Durante a LAAD 2011, maior feira de defesa da América Latina, o ministro da defesa Nelson Jobim em coletiva no último dia 12 de abril anunciou que o programa FX-2 não tem previsão para ser decidido este ano. Devido as restrições e cortes no orçamento impostos neste inicio de governo o programa que é tão importante a nossa Força Aérea se viu mais uma vez relegado a segundo plano.
O GeoPolítica Brasil esteve presente nas apresentações feitas pelo consórcio Rafale, até o fim do governo Lula o mais cotado a substituir a atual frota da FAB, também participamos da coletiva de imprensa e "voamos" o F/A-18 Super Hornet, que como já sabiamos oferecem um pacote que não atende as nossas aspirações, por último e não menos importante, estivemos na SAAB para novamente "voar" o Gripen NG, pois o editor deste blog já havia voado o mesmo em 2009.
O que se nota apesar de mais um ano de postergação na decisão deste que será o futuro vetor da FAB, que os concorrentes se mostram otimistas em relação as suas chances neste programa. Mas nós como sempre buscamos trazer até você informação imparcial e de qualidade vamos relatar aqui as informações e impressões que tivemos durante a LAAD 2011.
O que a Boeing vem nos propor
Durante a coletiva de imprensa da qual participamos, pudemos notar que os americanos estão apenas ofertando um pacote muito limitado e que não acrescentará muito á nossa industria, pois já foi deixado claro que em relação aos motores, algo fundamental para nosso desenvolvimento, não haverá transferência de tecnologia dos mesmos, algo que nós do GeoPolítica Brasil já esperavamos. Outro ponto importantíssimo que eu perguntei aos representantes da Boeing durante a coletiva, diz respeito á autorização para futuramente fabricarmos o Super Hornet e comercializá-los, a resposta veio de imediato, a proposta da Boeing se limita a fornecer aeronaves para uso no Brasil, sem qualquer possibilidade de comercialização desta tecnologia a terceiros, ou seja, trata-se praticamente de uma venda de prateleira, muito diferente do que exige o programa FX-2 e reza a nossa Estratégia Nacional de Defesa.
O simulador que a Boeing trouxe para a feira exibe o novo padrão de aviônica que irá equipar os novos SH, com uma ampla tela touch screem com uma interface super simples e que reduz bastante a carga de trabalho dos tripulantes da aeronave, sendo uma fantástica inovação. No mais o simulador não ofereceu uma oportunidade melhor para se avaliar o envelope de voo da aeronave.
A Dassault o que propõe?
O consórcio Rafale que representa a Dassault no Brasil, realizou duas importantes apresentações demonstrando a aeronave em si e a sua proposta de transferência de tecnologia. O que observamos é que a proposta francesa apesar de representar o custo mais alto entre os três finalistas do FX-2, acena com a mais completa proposta de transferência e parceria. Sendo o preço compatível com o nível que comprometimento ofertado. Algo que poucos analisam quando falam de preço final, praticamente tratando a compra de tecnologia como se fosse a compra de um carro, onde se olha apenas o desempenho, custo de aquisição e manutenção, o último item quando se avalia. Mas em relação a um programa tão complexo e que visa transferir tecnologia, algo que é muito caro e poucos oferecem, o preço esta atrelado aos termos de transferência e não nas aeronaves em si como tanto tenta incutir na opinião pública a grande mídia tendencionais e leiga, como também outros sites especializados que manipulam a informação a favor deste ou daquele fabricante por interesses particulares.
As apresentações em 3D foram de excelente qualidade nos proporcionaram uma execelente oportunidade de conhecer mais a fundo o projeto do Rafale e o que estão nos ofertando, sendo muito atraente a proposta.
A SAAB e o Gripen NG
A SAAB como sempre se mostrou super receptiva, nos apresentando o atual panorama do Gripen NG, derrubando algumas infelizes declarações feitas por uma autoridade suéca que comprometeu a imagem do projeto aqui no Brasil. A analise que fizemos é que se trata de uma proposta interessante, porém nos deixa um pouco receosos devido ao fato da aeronave estar ainda na fase de projeto, embora seja uma evolução da versão C/D que voa hoje na suécia e em outras nações com a África do Sul. O que nos puxa a memória o programa do AMX, um programa que superou em muito os custos iniciais e nos entregou uma aeronave aquém do que se desejava, sendo as deficiências do projeto só sanadas a pouco com as modernizações. É um interessante conceito de caça, possui excelentes qualidades e um bom pacote de transferência, onde inclusive já foi anunciado que independente de qual seja o vencedor do FX-2 a SAAB irá se instalar no Brasil, capacitando boa parte de nosso parque industrial.
Falando agora do "voo" no Gripen, só confirmei a impressão que tive ao voa-lo em 2009, uma aeronave leve, simples de operar e muito manobrável, onde realizei 4 engajamentos com uma eficiência de 100% no combate a média distancia e 100% no dogfight, onde rapidamente me posicionei na cauda da aeronave inimiga e a abati na segunda salva dos canhões. Além de ser uma aeronave dócil de pilotar.
Finalizando
O programa FX-2 é extremamente importante, e os atrasos na decisão põe em risco as capacidades da FAB de prover a soberania de nosso espaço aéreo, mesmo no momento tendo a disposição caças F-5 recém modernizados, não é o suficiente para fazer frente as ameaças da atual arena aérea mundial.
Como um país que esta a cada dia participando mais ativamente das decisões mundias, tendo uma economia ascendente e uma posição de destaque no mundo hoje, o Brasil mais do que nunca precisa possuir uma capacidade militar condizente com sua posição no mundo, pois a diplomacia deve possuir sempre como retaguarda um poder dissuasório capaz de garantir a soberania nacional e o posicionamento diante de ameaças que venham a surgir, pois possuimos um tesouro imenso em nosso território, onde somente podemos defender nossas reservas com uma força militar devidamente equipada e adestrada.
Angelo D. Nicolaci
GeoPolitica Brasil
O GeoPolítica Brasil esteve presente nas apresentações feitas pelo consórcio Rafale, até o fim do governo Lula o mais cotado a substituir a atual frota da FAB, também participamos da coletiva de imprensa e "voamos" o F/A-18 Super Hornet, que como já sabiamos oferecem um pacote que não atende as nossas aspirações, por último e não menos importante, estivemos na SAAB para novamente "voar" o Gripen NG, pois o editor deste blog já havia voado o mesmo em 2009.
O que se nota apesar de mais um ano de postergação na decisão deste que será o futuro vetor da FAB, que os concorrentes se mostram otimistas em relação as suas chances neste programa. Mas nós como sempre buscamos trazer até você informação imparcial e de qualidade vamos relatar aqui as informações e impressões que tivemos durante a LAAD 2011.
O que a Boeing vem nos propor
Durante a coletiva de imprensa da qual participamos, pudemos notar que os americanos estão apenas ofertando um pacote muito limitado e que não acrescentará muito á nossa industria, pois já foi deixado claro que em relação aos motores, algo fundamental para nosso desenvolvimento, não haverá transferência de tecnologia dos mesmos, algo que nós do GeoPolítica Brasil já esperavamos. Outro ponto importantíssimo que eu perguntei aos representantes da Boeing durante a coletiva, diz respeito á autorização para futuramente fabricarmos o Super Hornet e comercializá-los, a resposta veio de imediato, a proposta da Boeing se limita a fornecer aeronaves para uso no Brasil, sem qualquer possibilidade de comercialização desta tecnologia a terceiros, ou seja, trata-se praticamente de uma venda de prateleira, muito diferente do que exige o programa FX-2 e reza a nossa Estratégia Nacional de Defesa.
O simulador que a Boeing trouxe para a feira exibe o novo padrão de aviônica que irá equipar os novos SH, com uma ampla tela touch screem com uma interface super simples e que reduz bastante a carga de trabalho dos tripulantes da aeronave, sendo uma fantástica inovação. No mais o simulador não ofereceu uma oportunidade melhor para se avaliar o envelope de voo da aeronave.
A Dassault o que propõe?
O consórcio Rafale que representa a Dassault no Brasil, realizou duas importantes apresentações demonstrando a aeronave em si e a sua proposta de transferência de tecnologia. O que observamos é que a proposta francesa apesar de representar o custo mais alto entre os três finalistas do FX-2, acena com a mais completa proposta de transferência e parceria. Sendo o preço compatível com o nível que comprometimento ofertado. Algo que poucos analisam quando falam de preço final, praticamente tratando a compra de tecnologia como se fosse a compra de um carro, onde se olha apenas o desempenho, custo de aquisição e manutenção, o último item quando se avalia. Mas em relação a um programa tão complexo e que visa transferir tecnologia, algo que é muito caro e poucos oferecem, o preço esta atrelado aos termos de transferência e não nas aeronaves em si como tanto tenta incutir na opinião pública a grande mídia tendencionais e leiga, como também outros sites especializados que manipulam a informação a favor deste ou daquele fabricante por interesses particulares.
As apresentações em 3D foram de excelente qualidade nos proporcionaram uma execelente oportunidade de conhecer mais a fundo o projeto do Rafale e o que estão nos ofertando, sendo muito atraente a proposta.
A SAAB e o Gripen NG
A SAAB como sempre se mostrou super receptiva, nos apresentando o atual panorama do Gripen NG, derrubando algumas infelizes declarações feitas por uma autoridade suéca que comprometeu a imagem do projeto aqui no Brasil. A analise que fizemos é que se trata de uma proposta interessante, porém nos deixa um pouco receosos devido ao fato da aeronave estar ainda na fase de projeto, embora seja uma evolução da versão C/D que voa hoje na suécia e em outras nações com a África do Sul. O que nos puxa a memória o programa do AMX, um programa que superou em muito os custos iniciais e nos entregou uma aeronave aquém do que se desejava, sendo as deficiências do projeto só sanadas a pouco com as modernizações. É um interessante conceito de caça, possui excelentes qualidades e um bom pacote de transferência, onde inclusive já foi anunciado que independente de qual seja o vencedor do FX-2 a SAAB irá se instalar no Brasil, capacitando boa parte de nosso parque industrial.
Falando agora do "voo" no Gripen, só confirmei a impressão que tive ao voa-lo em 2009, uma aeronave leve, simples de operar e muito manobrável, onde realizei 4 engajamentos com uma eficiência de 100% no combate a média distancia e 100% no dogfight, onde rapidamente me posicionei na cauda da aeronave inimiga e a abati na segunda salva dos canhões. Além de ser uma aeronave dócil de pilotar.
Finalizando
O programa FX-2 é extremamente importante, e os atrasos na decisão põe em risco as capacidades da FAB de prover a soberania de nosso espaço aéreo, mesmo no momento tendo a disposição caças F-5 recém modernizados, não é o suficiente para fazer frente as ameaças da atual arena aérea mundial.
Como um país que esta a cada dia participando mais ativamente das decisões mundias, tendo uma economia ascendente e uma posição de destaque no mundo hoje, o Brasil mais do que nunca precisa possuir uma capacidade militar condizente com sua posição no mundo, pois a diplomacia deve possuir sempre como retaguarda um poder dissuasório capaz de garantir a soberania nacional e o posicionamento diante de ameaças que venham a surgir, pois possuimos um tesouro imenso em nosso território, onde somente podemos defender nossas reservas com uma força militar devidamente equipada e adestrada.
Angelo D. Nicolaci
GeoPolitica Brasil
O FX2 se tornou uma novela mexicana !!
ResponderExcluirO Rafaele e Gripen são bons caças.
Mas meu preferido, é o Gripen
Se realmente for adicionado ao projeto, o conformal tank, vetoração de empuxo e o motor super cruser .