O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, advertiu neste domingo que o país está determinado a defender suas fronteiras após os sangrentos incidentes nas divisas com a Síria e o Líbano durante as manifestações pela "Nakba" palestina, que deixaram ao menos dez mortos.
"Dei ordem ao Exército para atuar com a maior prudência possível, mas também impedir que nossas fronteiras sejam forçadas", afirmou Netanyahu em uma declaração transmitida pela imprensa.
Em um breve discurso, Netanyahu disse que as manifestações "não afetarão as fronteiras de 1967", em referência à Cisjordânia, faixa de Gaza, Jerusalém Oriental e Golã, conquistadas por Israel durante a Guerra dos Seis dias, de junho de 1967, onde se localizam os principais focos dos protestos.
Mahmoud Abbas, o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), também reagiu aos confrontos e disse que o "sangue derramado pela liberdade dos palestinos não será em vão".
"A vontade do povo é mais forte que o poder das forças opressivas", afirmou ao referir-se às pelo menos dez vítimas deste domingo nos protestos do dia que lembra a expulsão de moradores e a perda de terras pela criação em 1948 do Estado de Israel.
Além das mortes, 210 pessoas ficaram feridas. O Exército israelense reprimiu os protestos a tiros quando os manifestantes, em sua maioria palestinos de campos de refugiados, se aproximaram da fronteira, que atacaram os soldados com pedras.
Abbas destacou ainda que a grande participação nos protestos demonstra "a determinação do povo palestino para conquistar a liberdade".
DIA DA NAKBA
As manifestações palestinas em virtude do "Nakba" (catástrofe) --que remete à expulsão dos palestinos da região que deu origem ao Estado de Israel-- geraram uma grande onda de violência neste domingo, deixando ao menos dez mortos e centenas de feridos.
Os incidentes mais graves ocorreram nas zonas fronteiriças de Síria e Líbano. O Exército israelense disparou contra manifestantes palestinos vindos da Síria que haviam penetrado em Golã, segundo fontes dos serviços de segurança do Estado hebreu.
A data simbólica representa o êxodo de 760 mil pessoas em 1948, o que deu início a questão dos refugiados palestinos, que atualmente chegam a 4,8 milhões espalhados principalmente entre Jordânia, Síria, Líbano e nos territórios palestinos na Cisjordânia e faixa de Gaza.
Trata-se de um dos incidentes fronteiriços mais graves entre Israel e seus vizinhos desde a guerra árabe-israelense de 1973.
CONFRONTOS
Na fronteira com o Líbano, na região de "Marun ar Ras", forças israelenses abriram fogo quando dezenas de manifestantes cruzaram o cordão de isolamento montado pelo do Exército libanês e começaram a lançar pedras contra o território de Israel.
Unidades do Exército israelense foram colocadas em alerta máximo e em coordenação total com as Forças das Nações Unidas (posicionadas no sul do Líbano), informou a imprensa local.
Nos territórios palestinos, mais de 90 pessoas ficaram feridas ao norte da faixa de Gaza por disparos do Exército durante uma marcha em direção ao terminal fronteiriço israelense de Erez.
Em Kalandia (Cisjordânia), um posto de controle na entrada de Jerusalém, ao menos 17 palestinos ficaram feridos em choques violentos e outros nove também se feriram em Hebron (sul da Cisjordânia).
ISRAEL ACUSA A SÍRIA
O Exército israelense acusou o regime sírio de haver "organizado esta manifestação violenta para tentar desviar a opinião pública mundial do que acontece no país.
A Síria abriga 470 mil refugiados palestinos, e em anos anteriores o governo, que agora enfrenta turbulência interna aguda, impediu manifestantes de chegarem às cercas da fronteira.
"Parece que se trata de um ato cínico e descarado da liderança síria para propositalmente criar uma crise na fronteira, de modo a desviar as atenções dos problemas internos muito reais que o regime enfrenta", disse um alto funcionário governamental israelense que pediu anonimato.
Fonte: Folha
"Dei ordem ao Exército para atuar com a maior prudência possível, mas também impedir que nossas fronteiras sejam forçadas", afirmou Netanyahu em uma declaração transmitida pela imprensa.
Em um breve discurso, Netanyahu disse que as manifestações "não afetarão as fronteiras de 1967", em referência à Cisjordânia, faixa de Gaza, Jerusalém Oriental e Golã, conquistadas por Israel durante a Guerra dos Seis dias, de junho de 1967, onde se localizam os principais focos dos protestos.
Mahmoud Abbas, o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), também reagiu aos confrontos e disse que o "sangue derramado pela liberdade dos palestinos não será em vão".
"A vontade do povo é mais forte que o poder das forças opressivas", afirmou ao referir-se às pelo menos dez vítimas deste domingo nos protestos do dia que lembra a expulsão de moradores e a perda de terras pela criação em 1948 do Estado de Israel.
Além das mortes, 210 pessoas ficaram feridas. O Exército israelense reprimiu os protestos a tiros quando os manifestantes, em sua maioria palestinos de campos de refugiados, se aproximaram da fronteira, que atacaram os soldados com pedras.
Abbas destacou ainda que a grande participação nos protestos demonstra "a determinação do povo palestino para conquistar a liberdade".
DIA DA NAKBA
As manifestações palestinas em virtude do "Nakba" (catástrofe) --que remete à expulsão dos palestinos da região que deu origem ao Estado de Israel-- geraram uma grande onda de violência neste domingo, deixando ao menos dez mortos e centenas de feridos.
Os incidentes mais graves ocorreram nas zonas fronteiriças de Síria e Líbano. O Exército israelense disparou contra manifestantes palestinos vindos da Síria que haviam penetrado em Golã, segundo fontes dos serviços de segurança do Estado hebreu.
A data simbólica representa o êxodo de 760 mil pessoas em 1948, o que deu início a questão dos refugiados palestinos, que atualmente chegam a 4,8 milhões espalhados principalmente entre Jordânia, Síria, Líbano e nos territórios palestinos na Cisjordânia e faixa de Gaza.
Trata-se de um dos incidentes fronteiriços mais graves entre Israel e seus vizinhos desde a guerra árabe-israelense de 1973.
CONFRONTOS
Na fronteira com o Líbano, na região de "Marun ar Ras", forças israelenses abriram fogo quando dezenas de manifestantes cruzaram o cordão de isolamento montado pelo do Exército libanês e começaram a lançar pedras contra o território de Israel.
Unidades do Exército israelense foram colocadas em alerta máximo e em coordenação total com as Forças das Nações Unidas (posicionadas no sul do Líbano), informou a imprensa local.
Nos territórios palestinos, mais de 90 pessoas ficaram feridas ao norte da faixa de Gaza por disparos do Exército durante uma marcha em direção ao terminal fronteiriço israelense de Erez.
Em Kalandia (Cisjordânia), um posto de controle na entrada de Jerusalém, ao menos 17 palestinos ficaram feridos em choques violentos e outros nove também se feriram em Hebron (sul da Cisjordânia).
ISRAEL ACUSA A SÍRIA
O Exército israelense acusou o regime sírio de haver "organizado esta manifestação violenta para tentar desviar a opinião pública mundial do que acontece no país.
A Síria abriga 470 mil refugiados palestinos, e em anos anteriores o governo, que agora enfrenta turbulência interna aguda, impediu manifestantes de chegarem às cercas da fronteira.
"Parece que se trata de um ato cínico e descarado da liderança síria para propositalmente criar uma crise na fronteira, de modo a desviar as atenções dos problemas internos muito reais que o regime enfrenta", disse um alto funcionário governamental israelense que pediu anonimato.
Fonte: Folha
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