terça-feira, 26 de abril de 2011

Acidente nuclear de Tchernobil completa 25 anos




Há 25 anos o mundo presenciava o maior acidente nuclear da história quando no dia 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Tchernobil que fica localizada na Ucrânia, o reator de número 4 apresentou falhas resultando em uma série de explosões e no derretimento do seu núcleo.

Considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear, produziu uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a liberação de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima. Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas, resultando na evacuação e reassentamento de aproximadamente 200 mil pessoas.

Acidente nuclear de Tchernobil custou US$ 180 bilhões

O primeiro-ministro ucraniano, Nikolai Azarov, estimou nesta terça-feira em US$ 180 bilhões as perdas causadas pela catástrofe na usina nuclear de Tchernobil, que completa nesta terça 25 anos.

"O percentual de despesas destinado a esse fim (superar o acidente) chegou a representar 10% do orçamento anual da Ucrânia", assinalou Azarov em mensagem divulgada pelas agências ucranianas.

Azarov detalhou que por causa da explosão de 26 de abril de 1986 em Tchernobil "145 mil quilômetros quadrados dos territórios da Ucrânia, Belarus e Rússia foram contaminados".

"Cerca de 2,2 milhões de pessoas na Ucrânia receberam o status de vítimas de Tchernobil", disse.

O documento situa em 91 mil o número de pessoas que saíram de suas casas no dia seguinte à catástrofe das cidades de Pripyat, a 4 quilômetros da planta.

Apesar disso, Azarov reiterou que a Ucrânia é capaz de assumir as despesas da planta, enclausurada no ano 2000, mas que ainda abriga toneladas de combustível nuclear.

O primeiro-ministro ucraniano agradeceu à comunidade internacional pelos 550 milhões de euros arrecadados na semana passada para construir o novo sarcófago sobre o quarto reator da central e completar outros programas de desativação.

"Em prol da vida na Terra e com esforços conjuntos é necessário superar as terríveis consequências e preocupar-se para que algo assim não volte a repetir-se", declarou.

Em declarações à agência de notícias Efe, Azarov garantiu na véspera que "renunciar às tecnologias nucleares é como proibir os computadores".

Pesquisa divulgada na semana passada revela que quase 70% dos ucranianos são contrários à construção de novas usinas nucleares e 39,4% consideram que as atuais plantas são perigosas.

Os presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev, e Ucrânia, Viktor Yanukovych, homenagearão nesta terça-feira as vítimas da tragédia na mesma central de Tchernobil, situada a menos de 100 quilômetros da capital ucraniana, Kiev.

Tchernobil espalhou há quase um quarto de século 200 toneladas de material físsil com radioatividade equivalente a 500 bombas atômicas como a de Hiroshima.

A radiação afetou a mais 5 milhões de pessoas, principalmente na Rússia, Ucrânia e Belarus, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Fonte: GeoPolítica Brasil / EFE
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