A manhã de quarta-feira (madrugada em Brasília) foi marcada por explosões e artilharia pesada antiaérea na capital da Líbia, Trípoli, aparentemente mais um dia de ofensiva internacional contra as forças de Muammar Gaddafi.
O ditador, que horas antes foi a público dizer que vai ganhar a batalha contra as forças de coalizão, avança nesta quarta-feira sobre os rebeldes em Misrata --terceira maior cidade do país.
Ao menos duas explosões foram ouvidas antes do amanhecer desta quarta-feira. Segundo a rede de TV CNN, a fonte das explosões e dos tiros não está clara.
Mas a região atingida tem uma grande base militar --um dos alvos prioritários da operação Aurora da Odisseia, aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para proteger os civis líbios e impor uma zona de restrição aérea no país.
A 200 km da capital, as forças de Gaddafi continuaram a ofensiva contra a cidade de Misrata. Testemunhas citadas pelas agências de notícias relatam a presença de tanques e francoatiradores no centro da cidade. "As pessoas estão vivendo em um estado de medo. A eletricidade foi cortada, a água foi cortada".
Não há um número oficial de vítimas dos confrontos na cidade, mas fontes médicas já falam em 90 mortos e dizem que os hospitais estão lotados.
Somente nesta terça-feira, disparos de atiradores e de obuses mataram 17 pessoas, incluindo cinco crianças, informou à France Presse um médico de um hospital da cidade.
No que se tornou um padrão comum dos conflitos na Líbia, as tropas pró-Gaddafi que cercaram Ajdabiya, porta de entrada para o leste, atacaram algumas centenas de rebeldes que se reuniram nos arredores. Os rebeldes dispararam de volta com foguetes Katyusha, mas se viram superados pela força do governo líbio.
Nuvens de fumaça se ergueram sobre o horizonte da cidade. Os rebeldes e as forças de Gaddafi batalham há mais de uma semana por Ajdabiya.
"As armas que eles têm são as armas pesadas e o que temos são armas leves", disse Fawzi Hamid, 33, que se juntou aos militares da Líbia quando era mais novo, mas agora está do lado dos rebeldes. "As forças Gaddafi são mais poderosas do que nós, por isso estamos de acordo com ataques aéreos" da coalizão.
RESISTÊNCIA
Após quatro dias de ataques dos aliados internacionais à Líbia, Gaddafi fez uma breve aparição na TV estatal declarando a seus seguidores que "continuará lutando" e "sairá vitorioso" da guerra contra os rebeldes e as forças estrangeiras.
"Seremos vitoriosos no fim", disse Gaddafi no rápido discurso em Trípoli, capital do país, transmitido ao vivo. De pé, em um balcão, ele denunciou os ataques contra suas forças.
"Oh, grande povo líbio, vocês têm que viver agora, este tempo de glória, este é um tempo de glória que estamos vivendo", disse.
A TV estatal disse que Gaddafi falava de sua casa no complexo Bab Al-Aziziya, o mesmo atingido por um míssil de cruzeiro na noite de domingo. Os repórteres não puderam entrar no local durante o discurso do ditador.
Fonte: Folha
O ditador, que horas antes foi a público dizer que vai ganhar a batalha contra as forças de coalizão, avança nesta quarta-feira sobre os rebeldes em Misrata --terceira maior cidade do país.
Ao menos duas explosões foram ouvidas antes do amanhecer desta quarta-feira. Segundo a rede de TV CNN, a fonte das explosões e dos tiros não está clara.
Mas a região atingida tem uma grande base militar --um dos alvos prioritários da operação Aurora da Odisseia, aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para proteger os civis líbios e impor uma zona de restrição aérea no país.
A 200 km da capital, as forças de Gaddafi continuaram a ofensiva contra a cidade de Misrata. Testemunhas citadas pelas agências de notícias relatam a presença de tanques e francoatiradores no centro da cidade. "As pessoas estão vivendo em um estado de medo. A eletricidade foi cortada, a água foi cortada".
Não há um número oficial de vítimas dos confrontos na cidade, mas fontes médicas já falam em 90 mortos e dizem que os hospitais estão lotados.
Somente nesta terça-feira, disparos de atiradores e de obuses mataram 17 pessoas, incluindo cinco crianças, informou à France Presse um médico de um hospital da cidade.
No que se tornou um padrão comum dos conflitos na Líbia, as tropas pró-Gaddafi que cercaram Ajdabiya, porta de entrada para o leste, atacaram algumas centenas de rebeldes que se reuniram nos arredores. Os rebeldes dispararam de volta com foguetes Katyusha, mas se viram superados pela força do governo líbio.
Nuvens de fumaça se ergueram sobre o horizonte da cidade. Os rebeldes e as forças de Gaddafi batalham há mais de uma semana por Ajdabiya.
"As armas que eles têm são as armas pesadas e o que temos são armas leves", disse Fawzi Hamid, 33, que se juntou aos militares da Líbia quando era mais novo, mas agora está do lado dos rebeldes. "As forças Gaddafi são mais poderosas do que nós, por isso estamos de acordo com ataques aéreos" da coalizão.
RESISTÊNCIA
Após quatro dias de ataques dos aliados internacionais à Líbia, Gaddafi fez uma breve aparição na TV estatal declarando a seus seguidores que "continuará lutando" e "sairá vitorioso" da guerra contra os rebeldes e as forças estrangeiras.
"Seremos vitoriosos no fim", disse Gaddafi no rápido discurso em Trípoli, capital do país, transmitido ao vivo. De pé, em um balcão, ele denunciou os ataques contra suas forças.
"Oh, grande povo líbio, vocês têm que viver agora, este tempo de glória, este é um tempo de glória que estamos vivendo", disse.
A TV estatal disse que Gaddafi falava de sua casa no complexo Bab Al-Aziziya, o mesmo atingido por um míssil de cruzeiro na noite de domingo. Os repórteres não puderam entrar no local durante o discurso do ditador.
Fonte: Folha
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