O ministro de Relações Exteriores francês, Alain Juppé, afirmou nesta segunda-feira em Bruxelas que a saída do ditador iemenita, Ali Abdullah Saleh, é "inevitável" depois das sucessivas demissões de integrantes de seu governo, que se uniram aos opositores.
"Apoiamos as aspirações deste povo pela liberdade e pela democracia", disse Juppé em entrevista coletiva ao término de um Conselho de Ministros de Relações Exteriores europeus, no qual foi analisada a crise na Líbia e em outros países árabes.
O chefe da diplomacia francesa advertiu que a situação no Iêmen está cada vez pior.
"Parece que a saída do presidente Saleh é inevitável", afirmou.
A União Europeia, por sua parte, condenou nesta segunda-feira o uso da força contra a população e ameaçou em "revisar suas políticas" para o Iêmen se as autoridades não garantirem a segurança dos manifestantes.
"Aqueles responsáveis pelas perda de vidas e lesões serão perseguidos por suas ações e levados perante a Justiça", assinalaram em comunicado os ministros de Exteriores da União.
Mais uma vez, os 27 exigiram moderação às Forças de segurança e pediram ao Governo iemenita e à oposição a iniciar um diálogo.
"A UE reitera sua visão que as reformas políticas e econômicas são essenciais para o futuro do Iêmen e se mantém preparada para apoiar ao povo iemenita", indicaram em seu comunicado.
CONFRONTOS E RENÚNCIAS
O ditador do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, afirmou nesta segunda-feira que tem o apoio "da maioria de seu povo", apesar da série de deserções de oficiais do Exército e de dirigentes do governo, informou a agência oficial Saba.
"Resistimos. A grande maioria do povo iemenita é a favor da segurança, da estabilidade e da legalidade constitucional", declarou o chefe do governo ante uma delegação oficial, acrescentando que "aqueles que apelam para o caos, a violência, o ódio e a sabotagem são apenas uma ínfima minoria".
Tanques do Exército iemenita cercavam o palácio presidencial de Sanaa na manhã desta segunda-feira, enquanto um general, dezenas de oficiais e o governador de Aden a segunda maior cidade do país se uniram à rebelião contra o regime.
Os tanques foram posicionados em lugares estratégicos da capital, incluindo o palácio presidencial, o banco central e o ministério da Defesa, mas ainda não se sabe a quem essas forças são leais.
Enquanto isso, uma multidão se reunia no centro de Sanaa, desafiando a proibição de se manifestar, para exigir a saída de Saleh, cada vez mais isolado em seu próprio país.
A onda de deserções foi extensa nesta segunda-feira: um dos principais oficiais das Forças Armadas do Iêmen, general Ali Mohsen Al Ahmar, disse à imprensa que decidira se unir aos protestos contra o regime.
DIPLOMATAS
Cinco embaixadores do Iêmen na Europa escreveram uma carta a Saleh pedindo demissão, disse o embaixador iemenita na França, Jaled al Akwaa.
Os diplomatas baseados em Paris, Bruxelas, Genebra, Berlim e Londres, além do Consulado em Frankfurt (Alemanha) mandaram uma carta na qual exigem que Saleh responda às exigências do povo e renuncie para "evitar um banho de sangue".
"Confiamos na prudência [de Saleh] para priorizar os interesses nacionais e não os pessoais", diz ainda a carta.
O embaixador do Iêmen em Cuba também assinou a mensagem.
Renúncias de autoridades e representantes do regime se aceleraram no Iêmen depois das mortes de 52 pessoas em protestos em Sanaa, atribuídas a partidários de Saleh, que está no poder há 32 anos.
EXÉRCITO
Um dos principais generais do Iêmen declarou apoio público aos protestos contra o regime de Saleh nesta segunda-feira.
A declaração do general Ali Mohsen al Ahmar que até agora era um aliado próximo de Saleh aumenta a pressão pela renúncia do ditador. Dois comandantes do Exército já teriam deixado seus cargos em protesto.
No entanto, em um comunicado, o ministro de Defesa do Iêmen anunciou nesta segunda-feira que o Exército continua a apoiar Saleh e que irá apoiá-lo contra "qualquer golpe à democracia".
"Não permitiremos, sob nenhuma circunstância, uma tentativa de golpe contra a democracia e a legitimidade constitucional, ou a violação da segurança da nação e dos cidadãos", diz o comunicado.
Fonte: Folha
"Apoiamos as aspirações deste povo pela liberdade e pela democracia", disse Juppé em entrevista coletiva ao término de um Conselho de Ministros de Relações Exteriores europeus, no qual foi analisada a crise na Líbia e em outros países árabes.
O chefe da diplomacia francesa advertiu que a situação no Iêmen está cada vez pior.
"Parece que a saída do presidente Saleh é inevitável", afirmou.
A União Europeia, por sua parte, condenou nesta segunda-feira o uso da força contra a população e ameaçou em "revisar suas políticas" para o Iêmen se as autoridades não garantirem a segurança dos manifestantes.
"Aqueles responsáveis pelas perda de vidas e lesões serão perseguidos por suas ações e levados perante a Justiça", assinalaram em comunicado os ministros de Exteriores da União.
Mais uma vez, os 27 exigiram moderação às Forças de segurança e pediram ao Governo iemenita e à oposição a iniciar um diálogo.
"A UE reitera sua visão que as reformas políticas e econômicas são essenciais para o futuro do Iêmen e se mantém preparada para apoiar ao povo iemenita", indicaram em seu comunicado.
CONFRONTOS E RENÚNCIAS
O ditador do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, afirmou nesta segunda-feira que tem o apoio "da maioria de seu povo", apesar da série de deserções de oficiais do Exército e de dirigentes do governo, informou a agência oficial Saba.
"Resistimos. A grande maioria do povo iemenita é a favor da segurança, da estabilidade e da legalidade constitucional", declarou o chefe do governo ante uma delegação oficial, acrescentando que "aqueles que apelam para o caos, a violência, o ódio e a sabotagem são apenas uma ínfima minoria".
Tanques do Exército iemenita cercavam o palácio presidencial de Sanaa na manhã desta segunda-feira, enquanto um general, dezenas de oficiais e o governador de Aden a segunda maior cidade do país se uniram à rebelião contra o regime.
Os tanques foram posicionados em lugares estratégicos da capital, incluindo o palácio presidencial, o banco central e o ministério da Defesa, mas ainda não se sabe a quem essas forças são leais.
Enquanto isso, uma multidão se reunia no centro de Sanaa, desafiando a proibição de se manifestar, para exigir a saída de Saleh, cada vez mais isolado em seu próprio país.
A onda de deserções foi extensa nesta segunda-feira: um dos principais oficiais das Forças Armadas do Iêmen, general Ali Mohsen Al Ahmar, disse à imprensa que decidira se unir aos protestos contra o regime.
DIPLOMATAS
Cinco embaixadores do Iêmen na Europa escreveram uma carta a Saleh pedindo demissão, disse o embaixador iemenita na França, Jaled al Akwaa.
Os diplomatas baseados em Paris, Bruxelas, Genebra, Berlim e Londres, além do Consulado em Frankfurt (Alemanha) mandaram uma carta na qual exigem que Saleh responda às exigências do povo e renuncie para "evitar um banho de sangue".
"Confiamos na prudência [de Saleh] para priorizar os interesses nacionais e não os pessoais", diz ainda a carta.
O embaixador do Iêmen em Cuba também assinou a mensagem.
Renúncias de autoridades e representantes do regime se aceleraram no Iêmen depois das mortes de 52 pessoas em protestos em Sanaa, atribuídas a partidários de Saleh, que está no poder há 32 anos.
EXÉRCITO
Um dos principais generais do Iêmen declarou apoio público aos protestos contra o regime de Saleh nesta segunda-feira.
A declaração do general Ali Mohsen al Ahmar que até agora era um aliado próximo de Saleh aumenta a pressão pela renúncia do ditador. Dois comandantes do Exército já teriam deixado seus cargos em protesto.
No entanto, em um comunicado, o ministro de Defesa do Iêmen anunciou nesta segunda-feira que o Exército continua a apoiar Saleh e que irá apoiá-lo contra "qualquer golpe à democracia".
"Não permitiremos, sob nenhuma circunstância, uma tentativa de golpe contra a democracia e a legitimidade constitucional, ou a violação da segurança da nação e dos cidadãos", diz o comunicado.
Fonte: Folha
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