Duas explosões atingiram na madrugada desta terça-feira no horário local (noite de segunda-feira em Brasília) o bairro de Bab Al Aziziya, em Trípoli, onde está o quartel-residência do ditador líbio, Muammar Gaddafi.
Uma coluna de fumaça branca se elevava sobre esta zona após as detonações, ocorridas à 1h30 locais (20h30 em Brasília), em meio ao ruído das sirenes de ambulâncias.
Por volta das 18h locais (15h em Brasília) de segunda-feira, o mesmo setor foi sacudido por três explosões. Bab Al Aziziya é alvo constante dos ataques da aviação da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Os ataques chegam após um enviado especial da ONU ter-se encontrado com autoridades do governo da Líbia para negociar um possível cessar-fogo entre o ditador e rebeldes opositores.
Abdul Ilah al Khatib, o enviado da ONU, visitou a capital, Trípoli, onde se encontrou com o premiê Baghdadi al Mahmoudi e o chanceler Suleiman al Shehoumi. Depois, o próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, falou com o premiê de Gaddafi.
A visita durou apenas algumas horas, e o governo líbio disse ter requisitado observadores da ONU em solo para verificar supostas violações, pelas forças da Otan (aliança militar ocidental), da resolução que autorizou a intervenção externa no país, em março.
Segundo o vice-chanceler, Khalid Kaim, o enviado da ONU recebeu ainda uma carta para ser compartilhada com o Conselho de Segurança descrevendo supostas "provocações" da Otan.
Os encontros ocorreram em meio a novos relatos de ataques das forças aliadas contra alvos do governo na capital líbia. Há duas semanas, bombardeios a um complexo de Gaddafi na cidade matou um de seus filhos e três netos.
As ações motivaram ainda especulações sobre o estado de Gaddafi. Segundo relatos ao governo italiano, o ditador estaria ferido e escondido no interior do país --a informação não foi confirmada.
PEDIDO DE PRISÃO
Também nesta segunda-feira, o promotor do TPI (Tribunal Penal Internacional), o argentino Luis Moreno Ocampo, anunciou ter emitido uma ordem de prisão por crimes contra a humanidade contra Gaddafi, seu filho mais velho, Seif al Islam, e o chefe dos serviços de inteligência do regime, Abdallah al Senusi.
"Nosso escritório reuniu evidências que comprovam ordens dadas pessoalmente por Gaddafi, evidências diretas do recrutamento de mercenários por Saif al Islam e provas da participação de Al Senussi em ataques contra manifestantes", disse Moreno Ocampo.
Segundo ele, a Promotoria também conseguiu comprovar que Gaddafi organizou três reuniões para planejar as operações e usou sua "autoridade absoluta" para cometer crimes na Líbia.
O TPI não possui forças policiais e depende dos países-membros para realizar detenções. Embora bombardeios da Otan visem proteger cidadãos na Líbia, o país entrou em conflito civil, dificultando os esforços para deter suspeitos apontados pelo tribunal internacional.
Gaddafi e vários de seus filhos já estavam em uma lista de nomes que Ocampo divulgou em fevereiro na qual se identificava as pessoas que, segundo as investigações preliminares da Promotoria, poderiam ser "máximos responsáveis" dos supostos crimes.
Após o pedido de Moreno Ocampo, são os juízes que devem decidir se emitem a ordem de detenção contra os suspeitos, embora os magistrados também possam solicitar informação adicional ao escritório da Promotoria antes de tomar uma decisão.
Fonte: Folha
Uma coluna de fumaça branca se elevava sobre esta zona após as detonações, ocorridas à 1h30 locais (20h30 em Brasília), em meio ao ruído das sirenes de ambulâncias.
Por volta das 18h locais (15h em Brasília) de segunda-feira, o mesmo setor foi sacudido por três explosões. Bab Al Aziziya é alvo constante dos ataques da aviação da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Os ataques chegam após um enviado especial da ONU ter-se encontrado com autoridades do governo da Líbia para negociar um possível cessar-fogo entre o ditador e rebeldes opositores.
Abdul Ilah al Khatib, o enviado da ONU, visitou a capital, Trípoli, onde se encontrou com o premiê Baghdadi al Mahmoudi e o chanceler Suleiman al Shehoumi. Depois, o próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, falou com o premiê de Gaddafi.
A visita durou apenas algumas horas, e o governo líbio disse ter requisitado observadores da ONU em solo para verificar supostas violações, pelas forças da Otan (aliança militar ocidental), da resolução que autorizou a intervenção externa no país, em março.
Segundo o vice-chanceler, Khalid Kaim, o enviado da ONU recebeu ainda uma carta para ser compartilhada com o Conselho de Segurança descrevendo supostas "provocações" da Otan.
Os encontros ocorreram em meio a novos relatos de ataques das forças aliadas contra alvos do governo na capital líbia. Há duas semanas, bombardeios a um complexo de Gaddafi na cidade matou um de seus filhos e três netos.
As ações motivaram ainda especulações sobre o estado de Gaddafi. Segundo relatos ao governo italiano, o ditador estaria ferido e escondido no interior do país --a informação não foi confirmada.
PEDIDO DE PRISÃO
Também nesta segunda-feira, o promotor do TPI (Tribunal Penal Internacional), o argentino Luis Moreno Ocampo, anunciou ter emitido uma ordem de prisão por crimes contra a humanidade contra Gaddafi, seu filho mais velho, Seif al Islam, e o chefe dos serviços de inteligência do regime, Abdallah al Senusi.
"Nosso escritório reuniu evidências que comprovam ordens dadas pessoalmente por Gaddafi, evidências diretas do recrutamento de mercenários por Saif al Islam e provas da participação de Al Senussi em ataques contra manifestantes", disse Moreno Ocampo.
Segundo ele, a Promotoria também conseguiu comprovar que Gaddafi organizou três reuniões para planejar as operações e usou sua "autoridade absoluta" para cometer crimes na Líbia.
O TPI não possui forças policiais e depende dos países-membros para realizar detenções. Embora bombardeios da Otan visem proteger cidadãos na Líbia, o país entrou em conflito civil, dificultando os esforços para deter suspeitos apontados pelo tribunal internacional.
Gaddafi e vários de seus filhos já estavam em uma lista de nomes que Ocampo divulgou em fevereiro na qual se identificava as pessoas que, segundo as investigações preliminares da Promotoria, poderiam ser "máximos responsáveis" dos supostos crimes.
Após o pedido de Moreno Ocampo, são os juízes que devem decidir se emitem a ordem de detenção contra os suspeitos, embora os magistrados também possam solicitar informação adicional ao escritório da Promotoria antes de tomar uma decisão.
Fonte: Folha
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