quarta-feira, 16 de março de 2011

Usina nuclear de Fukushima anuncia novo incêndio no reator número 4


Um novo incêndio foi anunciado nesta terça-feira no edifício do reator número 4 da usina nuclear de Fukushima no nordeste do Japão, onde outros três reatores sofrem problemas, informou a empresa operadora.

O fogo, aparentemente causado novamente pela combustão de hidrogênio, foi avistado por um dos trabalhadores às 5h45 do horário local (17h45 do horário local), mas meia hora atrás as chamas já não eram mais vistas, segundo a televisão "NHK".

Além disso, inicialmente foi informado que os bombeiros tentavam extinguir o fogo, mas a companhia Tokyo Electric Power (Tepco) assegurou que o nível de radioatividade é muito alto para enviar seus trabalhadores para o local.

As chamas afetam a barreira exterior da estrutura que protege o reator, explicou Hajimi Motujuku, porta-voz da empresa operadora da usina, Tokyo Electric Power (Tepco).

Os técnicos da Tepco estão preocupados com o aumento da temperatura perto do núcleo, e lançam de helicópteros água salgada para resfriá-lo e evitar o temido processo de fusão por superaquecimento.

A "NHK" ressaltou que a radioatividade é "muito alta" e há uma "necessidade urgente" de que se injete líquido suficiente na piscina na qual estão armazenadas as barras de combustível atômico do reator número 4.

A temperatura na piscina chegou a 84 graus centígrados, muito acima do ideal para manter estáveis as barras, das quais 70% ficaram danificadas, segundo a agência "Kyodo".

Este mesmo reator - que estava apagado - sofreu há quase 24 horas outro incêndio, apagado em poucas horas, mas que fez com que a radioatividade superasse em até 100 vezes o limite permitido, embora segundo as autoridades não tenha ocorrido vazamento.

Apenas 50 dos 800 operários de Fukushima continuam na usina para tentar controlar os reatores, depois que o restante foi evacuado pelo risco de contaminação.

O perímetro de segurança de 30 quilômetros instaurado ao redor da central também foi declarado zona de exclusão aérea.

Fonte: EFE
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