sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Brasil e Portugal expressam preocupação com conflitos no Oriente Médio


A presidente Dilma Rousseff e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, receberam nesta sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luis Amado, com quem analisaram a conflituosa situação no Oriente Médio e no norte da África.

"A estabilidade no Oriente Médio é crucial para a próxima década", mas com os conflitos que explodiram em vários países "pode estar caminhando para um cenário dramático", declarou Amado em entrevista coletiva junto a Patriota, após uma reunião de trabalho realizada depois do encontro com Dilma.

Segundo os ministros, a comunidade internacional deve atuar no âmbito da ONU e sugerir fórmulas de conciliação e consensos para evitar que a violência se propague e, ao mesmo tempo, conseguir garantias de respeito aos direitos civis.

Essas fórmulas seguem a linha proposta por Patriota antes de receber Amado e apontariam para a promoção de ações de "países amigos", entre os que se incluiria o próprio Brasil, que possam "contribuir para que esses processos evoluam de maneira pacífica", segundo o chanceler brasileiro.

O ministro português explicou que em suas reuniões com Dilma e Patriota também foi analisada a situação econômica na zona do euro e feito um repasse da agenda bilateral, com ênfase nas relações comerciais e econômicas.

Amado garantiu que, apesar das turbulências na União Europeia (UE), Portugal pretende manter seu ritmo de investimentos no Brasil, país que qualificou de "cúmplice estratégico".

Portugal é atualmente o quarto investidor estrangeiro no Brasil, com um capital em trono de US$ 35 bilhões acumulados desde 1998.

A troca comercial entre os países chegou em 2010 a US$ 2 bilhões, com uma balança inclinada a favor do Brasil em US$ 927 milhões, que os ministros se comprometeram a tentar equilibrar.

Durante o encontro, Patriota e Amado também reafirmaram o interesse de Brasil e Portugal para que chegar, finalmente, a um acordo nas negociações sobre um tratado de livre-comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, que foram retomadas em 2010 após quase seis anos paralisadas.

Fonte: EFE
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