Uma reunião de governos ocidentais e do Oriente Médio, marcada para maio em Roma, buscará maneiras de permitir que os rebeldes líbios vendam petróleo ao mercado mundial, disse na terça-feira o chanceler italiano, Franco Frattini.
As declarações ressaltam a incerteza gerada pelas sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) que deveriam servir para cercear o regime de Muammar Gaddafi, mas que acabaram também por impedir que os rebeldes vendam o petróleo extraído nas regiões sob seu controle, o que lhes permitiria angariar fundos para sua luta.
Falando após uma reunião com Mustafa Abdel Jalil, chefe do principal conselho rebelde da Líbia, Frattini disse que o "Grupo de Contato" com a Líbia, envolvendo países da Europa e Oriente Médio, mais a ONU, a União Africana e a Liga Árabe, vai discutir a questão no começo do mês que vem na capital italiana.
A data exata não foi definida, mas as autoridades italianas disseram que o encontro será possivelmente no dia 2.
Frattini disse que o grupo avaliará maneiras de liberar bens pertencentes a Gaddafi que estão congelados pela resolução da ONU, e que discutirá também formas de permitir "a venda de derivados de petróleo produzidos na Cirenaica (leste da Líbia) ... com instrumentos financeiros transparentes."
Jalil, que também se reuniu com o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, antes de viajar na quarta-feira a Paris, apelou às potências ocidentais para que intensifiquem suas ações militares contra as forças de Gaddafi.
Mas ele não chegou a pedir à Itália que suspenda as restrições que impedem a sua aviação de participar ativamente dos bombardeios realizados pela Otan contra as forças do regime.
"O que nós esperamos que os nossos amigos italianos façam é colocar mais pressão militar sobre Gaddafi para forçá-lo a deixar o país e renunciar", afirmou o dirigente rebelde a jornalistas.
Além de pedir apoio militar e outros tipos de ajuda, como bolsas acadêmicas, Jalil pretende com sua visita fortalecer os laços econômicos da zona rebelde com a Itália, que esteve entre os melhores amigos de Gaddafi na Europa até o início da rebelião.
Abdurrahman Shalgham, ex-embaixador da Líbia na ONU, e que acompanha Jalil na viagem, disse que a delegação teve breves contatos com empresas italianas como a elétrica Enel, a fábrica de equipamentos eletrônicos militares Finmeccanica e o banco Unicredit, o principal do país.
Paolo Scaroni, executivo-chefe da Eni, empresa italiana que era o maior exportador de petróleo da Líbia até o início do conflito, também esteve na reunião com Berlusconi, segundo um funcionário que pediu anonimato.
Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Catar estão entre os países que defendem a autorização para a venda de petróleo do leste da Líbia.
Até agora, os rebeldes conseguiram exportar apenas pequenas quantidades, com a ajuda do Catar, que juntamente com França e Itália foi um dos primeiros países a reconhecer o Conselho Nacional de Transição, uma instância criada pelo rebeldes, como legítimo governo da Líbia.
Jalil agradeceu a Itália pelo seu apoio e reiterou que um futuro governo rebelde irá manter os tratados e acordos comerciais existentes. Ele disse que os primeiros apoiadores receberão uma recompensa especial.
"Haverá uma forte cooperação e amizade com a Itália, Catar e França, em primeira instância. Depois deles virão todos os nossos outros amigos -- Estados Unidos, Grã-Bretanha -- que nos têm apoiado, mas cada um de acordo com o quanto tem nos apoiado hoje."
Fonte: Reuters
As declarações ressaltam a incerteza gerada pelas sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) que deveriam servir para cercear o regime de Muammar Gaddafi, mas que acabaram também por impedir que os rebeldes vendam o petróleo extraído nas regiões sob seu controle, o que lhes permitiria angariar fundos para sua luta.
Falando após uma reunião com Mustafa Abdel Jalil, chefe do principal conselho rebelde da Líbia, Frattini disse que o "Grupo de Contato" com a Líbia, envolvendo países da Europa e Oriente Médio, mais a ONU, a União Africana e a Liga Árabe, vai discutir a questão no começo do mês que vem na capital italiana.
A data exata não foi definida, mas as autoridades italianas disseram que o encontro será possivelmente no dia 2.
Frattini disse que o grupo avaliará maneiras de liberar bens pertencentes a Gaddafi que estão congelados pela resolução da ONU, e que discutirá também formas de permitir "a venda de derivados de petróleo produzidos na Cirenaica (leste da Líbia) ... com instrumentos financeiros transparentes."
Jalil, que também se reuniu com o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, antes de viajar na quarta-feira a Paris, apelou às potências ocidentais para que intensifiquem suas ações militares contra as forças de Gaddafi.
Mas ele não chegou a pedir à Itália que suspenda as restrições que impedem a sua aviação de participar ativamente dos bombardeios realizados pela Otan contra as forças do regime.
"O que nós esperamos que os nossos amigos italianos façam é colocar mais pressão militar sobre Gaddafi para forçá-lo a deixar o país e renunciar", afirmou o dirigente rebelde a jornalistas.
Além de pedir apoio militar e outros tipos de ajuda, como bolsas acadêmicas, Jalil pretende com sua visita fortalecer os laços econômicos da zona rebelde com a Itália, que esteve entre os melhores amigos de Gaddafi na Europa até o início da rebelião.
Abdurrahman Shalgham, ex-embaixador da Líbia na ONU, e que acompanha Jalil na viagem, disse que a delegação teve breves contatos com empresas italianas como a elétrica Enel, a fábrica de equipamentos eletrônicos militares Finmeccanica e o banco Unicredit, o principal do país.
Paolo Scaroni, executivo-chefe da Eni, empresa italiana que era o maior exportador de petróleo da Líbia até o início do conflito, também esteve na reunião com Berlusconi, segundo um funcionário que pediu anonimato.
Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Catar estão entre os países que defendem a autorização para a venda de petróleo do leste da Líbia.
Até agora, os rebeldes conseguiram exportar apenas pequenas quantidades, com a ajuda do Catar, que juntamente com França e Itália foi um dos primeiros países a reconhecer o Conselho Nacional de Transição, uma instância criada pelo rebeldes, como legítimo governo da Líbia.
Jalil agradeceu a Itália pelo seu apoio e reiterou que um futuro governo rebelde irá manter os tratados e acordos comerciais existentes. Ele disse que os primeiros apoiadores receberão uma recompensa especial.
"Haverá uma forte cooperação e amizade com a Itália, Catar e França, em primeira instância. Depois deles virão todos os nossos outros amigos -- Estados Unidos, Grã-Bretanha -- que nos têm apoiado, mas cada um de acordo com o quanto tem nos apoiado hoje."
Fonte: Reuters
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