O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, recebeu neste domingo uma carta do presidente do Chipre, Dimitris Christofias, na qual expressa o reconhecimento de seu país como um estado livre e independente nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, de 1967, informou a agência de notícias oficial da ANP "Wafa".
O dirigente cipriota reafirmou na carta as "históricas e profundas" relações entre os dois países e confiou que a região seja testemunha de "uma solução pacífica que garanta um estado independente para o povo palestino com Jerusalém Oriental como sua capital".
Fontes do Ministério de Assuntos Exteriores de Israel citados pelos sites de jornais locais asseguraram estar investigando a informação e apontaram que não sabiam de nenhum reconhecimento nesse sentido procedente de Nicósia.
"Não temos conhecimento de nenhuma decisão por parte do Chipre que não esteja em linha com a posição da União Europeia, que exorta às partes a resolver o conflito através de negociações diretas e indiretas ao tempo que devem ser evitado adotar medidas unilaterais", assinalou o funcionário de Exteriores israelense Yossi Levy ao serviço de notícias "Ynet".
Anteriormente, o Paraguai reconheceu o Estado palestino "livre e independente" nas fronteiras prévias à guerra de 1967.
Esse reconhecimento uniu-se ao que nos últimos meses vêm fazendo as nações sul-americanas como o Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Peru, Uruguai e Guiana.
Mais de uma centena de países já tomaram tal atitude perante o bloqueio do processo de paz, principalmente pela política de Israel de continuar construindo colônias judias no território ocupado palestino.
O presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, ratificou recentemente seu apoio a um Estado palestino em linha com a posição tradicional de Moscou no século passado.
Por enquanto, nenhum país comunitário expressou de maneira individual um reconhecimento formal a um Estado palestino independente com base nas fronteiras de 1967 fora de um marco de negociação com Israel.
Fonte: EFE
Nota do Blog: Estamos prestes a assistir ao surgimento real do Estado Palestino, pois o reconhecimento de tal Estado pelas fronteiras que antecedem a "Guerra dos Seis Dias", tende a gerar uma pressão crescente da comunidade internacional sobre o Estado de Israel, fazendo com que a ONU venha a pressionar um posicionamento de Israel à aceitar um acordo de paz e a restituição das terras palestinas aquele povo. Ao meu ver ainda é uma situação muito delicada e que embora haja o apoio internacional a criação do Estado Palestino, o impasse a respeito de Jerusalém Oriental e as colônias judias em tais territórios podem levar a dois distintos rumos. No primeiro cenário hipotético, Israel pode a contra-gosto aceitar a devolução de tais terras, mas isso geraria um grande desgaste ao governo israelense, culminando em revoltas internas e até mesmo em um conflito de baixa intensidade, desestabilizando o governo de Israel. No segundo cenário hipotético, Israel pode não aceitar qualquer tipo de acordo, como vem ocorrendo, culminando com o uso de tropas internacionais da ONU para garantir a devolução das terras e evitar uma escalada que culmine num sangrento conflito. Em ambas as possibilidades, não consigo prever um cenário animador, pois há um grande risco de instabilidade que pode conduzir a todo o Oriente Médio a uma guerra de média intensidade e o aumento do petróleo no mercado internacional. Mas são apenas hipóteses que levanto, necessitando de estudos mais aprofundados para conceber uma melhor analise.
Angelo D. Nicolaci
Editor - GeoPolítica Brasil
O dirigente cipriota reafirmou na carta as "históricas e profundas" relações entre os dois países e confiou que a região seja testemunha de "uma solução pacífica que garanta um estado independente para o povo palestino com Jerusalém Oriental como sua capital".
Fontes do Ministério de Assuntos Exteriores de Israel citados pelos sites de jornais locais asseguraram estar investigando a informação e apontaram que não sabiam de nenhum reconhecimento nesse sentido procedente de Nicósia.
"Não temos conhecimento de nenhuma decisão por parte do Chipre que não esteja em linha com a posição da União Europeia, que exorta às partes a resolver o conflito através de negociações diretas e indiretas ao tempo que devem ser evitado adotar medidas unilaterais", assinalou o funcionário de Exteriores israelense Yossi Levy ao serviço de notícias "Ynet".
Anteriormente, o Paraguai reconheceu o Estado palestino "livre e independente" nas fronteiras prévias à guerra de 1967.
Esse reconhecimento uniu-se ao que nos últimos meses vêm fazendo as nações sul-americanas como o Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Peru, Uruguai e Guiana.
Mais de uma centena de países já tomaram tal atitude perante o bloqueio do processo de paz, principalmente pela política de Israel de continuar construindo colônias judias no território ocupado palestino.
O presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, ratificou recentemente seu apoio a um Estado palestino em linha com a posição tradicional de Moscou no século passado.
Por enquanto, nenhum país comunitário expressou de maneira individual um reconhecimento formal a um Estado palestino independente com base nas fronteiras de 1967 fora de um marco de negociação com Israel.
Fonte: EFE
Nota do Blog: Estamos prestes a assistir ao surgimento real do Estado Palestino, pois o reconhecimento de tal Estado pelas fronteiras que antecedem a "Guerra dos Seis Dias", tende a gerar uma pressão crescente da comunidade internacional sobre o Estado de Israel, fazendo com que a ONU venha a pressionar um posicionamento de Israel à aceitar um acordo de paz e a restituição das terras palestinas aquele povo. Ao meu ver ainda é uma situação muito delicada e que embora haja o apoio internacional a criação do Estado Palestino, o impasse a respeito de Jerusalém Oriental e as colônias judias em tais territórios podem levar a dois distintos rumos. No primeiro cenário hipotético, Israel pode a contra-gosto aceitar a devolução de tais terras, mas isso geraria um grande desgaste ao governo israelense, culminando em revoltas internas e até mesmo em um conflito de baixa intensidade, desestabilizando o governo de Israel. No segundo cenário hipotético, Israel pode não aceitar qualquer tipo de acordo, como vem ocorrendo, culminando com o uso de tropas internacionais da ONU para garantir a devolução das terras e evitar uma escalada que culmine num sangrento conflito. Em ambas as possibilidades, não consigo prever um cenário animador, pois há um grande risco de instabilidade que pode conduzir a todo o Oriente Médio a uma guerra de média intensidade e o aumento do petróleo no mercado internacional. Mas são apenas hipóteses que levanto, necessitando de estudos mais aprofundados para conceber uma melhor analise.
Angelo D. Nicolaci
Editor - GeoPolítica Brasil
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