Nosso parceiro Plano Brasil publicou esta materia exclusiva sobre o ASBM DF-21 D, o avançado sistema chinês que impôs respeito frente ao poderio naval americano.
A China quer atingir a capacidade para poder impedir que um grupo de batalha centrado em porta-aviões (CSG) da marinha dos EUA, intervenha na região no caso de uma futura crise no Estreito de Taiwan. Os chineses podem estar mais perto do que nunca de atingir essa capacidade com o desenvolvimento de mísseis balísticos antinavio baseados em terra (ASBM). Esses fatores sugerem que a China pode estar perto de conseguir este tipo de armamento, o qual é uma arma que nenhum outro país possui (os soviéticos desenvolveram arma semelhante, mas a guerra fria e o medo de iniciar uma guerra nuclear impediram seu desenvolvimento).
Pequim desenvolveu um ASBM com base no MRBM CSS-5/DF-21. O DF-21 D tem um alcance que poderia manter os navios dos EUA em perigo dentro de uma grande área marítima, além de Taiwan e do teatro do Pacífico Ocidental. No entanto, subsistem incertezas consideráveis sobre a capacidade operativa real do ASBM chinês atualmente, o qual poderia afetar profundamente a dissuasão dos EUA, suas operações militares e o equilíbrio do poder no Pacífico Ocidental.
2. Taiwan como razão do desenvolvimento
Nas últimas décadas, a Marinha dos EUA usou grupos de batalha centrados em porta-aviões para projetar poder em todo o mundo, incluindo no estreito de Taiwan. A implantação do USS Nimitz e seus grupos de combate em resposta aos testes de mísseis da China em 1995/1996 e exercícios militares chineses no estreito de Taiwan foram situações em que o Exército de Libertação Popular (ELP) foi incapaz de se opor. O ímpeto por trás dos esforços da China de desenvolver o ASBM DF-21 D pode ser para evitar a repetição de situações similares no futuro.
3. Estratégia de negação de uso do mar
O ASBM DF-21 D seria apenas uma das muitas plataformas e sistemas de armas que a China vem comprando e desenvolvendo desde a crise do estreito de Taiwan em 1995/1996. Estes sistemas, em conjunto, irão permitir que a China disponha de um controle sem precedentes sobre sua periferia marítima contestada e suas áreas de interesse, com a intenção de negar o acesso ás forças dos EUA a áreas críticas próximas ao seu território em tempos de crise ou conflito. Eles fazem isso desenvolvendo táticas de emprego das forças chinesas para explorarem as características vulneráveis da marinha dos EUA.
Em primeiro lugar, o desenvolvimento de um ASBM viria de mais de meio século de experiência chinesa com mísseis balísticos. Em segundo lugar, seriam móveis e lançados de plataformas terrestres de alta mobilidade. Em terceiro lugar, teria o alcance para atingir alvos a centenas ou milhares de quilômetros de seu ponto de lançamento. Esses fatores sugerem que a China é capaz de conseguir alcançar uma capacidade importantíssima, podendo impor a negação de uso de certas áreas do mar aos EUA, em zonas marítimas estrategicamente vitais e para além de suas 200 milhas náuticas da Zona Económica Exclusiva (ZEE).
A materia é completa e de uma profundida ímpar sobre tal sistema e as necessidades que levaram a sua concepção e termina em uma análise das lições ao nosso país. Eu indico a todos os nossos leitores que dediquem alguns minutos para ler este artigo, pois trata de uma questão estratégica a qual cabe a todos nós aprofundar os debates e buscar soluções a esta lacuna em nossa segurança nacional.
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