Estamos acostumados a ver nos meios de comunicação os helicópteros policiais em combate ao crime organizado, como o ocorrido recentemente na Vila Cruzeiro e no complexo do Alemão na cidade do Rio de Janeiro, onde o Bell UH-1H II, tendo esta aeronave atuado praticamente sem cessar contra os marginais envolvidos nos ataques à sociedade carioca. Agora esta mesma aeronave está envolvida em uma outra missão, uma tão importante ou até mais digna que é a de salvar vidas e levar esperança a quem precisa, onde comunidades inteiras estão isoladas, onde pessoas perderam a vontade de viver por falta de condições básicas e alimentares, ai é que entra em cena a outra face destes profissionais e sua aeronave que nos remete ao Vietnã, pois muito das missões lembram as que convencionou-se chamar de MEDVAC naquele teatro. Assim como as missões SAR e de ressuprimento vertical a estas comunidades inacessíveis por via terrestre, eu pude acompanhar duas destas missões, sendo uma até atípica para a situação mas não menos importante.
A primeira missão foi a de ressuprimento de gêneros diversos à uma comunidade isolada próximo ao Bairro da Posse em Teresópolis, onde a aeronave aterrissou em uma área extremamente difícil, com muitas árvores, entre outros obstáculos, mas mesmo assim o comandante da aeronave fez o pouso e a equipe fez o descarregamento dos gêneros necessários para aquela localidade.
A segunda missão foi praticamente uma continuação do mesmo vôo, onde partimos para o final do bairro de Campo Grande, praticamente no sopé de uma montanha, onde parte das águas começou a se juntar para se transformar em uma torrente devastadora, destruindo tudo em seu caminho, carregando árvores, pedras gigantescas, lama e muitos destroços de obras mortas que quando encontrou o bairro de Campo Grande onde existiam muitos moradores foi fatal para a comunidade.
Mas a missão era chegar a algumas casas extremamente isoladas e fazer um reconhecimento no solo para ver se existiam vidas para ser resgatadas, tendo sido encontrados somente os cães das famílias que ali moravam e tinham sido resgatados em uma outra missão SAR.
Neste caso para que a aeronave pudesse fazer um pouso com um mínimo de segurança, a mesma teve que inserir dois Sargentos Bombeiros para que os mesmos cortassem algumas árvores e abrissem uma área razoável para que a aeronave pousasse em segurança. Com a aeronave no solo e sua turbina cortada em segurança partiram para o resgate dos animais abandonados ali. Depois de um tempo considerável foi possível resgatar três animais e conferir com certeza que as casas estavam vazias sem existência de qualquer pessoa, tendo certeza que aquela localidade estava deserta e podia ser devolvida a natureza, pois muito provavelmente não existirá meio para que as belas casas sejam re-habitadas em um futuro próximo, pois os acessos as casas simplesmente deixaram de existir, tendo somente gigantescas clareiras, fendas escavadas nas encostas como cicatrizes nas florestas mostrando que ela quer ficar sozinha sem a companhia dos homens.
Não podemos de deixar de mencionar e dar os parabéns a equipagem da aeronave assim como as duas voluntárias que tem voado com a mesma desde o inicio dos resgates. Sem contar o resgate de animais que apesar de parecer estranho em um momento como este de calamidade, isto é muito importante pois os mesmos precisam ser retirados para que não gerem problemas sanitários e também não gerem alarmes falsos a outras equipes de resgate, mas a prioridade sempre é de socorrer as vitimas, mas quando não existem as mesmas e a aeronave retornará vazia, então não existe o porque de não trazer os animais.
Meus parabéns ao Piloto Policial Adônis, ao Agente Adm. Ortega, aos Sgt. Bombeiro Wilmar e Sgt. Bombeiro Moisés, assim como as duas voluntárias Marina Nunes (biologia Marinha) e Júlia Leite (médica, clínica geral).
Claudio Marcos de Queiroz
Correspondente Especial do GeoPolítica Brasil em Teresópolis
A primeira missão foi a de ressuprimento de gêneros diversos à uma comunidade isolada próximo ao Bairro da Posse em Teresópolis, onde a aeronave aterrissou em uma área extremamente difícil, com muitas árvores, entre outros obstáculos, mas mesmo assim o comandante da aeronave fez o pouso e a equipe fez o descarregamento dos gêneros necessários para aquela localidade.
A segunda missão foi praticamente uma continuação do mesmo vôo, onde partimos para o final do bairro de Campo Grande, praticamente no sopé de uma montanha, onde parte das águas começou a se juntar para se transformar em uma torrente devastadora, destruindo tudo em seu caminho, carregando árvores, pedras gigantescas, lama e muitos destroços de obras mortas que quando encontrou o bairro de Campo Grande onde existiam muitos moradores foi fatal para a comunidade.
Mas a missão era chegar a algumas casas extremamente isoladas e fazer um reconhecimento no solo para ver se existiam vidas para ser resgatadas, tendo sido encontrados somente os cães das famílias que ali moravam e tinham sido resgatados em uma outra missão SAR.
Neste caso para que a aeronave pudesse fazer um pouso com um mínimo de segurança, a mesma teve que inserir dois Sargentos Bombeiros para que os mesmos cortassem algumas árvores e abrissem uma área razoável para que a aeronave pousasse em segurança. Com a aeronave no solo e sua turbina cortada em segurança partiram para o resgate dos animais abandonados ali. Depois de um tempo considerável foi possível resgatar três animais e conferir com certeza que as casas estavam vazias sem existência de qualquer pessoa, tendo certeza que aquela localidade estava deserta e podia ser devolvida a natureza, pois muito provavelmente não existirá meio para que as belas casas sejam re-habitadas em um futuro próximo, pois os acessos as casas simplesmente deixaram de existir, tendo somente gigantescas clareiras, fendas escavadas nas encostas como cicatrizes nas florestas mostrando que ela quer ficar sozinha sem a companhia dos homens.
Não podemos de deixar de mencionar e dar os parabéns a equipagem da aeronave assim como as duas voluntárias que tem voado com a mesma desde o inicio dos resgates. Sem contar o resgate de animais que apesar de parecer estranho em um momento como este de calamidade, isto é muito importante pois os mesmos precisam ser retirados para que não gerem problemas sanitários e também não gerem alarmes falsos a outras equipes de resgate, mas a prioridade sempre é de socorrer as vitimas, mas quando não existem as mesmas e a aeronave retornará vazia, então não existe o porque de não trazer os animais.
Meus parabéns ao Piloto Policial Adônis, ao Agente Adm. Ortega, aos Sgt. Bombeiro Wilmar e Sgt. Bombeiro Moisés, assim como as duas voluntárias Marina Nunes (biologia Marinha) e Júlia Leite (médica, clínica geral).
Claudio Marcos de Queiroz
Correspondente Especial do GeoPolítica Brasil em Teresópolis
FICO FELIZ DE SABER QUE É UMA GERAÇAO NÃO UMBIGUISTA, QUE VCS SIRVAM DE INCENTIVO PARA SEUS/SUAS COLEGAS, AMIGAS E TODA A GERAÇAO DE VCS.
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