segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Brasil e Argentina impulsionam indústria de defesa comum


Os ministros da Defesa da Argentina, Arturo Puricelli, e do Brasil, Nelson Jobim, afirmaram nesta segunda-feira em Buenos Aires que as duas nações têm a "necessidade de ter uma base industrial de defesa comum, com interdependência entre os países".

Jobim se reuniu nesta segunda-feira com seu colega argentino para assinar um acordo que sela a "relação estratégica" bilateral em matéria de Defesa, tal como acordaram as presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Fernández, durante encontro em Buenos Aires no dia 31 de janeiro.

Os titulares de Defesa dos dois países anunciaram nesta segunda-feira que os projetos comuns em defesa não contemplam hipótese de conflito, mas se baseiam em uma estratégia para assegurar as "três grandes riquezas" da região: energia, água potável e produção de alimentos, em palavras de Puricelli.

A declaração conjunta apresentada estabelece a criação de um grupo de trabalho que deverá elaborar propostas e uma agenda para um encontro interministerial que será realizado no Brasil no segundo trimestre do ano.

A declaração conjunta incluiu também um compromisso de apoio logístico nas campanhas antárticas e de cooperação binacional por um Atlântico Sul livre de armas nucleares.

Questionado pela imprensa, Jobim lembrou que o Brasil tem uma "posição muito clara" sobre a reivindicação argentina pela soberania das ilhas Malvinas.

"Eu vou inclusive ao Reino Unido na próxima semana dizer aos ingleses que nós temos uma posição muito clara sobre a soberania das Malvinas, que não faremos nenhuma colaboração com navios militares (ingleses), com navios de Estado e quanto à prospecção de petróleo e de energia nestas ilhas", explicou.

Argentina e Reino Unido se enfrentaram em 1982 em uma guerra pela soberania do arquipélago situado no Atlântico Sul, que deixou 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos mortos.

Desde então Argentina não deixou de reivindicar perante a Organização das Nações Unidas (ONU) e outros organismos internacionais a soberania das ilhas, situadas a 400 milhas marítimas de suas costas, que os britânicos invadiram e ocuparam em 1833.

Fonte: EFE
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