Empresários e banqueiros preveem que a economia brasileira cresça entre 4,5% e 5% neste ano e que a inflação fique entre 5% e 6%. As projeções foram feitas anteontem durante a comemoração de 90 anos da Folha.
A avaliação é que as medidas adotadas pelo governo para desacelerar a economia (que deve ter crescido pouco menos de 8% em 2010) e conter pressões inflacionárias começam a surtir efeito.
Executivos do setor financeiro destacaram, por exemplo, que já ocorre uma desaceleração na oferta de crédito. Essa tendência acontece principalmente nos empréstimos de longo prazo feitos para compra de veículos e no crédito consignado.
"Já há desaceleração forte na concessão de crédito", afirmou Demian Fiocca, ex-presidente do BNDES e sócio da Mare Investimentos.
Fábio Barbosa, presidente do Conselho de Administração do Santander no Brasil, espera atualmente expansão entre 15% e 18% na concessão de empréstimos neste ano --abaixo da projeção anterior do banco de 20%.
O Bradesco estimava expansão do crédito de até 22% em 2011, mas também reduziu essa previsão para algo em torno de 18% a 20%.
"Com as medidas prudenciais tomadas pelo governo e a elevação dos juros, acreditamos que vai haver uma desaceleração da atividade", disse Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco.
Embora a projeção oficial do Santander para a expansão do PIB seja de 4,5%, Barbosa diz que existe risco de que o país cresça menos. Mas ressalta que, mesmo assim, o desempenho da economia será "excelente": "A economia brasileira vive um ótimo momento, com a inclusão de uma enorme massa de consumidores. As perspectivas são muito positivas", diz Barbosa.
Trabuco, do Bradesco, destaca que a expansão da economia "um pouco acima de 4%" (a projeção do banco é de 4,25%) será suficiente para criar 1,5 milhão de empregos formais neste ano.
Para o economista Pérsio Arida, um dos pais do Plano Real, tanto o PIB quanto a inflação vão ficar em 5%: "Se for mesmo, isso é bom".
MAIS OTIMISTAS
Entre os políticos que compareceram no evento da Folha, as previsões para o crescimento do PIB são mais otimistas e chegam a 7%.
"Apesar do corte significativo no Orçamento da União para conter a ameaça de crescimento dos preços além da meta, sou otimista", disse o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Ele se diz "mais [otimista] do que o governo, que projeta crescimento de 4,5% para este ano. Acho que a economia brasileira pode ter outra vez crescimento de 6% ou 7% em 2011."
Enquanto entre os aliados do governo há mais otimismo, políticos da oposição têm previsões mais contidas.
Os tucanos Geraldo Alckmin e Alberto Goldman acreditam em crescimento de 4,5% e 3,5%, respectivamente.
Fonte: Folha
A avaliação é que as medidas adotadas pelo governo para desacelerar a economia (que deve ter crescido pouco menos de 8% em 2010) e conter pressões inflacionárias começam a surtir efeito.
Executivos do setor financeiro destacaram, por exemplo, que já ocorre uma desaceleração na oferta de crédito. Essa tendência acontece principalmente nos empréstimos de longo prazo feitos para compra de veículos e no crédito consignado.
"Já há desaceleração forte na concessão de crédito", afirmou Demian Fiocca, ex-presidente do BNDES e sócio da Mare Investimentos.
Fábio Barbosa, presidente do Conselho de Administração do Santander no Brasil, espera atualmente expansão entre 15% e 18% na concessão de empréstimos neste ano --abaixo da projeção anterior do banco de 20%.
O Bradesco estimava expansão do crédito de até 22% em 2011, mas também reduziu essa previsão para algo em torno de 18% a 20%.
"Com as medidas prudenciais tomadas pelo governo e a elevação dos juros, acreditamos que vai haver uma desaceleração da atividade", disse Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco.
Embora a projeção oficial do Santander para a expansão do PIB seja de 4,5%, Barbosa diz que existe risco de que o país cresça menos. Mas ressalta que, mesmo assim, o desempenho da economia será "excelente": "A economia brasileira vive um ótimo momento, com a inclusão de uma enorme massa de consumidores. As perspectivas são muito positivas", diz Barbosa.
Trabuco, do Bradesco, destaca que a expansão da economia "um pouco acima de 4%" (a projeção do banco é de 4,25%) será suficiente para criar 1,5 milhão de empregos formais neste ano.
Para o economista Pérsio Arida, um dos pais do Plano Real, tanto o PIB quanto a inflação vão ficar em 5%: "Se for mesmo, isso é bom".
MAIS OTIMISTAS
Entre os políticos que compareceram no evento da Folha, as previsões para o crescimento do PIB são mais otimistas e chegam a 7%.
"Apesar do corte significativo no Orçamento da União para conter a ameaça de crescimento dos preços além da meta, sou otimista", disse o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Ele se diz "mais [otimista] do que o governo, que projeta crescimento de 4,5% para este ano. Acho que a economia brasileira pode ter outra vez crescimento de 6% ou 7% em 2011."
Enquanto entre os aliados do governo há mais otimismo, políticos da oposição têm previsões mais contidas.
Os tucanos Geraldo Alckmin e Alberto Goldman acreditam em crescimento de 4,5% e 3,5%, respectivamente.
Fonte: Folha
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