O presidente da Bolívia, Evo Morales, celebrou nesta sexta-feira a presença de delegados de um "Estado palestino independente" na 40ª Cúpula do Mercosul, bloco que iniciará negociações comerciais com Palestina e Síria.
No início de seu discurso na sessão plenária da Cúpula realizada em Foz do Iguaçu, Morales, cujo Governo rompeu relações com Israel em janeiro de 2009, após a ofensiva do país na Faixa de Gaza, expressou sua particular satisfação pela decisão do Mercosul de ampliar contatos com a Palestina.
"Nosso reconhecimento à Palestina como Estado independente", expressou Morales, no momento em que também cumprimentava a presença de delegados da Turquia, Síria, Cuba, Austrália e Nova Zelândia, que participaram na qualidade de convidados especiais.
O presidente boliviano não fez nenhuma outra menção e não esclareceu em nenhum momento se era um reconhecimento oficial de seu Governo à existência de um Estado palestino.
O bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai lançou em Foz do Iguaçu um acordo para o estabelecimento de uma área de livre-comércio com a Síria e outro para um tratado de comércio e cooperação econômica com a Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Nos últimos 15 dias, Brasil, Argentina e Uruguai anunciaram o reconhecimento oficial do Estado palestino dentro das fronteiras de 1967, o que gerou mal-estar em Israel, país com o qual o Mercosul tem um acordo de livre-comércio.
Presidente da Bolívia anuncia que reconhecerá Estado palestino
O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta sexta-feira que na próxima semana enviará uma carta à Autoridade Nacional Palestina (ANP) "para reconhecer a Palestina como um estado independente e soberano".
Morales fez o anúncio em entrevista coletiva com seus colegas do Paraguai, Fernando Lugo, e Uruguai, José Mujica, depois de participar da 40ª Cúpula do Mercosul, realizada em Foz do Iguaçu.
Na plenária da cúpula, Morales mencionou a Palestina ao saudar a delegação do território. "Nosso reconhecimento à Palestina como um Estado independente", expressou no momento em que mencionava a presença de representações de países alheios ao bloco.
Segundo Morales, a carta que enviará na terça-feira também será dirigida "a todos os organismos internacionais".
"Não podemos ver de camarote o que vive o povo palestino", disse o líder boliviano. "Não podemos seguir vendo essa espécie de genocídio", acrescentou Morales em referência ao conflito dos palestinos com Israel, país com o qual rompeu relações em janeiro de 2009, após a última ofensiva do Estado judeu em Gaza.
Segundo o governante, "todos temos direito de viver com soberania", por isso é necessário que "as organizações internacionais busquem frear as perdas de vidas", disse.
No início deste mês, Brasil e Argentina, membros plenos do Mercosul, decidiram reconhecer o Estado palestino segundo as fronteiras de 1967, e o Uruguai anunciou que fará o mesmo no início de 2011.
Fonte: EFE
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