sábado, 2 de abril de 2011

Obama condena ataque contra prédio da ONU no Afeganistão

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou nesta sexta-feira o ataque de manifestantes contra um prédio da ONU (Organização das Nações Unidas) no Afeganistão, que deixou ao menos oito funcionários mortos.

Após a oração da sexta-feira, milhares de pessoas foram às ruas da cidade de Mazar-i-Sharif, a mais importante do norte afegão, em protesto contra a queima de um Corão em uma igreja da Flórida (EUA) em 20 de março.

Segundo disse à Efe um porta-voz regional na cidade, Lal Mohamad Ahmadzai, o protesto começou pacífico, mas em seguida vários manifestantes armados conseguiram render os guardas do edifício, invadiram o local e depois atearam fogo.

Duas das vítimas foram decapitadas, segundo Ahmadzai.

Em comunicado, Obama ofereceu suas condolências às vítimas do ataque e seus familiares. Ele agradeceu ainda aos funcionários da ONU pelo trabalho que realizam em apoio ao povo afegão e o qual disse ser essencial para construir um Afeganistão mais forte.

O último balanço da polícia indica ainda que as vítimas incluem cinco guardas nepaleses, contratados para fazer a segurança, três funcionários de nacionalidade não divulgada e três afegãos, colocando o número total de vítimas em 11. Mas este saldo pode aumentar e oficiais estimam que pode chegar a 20.

O Ministério de Relações Exteriores do Brasil afirmou que não há brasileiros nesta missão da ONU

O porta-voz da ONU Kieran Dwyer confirmou o ataque e que há funcionários da missão da organização entre as vítimas, mas não quis dar mais detalhes. Ele disse ainda que o chefe da missão da ONU no país, Staffan de Mistura, está indo para o local.

De acordo com Ahmadzai, as forças de segurança afegãs retomaram o controle da área e abriram uma investigação sobre os fatos, após deterem ao menos 15 dos manifestantes.

O Ministério de Relações Exteriores da Rússia pediu ao governo afegão e às forças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no país que protejam as equipes da ONU.

CORÃO

Em 20 de março, o pastor protestante Wayne Sapp queimou um exemplar do Corão em uma igreja da Flórida (EUA) na presença do pastor Terry Jones, que anunciou no ano passado que faria o mesmo por ocasião do aniversário dos atentados de 11 de setembro, embora tenha voltado atrás.

Os pastores realizaram um "julgamento" dentro da igreja, no qual o livro sagrado muçulmano foi declarado "culpado" de várias acusações, entre elas assassinato. Em seguida a pena foi executada: o exemplar foi queimado.

O livro foi molhado com querosene e colocado em um recipiente de metal no centro do templo da igreja Dove World Outreach Center. O exemplar queimou por dez minutos.

Em setembro de 2010, Jones despertou a atenção mundial por seu plano de queimar exemplares do Corão em sua igreja no aniversário dos atentados terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos.

Após as fortes reações no mundo muçulmano e das críticas de líderes internacionais, incluindo o presidente americano Barack Obama, Jones desistiu da ideia e afirmou que nunca mais voltaria a tentar queimar um Corão.

Fonte: Associeted Press
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