sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Rússia quer "desestalinização" do país ao lembrar crimes de ex-ditador


O presidente russo, Dimitri Medvedev, lançará uma campanha de "desestalinização" da Rússia, lembrando a população dos crimes cometidos pelo ditador soviético Josef Stalin, informou nesta sexta-feira o jornal econômico "Vedomosti".

Nesta sexta-feira, a Câmara Baixa do Parlamento russo (Duma) aprovou em primeiro turno uma declaração que reconhece como "uma tragédia" ordenada pelo ex-líder Stalin o massacre de milhares de oficiais poloneses em 1940 pela polícia secreta soviética (NKVD), em Katyn.

O papel de Stalin na história russa será o tema de uma reunião, em janeiro, entre Medvedev e membros do Conselho de Direitos Humanos do Kremlin, indicaram alguns convidados da reunião, citados pelo jornal.

Segundo o Vedomosti, o conselho elaborou um projeto de programa federal que tem como objetivo homenagear as milhões de vítimas da repressão stalinista.

O projeto inclui a abertura completa dos arquivos soviéticos, operações de busca de pessoas mortas nos campos e a instalação de novos monumentos para lembrar as vítimas.

O conselho também pedirá a Medvedev que "faça uma abordagem política e jurídica dos crimes do totalitarismo".

A era Stalin se caracterizou por um regime de terror e pela execução ou o envio de milhões de pessoas aos gulags (campos de trabalho forçado).

A atitude em relação ao ex-ditador é ambígua na Rússia, onde é percebido cada vez mais como um tirano. Alguns, no entanto, ainda o veem como herói da vitória sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial.

Fonte: France Presse
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