O presidente russo, Dmitri Medvedev, anunciou nesta terça-feira ter enviado a seus colegas estrangeiros a proposta para uma convenção internacional sobre segurança nuclear.
Medvedev visita o prédio da central nuclear de Tchernobil, na Ucrânia, onde há exatos 25 anos a explosão de um reator e o silêncio das autoridades causaram a maior tragédia nuclear da história.
"Enviei hoje aos dirigentes dos principais países, a nossos amigos e parceiros da Comunidade de Estados independentes, e certamente à Ucrânia uma proposta visando garantir o desenvolvimento necessário da segurança nuclear no mundo", declarou.
O presidente russo não deu mais detalhes sobre a proposta. Na véspera, ele afirmou que a maior lição que as autoridades de todo o mundo aprenderam com as tragédias de Tchernobil e Fukushima (no Japão) é que é necessário dizer sempre a verdade.
Medvedev pediu ainda transparência dos governos em caso de uma emergência nuclear, após se reunir com técnicos que trabalharam na crise de Tchernobil.
A maior reclamação destes técnicos, que foram expostos a níveis inconcebíveis de radiação, foi a maneira nebulosa como o governo socialista os informou do risco real que corriam.
"O mundo é tão frágil e nós estamos tão ligados que qualquer tentativa de esconder a verdade, de manipular uma situação, tornando-a mais otimista, terminará em tragédia e custará a vida de muitas pessoas", destacou. "Esta é uma lição difícil e importante sobre o que aconteceu".
Em 1986, Moscou permaneceu em silêncio sobre o desastre de Tchernobil durante três dias. A primeira reportagem divulgada na mídia oficial comunista foi uma pequena nota em letras minúsculas no verso do tabloide "Pravda". Agências oficiais como a TASS só reportaram o incidente no dia 28 de abril, depois que a usina nuclear de Forsmark, na Suécia, detectou um nível alto de radiação no continente.
Seis liquidadores --como ficaram conhecidos os trabalhadores de limpeza de Tchernobil-- e 22 técnicos da usina ucraniana, então sob governo soviético, morreram em poucos meses devido à exposição radioativa.
A maioria dos liquidadores que sobreviveu ainda sofre com os graves problemas de saúde provocados pelo trabalho no local do desastre, mas muito se questiona a respeito da real causa da morte dos mortos contabilizados da tragédia.
Medvedev visita Tchernobil ao lado do presidente ucraniano, Viktor Yanukovich. Os dois chefes de Estado chegaram à central depois de assistir a uma cerimônia religiosa.
Fonte: Folha
Medvedev visita o prédio da central nuclear de Tchernobil, na Ucrânia, onde há exatos 25 anos a explosão de um reator e o silêncio das autoridades causaram a maior tragédia nuclear da história.
"Enviei hoje aos dirigentes dos principais países, a nossos amigos e parceiros da Comunidade de Estados independentes, e certamente à Ucrânia uma proposta visando garantir o desenvolvimento necessário da segurança nuclear no mundo", declarou.
O presidente russo não deu mais detalhes sobre a proposta. Na véspera, ele afirmou que a maior lição que as autoridades de todo o mundo aprenderam com as tragédias de Tchernobil e Fukushima (no Japão) é que é necessário dizer sempre a verdade.
Medvedev pediu ainda transparência dos governos em caso de uma emergência nuclear, após se reunir com técnicos que trabalharam na crise de Tchernobil.
A maior reclamação destes técnicos, que foram expostos a níveis inconcebíveis de radiação, foi a maneira nebulosa como o governo socialista os informou do risco real que corriam.
"O mundo é tão frágil e nós estamos tão ligados que qualquer tentativa de esconder a verdade, de manipular uma situação, tornando-a mais otimista, terminará em tragédia e custará a vida de muitas pessoas", destacou. "Esta é uma lição difícil e importante sobre o que aconteceu".
Em 1986, Moscou permaneceu em silêncio sobre o desastre de Tchernobil durante três dias. A primeira reportagem divulgada na mídia oficial comunista foi uma pequena nota em letras minúsculas no verso do tabloide "Pravda". Agências oficiais como a TASS só reportaram o incidente no dia 28 de abril, depois que a usina nuclear de Forsmark, na Suécia, detectou um nível alto de radiação no continente.
Seis liquidadores --como ficaram conhecidos os trabalhadores de limpeza de Tchernobil-- e 22 técnicos da usina ucraniana, então sob governo soviético, morreram em poucos meses devido à exposição radioativa.
A maioria dos liquidadores que sobreviveu ainda sofre com os graves problemas de saúde provocados pelo trabalho no local do desastre, mas muito se questiona a respeito da real causa da morte dos mortos contabilizados da tragédia.
Medvedev visita Tchernobil ao lado do presidente ucraniano, Viktor Yanukovich. Os dois chefes de Estado chegaram à central depois de assistir a uma cerimônia religiosa.
Fonte: Folha
0 comentários:
Postar um comentário