terça-feira, 12 de abril de 2011

Brasil supera países ricos no gasto em escola privada

O FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou, nesta segunda-feira, a previsão de crescimento da América Latina para 4,7% em 2011, mas alertou para um "significativo risco de superaquecimento" econômico.

A previsão anterior do FMI era de crescimento de 4,3% para os países latino-americanos.

"A perspectiva para exportadores de commodities é geralmente positiva. Há sinais, porém, de um potencial superaquecimento, e os ingressos de capital têm causado tensão na formulação de política monetária", disse o FMI.

"Por exemplo, o crescimento real de crédito no Brasil e na Colômbia está aumentando de 10% a 20% ao ano, de acordo com os dados mais recentes. Além disso, o crédito per capita no Brasil quase dobrou nos últimos cinco anos."

No relatório "Perspectivas da Economia Mundial", a organização também revisou ligeiramente para cima a perspectiva de expansão econômica na região para o ano que vem, para 4,2%.

O fundo alertou, ainda, que os riscos de inflação estão crescendo na região. A inflação na América Latina e no Caribe deve subir de 6% em 2010 para 6,7% neste ano, antes de diminuir novamente em 2012.

Impulsionada pela alta das commodities, a pressão inflacionária deve aumentar em muitas das economias sul-americanas neste ano. Paraguai, Bolívia e Chile devem ver uma alta considerável na taxa anual de inflação, segundo projeções do Fundo.

"As condições geralmente esperançosas estão associadas a uma inflação crescente na América do Sul e Central. Por outro lado, o México não está enfrentando pressão de superaquecimento desta vez", avaliou o credor internacional.

Apesar de alertar para riscos de superaquecimento, o FMI reconhece que o crescimento da América Latina esse ano será menor que o do ano passado. O crescimento do PIB cairá de pouco mais de 6% em 2010 para cerca de 4,7% neste ano e 4,2% no ano que vem, disse o FMI.

Bancos centrais da América do Sul têm elevado as taxas de juros nos últimos meses para combater as crescentes pressões de preços, com a taxa básica de juros brasileira em 11,75%.

BRASIL

Para o Brasil, a expectativa do Fundo é de desaceleração econômica, com um crescimento de 4,5% para este ano e de 4,1% para o ano que vem. No passado, o Brasil cresceu 7,5%.

O fundo cita que o ritmo de aumento do crédito no Brasil e destaca que o nível de empréstimos per capita praticamente duplicou nos últimos cinco anos.

O FMI faz uma advertência para o aumento de fluxo de capitais nas economias emergentes, inclusive o Brasil, que estão em níveis superiores aos anteriores à crise iniciada no segundo semestre de 2008. Para o fundo, esse movimento pode levar 'ao risco de futura instabilidade [na região], incluindo a fuga de capitais'.

ECONOMIA MUNDIAL

O clima de incerteza gerado em todo o planeta pelo terremoto do Japão, as revoltas nos países árabes e as crises na Europa, entre outros fatores, não deverão impedir um crescimento mundial de 4,4% neste ano e de 4,5% em 2012, segundo a previsão do FMI.

O Fundo avaliou que a escalada dos preços do petróleo e a inflação oferecem riscos à recuperação global, mas não são suficientemente fortes para tirar a economia mundial dos trilhos. Por isso, o fundo manteve a previsão de crescimento mundial para este ano e o próximo.

O FMI destacou, ainda, o impacto do aumento dos preços de alimentos e outras commodities para os países mais pobres. Esse foi um dos motivos do levante popular no mundo árabe, contra regimes ditatoriais.

Fonte: Folha
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