sábado, 12 de março de 2011

Tremores e Tsunami no Japão criam ameaça de desastre nuclear


O governo japonês confirmou o vazamento na usina nuclear Fukushima Daiichi Nº 1, e indicou que a concentração de material radioativo escapando das instalações já está oito vezes maior do que o normal. Em seguida, o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, ordenou a retirada emergencial de moradores num raio de 10 km em torno das instalações.

A usina, localizada na região de Fukushima, no leste do Japão, teve seu sistema de resfriamento danificado pelo terremoto de magnitude 8,9 e subsequente tsunami que atingiram o país. Registrado às 14h46 no horário local (2h46 em Brasília), o abalo foi o maior da história no Japão e já deixou ao menos 378 mortos, mais de 800 feridos e 547 desaparecidos.

A medição do nível de radiação que escapa da usina feita pela Agência de Segurança Industrial e Nuclear do governo japonês, subordinada ao Ministério da Indústria, sugere que o vazamento tenha proporções maiores do que as previstas anteriormente pelo ministro da Indústria Banri Kaieda.

Kaieda admitiu a possibilidade de um pequeno vazamento de material radioativo na usina nuclear de Fukushima Daiichi após o governo decidir liberar vapor com teor radioativo como medida emergencial para reduzir a pressão sobre os reatores.

Embora a agência negue que a quantidade de radiação vazada ofereça um risco imediato à saúde dos moradores, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, ordenou a retirada de moradores em torno de duas usinas, somando mais de 45 mil pessoas deslocadas.

Mais cedo um porta-voz da Tokyo Electric Power Co (TEPCO) disse que a pressão dentro da usina estava aumentando e já ultrapassava 1,5 a capacidade prevista, com o risco de um vazamento de radiação, segundo agências de notícias japonesas.

A Agência de Segurança Industrial e Nuclear japonesa indicou que o nível de radiação nos arredores da usina nuclear de Fukushima Daiichi Nº 1 aumentaram neste sábado após o governo declarar estado de emergência em cinco reatores de duas usinas no país. O alerta chega horas após o governo confirmar ao menos 417 mortos pelo terremoto de magnitude 8,9 seguido de tsunami que devastou a região leste do Japão.

Além das medidas iniciais que incluem a visita de Kan às regiões afetadas e ao complexo nuclear, esforços de resgate e de combate a mais de 80 incêndios ativos e as estimativas de prejuízos, o sábado já foi marcado por ao menos mais uma réplica do tremor.

Um terremoto com magnitude 6,8 atingiu a mesma parte do país, informou o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS).

Contenção

Mais cedo, especialistas já haviam alertado para um risco de vazamento caso o nível de água no reator de Fukushima caísse, aumentando a temperatura do combustível nuclear.

Ressaltando as graves preocupações sobre um vazamento nuclear, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que a Força Aérea dos EUA entregou um resfriador ao Japão para reverter o aumento da temperatura do combustível.

Os reatores fechados devido ao terremoto são responsáveis por 18% da capacidade de geração de energia nuclear do Japão. A energia nuclear produz cerca de 30% da eletricidade consumida no país.

A TEPCO disse que três dos seis reatores da central nuclear de Fukushima Daiichi estavam ativas no momento do terremoto. As outras três, fechadas para manutenção, não correm risco de vazamento.

Riscos nucleares

Além das mortes e estragos, o tremor de magnitude 8,9 seguido de tsunami causou ainda um vazamento de material radioativo na usina de Fukushima Daiichi Nº1 levando o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, a deixar Tóquio para sobrevoar as regiões atingidas e conferir a situação emergencial nas instalações nucleares da região.

De acordo com a agência Kyodo News, Kan deixou a capital japonesa num helicóptero para conferir de perto a catástrofe causada pelo pior terremoto da história do país. "Eu quero entender a situação", disse pouco após declarar estado de emergência pelo vazamento de material radioativo e ordenar a retirada de ao menos 45 mil moradores num raio de 10 km em torno de Fukushima Daiichi Nº 1.

Kan declarou ainda estado de emergência em outra usina, Fukushima Nº 2, e ordenou a retirada de moradores num raio de 3 km em torno da instalação que fica a 12 km da primeira.

No total, cinco reatores nas duas usinas já foram desligados e permanecem em situação emergencial.


As duas usinas ficam a cerca de 250 km ao norte de Tóquio.

O governo japonês confirmou o vazamento na usina nuclear Fukushima Daiichi Nº 1, e indicou que a concentração de material radioativo escapando das instalações já está oito vezes maior do que o normal. Na sala de controle, o nível de radioatividade foi de mil vezes maior do que o normal.

Um porta-voz da Tokyo Electric Power Co (TEPCO) disse que a empresa segue as ordens do governo e continua liberando vapor radioativo como medida de emergência.

"De acordo com as instruções governamentais, liberamos parte do vapor que contém substâncias radioatiovas. Acompanhamos a situação. Até o momento não há problemas", disse.

Entre as medidas iniciais anunciadas pelo governo estão uma reunião do Escritório de
Respostas Emergenciais a Emergências Nucleares e a utilização de fundos emergenciais para a reconstruir o país e auxiliar as vítimas.

O governo e demais partidos políticos também já cogitam cancelar as eleições locais que ocorreriam em todo o país no mês de abril.


Forte explosão é ouvida perto do reator nuclear de Fukushima

Uma forte explosão deixou quatro feridos neste sábado na usina nuclear de Fukushima, onde o nível de radiação aumentara de forma alarmante após o devastador terremoto que sacudiu o Japão na sexta-feira.

Segundo a imprensa japonesa, que cita a empresa elétrica Tokyo Electric Power (TEPCO) e a Agência de Segurança Nuclear do Japão, a explosão aconteceu às 15h36 da hora local (3h36 de Brasília), aparentemente quando uma equipe tentava esfriar um reator nuclear da usina número 1.

A rede de televisão NHK assegura que o teto e as paredes do edifício que abrigava o reator desabaram.

O terremoto que atingiu a região ontem havia danificado o sistema de refrigeração da central, que paralisou suas atividades, sem que isso impedisse o aumento da pressão no reator nuclear.

Os quatro feridos foram transferidos para um hospital da região, segundo fontes da TEPCO, a companhia que opera a usina, que ainda não divulgou informações sobre o estado da central.

O incidente ocorreu pouco depois de os responsáveis da usina nuclear terem anunciado que haviam conseguido reduzir a pressão no reator.

O governo ordenara neste sábado a evacuação de cerca de 45 mil habitantes em um raio de 10 quilômetros ao redor das instalações nucleares, enquanto já havia evacuado na sexta-feira três mil pessoas em um raio de três quilômetros.

Inaugurada em 1961, a usina número 1 da Tokyo Electric Power em Fukushima, com o nome de Daiichi, fica 270 quilômetros ao nordeste de Tóquio e contava com permissão para continuar ativa até 2021.

O terremoto de sexta-feira, de 8,9 graus na escala Richter, fez com que fossem paralisadas as 11 usinas nucleares situadas nas zonas mais afetadas, como estabelecem as normas japonesas diante de casos como este.

O chefe do gabinete japonês Yukio Edano confirmou no sábado que houve uma explosão e um vazamento radiativo na usina nuclear Fukushima Daiichi, operada pela Tokyo Electric Power Co (TEPCO).

Tal descoberta levantou temores de que ocorra um desastroso derretimento da usina, que foi danificada durante o tremor de 8,9 graus de magnitude, o mais potente já registrado no Japão.

"Estamos analisando a causa e a situação e tornaremos isso público quando tivermos mais informações," disse Yukio Edano.

Edano disse que é adequada a retirada de pessoas de um raio de 10 quilômetros do reator Daiichi 1, que tem 40 anos de funcionamento e está localizado em Fukushima. Imagens de televisão mostraram vapor saindo da usina, localizada 240 quilômetros ao norte de Tóquio.

O terremoto causou um tsunami de dez metros de altura, que devastou cidades na costa nordeste do país. A imprensa japonesa calcula que pelo menos 1.300 pessoas morreram.

Fonte: GeoPolítica Brasil com agências de notícias.
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