sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Aquisição de um novo avião presidencial? É necessário?


O Brasil estuda a compra de um novo avião presidencial com maior autonomia. A intenção do governo de adquirir a aeronave foi revelada na última segunda-feira pela mídia.

A nova aeronave representa um investimento em torno de 500 milhões, quase cinco vezes o valor do A-319 presidêncial.

A imprensa como sempre desinformada critíca a nova aquisição, alegando como uma compra desnecessária ou ainda dizendo que a compra do A-319 foi equivocada. Como poucos sabem a FAB dispõe do Boeing-707 apelidado como sucatão, devido a sua avançada idade e obsolescência, que servia à Presidência e atuava como aeronave reabastecedora de longo alcance, na função de trasporte presidencial foi substituído pelo Airbus A-319 executivo, o que em parte preencheu uma necessidade do Governo Federal, apesar de não ser uma aeronave própria para longos voos, como no caso das visitas a outros continentes, o que o obriga a realizar diversas escalas técnicas. Aliando a este fator haverá uma lacuna na capacidade reabastecedora da FAB com a desativação completa do "Sucatão", logo a compra de uma nova aeronave com tais capacidades de faz necessária. A FAB dispunha dos B-707 na tarefa de transporte presidêncial e REVO e ainda possuia aeronaves menores B-737 no transporte de autoridades. Com isso não podemos dizer que a compra do A-319 foi disperdício de dinheiro, pois em muitos pontos do Brasil não seria possivel operar com uma aeronave maior devido a precária infraestrutura em algumas regiões do País. Agora a compra de uma nova aeronave, que ao meu ver deveria ser feita a aquisição não de uma, mas duas aeronaves de grande porte para assumir a função de transporte presidêncial e REVO, assim manutenindo a capacidade da FAB, o que não significa jogar dinheiro fora para dar luxo ao presidente e sua comitiva. Aliás tal aquisição reduziria os custos das viagens de longo curso com a redução das escalas, e o A-319 ficaria com a função de proporcionar deslocamento regional a presidência.

Assim que o assunto veio a público, o presidente Lula fez questão de sair em defesa da troca, sem cerimônia ou preocupação com valores: "Não tem por que não comprar. Acabou aquela bobagem do aerolula. Acho que o Brasil precisa de um avião com mais autonomia para o presidente".

O que o presidente não soube foi apresentar de forma clara todas as justificativas para tal aquisição, o que leva ao leigo ver como um luxo presidencial

A autonomia do avião presidencial é de aproximadamente 8.500 km, o que não garante uma viagem em condições seguras entre Brasília e Londres, por exemplo. Já o Airbus-330MRTT, cuja aquisição está em estudo, pode voar 12.500 km sem necessidade de reabastecer. Cotado como alternativa, o Airbus-A340 executivo, alcança 17 mil km. Por fora ainda corre a Boeing com o 767, mas devido a comunalidade de peças e sistemas é quase certo que a escolha recaia sobre a familia Airbus.

Agora é preciso de um pouco mais de profissionalismo da mídia que adora sair por ai dizendo asneiras sem antes buscar os fundamentos necessários para se ter um julgamento real dos fatos. Não sou defensor deste ou aquele governo, defendo a soberania de nosso país e nossa capacidade estratégica manutenida, algo irrelevante para os cabeças de pinico da grande midia que só sabem falar besteiras e tecer criticas burras, cala-te boca se não sabes do que falas amigos. Brasil acima de Tudo


Angelo D. Nicolaci
GeoPolítica Brasil
Share this article :

0 comentários:

Postar um comentário

 

GBN Defense - A informação começa aqui Copyright © 2012 Template Designed by BTDesigner · Powered by Blogger