terça-feira, 30 de novembro de 2010

EUA preocupados com terrorismo no Brasil

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A publicação de mais de 250 mil documentos do governo americano pelo site Wikileaks, que despiu a diplomacia dos Estados Unidos diante de todo mundo, respingou também na relação do país com o Brasil. Em apenas seis telegramas originados nas representações americanas no país divulgados na íntegra pelo site, fica evidente a preocupação de Washington com a postura do governo brasileiro em relação à ameaça terrorista em seu território. Apesar de considerar o trabalho de órgãos como a Polícia Federal “eficaz”, os relatórios da embaixada em Brasília e do consulado de São Paulo ressaltam a dificuldade do governo em reconhecer a presença de terroristas no país, bem como de classificar grupos como o Hezbollah e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) como tal. Isso seria explicado pelo fato de o governo ser, em grande parte, “amontoado de militantes de esquerda que foram objeto da ditadura militar” que dificilmente vão reprimir a “violência politicamente motivada”.

No governo brasileiro, a reação foi a de não causar ainda mais barulho sobre os documentos revelados. Ao contrário do vizinho Paraguai, que logo anunciou ter convocado a embaixadora americana para esclarecer o conteúdo dos telegramas vazados da representação em Assunção, o Itamaraty preferiu não comentar as mensagens do Departamento de Estado. Há, no entanto, a expectativa de que os detalhes publicados azedem ainda mais a relação bilateral que se tornou menos harmônica nos dois últimos anos do governo Lula. E pode contribuir ainda para que a visita da presidente eleita, Dilma Rousseff , a Washington seja, de fato, empurrada para o próximo ano. Ontem, o chanceler Celso Amorim chegou a Miami para receber um prêmio da revista Latin Trade, amanhã, vai à capital americana receber outro prêmio, da revista Foreign Policy, e participar de um debate sobre potências emergentes no Carnegie Endowment for International Peace. Na visita de um dia, contudo, não há a previsão de nenhum encontro com integrantes do governo Obama.

O Ministério das Relações Exteriores foi citado diversas vezes nos documentos divulgados como uma voz dissonante de Washington. Segundo Clifford Sobel, embaixador americano no Brasil até 2009, a “sensibilidade extrema” do Itamaraty em admitir publicamente a presença de terroristas no país resulta em situações de divergência explícita. "Nas conferências (entre Brasil, Paraguai, Argentina e EUA), as delegações brasileiras, muitas vezes criticam as declarações feitas por autoridades dos EUA de que a Tríplice Fronteira é um foco de atividades terroristas, e desafiam os participantes americanos a apresentarem as provas que embasam essas declarações", diz Sobel em um telegrama de janeiro de 2008, classificado como secreto. "Funcionários do Itamaraty repetidamente questionam o valor da cooperação de quatro vias, insistindo que "preocupações bilaterais devem ser abordadas a nível bilateral"", acrescenta.

Sobel, no entanto, argumenta que a preocupação dos mais altos níveis do governo brasileiro é tanto evitar a “estigmatização” da comunidade muçulmana do Brasil, como o prejuízo turístico na região de Foz do Iguaçu. "É também uma postura pública destinada a evitar a estreita ligação com o que é visto como uma excessivamente agressiva guerra americana contra o terrorismo", observa. A Polícia Federal brasileira também teria, com frequência, prendido pessoas ligadas ao terrorismo, mas os acusados de uma "variedade de crimes" para evitar chamar a atenção da imprensa e dos altos escalões do governo, de acordo com o embaixador Sobel.

No mesmo documento, fica claro que a principal preocupação do governo brasileiro e da missão americana aqui é “a presença e as atividades” de indivíduos ligados com terrorismo, inclusive o grupo libanês Hezbollah, em São Paulo e em outras áreas do Sul do Brasil. A atuação de suspeitos na Tríplice Fronteira seria ainda menos preocupante que no populoso estado.

Os documentos divulgados mostram que, em menos de três semanas, entre novembro e dezembro de 2009, o consulado de São Paulo enviou dois relatórios ao Departamento de Estado sobre a comunidade muçulmana no estado, em especial, de libaneses. "Os novos imigrantes são muitas vezes também do Líbano, mas eles são mais pobres e muito mais xiitas. Sua política é mais radical e, frequentemente, veem no Hezbollah uma liderança", destaca um dos documentos. A embaixada dos EUA em Brasília não quis comentar a divulgação dos telegramas, deixando a “resposta” para a secretária de Estado, Hillary Clinton, que condenou a publicação dos mais de 250 mil documentos em Washington.


Fonte: Estado de Minas
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Brasil e Bolívia discutem acordo para combater tráfico de drogas e armas

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Os Governos de Brasil e Bolívia chegaram a um acordo nesta segunda-feira para aprofundar o diálogo e estreitar sua colaboração na área de segurança fronteiriça e de combate ao tráfico de drogas e de armas, informaram fontes oficiais.

Os dois países realizarão reuniões periódicas para o desenvolvimento de um plano que poderá contemplar a patrulha conjunta da fronteira comum e o uso partilhado de tecnologia, disseram em entrevista coletiva o ministro de Governo boliviano, Sacha Llorenti, e o titular da Justiça brasileiro, Luiz Paulo Barreto.

"É impossível fazer a patrulha física dos 16 mil quilômetros de fronteira. A melhor maneira de coibir o tráfico é a integração entre os países, o uso de tecnologia e a troca de inteligência", destacou Barreto.

No marco do acordo, o Brasil enviará em dezembro uma missão de técnicos a La Paz que vão realizar uma apresentação sobre as experiências brasileiras contra a lavagem de dinheiro, que despertaram o interesse do Governo boliviano, segundo Barreto.

A Bolívia também enviará ao Brasil uma equipe para conhecer as características de um avião não-tripulado que o país utiliza na vigilância das fronteiras.

"Nosso propósito é fortalecer a Unasul (União das Nações Sul-Americanas), melhorar a troca de informação e combater o narcotráfico", afirmou Llorenti.

Barreto também anunciou a futura realização de uma reunião trilateral com o Peru, na qual se debaterá a possibilidade de realizar operações entre os três países contra o narcotráfico na região de fronteira comum.

"O objetivo é uma cooperação ampla na América do Sul. É a hora de ter um plano de combate ao crime organizado na região, principalmente em relação ao narcotráfico", disse Barreto.

O ministro brasileiro afirmou que manteve conversas similares com autoridades de Paraguai, Argentina e Uruguai e anunciou novas reuniões em novembro com os Governos de Colômbia e Peru.

Fonte: EFE
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Notícias direto do Centro Operações no "Alemão", GeoPolítica Brasil no Front do Rio

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Hoje (29) pela manhã estivemos em coletiva com o Cel. Lima Castro, que mais uma vez reafirmou que as forças do Estado não irão mais sair do Complexo do Alemão. A cúpula de segurança esta discutindo como se dará a ocupação desta importante comunidade que era o principal reduto dos traficantes da facção Comando Vermelho. Ainda não se pode precisar quem irá conduzir a ocupação desta área, mas já esta confirmada a criação de uma ou mais UPP’s no complexo, isso irá depender de estudos que serão feitos e da necessidade que se apresente.


A Secretaria de Segurança tinha planos para que tal operação de retomada destas áreas do poder do tráfico ocorresse apenas dentro de um ano á um ano e meio, pois estavam conduzindo um processo de planejamento e aquisição de novos equipamentos e veículos para realizar tal missão, bem como a preparação de cerca de 3,6 mil homens para aumentar o contingente da corporação. Desta forma seria possível tal operação apenas com a participação das polícias civil e militar. Mas com as atitudes provocativas perpetradas na última semana, com ataques em diversas áreas do Estado levando o caos aos cidadãos do Rio de Janeiro, as forças do Estado se viram obrigadas a reagir de forma enérgica e decisiva contra tais criminosos.


As forças policiais do Estado receberam o importante apoio logístico da Marinha do Brasil, que após autorização do Ministro da Defesa em doze horas mobilizou suas viaturas blindadas sobre lagartas M-113 e CLANFS, além dos 8x8 Mowag Piranha III e mais de 300 fuzileiros navais, que por sua missão constitucional possuem capacidade de pronto emprego devido a suas características expedicionárias e experiência em atuação nos mais diversos cenários de combate. Ainda participaram de forma fundamental as tropas do Exército Brasileiro, com os paraquedistas realizando o cerco e controle de entrada e saída das zonas ocupadas e a Força Aérea que forneceu apoio aéreo com três aeronaves e um centro avançado de comunicação, empregando duas aeronaves CH-34 Super Puma e um UH-1H no apoio aéreo aproximado conduzindo tropas a pontos estratégicos ou dando apoio com atiradores de elite.

Todo esse aparato mobilizado intimidou de forma decisiva os criminosos, que como foi notado na última quinta-feira fugiram do complexo da Vila Cruzeiro como ratos rumo ao complexo do Alemão, ta operação de ocupação conseguiu êxito em apenas quatro horas, então as forças de segurança partiram para o cerco ao Alemão, que surpreendentemente foi rapidamente ocupado em apenas duas horas, resultando na apreensão de mais de 40 toneladas de drogas e mais de 50 fuzis, além da prisão de importantes chefes do tráfico que há muito tempo estavam foragidos.


Sem seu território e a sua intimidação, usando a população local como escudo, tais facínoras largaram tudo e estão buscando fugir, mas o Estado vai caçar todos eles e levá-los a julgamento pelos seus crimes, trazendo mais segurança a nossa sociedade e desmantelando este importante elo do trafico de drogas na cidade. Como exemplo do medo destes covardes, o “Zeu” foi preso por um Tenente escondido debaixo de uma cama. Sem a proteção de suas “fortalezas”, pois até então sem os blindados sobre lagartas, o acesso a tais áreas representava um risco muito grande para nossos policiais, e levaria muito tempo e ao custo de muitas vidas.


Também foi anunciado que a PMERJ tem capacidade de formar até sete mil novos policiais em 2011 se for necessário com as atuais instalações.

Ás 11:00 horas fomos convidados junto com repórteres de outras agências de notícias e de redes de televisão para conhecer o Centro Integrado de Operações, que esta funcionando dentro do Batalhão de Olaria. Tal centro funciona como concentrador de informações e análises de campo, onde são definidos onde e como serão empregados os meios disponíveis.


Neste centro há um núcleo de integração da Força Aérea, trata-se de um posto avançada de comando e controle das operações aéreas, onde as informações são passadas diretamente para as aeronaves envolvidas, agilizando a resposta de apoio aéreo. A frente destas operações esta o Maj.Av – Fábio Reith do III COMAR.


A Marinha do Brasil tem nesse centro também um importante papel, onde o Capitão-de-Fragata (FN) Ricardo esta comandando o núcleo de blindados sobre lagartas e 8x8 utilizados no apoio logístico e transporte dos polícias civis e militares para as zonas de combate. Ressaltando que a Marinha tão logo recebeu a autorização do Governo Federal para dar apoio nas operações demandou apenas 12 horas para mobilizar seus blindados e mais de 300 homens em apoio às forças de segurança pública, uma amostra clara da capacidade de pronto emprego de nosso Corpo de Fuzileiros Navais, seu profissionalismo e capacidade de emprego imediato em qualquer cenário em que se faça necessário, seja contra ameaças externas ou mesmo internas.


No momento que estávamos saindo podemos acompanhar a chegada de mais uma apreensão de drogas, onde o Maj. Rodrigues do 17º BPM apresentou 70 Kg de cocaína pura, vidros de lança-perfume, uma mira telescópica, coletes aprova de balas e munição 7,62mm que estavam escondidos junto ao lixo. Além desta apreensão ainda foram detidos dois criminosos que tentavam fugir se passando por trabalhadores, um deles sem documentação e outro com extensa ficha de passagens por tráfico.


A operação continua por tempo indeterminado, e os números de apreensões aumentam a cada hora, em cada incursão as equipes policiais trazem mais material apreendido e capturam mais criminosos.

O GeoPolítica Brasil parabeniza mais uma vez o fantástico trabalho coordenado entre as forças de segurança estaduais, federais e militares que vem trazendo a tona em nossa sociedade um sentimento de confiança e segurança.

Amanhã o GeoPolítica Brasil estará mais uma vez acompanhando de perto esta importante operação e trazendo a você um conteúdo de qualidade.

Angelo D. Nicolaci
GeoPolítica Brasil
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América Latina deve se preparar para crise mundial prolongada

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Com prognósticos compartilhados com relação ao fato de estarmos transitando em meio a "uma crise mundial prolongada" e advertência sobre o fato de que a "América Latina tem uma grande oportunidade", mas ficará em uma situação de "tremenda vulnerabilidade" se não tomar as precauções necessárias a tempo, terminou quinta-feira o seminário sobre o projeto Banco do Sul, convocado pela presidência da República do Paraguai.

Pedro Páez, ex-ministro coordenador de Políticas Econômicas do Equador, e Felisa Miceli, ex-ministra de Economia de Néstor Kirchner, foram os encarregados, respectivamente, do primeiro e último discurso da jornada. "Passaram-se seis anos desde que foram assinados os primeiros acordos para o Banco do Sul e, apesar de que ele já ter a sua ata fundacional, a sua capital e sua sede definidas e a colocação em funcionamento do Conselho de Administração, ele ainda não consegue ser uma realidade. Sem a pressão e o acompanhamento da sociedade, é impossível que os governos realizem esses projetos", destacou Miceli, responsável ainda do Centro de Estudos e Monitoramento de Políticas Públicas da Universidade das Mães da Praça de Maio.

A necessidade da participação dos movimentos sociais na defesa e na implementação de projetos como o Banco do Sul foi um dos eixos das intervenções da tarde no encontro de Assunção. Sua instalação como novo ator político na crise do neoliberalismo, como resposta a necessidades não satisfeitas pelo mercado, foi mencionada em várias intervenções.

Desempregados, comunidades aborígenes, agricultores, operários de empresas recuperadas, grupos microempreendedores e outras formas de organização social com experiências diversas e o papel que lhes cabe em uma nova construção política foram algumas das questões de debate entre os acadêmicos, profissionais e funcionários que participaram desse fórum.

Páez, um dos articuladores e projetista da proposta do Banco do Sul, traçou um quadro cru da crise mundial e de seu provável prolongamento e desenlace. "Não é uma crise financeira que se torna uma crise econômica. Também não é uma crise por corrupção de alguns banqueiros, nem produtos do ciclo endógeno de autodepuração do sistema: é uma crise do regime de acumulação, dos eixos fundamentais da economia atual, dos critérios de rentabilidade e de eficiência. Não é apenas uma crise das políticas neoliberais", assinalou o economista equatoriano, colaborador próximo do presidente do seu país, Rafael Correa.

Em seu diagnóstico, Páez deixou claro que as condições estão dadas para que haja impactos sobre a economia mundial mais graves do que os acontecidos em 2008. "Está desatada uma disputa pela hegemonia, na qual o eixo anglo-saxônico (Estados Unidos e Grã-Bretanha, defensores do dólar como moeda forte) está ferido de morte e, como não pode se recuperar, fará todo o possível para que os demais fiquem piores do que ele", assinalou. Ele defendeu que "o ataque especulativo lançado contra a Europa (e à sua moeda, o euro) entre maio e junho" foi uma demonstração dessa disputa. Ataque do qual resultaram, como resposta para defender o euro, as políticas de ajuste na Grécia, na Espanha, na França e agora na Irlanda.

O economista equatoriano também prognosticou novas bolhas financeiras produzidas pelas apostas especulativas que continuam sendo o fato dominante do sistema financeiro. "Das hipotecas subprime (sobre dívidas de propriedade de alto risco de inadimplência) passou, nos Estados Unidos, às prime e às dívidas soberanas (de países). A superacumulação de capital pela alta concentração continua buscando opções de rentabilidade das bolhas especulativas", assinalou Páez.

Felisa Miceli concordou no diagnóstico. "Quem está por trás das compras de hipotecas?", perguntou-se, para responder imediatamente: "As megacorporações emparentadas aos fundos de investimento. A crise tornou-se em uma maior concentração de recursos, que essa elite empresarial vai continuar derivando ao mercado financeiro. O aparecimento de bolhas financeiras vai ser recorrente. Um cenário muito escuro nos espera".

Ambos coincidiram na imperiosa necessidade de uma nova arquitetura financeira para a região, que permita blindar as economias latino-americanas e promova a integração. "O primeiro instrumento é o Banco do Sul, que não há razões para que não esteja funcionando", apontou Miceli.

Páez afirmou que uma nova arquitetura financeira, com um banco de desenvolvimento regional como primeiro passo, não é suficiente para libertar a região das consequências da crise, mas é uma condição "necessária" frente ao atual marco internacional. Lembrou também a proposta de um sistema de compensação de pagamentos recíprocos que liberte a região da dependência do dólar, mediante uma moeda comum "que não reproduza os defeitos do euro".

Mediante essa moeda, disse, deveria se fixar o valor dos produtos que socialmente se considere benéfico amparar. "Os preços internacionais de hoje não são os corretos, estão distorcidos pela especulação e os subsídios. Qual é o sinal que pode receber um produtor latino-americano para orientar sua produção a partir dessas cotizações? Ele pode tomar decisões de produção eficientes? Em favor do interesse de quem? Assuntos tão delicados como a produção de alimentos ficam subordinados aos vai-véns especulativos. É uma situação tremendamente frágil e implica em uma alta vulnerabilidade para nossas economias se permanecermos atados a ela", expôs o economista equatoriano.

A proposta do Banco do Sul fixa como objetivos a soberania alimentar, energética e de saúde, como áreas prioritárias para financiar e sobre as quais construir um novo modelo de desenvolvimento. Mas Felisa Miceli acrescentou que a América Latina deve assumir "um duplo desafio de integração, entre países desiguais, mas também atendendo as assimetrias internas". Ela assinalou o conflito de países como a Argentina, que, pelo Mercosul, deve atender as assimetrias com o Paraguai e o Uruguai, mas, quando o propõe, recebe a reclamação das províncias do Norte com situações sociais semelhantes às dos países vizinhos. "Se não conseguirmos gerar espaços complementares, é difícil que a soberania seja vista em termos concretos", advertiu

Fonte: Carta Maior
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Os oito dias que abalaram o Rio de Janeiro

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A onda de ataques imposta pelo tráfico de drogas em vários pontos do estado e a decisão do governo estadual de invadir a Vila Cruzeiro - favela considerada uma das principais fortalezas da facção criminosa denominada Comando Vermelho - fizeram com que a última semana entrasse para a história da segurança pública no Rio de Janeiro. O horror provocado pelas imagens de veículos incendiados foi logo acompanhado pela expectativa quanto à invasão da Vila Cruzeiro. O Rio parou para acompanhar pela tevê as impressionantes imagens de cerca de 200 traficantes armados com fuzis em rota de fuga para o Complexo do Alemão, conjunto de favelas vizinho que acabou também ocupado pela polícia neste domingo (28).

Leia a seguir um “boletim de guerra”, trazendo em ordem cronológica os acontecimentos que abalaram o Rio de Janeiro na última semana:

Domingo, 21 de novembro – Primeiro dia dos ataques em série. À tarde, bandidos ateiam fogo a dois carros particulares, assaltam um terceiro e lançam uma granada contra um veículo da Aeronáutica na Linha Vermelha. À noite, ocorrem arrastões nos bairros da Lagoa e de Laranjeiras e também na Via Dutra, onde uma pessoa é baleada. Um terceiro carro é incendiado na Penha.

Segunda-feira, 22 de novembro – Pouco depois das seis da manhã, quatro bandidos armados com pistolas, fuzis e granadas incendeiam três veículos - entre eles, uma van com 15 pessoas - num ponto de conexão entre a Via Dutra e a Avenida Brasil. À noite, também na Dutra, outros dois carros são incendiados. No bairro de Del Castilho, homens armados abrem fogo contra uma cabine da PM, sem ferir ninguém. Carros são queimados nos bairros de Rio Comprido, Tijuca e Estácio e também na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) descarta a ajuda da União e anuncia que a polícia fará operações em favelas da cidade.

Terça-feira, 23 de novembro – A Subsecretaria de Inteligência da SSP anuncia que as duas principais facções criminosas do Rio selaram um pacto para unir forças contra a política de instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) nas favelas da cidade. O governo anuncia também a transferência de oito traficantes do presídio Bangu 3, no Rio, para o presídio de segurança máxima de Catanduvas, em São Paulo. Ações simultâneas das polícias civil e militar acontecem em 22 favelas.

Em Copacabana, quatro homens (dois menores) são presos ao tentarem atear fogo em um veículo. Ocorre o primeiro tiroteio entre traficantes e policiais na Vila Cruzeiro, bunker do tráfico na Zona Norte da cidade. Um suspeito é morto pela polícia no município de Niterói e pessoas são baleadas na favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão, outro bunker controlado por traficantes. O governador Sérgio Cabral começa as primeiras negociações com o Ministério da Justiça e anuncia policiamento reforçado nas estradas federais.

Quarta-feira, 24 de novembro – A onda de ataques ganha força em diversos pontos da cidade, com 32 veículos (18 carros, dez vans, dois ônibus e dois caminhões) sendo incendiados. A SSP anuncia que prepara uma ofensiva contra os traficantes na Vila Cruzeiro e o governador afirma ter solicitado ao Ministério da Defesa e ao Comando da Marinha apoio logístico para o combate aos criminosos. O Comando Militar do Leste anuncia que os quartéis no Rio entraram em estado de alerta máximo. Apontados pelas investigações como mentores dos ataques, os traficantes Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, são transferidos de Catanduvas para outro presídio federal em Porto Velho (RO).

Durante todo o dia, ocorrem novas ações das polícias civil e militar em 30 favelas do Rio, que resultaram na morte de 18 eventuais traficantes. Catorze outros bandidos, além de dois policiais, são feridos e levados ao Hospital Getúlio Vargas. A polícia faz a primeira apreensão de um grande número de armas (29 pistolas e revólveres, duas escopetas calibre doze, cinco granadas, duas bombas artesanais, dez fuzis e uma submetralhadora). Na favela da Chatuba, a polícia apreende uma tonelada de maconha. A PM anuncia ter colocado 17.500 homens nas ruas da cidade e uma menina de 14 anos é morta por uma bala perdida enquanto brincava em seu computador na favela do Grotão.

Quinta-feira, 25 de novembro – Qualificado pela grande imprensa como o “Dia D” da Guerra do Rio. Em uma das mais ousadas operações levadas à cabo pelas autoridades de segurança pública, cerca de 600 policiais _ com apoio de doze carros blindados cedidos pela Marinha _ invadem e ocupam a Vila Cruzeiro, até então considerada uma área inexpugnável do tráfico de drogas na cidade. Após se prepararem para o confronto com a policia, os traficantes mudam de idéia e decidem abandonar a Vila Cruzeiro. Pelo alto da mata, fogem em direção ao vizinho Complexo do Alemão. A fuga dos traficantes _ cerca de 200 homens fortemente armados com fuzis e metralhadoras _ proporciona uma das mais incríveis imagens já registradas na história do combate ao tráfico de drogas no Rio.

Sessenta policiais civis, 450 policiais militares e 88 fuzileiros navais recém-chegados do Haiti participam da ocupação da Vila Cruzeiro. A Marinha cede doze carros blindados (a maioria do tipo M113) para ajudar na invasão. O Estado-Maior da PM anuncia que será instalada uma UPP na Vila Cruzeiro. Comboios da polícia são aplaudidos pela população em diversos pontos da cidade.

Nas ruas, a ação dos bandidos alcança seu auge. Ao longo do dia, são incendiados em todo o Estado 44 veículos (19 ônibus, 17 carros de passeio, cinco vans, dois caminhões e uma moto). No bairro da Tijuca, um cobrador de ônibus tem 60% do corpo queimado. As ações da polícia nas favelas do Rio também se acentuam e resultam em 188 prisões e 32 mortes. Na favela do Jacarezinho, uma das maiores da cidade, sete pessoas são mortas durante ação policial. Diversas escolas da rede municipal de ensino paralisam suas atividades e cerca de 40 mil alunos ficam sem aulas na capital.

Sexta-feira, 26 de novembro – Começa o que a grande mídia chama de “a Batalha do Alemão”. Agora com a ajuda de homens do Exército e da Polícia Federal, a polícia cerca todo o complexo de favelas do Alemão e ocupa todas as suas principais entradas. A Serra da Misericórdia _ pedaço de Mata Atlântica que separa a Vila Cruzeiro do Complexo do Alemão _ é ocupada pelo Bope. Enquanto paraquedistas e atiradores de elite vigiam os acessos às favelas, policiais civis e militares entram em confronto com traficantes nas localidades conhecidas como Grota e Fazendinha, provocando ferimentos em três militares e seis civis, entre eles uma criança e um fotógrafo da Reuters.

O governador Sérgio Cabral se reúne com o ministro da Defesa, Nélson Jobim, e com representantes das três Forças Armadas para acertar uma operação conjunta de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio. O Exército anuncia a participação de 800 paraquedistas nas ações policiais e a cessão de mais dez carros blindados e três helicópteros. A Polícia Federal coloca 420 policiais à disposição do governo do Rio. Na Guiana, onde participa de reunião da Unasul, o presidente Lula afirma que o Rio pode contar com total ajuda do governo federal.

Nas ruas da cidade, a onda de ataques recua e “apenas” nove veículos são incendiados. Na Vila Cruzeiro, policiais apreendem 300 motos roubadas que estavam a serviço do tráfico, além de cerca de uma tonelada de maconha e cocaína, seis mil pedras de crack e diversos armamentos. A Polícia Civil prende a mulher de Marcinho VP, sob a acusação de lavagem do dinheiro do tráfico. Na Favela da Rocinha, a maior do Rio, traficantes distribuem panfletos para os comerciantes alertando sobre a possibilidade de “derramamento de sangue” em caso de invasão policial.

Sábado, 27 de novembro – Um dia de ultimato. Apoiadas por um efetivo de 2.600 homens das polícias civil, militar e federal, além de militares do Exército e da Marinha, as autoridades de segurança pública conclamam os traficantes entrincheirados no Complexo do Alemão _ cerca de 600 homens com fuzis, segundo a SSP _ a se entregarem. Apesar do ultimato, apenas um traficante se rende até 19h30, quando a polícia decide impedir os moradores de entrar no Complexo do Alemão. Desde a manhã, entretanto, centenas já abandonam a favela. Alguns traficantes tentam fugir misturados aos moradores, e 32 pessoas são detidas pela polícia. Até idosos e crianças são revistados.

Nas ruas, o ritmo dos ataques continua a diminuir e se concentram no município de Nova Iguaçu, onde quatro veículos são incendiados. Dois traficantes são mortos durante confronto com a polícia na favela Santo Amaro, no Catete. Em Rocha Miranda, um homem é morto quando tentava atear fogo em um carro. Mais armas e drogas são apreendidas no Alemão e na Vila Cruzeiro, onde policiais encontram 132 bananas de dinamite (26 kg).

Domingo, 28 de novembro – No início da manhã - mais precisamente às 7h59 - a polícia decide invadir o Complexo do Alemão. Pela primeira vez, helicópteros usados no apoio ao cerco às favelas efetuam disparos contra traficantes. Por volta de dez da manhã, sem encontrar grandes focos de resistência por parte dos traficantes, policiais chegam à parte mais alta do Complexo, onde hasteiam bandeiras do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro. Armas e cerca de dez toneladas de drogas são apreendidas. No início da tarde, policiais iniciam um pente-fino de casa em casa, na tentativa de encontrar traficantes escondidos. Autoridades anunciam que a operação no Alemão não tem dia nem hora para acabar.

Fonte: Carta Maior
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Dilma deve rever a política para o Irã

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A presidente eleita Dilma Rousseff deve rever a estratégia de aproximação do Brasil com o Irã, grande alvo de críticas da política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo interlocutores da petista, ela avalia que a atitude em relação a violações aos direitos humanos no Irã foi "equivocada" e "causou desgaste desnecessário". Para Dilma, associar-se a um regime que apedreja mulheres e aprisiona opositores foi um "enorme erro", dizem esses interlocutores.

O governo brasileiro reluta em condenar a sentença de apedrejamento da viúva Sakineh Ashtiani, acusada de adultério, e se abstém nas votações de resoluções da ONU contra essas práticas, e não condena a opressão a opositores. Um dos motivos para a não manutenção do chanceler Celso Amorim no cargo seria sua atuação no caso do Irã.

Seu desempenho nas negociações da Alca foi considerado um sucesso. Mas ele teria caído em desgraça por causa do Irã. Para fazer um recomeço, seria preciso ter um novo chanceler e Amorim ficou muito identificado com a iniciativa. Além disso, a química de Amorim com Dilma não seria das melhores - os dois tiveram algumas rusgas quando ela era ministra da Casa Civil.

Dilma já havia indicado que se opunha à atitude não intervencionista na questão iraniana. "Acho uma coisa muito bárbara o apedrejamento da Sakineh. Mesmo considerando usos e costumes de outros países, continua sendo bárbaro", disse Dilma em entrevista no dia 3 de novembro.

Para assessores próximos da presidente, a percepção é de que a aproximação com o Irã pode ter custado ao presidente Lula o Nobel da Paz por seu avanço em reduzir a pobreza

Fonte: Estadão
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Coreia do Sul e EUA iniciam manobras e Pyongyang prepara mísseis

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A Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram neste domingo manobras navais de quatro dias em resposta ao ataque norte-coreano de terça-feira contra a ilha de Yeonpyeong, o que elevou a tensão na região enquanto Pyongyang se mantém em posição de combate.

Nesta manhã, a chegada do porta-aviões de propulsão nuclear "USS George Washington", com 6 mil militares e 75 aviões de combate a bordo, marcou o início das manobras conjuntas nas quais participam cerca de dez navios de guerra, entre estes destróieres, fragatas e aviões antissubmarinos.

Os exercícios, que incluem aviões-espiões, começaram a 40 quilômetros do litoral de Taean (Coreia do Sul), a pouco mais de 100 quilômetros ao sul da ilha de Yeonpyeong, atacada em 23 de novembro pela artilharia norte-coreana com o resultado de quatro mortos: dois militares e dois civis sul-coreanos.

Como informaram os Estados Unidos, as manobras já estavam planejadas anteriormente, embora só tenham sido anunciadas na quarta-feira.

O desdobramento militar aumentou a tensão na região. O Exército americano, no entanto, garantiu que a operação tem "natureza defensiva" e objetivo de dissuadir o regime de Kim Jong-il.

Segundo fontes militares sul-coreanas, em coincidência com o início das manobras, a Coreia do Norte realizou neste domingo disparos de artilharia dentro de território norte-coreano, nas proximidades da ilha sul-coreana de Yeonpyeong, que voltaram a obrigar aos residentes a refugiar-se nos bunkers.

Uma fonte do Governo de Seul consultada pela agência "Yonhap" indicou que a Coreia do Norte mobilizou mísseis terra-ar, do modelo soviético SA-2, com alcance de entre 13 e 30 quilômetros, e mantém suas posições de artilharia prontas para combate.

Conforme a agência, "os mísseis parecem ter como alvos os caças que voam perto da Linha Limítrofe do Norte (NLL)", que faz, às vezes, de fronteira marítima entre as duas Coreias no Mar Amarelo (Mar Ocidental) e que Pyongyang não reconhece.

As mesmas fontes indicaram que a Coreia do Norte colocaram mísseis terra-terra com alcance de 95 quilômetros coincidindo com o início das manobras.

A Coreia do Norte indicou neste domingo por meio da agência estatal "KCNA" que responderá "a qualquer provocação que viole suas águas territoriais", enquanto o jornal oficial "Rodong Sinmun" afirmou que o ataque a Yeonpyeong foi "um legítimo exercício de autodefesa".

Por sua vez, China manteve uma intensa atividade diplomática para mediar o conflito e reduzir a tensão entre as duas Coreias, e ao mesmo tempo criticou as manobras militares conjuntas por não contribuir para reduzir a escalada na região.

Neste domingo, o Ministério de Exteriores chinês propôs o reatamento das conversas de seis lados para o desarmamento nuclear de Pyongyang, das quais participam além das duas Coreias, a China, os EUA, o Japão e a Rússia.

A Casa Presidencial sul-coreana, no entanto, deixou claro que não é o momento adequado para voltar a esse diálogo.

O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, reuniu-se em Seul neste domingo com o conselheiro de Estado chinês Dai Bingguo, a quem pediu que China atue com "justiça e responsabilidade" para manter a paz na península coreana, e advertiu que Seul responderá com "contundência" a nova provocação norte-coreana.

O enviado chinês defendeu "trabalhar para prevenir a deterioração da situação" e transmitiu as condolências do presidente da China Hu Jintao pelas vítimas do ataque a Yeonpyeong, que causou ainda danos materiais estimados em 3,2 milhões de euros.

A tensão na região onde ocorreu a troca de tiros de artilharia na última terça-feira é tal que neste domingo alguns sons de detonações e movimentos no litoral norte-coreana em frente à ilha de Yeonpyeong suscitaram os alarmes e acabaram por fazer com que a Coreia do Sul tenha pedido aos jornalistas, cerca de 400, que abandonem a ilha.

Além disso, o secretário do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores norte-coreano, Choe Thae-bok, muito próximo a Kim Jong-il, viajará para Pequim na próxima semana, presumivelmente para tentar evitar uma escalada de violência entre as duas Coreias.

Pequim não vê com bons olhos as manobras entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul no Mar Amarelo e advertiu que não aceitará violação de sua região econômica exclusiva nessas águas, onde os navios de guerra americanos e sul-coreanos praticarão uma operação até quarta-feira com uso de fogo real.

Fonte: EFE
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Forças de segurança vasculham reduto abandonado por traficantes no Rio

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A maior operação da história de luta contra o crime organizado no Rio de Janeiro não encontrou, este domingo, a esperada resistência dos traficantes, facilitando a ocupação de um de seus principais redutos, o Complexo do Alemão, pelas forças de segurança.

"A maioria (dos delinquentes entrincheirados desde quinta-feira no local) fugiu" antes de iniciada a invasão do conjunto de favelas às 08h00 deste domingo, disse à AFP o delegado da polícia civil, Márcio Mendonça, enquanto exibia pacotes com centenas de quilos de maconha encontrados em uma pequena casa de tijolos em uma ladeira do morro.

"Eles viram na quinta-feira com o ataque à Vila Cruzeiro (do qual participaram veículos blindados da Marinha e helicópteros, também blindados) que nada podem contra a força do Estado", disse Mendonça, satisfeito com a facilidade da ocupação.

Avançando pelas ruelas estreitas, patrulhas de polícias com o rosto coberto por toucas ninja e armadas com fuzis M16 e FAL 762, revistavam casas que eram indicadas por denunciantes como pertencentes a traficantes.

De vez em quando, um ou outro homem de bermuda e sem camisa, com as mãos algemadas às costas, era escoltado por um grupo de policiais, seguidos de perto por uma esposa que protestava, reivindicando sua inocência.

Entre os presos este domingo estavam Elizeu Felicio de Souza, o "Zeu", um dos traficantes condenados pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, em 2002, anunciou um porta-voz da polícia, após a ocupação do morro.

"Zeu" foi acusado de ter torturado Tim Lopes e de ter comprado a gasolina com que o corpo do jornalista foi queimado.

Ele foi condenado a 23 anos e seis meses de prisão e estava foragido da Justiça desde 2007, quando após cinco anos de prisão aproveitou sua primeira saída, gozando do benefício de regime semi-aberto, para fugir.

Enquanto os detidos eram escoltados, os vizinhos observavam de janelas e varandas, sem sair de suas casas.

Intensos tiroteios explodiram antes do começo da operação, mas quase não se ouviram depois.

"Ninguém ficou ferido até agora", disse à AFP o major Edson Gonçalves, médico do corpo de bombeiros, encarregado das operações de socorro.

Dezenas de detidos, algumas toneladas de maconha e de cocaína, motos abandonadas na fuga, barreiras de cimento erguidas nas ruas pelos traficantes e destruídas pelos blindados foram os sinais da grande batalha aguardada, que acabou não acontecendo.

Outra imagem da ocupação foi a casa de três andares de um dos gerentes do tráfico local, o "Pezão", destruída pelos policiais, uma demonstração de fortuma em meio a tanta pobreza.

A mansão era equipada com banheira de hidromassagem, piscina e churrasqueira, pinturas de um skate e um carro esportivo decorando o quarto do menino, e do cantor canadense Justin Bieber no quarto das meninas.

A cozinha cheirava a champanhe, depois das garrafas de Dom Perignon estouradas pela polícia.

Vários DVDs evangélicos estavam espalhados pelo chão, enquanto uma vizinha, muito crente, mandava ao inferno os jornalistas que visitavam a "mansão" da favela.

"Não saímos mais daqui", disse o delegado Mendonça, em alusão ao retorno do estado a este complexo de favelas de 400.000 habitantes, depois de quase três décadas de ausência.

Fonte: AFP
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Após ocupar Alemão, secretário diz que polícia chegará à Rocinha e Vidigal

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O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou em entrevista coletiva neste domingo que a polícia vai permanecer ocupando o Complexo do Alemão, "o coração do mal" em suas palavras.

Ele disse também que a ocupação policial irá se estender às favelas da Rocinha e do Vidigal, para onde traficantes podem ter fugido, segundo rumores. Beltrame não especificou quantos homens ficarão nas favelas do Alemão nem quando as outras duas comunidades poderiam vir a ser ocupadas.

"Há inteligência aqui nesse prédio [da secretaria] e, se se chegou no Alemão, também vamos chegar no Vidigal e na Rocinha", disse, ressaltando a importância de retomar os territórios do tráfico. "Vai haver a manutenção de policiamento que vai permanecer naquela região."

"O Alemão era o coração do mal e um lugar emblemático para todo o Rio de Janeiro, onde nós tínhamos uma convergência de marginais municiados. Então eu acho que, para a polícia, isso é uma vitória sim e, para os marginais, é uma perda de moral", afirmou.

Em relação à falta de reação dos traficantes e a eventual fuga dos chefes do tráfico no Alemão, o secretário disse: "Como acontece nas operações de instalação de Unidades de Polícia Pacificadora, não há reação à altura, diante de uma ação de planejamento estruturada (...) Vocês estão vendo que essas pessoas [traficantes] em algum momento, em uma ação mais à frente, mais atrás, elas são capturadas."

"Marginal sem arma, sem casa, sem território, sem moeda de troca, é muito menos marginal", disse Beltrame, que garantiu que as buscas nas casas de moradores foram feitas em "situação de flagrante ou com autorização dos moradores".

Questionado sobre porque o conjunto de favelas não fora ocupado anteriormente, o secretário afirmou que a ação não fácil e que sua rapidez se deveu ao planejamento. Em 2007, o próprio Beltrame e o então secretário nacional de Segurança, Antonio Carlos Biscaia, afirmaram que o Alemão e a Rocinha seriam pacificados antes de receberam obras do chamado PAC.

Fonte: Folha
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domingo, 28 de novembro de 2010

Os heróis em ação, fotos das forças de segurança em ação no Rio de Janeiro

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O GeoPolítica Brasil, assim como seus milhares de leitores e cidadãos de bem do Rio de Janeiro, querem expressar nosso orgulho e gratidão aos nossos heróis anônimos que arriscaram suas vidas nestes últimos dias em todo o Estado para garantir nossa segurança.

Queremos saudar os heróis do BOPE, CORE, GAM, Choque, Fuzileiros, Paraquedistas, Bombeiros, Polícia Federal, Polícia Civil,Força Aérea e todos os demais homens e mulheres que integraram as forças de segurança neste momento tão importante no combate ao narcotráfico. Heróis que trabalharam sem descanso, abrindo mão de suas folgas, férias e mesmo de estar com suas familias para por suas vidas em risco para garantir que seja restaurada a segurança em nossa cidade.

Obrigado em nome dos moradores do Rio de Janeiro, Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão por livrar nossa cidade e essas comunidades do poder opressor do tráfico.






















GeoPolítica Brasil
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'O Alemão era o coração do mal', afirma Beltrame

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"O Alemão era o coração do mal". A afirmação é do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, que, em coletiva à imprensa por volta das 20h05 deste domingo (28) adiantou que ainda não há balanço de presos, feridos e apreensões após as operações no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio.


Pezão e FB ainda são procurados

Para o secretário a operação alcançou seu principal objetivo. "Marginal sem casa, marginal sem arma, marginal sem território, marginal sem moeda de troca é muito menos marginal do que era antes". Mas, não foi dessa vez que os traficantes Pezão e FB Atanásio, que chefiam o tráfico no Alemão, foram presos. "Temos serviço de inteligência. Vocês podem perceber que em outras ações eles serão capturados".

Beltrame se mostrou satisfeito com os resultados alcançados após a megaoperação que reuniu mais de 2,5 mil policiais militares, federais, civis e o Exército.

"O objetivo é obter território. E acabou a crença da invencibilidade. O Rio de Janeiro tem uma luta contra o crime que é composta de varias batalhas. Não vencemos a guerra, mas vencemos a mais importante e difícil batalha. A recuperação do território é uma função e um objetivo que nos estabelecemos como um dos principais propósitos dessa politica. E nós não vamos nos afastar disso. Quem apostar na derrota, nós vamos sempre apostar na vitória. Muitos interesses estão arraigados no Rio de Janeiro e não vamos conseguir debelar isso com muita facilidade", declarou.

O secretário agradeceu a participação de todos os envolvidos na ação. "Nada seria possível nessas circunstâncias sem este esforço e participação que se fazem presentes, considerando aí também a Secretaria estadual de Saúde e Corpo de Bombeiros. A Secretaria (de Segurança) não vai abrir mão de qualquer tipo de ajuda, porque esse não é um problema só da Segurança, mas de toda a socidedade de bem contra a crime".

Apesar dos esforços, Beltrame garante que ainda há muito a se fazer. "Não resolvemos todos os problemas, a caminhada é grande, há muito que se fazer, mas se deu passo importante".


'Se chegamos no Alemão, chegaremos na Rocinha e no Vidigal'

A ocupação no Alemão, segundo ele, é por tempo indeterminado. "Posso garantir que aquela área vai permanecer ocupada, vai permanecer policiada". Segundo ele, outras comunidades no Rio também serão dominadas pela polícia. "O estado do Rio tem inteligência e essas instituições trabalham juntas. Se chegamos ao Alemão, chegaremos na Rocinha e no Vidigal".

Além de Beltrame, também participaram da coletiva o superintendente da Polícia Federal, Ângelo Gioia, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Vital, e general Adriano Pereira Júnior, do Comando Central do Leste.


A ocupação do Alemão

Após oito dias de confrontos entre traficantes e policiais no Rio de Janeiro, as forças de segurança ocuparam neste domingo (28), terceiro dia de cerco, o Conjunto de Favelas do Alemão, um dos mais importantes redutos de criminosos da cidade. A ação coordenada de 2.700 homens das polícias Civil, Militar, Federal e do Exército assumiu o controle da comunidade em menos de duas horas, conseguindo prender suspeitos de envolvimento com o tráfico e apreender toneladas de drogas e dezenas de armas - tudo isso sem entrar em um longo confronto aberto e deixando três vítimas (conta feita até por volta das 19h30; para atualizações, leia as últimas notícias sobre os confrontos no Rio).

A operação deste domingo teve início logo nas primeiras horas da manhã. Pouco depois das 7h, os policiais já se reuniam e organizavam a ocupação, com apoio de veículos blindados e helicópteros. A ação começou de fato às 8h, com "força máxima", segundo o comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar, tenente-coronel Paulo Henrique Moraes, em menos de uma hora a Polícia Civil dizia ter "dominado" o Alemão.

"O território jamais será dado de volta aos criminosos", disse o subchefe operacional da Polícia Civil, Rodrigo Oliveira. Às 9h22, o comandante-geral da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, declarou: "Vencemos" (assista ao vídeo). O hasteamento de uma bandeira do Brasil no alto do teleférico do morro do Alemão, às 13h22, representou o que as forças de segurança trataram como libertação da comunidade.

A ocupação se deu sem "grandes confrontos", segundo Duarte, o que fez o delegado Marcus Vinicius Braga chamar a situação de "preocupantemente tranquila".

Em vez de reagir à ocupação, os traficantes tentaram fugir ou se esconder, o que fez com que as forças de segurança organizassem uma busca de casa em casa da comunidade. No total, 30 pessoas foram presas, incluindo Elizeu Felício de Souza, conhecido como Zeu, um dos homens condenados por participar da morte do jornalista Tim Lopes, da TV Globo.

A ação deste domingo foi o resultado de oito dias de confrontos. Desde o último domingo (21), criminosos orquestraram uma série de ataques por toda a cidade, atirando contra policiais e ateando fogo em veículos. A reação da polícia e o cerco aos criminosos ganhou impulso na quinta-feira (25), quando uma megaoperação atacou os criminosos nas favelas da Penha, controlou a Vila Cruzeiro e provocou a fuga em massa de criminosos para o Alemão. As forças de segurança começaram no dia seguinte o cerco ao conjunto de favelas.

Segundo o governador do estado, Sérgio Cabral, a operação representa uma página virada para o Rio. "A reconquista do território do Complexo do Alemão pelo Estado é um passo fundamental e decisivo na política de segurança pública que traçamos para o Rio de Janeiro", disse.

Fonte: Portal G1
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Acompanhe a cronologia da tomada do "Alemão"

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6h51 - Começa o tiroteio no Conjunto de Favelas do Alemão. Um blindado da Marinha, um caveirão, que é o blindado da polícia, além de veículos da Polícia Federal e da Polícia MIlitar reforçam o cerco no local.

7h22 - Policiais se preparam para entrar na comunidade. Antes de partir para a operação, eles se cumprimentam desejando boa sorte. "A gente está na expectativa. Estamos nos momentos finais, a qualquer momento vamos entrar", disse o subchefe operacional da Polícia Civil, Rodrigo Oliveira.

8h - Policiais militares, federais, civis e agentes das Forças Armadas começaram a ocupar o Conjunto de Favelas do Alemão. A entrada das equipes, com blindados, apoio de helicópteros e atiradores de elite, foi marcada por uma grande troca de tiros.

8h12 - Um carro do Corpo de Bombeiros transportando macas e suprimentos deixou o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte, em direção ao Alemão. Mais cedo, o secretário estadual de Saúde do Rio, Sérgio Cortes, passou pelo Getúlio Vargas, onde fez uma visita de rotina.

8h22 - Dois homens são detidos e saem da favela escoltados por homens do Exército.

8h25 - O chefe da Polícia Civil, Alan Turnowski confirma a chegada dos agentes à localidade conhecida como Areal, na parte central da favela.

8h35 - Pelo menos seis blindados da Marinha e quatro picapes da Polícia Federal chegam ao local para reforçar a operação.

8h39 - O comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar, tenente-coronel Paulo Henrique Moraes, disse que vai usar a força máxima na invasão ao Complexo do Alemão. “Não vai haver revezamento. Já lançamos as primeiras equipes para a favela, e vamos lançar outras. A missão do Bope é tomar os pontos altos do complexo, como a Pedra do Sapo, o Morro da Fazendinha entre outros”, disse.

8h40 - A polícia se prepara para avançar em outros pontos da favela, depois que foi conquistada a área do Areal.

8h44 - Agentes da Polícia Civil chegam à Estrada do Itararé com maconha, cocaína, granadas, um facão e material para embalar entorpecentes apreendidos no Areal.

8h52 - Ambulância do Exército entra no Alemão.

8h54 - Chegam ao entorno da favela dois carros do esquadrão antibombas.

8h56 - "O estado está dentro do Conjunto de Favelas do Alemão. O território jamais será dado de volta aos crimonosos. Já dominamos o Alemão", diz o subchefe operacional da Polícia Civil, Rodrigo Oliveira.

9h06 - Megaoperação ganha reforço de policiais militares do 7º BPM (São Gonçalo).

9h10 - Um dos blindados teve que retornar à Rua Joaquim de Queiroz, na entrada de favela, por causa de um grande buraco cavado por criminosos no local.

9h15 - Mais agentes da polícia deixam o 16º BPM (Olaria), que está funcionando como Quartel General da operaçao, para reforçar a ocupação do Alemão.

9h16 - Helicópteros com atiradores de elite e equipamentos para monitorar a favela sobrevoam o Conjunto de Favelas do Alemão.

9h20 - "Vencemos", diz comandante-geral da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte.

9h24 - Policiais apreenderam uma grande quantidade de drogas na casa de um traficante, num local próximo ao Centro Educacional Jornalista Tim Lopes, e descem à Estrada do Itararé com sacolas e bolsas. O transporte do material está sendo feito em motocicletas.

9h28 - Policiais do Batalhão Florestal deixam o 16º BPM (Olaria) para o Alemão. A expectativa é que eles se instalem em locais de mata no entorno da comunidade para evitar fugas de criminosos.

9h39 - Após a tomada, dois blindados da Marinha começam a descer o Alemão. Ao mesmo tempo, agentes da Polícia Civil, da Delegacia de Roubos e Furtos chegam ao local.

9h43 - O Comandante da PM, Mário Sérgio Duarte, ordena que os batalhões se dividam em perímetros dentro do Alemão e façam uma revista minuciosa, usando, se necessário, o auxílio dao Companhia de Cães. "Vamos vasculhar casa por casa, beco por beco", disse ele.

9h45 - "O fato de não termos grandes confrontos até agora não significa que não haverá mais tarde. Moradores sabem que viemos libertá-los. Viemos trazer a paz para essa população. Eles pediram e sentiram isso", disse o Comandante da PM, Mário Sérgio Duarte.

9h49 - Policiais chegam à parte mais alta do Conjunto de Favelas do Alemão.

9h55 - O subchefe operacional da Polícia Civil, Rodrigo Oliveira, afirma que já foram apreendidas mais de 2 toneladas de maconha. "A gente não tem hora para sair".

10h15 - Policiais chegam Estrada do Itararé, no Alemão, com uma nova leva de armas e drogas apreendidas no interior da comunidade. Entre elas está uma submetralhadora e uma mira à laser. O material está sendo levado para a Polinter.

10h20 - A polícia prendeu um suspeito no final da Rua Joaquim de Queiroz, uma das entradas do Conjunto de Favelas do Alemão.

10h28 - Após descer a comunidade, o delegado Marcus Vinicius Braga chamou de "preocupantemente tranquila" a situação nas favelas do Alemão.

10h30 - Do alto do Alemão, o delegado Ronaldo Oliveira afirma que vários pontos da comunidade estão tomados, como o Coqueiro. "Já pegamos cerca de quatro toneladas de maconha", disse.

10h54 - A polícia confirma que encontrou a mansão do traficante conhecido como “Pezão”, que seria o chefe de tráfico do Alemão. Segundo o delegado Marcos Vinícius Braga, trata-se de um imóvel triplex, com hidromassagem, discoteca, ar condicionado em todos os cômodos, assim como TV de LCD: “Eu nunca vi nada igual, é muito melhor do que muita casa no Leblon, nunca vi disso”, disse o delegado, que afirmou que o traficante destruiu todos os cômodos antes da chegada da polícia. A casa estava vazia.

11h19 - Segundo o Relações Públicas da PM, a varredura no Alemão pode durar dias. Isso porque, de acordo com o coronel Lima Castro, a polícia acredita que haja cerca de 5 mil moradias na região e que cerca de 200 criminosos ainda estejam no local.

12h52 - Segundo o delegado Ronaldo Oliveira, chefe do Departamento geral de Polícia da Capital, a operação no Alemão serviu para mostrar o modo de atuação das polícias cariocas: "Ficou claro nessa operação que a polícia não entra atirando nas favelas quando faz operações policiais".

13h03 - Policiais estão em localidades como Canitá, Areal, Largo do Lucas, Coqueiro, Fazendinha, Morro da Banana e Morro do Adeus, segundo o delegado Ronaldo Oliveira.

13h05 - A polícia se prepara para hastear as bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro no Conjunto de Favelas do Alemão. As informações são do delegado Rodrigo Oliveira.

13h30 - Bandeira da Polícia Civil é hasteada no alto do teleférico do Morro do Alemão.

13h32 - Bandeira do Brasil é hasteada no alto do teleférico do Morro do Alemão.

13h45 - Comandante-geral da PM dá entrevista coletiva e é aplaudido no final.

13h47 - "Estamos virando uma página no Rio de Janeiro", disse o governador Sérgio Cabral. Afirmando estar emocionado com a ocupação do Alemão, ele agradece a todos os agentes envolvidos na megaoperação.

13h50 - A bandeira da Polícia Civil hasteada no alto do teleférico do Morro do Alemão será trocada por uma bandeira do Estado do Rio de Janeiro.

14h15 - Bandeira do Estado do Rio de Janeiro é hasteada ao lado da bandeira do Brasil no alto do teleférico do Alemão, ponto mais alto do conjunto de favelas

14h20 - Polícia apreende no Conjunto de Favelas do Alemão armas de até 2km de precisão de tiro, como metralhadoras com lunetas

15h04 - Zeu um dos assassinos de Tim Lopes que estava foragido se entregou a polícia.

Fonte: Portal G1
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Guerra no Rio já deixa pelo menos uma lição

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A OPERAÇÃO de guerra contra a bandidagem fluminense, realizada em conjunto pelas Forças de segurança federais e estaduais, já deixa uma lição importante que, espera- se, seja aprendida e colocada em prática de uma vez por todas no Brasil: a necessidade de haver um entendimento fraternal entre parlamentares, presidente da República, governadores e prefeitos – sejam eles de quais partidos forem – ao menos em questões básicas que envolvam aspectos fundamentais da condição humana. A segurança é apenas um deles.

Há anos, na Zona Norte do Rio, o Complexo da Penha era dominado pela bandidagem, e tido como um território praticamente impossível de ser retomado pelo poder público.

Pois bem: em um dia de operação, a região foi devolvida à população.

Mágica? Não. Trabalho em conjunto. Sim, há males que vêm para o bem. O terror e o pânico que deram origem a toda essa lamentável situação no Rio devem servir de lição aos novos governadores, parlamentares e à presidente eleita, que tomam posse em 1º de janeiro, para que, a partir de então, o Brasil extirpe definitivamente de sua política o nefasto hábito de integrantes de partidos opostos não se unirem e não se ajudarem em prol do bem comum.

Se o Brasil realmente deseja tornar-se uma nação desenvolvida, é necessário que suas autoridades, de forma geral, passem a atuar efetivamente neste sentido. É preciso que governadores não queiram saber a sigla à qual pertencem os prefeitos que lhe batem à porta solicitando verbas, e que a presidente ignore se o governador ou parlamentar que lhe pede ajuda é ou não da base aliada.

As ações coordenadas no Rio entre as polícias estadual e federal, as Forças Armadas e os membros dos Executivos são uma grande lição e um grande exemplo de como a união não só faz a força como também é a única saída para problemas que há décadas permanecem sem solução no país.

Saúde, educação, cultura, meio ambiente e diversos outros setores inerentes à cidadania aguardam ansiosamente que a bela experiência de cooperação política vista no Rio se torne regra, e não mais uma exceção.

Fonte: JB On Line
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Vitória no Alemão !!!

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Primeira incursão no conjunto de favelas resultou na conquista de importantes pontos, criminosos ao notarem a sua desvantagem frente ao Estado abandonaram suas armas e correram.

Traficantes desistiram do confronto e fugiram para o interior da favela, a espectativa agora é que com uma operação extensa de busca e identificação o Estado efetue a captura destes fugitivos, pois o perimetro encontra-se cercado por tropas mistas e não vai dar oportunidade de fuga a estes bandidos.

Era esperado que os traficantes "tremessem na base" ao ver tamanho poderio mobilizado para o combate, somando a declaração de últimato, onde foi deixado claro que não haveria qualquer garantia aos criminosos que insistissem no embate. O prazo de rendição se expirou, mas a policia ainda espera a rendição de diversos criminosos.

Ainda há focos de resistência e tiroteios, mas é esperado que essa resistência seja dizimada rapidamente.

Parabéns as forças de segurança e a todos estes heróis anônimos que não cederam e partiram para cima destes bandidos.

Em breve o GeoPolítica Brasil irá dar prosseguimento á série "Heróis Anônimos" que começou com a entrevista dia 09/11 com o Capitão Blaz do BOPE. Clique aqui e leia esta entrevista exclusiva. Nessa série iremos conhecer as principais tropas da polícia do Rio de Janeiro, Bombeiros, Polícia Federal e tropas Militares empregadas nesta operação histórica, aguardem.

Angelo D. Nicolaci
GeoPolítica Brasil
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Inicia invasão do Complexo do Alemão.

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O Estado esta iniciando neste momento a invasão do Complexo do Alemão. Começa uma verdadeira operação de guerra contra os traficantes sitiados no conjunto de favelas.

A operação conjunta da PMERJ, Polícia Civil, Exército e Fuzileiros Navais, conta com apoio dos blindados da Marinha e cobertura aérea por helicópteros da policia. O clima é muito tenso e o tiroteio é intenso, com voos rasantes do helicóptero blindado da polícia.

Vários blindados estão entrando neste momento por diversos pontos, as forças de segurança estão dando o principal passo para retomar a comunidade das mãos do tráfico.


Tropas estão concentradas no Batalhão de Olaria e embarcam nos blindados. O BOPE esta pronto para a ação.

O exército mantém a zona de conflito cercada e o controle de entrada e saída, onde todo veículo e pessoas são revistados e tem sua identificação verificada afim de coibir a fuga de traficantes

Em breve estaremos a caminho da zona de conflito para trazer a você leitor notícias direto do front desta batalha tão importante desta guerra contra o "terror" e o narcotráfico no Rio de Janeiro.

Angelo D. Nicolaci
GeoPolítica Brasil
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Alemanha afirma que "não pode ajudar a salvar" mais países da UE

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O ministro da Economia alemão, Rainer Brüderle, afirma que os casos da Grécia e Irlanda são "o limite" para a Alemanha, que "o país não pode ajudar a salvar nenhum outra nação" em caso de emergência, como disse em entrevista publicada pelo jornal "Bild am Sonntag".

Brüderle esclarece que a rápida decisão no caso da Irlanda "era necessária para evitar o risco de contágio".

Na entrevista, o ministro germânico rejeita as especulações sobre um efeito dominó em outros possíveis países da União Europeia (UE) e concretamente ressalta que "Espanha e Portugal fazem todo o possível para controlar seu Orçamento".

O ministro de Economia alemão nega qualquer ideia de retornar ao uso das antigas moedas nacionais.

"Seria fatal, as consequências de deixar o euro seriam para a economia alemã um desastre: descenso da economia e da riqueza, desemprego ...", garante Brüderle.

O político, das fileiras do Partido Liberal (FDP), declara que "só porque existe um problema não podemos abandonar um projeto de sucesso como o euro".

Brüderle atribui parte da responsabilidade da crise atual do euro ao anterior chanceler, o social-democrata Gerhard Schröder (1998-2005), ao que acusa junto à França de ter "apressado" o Pacto de Crescimento e Estabilidade.

No entanto, o ministro alemão se mostra "otimista" e acredita que a "Europa alcançou sempre com a crise e os conflitos novas estruturas que acabaram por torná-la mais forte do que antes".

Fonte: EFE
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Usina nuclear de Bushehr já está em funcionamento, diz autoridade do Irã

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O reator da usina nuclear iraniana de Bushehr, situada no litoral do Golfo Pérsico, entrou em funcionamento neste sábado, após anos de atrasos, anunciou o diretor do organismo de energia atômica do país, Ali Akbar Salehi.

"Já foram instaladas todas as barras de combustível e a cúpula do reator foi fechada.

Agora só falta esperar a água do núcleo aquecer pouco a pouco", explicou Salehi, citado pela imprensa oficial.

"Uma vez concluído esse processo esperamos que a central comece a produzir energia elétrica e, assim, possamos conectá-la à rede nacional em até dois meses", acrescentou.

Teerã começou a construir a usina nuclear de Bushehr na década 70 com ajuda alemã, um projeto que foi interrompido pelo triunfo da Revolução Islâmica que em 1979 depôs o último Xá de Pérsia, Mohammed Reza Pahlevi.

Os trabalhos, que concluíram neste semestre após uma série de complicações, haviam sido retomados há dez anos com a colaboração da Rússia.

As autoridades nucleares iranianas anunciaram em 21 de agosto que já haviam começado os trabalhos de alimentação da planta e que esta estaria pronta para conectar-se à rede elétrica entre outubro e novembro.

No mês passado, no entanto, o próprio Salehi, deu a entender que a conexão elétrica seria atrasada e talvez não fosse possível colocá-la em atividade até o início de 2011.

Alguns órgãos de imprensa levantaram a possibilidade de que o atraso estivesse relacionado ao ataque informático em escala industrial sofrido pelo Irã em setembro por meio do vírus "Stuxnet".

As autoridades iranianas admitiram que milhares de direções de IP foram afetadas, mas Salehi reafirmou nesta semana que o vírus não contaminou o sistema de Bushehr.

Boa parte da comunidade internacional - com os Estados Unidos e Israel à frente -, acusa o Irã de esconder, sob seu programa nuclear civil, outro de caráter clandestino e objetivos militares para conseguir arsenal atômico, uma alegação que Teerã nega.

A negociação foi rompida em novembro de 2009 depois de o regime iraniano desprezar uma proposta de Washington, Moscou e Londres para trocar seu urânio a 3,5% por combustível nuclear enriquecido a 20% para o seu reator de pesquisa.

Em fevereiro deste ano, o Irã ignorou as advertências da comunidade internacional e começou a enriquecer urânio a 20%, o que levou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas impor novas sanções.

Um mês antes, Irã, Brasil e Turquia selaram um documento conjunto no qual recuperavam essa troca, embora em outras condições, acordo que Teerã deseja agora quer que se transforme em um dos pilares da negociação.

Além disso, Irã pretende que o diálogo seja ampliado em questões que considera "chave" do cenário internacional como terrorismo, narcotráfico, crise regional, segurança energética e a polêmica das armas de destruição em massa, ao que se opõem as grandes potências.

Está previsto que a negociação entre Irã e o denominado grupos 5+1 - integrado pelos países-membros do Conselho de Segurança da ONU mais Alemanha, se retome em 5 de dezembro, em uma capital europeia.

Fonte: EFE
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Colômbia: Santos pede a ex-paramilitares e guerrilheiros que evitem retomar armas

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O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pediu neste sábado a milhares de ex-militares e ex-guerrilheiros que se abstenham de retomar as armas, após uma decisão judicial que tornou sem efeito os benefícios jurídicos oferecidos pelo governo aos ex-combatentes desmobilizados.

"Sabemos que há uma quantidade de gente dizendo: ?o Estado falhou (com os desmobilizados), venham outra vez os bandos criminosos a delinquir. Não vão cometer este erro", disse Santos em ato de governo em Cartagena (norte, costa do Caribe).

O governo calcula que 30.000 ex-combatentes, entre os quais 19.000 ex-paramilitares de extrema direita, têm "dúvidas" sobre seu futuro após uma decisão recente da Corte Constitucional que tornou sem efeito os benefícios jurídicos oferecidos pelas autoridades para facilitar sua desmobilização.

"A mensagem que quero dar aos pouco mais de 30.000 colombianos que estão em dúvida porque estão em um limbo jurídico, é que não se preocupem. O governo vai cumprir (seus compromissos) com eles. O Estado lhes fez uma promessa e eu me comprometo que vai ser cumprida", enfatizou Santos.

O presidente disse ter dado instruções ao ministro do Interior e de Justiça, Germán Vargas, para que convoque ao Conselho Superior de Política Criminal e dialogue com o Congresso a fim de procurar soluções.

A decisão, emitida na última terça-feira, gerou inquietação na Missão da Organização de Estados Americanos (OEA), que apóia os esforços de paz na Colômbia, diante da possibilidade de que os ex-combatentes voltem à ilegalidade.

A Corte determinou que o chamado 'benefício de oportunidade', que permitia aos desmobilizados a reinserção à sociedade sem serem processados por integrar os grupos armados, desde que não fossem acusados de crimes contra a humanidade, viola os princípios de verdade, justiça e reparação das vítimas.

A decisão afeta milhares de ex-paramilitares desmobilizados coletivamente desde 2005, sob o governo do ex-presidente Alvaro Uribe (2002-2010). Deu-se no contexto de uma crescente onda de crimes urbanos e rurais, devido às ações atribuídas a bandos de narcotraficantes, integrados em parte por ex-paramilitares não contemplados pelo plano de Uribe.

Fonte: AFP
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Pyongyang adverte sobre 'consequências imprevisíveis' de manobras conjuntas

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A Coreia do Norte afirmou neste sábado que "ninguém pode prever as consequências" da participação, no próximo domingo, de um porta-aviões americano nas manobras conjuntas com a Coreia do Sul no Mar Amarelo, indicou um comunicado divulgado pela agência oficial KCNA.

"Se os Estados Unidos trouxerem finalmente seu porta-aviões para o mar Ocidental (Mar Amarelo), ninguém pode prever as consequências", adverte o texto.

Pouco antes, o regime comunista prometeu "atacar sem piedade" em caso de violação de seu espaço soberano, principalmente no Mar Amarelo, onde há quatro dias operam os navios sul-coreanos e americanos, entre eles o porta-aviões "George Washington".

Pequim, principal aliado da Coreia do Norte, também declarou sua oposição à realização das manobras militares conjuntas, e alertou contra "qualquer ação militar não autorizada" ao longo de sua costa.

"Este exercício não é dirigido contra a China", respondeu um porta-voz do Pentágono. Estas operações "são de natureza defensiva e destinadas a reforçar a dissuasão contra a Coreia do Norte".

Na sexta-feira, a secretária de Estado americana Hillary Clinton conversou por telefone com seu par chinês, Yang Jiechi, para discutir a tensa situação na península coreana.

O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, também falou por telefone com Yang Jiechi neste sábado, para destacar "a necessidade de prevenir uma intensificação ainda maior da situação" e agir por vias que "aliviem as tensões" entre as duas Coreias, segundo comunicado do ministério russo.

Mais tarde, Yang Jiechi se comunicou também por telefone com o ministro de Relações Exteriores japonês, Seiji Maehara.

Um alto representante da chancelaria chinesa, Dai Bingguo, viajou este sábado a Seul para se reunir com o ministro sul-coreano das Relações Exteriores, Kim Sung-hwan, informou a agência estatal Nova China.

As manobras navais acontecem cinco dias depois do bombardeio da ilha sul-coreana de Yeonoyeong, no Mar Amarelo, pelos norte-coreanos.

O ataque, de magnitude sem precedentes desde a guerra de Coreia (1950-1953), deixou quatro mortos e mais de 20 feridos.

A Coreia do Sul prometeu vingar a morte de seus dois infantes da marinha, cujo funeral ocorreu neste sábado perto da capital Seul.

A cerimônia fúnebre, transmitida ao vivo pela televisão, contou com a presença de vários dirigentes políticos e militares.

"Nós com certeza vingaremos vossas mortes", declarou Yoo Nak-Joon, chefe do Estado Maior da Marinha, voltado para fotos dos dois marinheiros falecidos.

O novo ministro da Defesa sul-coreano, Kim Kwan-Jin, nomeado na sexta-feira, afirmou que é necessário "responder rápida e firmemente à atual situação de crise" com Pyongyang, "devolvendo os golpes multiplicados" em caso de ataque militar da Coreia do Norte, de acordo com uma entrevista publicada neste sábado pelo jornal conservador Chosun Ilbo.

Em uma concentração no centro de Seul, ex-combatentes sul-coreanos exigiram neste sábado uma resposta firme contra o regime de Pyongyang.

"Temos que nos unir e nos vingar", gritavam os ex-soldados da Marinha, que participaram da manifestação fardados.

Uma bandeira norte-coreana foi queimada, assim como retratos do líder Kim Jong-Il e de seu filho, Kim Jong-Un, que está sendo preparado para sucedê-lo.

A Coreia do Norte, por sua vez, disse neste sábado que "se for verdade" que civis sul-coreanos morreram nos bombardeios de terça-feira, seria "muito lamentável". No entanto, afirmou que as mortes são responsabilidade de Seul, que usa seus cidadãos como "escudos humanos".

De acordo com um comunicado divulgado pela KCNA, "Seul utiliza frequentemente em suas campanhas de propaganda as 'vítimas civis' para dramatizar, dando a impressão que os civis indefesos foram expostos a um 'bombardeio cego'".

"Se (a morte de civis) for verdade, é muito lamentável, mas o inimigo precisa ser responsabilizado pelo que aconteceu porque agiu de forma extremamente desumana ao utilizar 'escudos humanos'", acusou o regime norte-coreano.

Fonte: AFP
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