segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Dois membros do ETA dizem ter sido treinados na Venezula


Dois supostos membros de um comando da organização armada separatista basca ETA, detidos na semana passada, afirmaram, durante interrogatório, terem sido treinados na Venezuela em 2008, informou nesta segunda-feira a justiça espanhola.

Juan Carlos Besance Zugasti e Xavier Atristain Gorosabel indicaram no interrogatório ante a Guarda Civil que fizeram "cursinhos de formação" em julho e agosto de 2008 na Venezuela, segundo o auto judicial divulgado nesta segunda-feira.

O embaixador da Venezuela na Espanha, Isaías Rodríguez, declarou à Rádio Nacional da Espanha (RNE) que "o governo venezuelano não está vinculado de maneira alguma a nenhuma organização terrorista, e não está vinculado a nada que tenha a ver com o ETA", e manifestou sua "mais enérgica condenação do terrorismo em todas as suas formas".

Besance e Atristain, membros do comando "Imanol", criado em 2005, estiveram primeiro, sob a direção do chefe do ETA, Mikel Karrera Sarobe, ou "Ata" (detido em maio de 2010 na França), em "cursinhos de formação" na França para aprender a manejar armas e codificar dados na localidade de Luz-Saint-Sauveur (sudoeste).

Mais tarde ambos receberam instruções de Ata para continuar sua formação na Venezuela e entraram em contato com "duas pessoas identificadas como Arturo Cubillas Fontán e José Lorenzo Ayestarán Legorburu", segundo o auto do Ismael Moreno, juiz da Audiência Nacional, principal instância judicial espanhola.

Durante a prisão de Besance e Atristain na semana passada, no País Basco, a polícia encontrou 100 kg de explosivos, vários detonadores, uma arma e um veículo roubado.

A justiça espanhola suspeita há meses que a Venezuela sirva de esconderijo de membros do ETA.

Em março deste ano, um juiz espanhol ordenou a detenção de 12 membros do ETA e das Farc por suposta colaboração e tentativa de assassinato, na Espanha, de personalidades colombianas. A justiça assinalou, além disso, que a colaboração entre as duas organizações contou com "cooperação governamental" venezuelana.

Isso desatou um incidente diplomático e o governo do presidente de Hugo Chávez negou a colaboração.

Fonte: AFP
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