sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Rafale F3 equipado com Pod AREOS RECO NG


O novo pod AREOS Reco – NG da Thales, parte integrante padrão dos Rafale F3, traz a França para o mundo de reconhecimento totalmente digital. Como um verdadeiro caça "omnirole", o Rafale já substituiu vários tipos de aviões da força aérea e marinha francesa. Esta tendência deve continuar nos próximos anos com a aposentadoria do último caça Mirage F-1 da França, e dos modernizados Super Etendard e os membros mais antigos da frota de Mirage 2000. O Rafale F3, por conseguinte, assumi o papel de reconhecimento, para o qual implanta um sistema dedicado, o pod Areos Reco NG desenvolvido pela Thales.

A força aérea francesa já encomendou uma dúzia, e a marinha francesa outros oito. Uma série de testes de aterrisagem e catapultagens validou a utilização do pod em porta-aviões.

Tático e estratégico

O pod Areos Reco NG possui 4,6 metros de comprimento e pesa 1.100 kg, tornando-o compatível com o Rafale, assim como o Mirage 2000, se necessário. Na parte frontal do pod fica sensor óptico fotográfico de médio/longo alcance. O Areos Reco NG oferece uma capacidade de identificação com alcance de vários quilômetros, sendo duas a três vezes maior que o alcance do pod atualmente em uso nos Mirage F1CR no Afeganistão.

Localizado na seção posterior do pod Areos, esta o sensor de fotografia de baixa altitude, que opera a uma altitude de apenas 60 metros e velocidades muito altas. O pod opera automaticamente no modo intermitente cobrindo uma zona selecionada ou no modo de acompanhamento do terreno, sempre sabe a sua posição espacial exata, de modo que pode controlar o apontamento de seus sensores ópticos nos dois eixos.

Sua capacidade de controle é baseada em dados transmitidos pelo seu próprio sistema de referência inercial, correlacionados com os dados do sistema de navegação e ataque da própria aeronave. Logo que as imagens são capturadas, elas automaticamente são sobrepostas em um modelo de elevação digital, referenciadas geograficamente e montadas para fornecer um mosaico completo do alvo.

As imagens são então armazenadas em um disco rígido no pod. Elas podem ser transmitidas a uma estação de recepção e processamento de imagens em tempo real através de um link de microondas de alta velocidade.

O pod também pode operar em modo de vídeo através de imagens sucessivas, e medindo o deslocamento de um objeto em movimento a partir de uma imagem para outra, pode estimar sua velocidade.

Os ensaios realizados no campo de batalha com base em uma centena de vôos de teste permitiu ao CEAM (centro de testes e certificação sensores aéreos) cetificar o funcionamento dos sensores e seu uso tático em conjunto com o Rafale .

"O pod é muito fácil de operar", enfatiza o tenente-coronel Jean-Philippe Scherer, oficial encarregado do programa Areos NG Reco na CEAM. "O piloto vê um ponto em seu mapa digital com um pedido de missão. Ele só têm de indicar que aceita a missão e travar o pod no alvo sinalizado em seu mapa. É rápido, fácil, e não há risco de um mal-entendido, já que não há nenhuma comunicação por rádio. "

Incomparável

As equipes do CEAM, que submeteram a dupla Rafale - Areos Reco NG as provas mais duras que podiam imaginar se surpreenderam. "As imagens do dia são excelentes", diz o tenente-coronel Scherer. "Os nossos objetivos para as imagens noturnas, principalmente as capturadas a longo alcance por infravermelhos, eram muito ambiciosos. Os resultados iniciais são muito animadores, mas agora estamos esperando por novos ajustes para aumentar ainda mais o desempenho."

Com essa dupla qualidade tática e de longo alcance, quer de dia ou de noite, a dupla Rafale F3 - AREOS Reco NG é inigualável em todo o mundo. As primeiras equipes de unidades operacionais foram treinadas na CEAM neste verão. Várias semanas depois, o sistema atingiu seu período inicial de provas para missões, por exemplo, em teatros de operação externa. Refletindo essa capacidade, o pod está sendo implantado no porta-aviões Charles de Gaulle. Até o final do ano, ele vai cumprir o envelope operacional para incluir os voos de penetração seguindo o terreno, que é quase tão complexo como uma missão nuclear.

Quando este recurso for adicionado, o pod estará oficialmente em serviço. "Estamos aguardando ansiosamente a operacionalidade total deste pod, uma vez que é uma parte vital do Rafale F3", conclui o tenente-coronel Scherer.

Fonte: Defense & Professional
Tradução e adaptação: Angelo D. Nicolaci - GeoPolítica Brasil
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