quinta-feira, 7 de outubro de 2010

FMI aumenta previsão de crescimento da América Latina e destaca Brasil


A América Latina saiu mais rápido que o previsto da crise e crescerá 5,7% este ano, um aumento de 0,9% em relação às previsões anteriores, afirma o Fundo Monetário Internacional (FMI), que descarta a participação do Brasil no processo.

A América Latina e a Ásia estão protagonizando de forma destacada a recuperação mundial. A primeira, em particular, está saindo da crise mundial com um ritmo mais acelerado que o previsto, explica o Fundo em seu relatório de previsões semestral.

Em julho, o FMI previu um crescimento de 4,8% para a América Latina.

A previsão para 2011 permanece em 4% para a região.

O FMI foi menos otimista nas previsões mundiais e reduziu para 4,2% (4,3% em abril) o prognóstico de crescimento do planeta para 2011, além de ter lembrado que a recuperação pode ser menos duradoura que o previsto.

Para 2010 a previsão é de 4,8%.

O Brasil é apontado pelo Fundo como parte do grupo de países da região com políticas macroeconômicas "impressionantes" nas últimas duas décadas, mas também com altas quase ininterruptas dos preços das matérias-primas.

Chile, Colômbia e Peru completam o grupo, com México e Uruguai seguindo de perto, enquanto a Venezuela é o destaque negativo, já que será o único país de toda a região incluindo o Haiti, que não crescerá este ano (-1,3%).

O Brasil crescerá 7,5% em 2010 e 4,1% em 2011, de acordo com as previsões semestrais do FMI.

O documento não poupa elogios à região, mas também recomenda aos países da região que reduzam de maneira gradual os pacotes de estímulo econômico.

Mesmo no caso de novos tropeços inesperados nos países ricos na difícil marcha para a recuperação, "o efeito potencialmente negativo será controlável, levando em consideração que a dependência do comércio externo (com estes países) é menor", explica o informe.

A América Latina continua dependendo das exportações de matérias-primas, mas a demanda "a princípio continuará sendo robusta".

Um certo perigo pode ser provocado pela profunda ligação do setor bancário latinoamericano com os dos países ricos, adverte o Fundo, mas ao mesmo tempo lembra que graças justamente ao crescimento vigoroso, os fundos das nações da região continuam sendo majoritariamente locais, o que significa um bom respaldo.

Mas também existe o risco de um superaquecimento, particularmente se a redução dos estímulos levar mais tempo que o necessário.

O FMI prevê para os Estados Unidos crescimentos de 2,6% este ano e de 2,3% em 2011 e na zona euro de 1,7% e 1,5% respectivamente.

Fonte:AFP
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