O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, viaja nesta quinta-feira a Washington para tentar obter o apoio do governo americano em meio a um impasse no processo de paz e temores de novos protestos e confrontos com palestinos.
Netanyahu deverá se encontrar nesta sexta-feira com o presidente americano, Barack Obama, e na próxima terça-feira deverá discursar perante o Congresso dos Estados Unidos.
Nesta semana, Netanyahu fez um discurso no Parlamento de Israel expondo suas propostas para um acordo com os palestinos, que foi visto como um ensaio para o discurso que deverá fazer no Congresso americano.
As propostas do premiê, que foram imediatamente rejeitadas pela liderança palestina, incluem a permanência de tropas israelenses ao longo do rio Jordão, na fronteira leste da Cisjordânia, e a continuação da anexação de Jerusalém Oriental por Israel.
Netanyahu também afirmou que Israel não pretende negociar com qualquer governo palestino que inclua o Hamas e condenou o acordo de reconciliação assinado entre as facções palestinas Fatah e o Hamas, no início deste mês.
RECONHECIMENTO
O líder palestino, Mahmoud Abbas, declarou que depois de quase 20 anos de negociações com Israel, sem que houvesse resultado, está decidido a se dirigir à ONU no próximo mês de setembro para pedir o reconhecimento do Estado Palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967.
Em sua visita aos EUA, Netanyahu deverá pedir garantias de que Washington não apoiará o pedido de reconhecimento de Abbas.
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, qualificou o plano palestino de pedir o reconhecimento da ONU, independentemente das negociações com Israel, como um "tsunami diplomático".
Segundo a previsão dos analistas, mais de 140 países membros da ONU deverão apoiar o reconhecimento do Estado Palestino, que será seguido por grandes manifestações nos territórios ocupados por Israel.
TERCEIRA INTIFADA
Para Aluf Benn, analista do jornal "Haaretz", "a viagem (de Netanyahu) a Washington, tem o objetivo de garantir o apoio americano a Israel antes da terceira Intifada".
Israel já enfrentou duas Intifadas (levantes) palestinas. A primeira em 1987, conhecida como "Intifada das pedras", que consistiu em grandes manifestações de civis contra a ocupação, e a segunda, em 2000, conhecida como "Intifada armada", que envolveu atentados suicidas contra civis israelenses.
Em vista do clima de pessimismo sobre as chances de algum avanço nas negociações de paz, tanto entre israelenses como palestinos, a expectativa é de uma tensão que deverá aumentar em setembro, quando a Assembleia Geral da ONU deverá votar o pedido de reconhecimento do Estado Palestino.
Segundo as previsões, essa tensão poderá resultar em um confronto generalizado.
De acordo com Yaron Dekel, analista da TV estatal de Israel, "Netanyahu não acredita que seja possível um acordo de paz com Abbas e, no melhor dos casos, espera poder administrar o conflito em fogo baixo".
Fonte: BBC Brasil
Netanyahu deverá se encontrar nesta sexta-feira com o presidente americano, Barack Obama, e na próxima terça-feira deverá discursar perante o Congresso dos Estados Unidos.
Nesta semana, Netanyahu fez um discurso no Parlamento de Israel expondo suas propostas para um acordo com os palestinos, que foi visto como um ensaio para o discurso que deverá fazer no Congresso americano.
As propostas do premiê, que foram imediatamente rejeitadas pela liderança palestina, incluem a permanência de tropas israelenses ao longo do rio Jordão, na fronteira leste da Cisjordânia, e a continuação da anexação de Jerusalém Oriental por Israel.
Netanyahu também afirmou que Israel não pretende negociar com qualquer governo palestino que inclua o Hamas e condenou o acordo de reconciliação assinado entre as facções palestinas Fatah e o Hamas, no início deste mês.
RECONHECIMENTO
O líder palestino, Mahmoud Abbas, declarou que depois de quase 20 anos de negociações com Israel, sem que houvesse resultado, está decidido a se dirigir à ONU no próximo mês de setembro para pedir o reconhecimento do Estado Palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967.
Em sua visita aos EUA, Netanyahu deverá pedir garantias de que Washington não apoiará o pedido de reconhecimento de Abbas.
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, qualificou o plano palestino de pedir o reconhecimento da ONU, independentemente das negociações com Israel, como um "tsunami diplomático".
Segundo a previsão dos analistas, mais de 140 países membros da ONU deverão apoiar o reconhecimento do Estado Palestino, que será seguido por grandes manifestações nos territórios ocupados por Israel.
TERCEIRA INTIFADA
Para Aluf Benn, analista do jornal "Haaretz", "a viagem (de Netanyahu) a Washington, tem o objetivo de garantir o apoio americano a Israel antes da terceira Intifada".
Israel já enfrentou duas Intifadas (levantes) palestinas. A primeira em 1987, conhecida como "Intifada das pedras", que consistiu em grandes manifestações de civis contra a ocupação, e a segunda, em 2000, conhecida como "Intifada armada", que envolveu atentados suicidas contra civis israelenses.
Em vista do clima de pessimismo sobre as chances de algum avanço nas negociações de paz, tanto entre israelenses como palestinos, a expectativa é de uma tensão que deverá aumentar em setembro, quando a Assembleia Geral da ONU deverá votar o pedido de reconhecimento do Estado Palestino.
Segundo as previsões, essa tensão poderá resultar em um confronto generalizado.
De acordo com Yaron Dekel, analista da TV estatal de Israel, "Netanyahu não acredita que seja possível um acordo de paz com Abbas e, no melhor dos casos, espera poder administrar o conflito em fogo baixo".
Fonte: BBC Brasil
Fala kamaradas...
ResponderExcluirA hipocrisia dos interesses políticos e econômicos está no ar. Como na Bíblia, a luta de Davi(interpretado pela Palestina) contra Golias (interpretado por Israel) terá um fim sangrento mas, enfim, favorável à Palestina. O elo mais forte do lado israelense (EUA) está cada vez mais fraco e isolado. Como disse a matéria, a maioria esmagadora dos países reconhecem o Estado palestino.
É questão de tempo. Quem viver...verá este dia.
Será um marco contra a intolerância e ignorância.
Falow