domingo, 7 de novembro de 2010

"Índia e EUA estão juntos contra o terrorismo", diz Obama


O presidente americano, Barack Obama, prestou neste sábado uma homenagem às 166 vítimas dos atentados terroristas de 2008 em Mumbai e afirmou que Estados Unidos e Índia estão juntos contra o terrorismo.

Em um discurso no Hotel Taj Mahal Palace de Mumbai, um doa alvos dos ataques de novembro de 2008, Obama afirmou sua "determinação de dar a nosso povo um futuro de segurança e prosperidade". "A Índia e os Estados Unidos permanecem unidos".

O presidente americano, que chegou pouco antes à capital econômica da Índia, elogiou o Taj Mahal como símbolo da "fortaleza" e "resistência" do país ante o terrorismo.

De 26 a 29 de novembro de 2008, um comando de dez homens fortemente armados semeou a morte no Taj Mahal, em um restaurante turístico, na principal estação de trens e em um centro judeu de Mumbai, causando 166 mortos e mais de 300 feridos.

Depois de assinar o livro de condolências diante do hotel, o presidente, acompanhado por sua mulher, Michelle, observou um minuto de silêncio ante o memorial com a lista das vítimas. Trinta e uma pessoas morreram no ataque ao hotel.

Obama e Michelle decidiram se hospedar neste hotel de luxo durante sua visita de dois dias a Mumbai. São os primeiros hóspedes ilustres no Taj Mahal desde os atentados.

O presidente americano assegurou, além disso, que a Índia e os Estados Unidos podem ver o futuro com confiança, já que "a história está do nosso lado, pois quem ataca inocentes só deixa morte e destruição".

O líder americano aludiu o tempo todo aos "autores" do atentado, sem mencionar sua nacionalidade paquistanesa. O Paquistão é aliado crucial dos americanos na guerra contra o terrorismo.

A Índia deteve apenas um dos terroristas com vida, um paquistanês que foi condenado à morte por um tribunal de Mumbai. Desde então, o governo insiste que o Paquistão deve fazer mais contra os diferentes grupos terroristas em seu território.

Obama revelou que, desde o múltiplo atentado, os dois governos "trabalharam mais estreitamente do que nunca, compartilharam informações, prevenido mais ataques".

Pelas palavras do presidente, os autores do ataque pretendiam "enfrentar" os membros das diferentes confissões indianas e da própria "diversidade que é a fortaleza da Índia", mas a resposta da cidade foi que as pessoas das distintas religiões "se protegeram e salvaram uns aos outros".

"Nunca permitiremos que a chama da liberdade se apague", proclamou Obama ao final do discurso, antes de visitar o museu e a antiga residência de mahatma Gandhi.

A Índia é a primeira etapa de um giro de dez dias por quatro países asiáticos (Índia, Japão, Coreia do Sul e Indonésia), destinada a defender a influência de Washington em uma região cujo dinamismo econômico poderá oferecer novas saídas para os produtos americanos e estimular o emprego nos Estados Unidos.

O presidente depois se reúne com centenas de empresários norte-americanos e indianos. Obama chegará a Nova Déli no domingo.

Trata-se da primeira viagem de Obama ao exterior desde que o Partido Democrata perdeu a maioria na Câmara de Representantes na terça-feira passada, nas eleições de meio de mandato, nas quais a situação econômica americana foi um dos motivos para a derrota.

Fonte: Folha
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