O grupo Odebrecht deu ontem um importante passo para se consolidar no negócio de defesa. Depois de meses de negociação, formalizou a aquisição do controle acionário da Mectron Engenharia, fabricante de mísseis e de produtos de alta tecnologia para o mercado aeroespacial. O valor da operação não foi divulgado por ambos, mas pelo acordo a Odebrecht passou a deter mais de 50% do capital da Mectron.
A aquisição da Mectron pela Odebrecht também confirma a tendência de fusão das grandes empresas do setor com as companhias de pequeno e médio porte que hoje atuam em áreas promissoras. Este é o caso da Embraer, que no dia 15 deste mês anunciou a compra de 64,7% do capital social da divisão de radares da OrbiSat da Amazônia S.A. Segundo fontes do mercado, a Embraer também estaria em negociação para o controle da Atech, empresa brasileira que atuou no projeto Sivam e é especializada na integração de sistemas estratégicos.
O superintendente da Odebrecht Engenharia Industrial, Roberto Simões, disse que a compra da Mectron demonstra que a empresa acredita muito no mercado de defesa, apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor, especialmente agora, com os cortes orçamentários anunciados recentemente pelo governo, um grande cliente.
Independentemente disso, a Odebrecht tem como meta se tornar o maior "player" nesse segmento no Brasil. Com a aquisição da Mectron, segundo Simões, o grupo pretende diversificar seu portfólio de produtos militares e ampliar a sua atuação, tanto no mercado de defesa nacional quanto no internacional.
"A Mectron é uma empresa estratégica para o Brasil e a Odebrecht ajudará a companhia a se fortalecer para que continue atendendo as demandas das Forças Armadas e, principalmente, para que se torne uma base de exportação de produtos de alta tecnologia", afirmou. "A Odebrecht tem um modelo de gestão consagrado no país e no exterior. Sua estrutura financeira sólida ajudará a Mectron a obter, com mais facilidade, linhas de crédito que acelerem o desenvolvimento e a conclusão de nossos projetos", disse o presidente da Mectron, Rogério Salvador.
O executivo afirmou que a parceria com a Odebrecht vai abrir oportunidades, não só na área de defesa, mas também no setor civil. "Trata-se do uso dual da tecnologia de defesa, que poderá ser aproveitada para o desenvolvimento de outros produtos e em atividades importantes de engenharia da Odebrecht", disse.
Dos cinco sócios controladores da Mectron, quatro continuarão na companhia. "Essa foi uma condição que impusemos. Só entraríamos se ficassem, pois são eles que detêm todo o conhecimento estratégico da empresa", explicou Simões. A participação do BNDES na Mectron, de 27%, também será mantida, segundo o executivo. A empresa tem 300 funcionários e faturou R$ 80 milhões em 2010.
A Odebrecht começou a atuar mais fortemente nesse setor com a participação no projeto do submarino para o governo brasileiro, como subcontratada da francesa DCNS. No ano passado, fechou parceria com o grupo europeu Cassidian, da europeia EADS, visando negócios em radares e sistemas de proteção de fronteiras.
Fonte: Valor Econômico
A aquisição da Mectron pela Odebrecht também confirma a tendência de fusão das grandes empresas do setor com as companhias de pequeno e médio porte que hoje atuam em áreas promissoras. Este é o caso da Embraer, que no dia 15 deste mês anunciou a compra de 64,7% do capital social da divisão de radares da OrbiSat da Amazônia S.A. Segundo fontes do mercado, a Embraer também estaria em negociação para o controle da Atech, empresa brasileira que atuou no projeto Sivam e é especializada na integração de sistemas estratégicos.
O superintendente da Odebrecht Engenharia Industrial, Roberto Simões, disse que a compra da Mectron demonstra que a empresa acredita muito no mercado de defesa, apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor, especialmente agora, com os cortes orçamentários anunciados recentemente pelo governo, um grande cliente.
Independentemente disso, a Odebrecht tem como meta se tornar o maior "player" nesse segmento no Brasil. Com a aquisição da Mectron, segundo Simões, o grupo pretende diversificar seu portfólio de produtos militares e ampliar a sua atuação, tanto no mercado de defesa nacional quanto no internacional.
"A Mectron é uma empresa estratégica para o Brasil e a Odebrecht ajudará a companhia a se fortalecer para que continue atendendo as demandas das Forças Armadas e, principalmente, para que se torne uma base de exportação de produtos de alta tecnologia", afirmou. "A Odebrecht tem um modelo de gestão consagrado no país e no exterior. Sua estrutura financeira sólida ajudará a Mectron a obter, com mais facilidade, linhas de crédito que acelerem o desenvolvimento e a conclusão de nossos projetos", disse o presidente da Mectron, Rogério Salvador.
O executivo afirmou que a parceria com a Odebrecht vai abrir oportunidades, não só na área de defesa, mas também no setor civil. "Trata-se do uso dual da tecnologia de defesa, que poderá ser aproveitada para o desenvolvimento de outros produtos e em atividades importantes de engenharia da Odebrecht", disse.
Dos cinco sócios controladores da Mectron, quatro continuarão na companhia. "Essa foi uma condição que impusemos. Só entraríamos se ficassem, pois são eles que detêm todo o conhecimento estratégico da empresa", explicou Simões. A participação do BNDES na Mectron, de 27%, também será mantida, segundo o executivo. A empresa tem 300 funcionários e faturou R$ 80 milhões em 2010.
A Odebrecht começou a atuar mais fortemente nesse setor com a participação no projeto do submarino para o governo brasileiro, como subcontratada da francesa DCNS. No ano passado, fechou parceria com o grupo europeu Cassidian, da europeia EADS, visando negócios em radares e sistemas de proteção de fronteiras.
Fonte: Valor Econômico
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