As presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner, formalizarão na próxima segunda-feira em Buenos Aires a aliança para a construção de dois reatores nucleares de pesquisa, anunciaram nesta sexta-feira fontes oficiais brasileiras.
"A ideia é trabalhar no desenvolvimento pacífico e de acordo com a visão da comunidade internacional", comentou em entrevista coletiva o subsecretário-geral do Departamento da América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Simões.
O diplomata, segundo declarações divulgadas pela "Agência Brasil", indicou que "o projeto como um todo deve levar cerca de 5 anos para ser concluído. Tudo o que se refere à instalação de energia nuclear, tanto no Brasil como na Argentina, está sujeito (a uma legislação internacional)".
De acordo com a informação, Dilma quer que sua primeira viagem ao exterior em qualidade de presidente seja "marcada por uma agenda ampla e completa de trabalho".
Simões comentou que ainda não está definido o orçamento para o projeto, mas "a ideia é que cada país construa seu próprio reator a partir de projetos comuns".
"Queremos aproveitar a experiência da Argentina, que já vendeu reatores de pesquisa para o Peru e para a Austrália. A ideia é de, sobretudo, fazer com que toda essa parte da indústria nuclear dos dois países possa trabalhar em conjunto", assinalou Simões.
Em uma visita nesta sexta-feira à cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Dilma comentou que "dentro de uma visão para o posicionamento do Brasil na América Latina, a Argentina é um dos elementos fundamentais da nossa política externa".
"O País dava as costas para a Argentina e voltava-se para a Europa e os Estados Unidos. Hoje, sem dar as costas para Europa e Estados Unidos, temos que perceber o fortalecimento da região e, aí, o Brasil e a Argentina precisam ter esse compromisso, que é o de quem assume a liderança no quadro regional", acrescentou Dilma.
Um dos acordos que devem ser assinados na reunião presidencial será o da cooperação brasileira para a construção e parte de financiamento de um milhão de casas populares na Argentina, baseado na experiência do programa brasileiro "Minha casa, minha vida".
Em matéria de interconexão elétrica, apontou Simões, Dilma e Cristina darão impulso ao projeto de construção a partir de 2012 da hidrelétrica de Garabi, que deve ser instalada entre a província argentina de Corrientes e o estado do Rio Grande do Sul, com capacidade para gerar 2,9 mil megawatts.
Da mesma maneira, deve ser construída uma ponte fronteiriça entre São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, e a cidade argentina de San Pedro.
"Há pela frente um horizonte de aprofundamento e há novos horizontes sendo abertos", comentou Simões em referência à continuidade que Dilma dará aos projetos pactuados com a Argentina no anterior Governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Para Simões, o encontro de segunda-feira "é uma visita de trabalho. É uma visita compacta porque a ideia é que se utilize o máximo de tempo".
Em matéria de comércio exterior, com uma corrente bilateral anual de US$ 33 bilhões, Simões destacou que esse fluxo permitiu a formalização dos empregos, "o que sustenta o desenvolvimento econômico em outras áreas".
"Vamos somar esforços para conquistar mercados para os dois países", assegurou.
Em Buenos Aires, detalhou o diplomata, Dilma se reunirá com Cristina em particular, depois ambas participarão de um encontro interministerial.
Depois, Dilma se reunirá com representantes das "Mães da Praça de Maio", movimento liderado por mães e avós que perderam filhos e netos na ditadura militar da Argentina, entre 1976 e 1983.
Fonte: EFE
"A ideia é trabalhar no desenvolvimento pacífico e de acordo com a visão da comunidade internacional", comentou em entrevista coletiva o subsecretário-geral do Departamento da América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Simões.
O diplomata, segundo declarações divulgadas pela "Agência Brasil", indicou que "o projeto como um todo deve levar cerca de 5 anos para ser concluído. Tudo o que se refere à instalação de energia nuclear, tanto no Brasil como na Argentina, está sujeito (a uma legislação internacional)".
De acordo com a informação, Dilma quer que sua primeira viagem ao exterior em qualidade de presidente seja "marcada por uma agenda ampla e completa de trabalho".
Simões comentou que ainda não está definido o orçamento para o projeto, mas "a ideia é que cada país construa seu próprio reator a partir de projetos comuns".
"Queremos aproveitar a experiência da Argentina, que já vendeu reatores de pesquisa para o Peru e para a Austrália. A ideia é de, sobretudo, fazer com que toda essa parte da indústria nuclear dos dois países possa trabalhar em conjunto", assinalou Simões.
Em uma visita nesta sexta-feira à cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Dilma comentou que "dentro de uma visão para o posicionamento do Brasil na América Latina, a Argentina é um dos elementos fundamentais da nossa política externa".
"O País dava as costas para a Argentina e voltava-se para a Europa e os Estados Unidos. Hoje, sem dar as costas para Europa e Estados Unidos, temos que perceber o fortalecimento da região e, aí, o Brasil e a Argentina precisam ter esse compromisso, que é o de quem assume a liderança no quadro regional", acrescentou Dilma.
Um dos acordos que devem ser assinados na reunião presidencial será o da cooperação brasileira para a construção e parte de financiamento de um milhão de casas populares na Argentina, baseado na experiência do programa brasileiro "Minha casa, minha vida".
Em matéria de interconexão elétrica, apontou Simões, Dilma e Cristina darão impulso ao projeto de construção a partir de 2012 da hidrelétrica de Garabi, que deve ser instalada entre a província argentina de Corrientes e o estado do Rio Grande do Sul, com capacidade para gerar 2,9 mil megawatts.
Da mesma maneira, deve ser construída uma ponte fronteiriça entre São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, e a cidade argentina de San Pedro.
"Há pela frente um horizonte de aprofundamento e há novos horizontes sendo abertos", comentou Simões em referência à continuidade que Dilma dará aos projetos pactuados com a Argentina no anterior Governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Para Simões, o encontro de segunda-feira "é uma visita de trabalho. É uma visita compacta porque a ideia é que se utilize o máximo de tempo".
Em matéria de comércio exterior, com uma corrente bilateral anual de US$ 33 bilhões, Simões destacou que esse fluxo permitiu a formalização dos empregos, "o que sustenta o desenvolvimento econômico em outras áreas".
"Vamos somar esforços para conquistar mercados para os dois países", assegurou.
Em Buenos Aires, detalhou o diplomata, Dilma se reunirá com Cristina em particular, depois ambas participarão de um encontro interministerial.
Depois, Dilma se reunirá com representantes das "Mães da Praça de Maio", movimento liderado por mães e avós que perderam filhos e netos na ditadura militar da Argentina, entre 1976 e 1983.
Fonte: EFE
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