta-aviões soviético, mas significativamente, ela comprou a visão de uma potência mundial crescente exigindo para tanto uma Marinha de água azul. No processo, a União Soviética perdeu enormes recursos criando forças navais que foram praticamente irrelevantes política e militarmente. Já a China, como a União Soviética / Rússia é uma potência continental. Mesmo com uma economia em crescimento, Pequim não terá os recursos para construir a curto prazo uma força aérea eficaz e uma marinha de água azul.

Além disso, a implantação de um porta-aviões, mesmo com um complemento de aeronaves de ataque não é a mesma coisa que ter um grupo de ataque operacionalmente eficaz. A Marinha chinesa terá que desenvolver a capacidade de fornecer defesa aérea contra mísseis de 360º, uma frota de ASW, um sistema de coordenação ar / mar e uma frota de submarinos SSN. Onde seria equivalente a marinha chinesa ao sistema Aegis de defesa aérea, ou ao E-2D de vigilância aérea e C2 ou aos SSN da Classe Los Angeles?

A realidade é que a Marinha dos EUA deve saudar o esforço chinês para criar a sua própria marinha de águas azuis. A Marinha dos EUA tem uma história de setenta anos de capacidade de engajar e destruir frotas de superfície hostil. O nome Shi Lang também pode ser traduzido como "alvo grande e gordo".

Fonte: Defense & Professional
tradução e Adaptação: Angelo D. Nicolaci

Nota do Blog: Este artigo de origem americana demonstra o quanto os americanos ainda subestimam as capacidades e o vertiginoso desenvolvimento chinês, como bom observador e atento analista, acredito que dentro de poucos anos veremos uma China muito bem equipada e superando em larga escala as projeções dos ditos especialistas americanos. Claro que não vejo a China como uma super potência militar nos moldes americanos, mas com potencial suficiente para impôr sua posição no mundo.
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