Há décadas, o professor Bautista Vidal, organizador do Pró-alcool, alerta para a necessidade de criação de um instrumento de proteção ao enorme potencial de energia da biomassa que o Brasil dispõe. Defende um Empresa Pública de Energia Renovável, também defendida por vários pensadores e lutadores sociais progressistas, como maneira eficaz de bloquear a desnacionalização brutal em curso.
Nada como o tempo: nos últimos anos verificou-se enorme desnacionalização do setor de etanol no Brasil, culminando, recentemente, com a compra da maior de todas as usinas brasileiras, a Cosan, pela Shell, uma das “sete irmãs”. Revela-se, pelos fatos, que todo o discurso de países imperiais nos fóruns internacionais contra o etanol, discurso repetido pelas academias e pelas ONGs regiamente pagas por governos, não foi capaz de esconder o interesse prioritário que os maiores consumidores de petróleo nutrem pelo controle da energia da biomassa. Na realidade, o discurso anti-etanol lhes interessa somente enquanto o controle desta nova fonte produtiva não estiver totalmente sob as mãos do capital estrangeiro.
Recentemente, a Petrobrás assumiu uma linha de compra de empresas de etanol para barrar a desnacionalização, visando tornar-se líder no ramo. É uma tentativa de correr atrás do tempo perdido pois, estipula-se, cerca de 40 por cento do etanol já foi desnacionalizado. O governo Lula, dando razão às advertências nacionalistas de Vidal, buscou implementar mecanismos de contenção à desnacionalização fundiária, ainda longe da necessidade, e constituiu uma empresa estatal no setor, a Petrobrás Biocombustíveis, opção correta, muito embora sua ação ainda esteja dependente da soja, controlada por um cartel de multinacionais no Brasil. Mas, é um caminho no qual se deve avançar sem medo, pois há imenso apoio popular.
Aliás, na linha da re-nacionalização do petróleo em marcha, Dilma já declarou que o Brasil seguirá avançando em seu potencial petroquímico, adicionando o imenso potencial álcool-químico como um campo de desenvolvimento para a produção de combustíveis mas também de derivados como o plástico verde, biodegrável.
O que espanta é que diante deste potencial de geração de renda e emprego, de soberania energética, sobretudo para a agricultura familiar, descentralizando o desenvolvimento, uma parte da esquerda e dos movimentos sociais esteja em silêncio, fora do debate. Ou limitam-se ao antietanolismo. Será que Darcy Ribeiro tem razão quando disse “falta nacionalismo na nossa esquerda”? Gandhi, na luta contra o colonialismo inglês, teve que levantar a bandeira da nacionalização do sal.
Nada como o tempo: nos últimos anos verificou-se enorme desnacionalização do setor de etanol no Brasil, culminando, recentemente, com a compra da maior de todas as usinas brasileiras, a Cosan, pela Shell, uma das “sete irmãs”. Revela-se, pelos fatos, que todo o discurso de países imperiais nos fóruns internacionais contra o etanol, discurso repetido pelas academias e pelas ONGs regiamente pagas por governos, não foi capaz de esconder o interesse prioritário que os maiores consumidores de petróleo nutrem pelo controle da energia da biomassa. Na realidade, o discurso anti-etanol lhes interessa somente enquanto o controle desta nova fonte produtiva não estiver totalmente sob as mãos do capital estrangeiro.
Recentemente, a Petrobrás assumiu uma linha de compra de empresas de etanol para barrar a desnacionalização, visando tornar-se líder no ramo. É uma tentativa de correr atrás do tempo perdido pois, estipula-se, cerca de 40 por cento do etanol já foi desnacionalizado. O governo Lula, dando razão às advertências nacionalistas de Vidal, buscou implementar mecanismos de contenção à desnacionalização fundiária, ainda longe da necessidade, e constituiu uma empresa estatal no setor, a Petrobrás Biocombustíveis, opção correta, muito embora sua ação ainda esteja dependente da soja, controlada por um cartel de multinacionais no Brasil. Mas, é um caminho no qual se deve avançar sem medo, pois há imenso apoio popular.
Aliás, na linha da re-nacionalização do petróleo em marcha, Dilma já declarou que o Brasil seguirá avançando em seu potencial petroquímico, adicionando o imenso potencial álcool-químico como um campo de desenvolvimento para a produção de combustíveis mas também de derivados como o plástico verde, biodegrável.
O que espanta é que diante deste potencial de geração de renda e emprego, de soberania energética, sobretudo para a agricultura familiar, descentralizando o desenvolvimento, uma parte da esquerda e dos movimentos sociais esteja em silêncio, fora do debate. Ou limitam-se ao antietanolismo. Será que Darcy Ribeiro tem razão quando disse “falta nacionalismo na nossa esquerda”? Gandhi, na luta contra o colonialismo inglês, teve que levantar a bandeira da nacionalização do sal.
Fonte: Carta Maior
0 comentários:
Postar um comentário