A Denel Dynamics está disputando um contrato naval de defesa aérea no Vietnã e oferece a nação do sudeste asiático o sistema de mísseis Umkhonto de curto alcance de defesa aérea, já instalados nas fragatas da Marinha Sul-Africana e seis navios de guerra finlandeses.
O Vice-presidente Kgalema Motlanthe, em visita a Hanói, disse: " A Denel Dynamics apresentou uma proposta para um contrato de fornecimento de seu sistema de mísseis terra-ar para a Marinha vietnamita. Acreditamos que o sistema Sul-Africano é superior a outros sistemas e que uma oferta bem sucedida iria abrir novas áreas de cooperação entre nossos dois países no domínio da defesa".
Não está claro em que embarcações os mísseis serão instalados. A marinha vietnamita opera duas novas fragatas da classe Gepard russa encomendadas neste ano, assim como mais cinco fragatas classe Petya. Além disso, também opera 15 corvetas da classe Pauk Tarantul, numerosas patrulhas e torpedeiros, caça-minas e seis submarinos da classe Kilo de ataque diesel-elétrico.
A Denel no mês passado apresentou as capacidades do sistema Umkhonto na edição da África Aerospace & Defence 2010 na Cidade do Cabo. "Com 45 anos de experiência em defesa aérea, estamos orgulhosos deste míssil versátil de classe mundial", disse Machiel Oberholzer, Gerente Executivo de Defesa Aérea na Denel Dynamics. O míssil mostrado - e provavelmente o ofertado ao Vietnã - é a versão Block 2 da arma, com maior desempenho comprovado no início deste ano durante os ensaios de fogo real com a Marinha finlandesa que opera o sistema a bordo de quatro barcos da classe Hamina e dois caça minas classe Hämeenmaa.
A marinha finlandesa lançou dois Umkhonto Block 2, e durante os dois disparos o teste foi bem-sucedido. Um Caça-Minas Finlandês e outras embarcações participantes do exercício fizeram seu caminho para o teste através do gelo do inverno e depois de assumir as suas respectivas posições, e após verificações de sistemas e de segurança foram cumpridos, um drone Banshee (Alvo Teleguiado) foi lançado a partir de terra. "Para o lançamento deste primeiro alvo extremamente pequeno foi utilizado os sistemas de sensores de rastreamento do navio", segundo a Denel em um comunicado. "Depois de uma corrida curta confirmaram que todos os sistemas estavam funcionando, Umkhonto prontamente destruiu o alvo com um ataque direto. O segundo teste utilizou os sensores de rastreamento de um navio diferente para rastrear o alvo. Novamente o Umkhonto conseguiu um acerto direto confirmando a capacidade única desse míssil”.
O Umkhonto também esta em serviço a bordo de quatro fragatas da classe Valour da Marinha Sul-Africana. O Almirante Johnny Kamerman, diretor de projeto da fragata em uma conferência de imprensa em 2006, disse que o desenvolvimento do sistema começou em 1993. A África do Sul decidiu desenvolver seu próprio sistema, mesmo depois que as sanções para aquisição de sistemas high-end, como o Aegis americano foram suspensas, até pelo fato deste sistema possuir um custo exorbitante, “não poderíamos arcar com os lançadores, e muito menos os mísseis", explicou Kamerman - e os sistemas como os mísseis lançados do ombro foram "um desperdício de tempo".
Testes baseados em terra terminaram em Julho de 2005, quando o sistema foi julgado qualificado para uso em terra. O teste envolveu interceptar um drone Skua em vários perfis de voo, incluindo os de baixíssima altitude e em manobras evasivas. Os testes culminaram com o Skua sendo destruído com uma "ogiva padrão", disse Kamerman.
Em maio de 2008 Oberholzer disse que o caminho de desenvolvimento do Umkhonto incluiu uma vasta gama de variantes do IR, bem como uma versão all-weather, guiados por radar e uma versão ER. Como dito acima, o atual Umkhonto guiado por IR tem um alcance de 12 km. Oberholzer disse que este alcance esta sendo ampliado, como parte de um projeto de melhoria do produto. Uma versão de alcance estendido infravermelho esta sendo desenvolvida e irá possuir alcance de até 22 quilômetros. A versão de radar, apelidado de AWSAM – versão All-Weather - que pode ter alcance de 20 km, enquanto uma versão de maior alcance será equipada com um foguete (AWSAM-E) - que superou os 30 km, aumentado suas capacidades. Ele acrescentou que a vantagem de uma família de mísseis é que "você pode ter uma combinação de mísseis em um único sistema de lançamento para enfrentar de forma mais adequada à ameaça. Os mísseis guiados por IR são mais baratos que os guiados por radar, sendo você não precisará usar um míssil caro para derrubar um alvo fácil. "
A Denel Dynamics está buscando parceiros para o financiamento de futuras configurações avançadas do Umkhonto. "Vai ser idealmente um programa como o A-Darter", a empresa recebeu R$1 bilhão em investimentos para o desenvolvimento conjunto do IR 5 de curto alcance para mísseis ar-ar sendo desenvolvido com o Brasil. Mas ele também questiona o fato de que o Umkhonto IR não é um sistema All-Weather. “Vale ressaltar que o fato de que as Marinhas Sul-africanas e finlandesas selecionaram o Umkhonto depois de profundos estudos - apesar de as condições climáticas típicas da Marinha. O sistema esta amparado na capacidade dos avançados radares 3D instalado em um navio ou no ponto de lançamento, com isso o míssil é guiado por Datalink até a proximidade do alvo, onde só então é acionado o sistema de direcionamento IR do míssil, com isso superando as contramedidas do alvo e aumentando o seu índice de acerto. Quanto mais preciso for o radar 3D, melhor é o desempenho do sistema em condição climática adversa, pois o IR só é usado na fase final do vôo, apenas como um último recurso para garantir a precisão. O melhor radar, o melhor míssil, uma combinação letal para qualquer adversário no campo de batalha. Por isso a Denel vê claramente a necessidade de aperfeiçoar a variante de míssil All-Weather guiado por radar como previsto a princípio.
O sistema Umkhonto é realmente um sistema revolucionário, de baixo custo e uma alternativa muito atraente no mercado, seja por sua simplicidade e baixo custo ou principalmente por suas características únicas de desempenho.
Tradução e Adaptação: Angelo D. Nicolaci
Fonte: Defense & Professional
O Vice-presidente Kgalema Motlanthe, em visita a Hanói, disse: " A Denel Dynamics apresentou uma proposta para um contrato de fornecimento de seu sistema de mísseis terra-ar para a Marinha vietnamita. Acreditamos que o sistema Sul-Africano é superior a outros sistemas e que uma oferta bem sucedida iria abrir novas áreas de cooperação entre nossos dois países no domínio da defesa".
Não está claro em que embarcações os mísseis serão instalados. A marinha vietnamita opera duas novas fragatas da classe Gepard russa encomendadas neste ano, assim como mais cinco fragatas classe Petya. Além disso, também opera 15 corvetas da classe Pauk Tarantul, numerosas patrulhas e torpedeiros, caça-minas e seis submarinos da classe Kilo de ataque diesel-elétrico.
A Denel no mês passado apresentou as capacidades do sistema Umkhonto na edição da África Aerospace & Defence 2010 na Cidade do Cabo. "Com 45 anos de experiência em defesa aérea, estamos orgulhosos deste míssil versátil de classe mundial", disse Machiel Oberholzer, Gerente Executivo de Defesa Aérea na Denel Dynamics. O míssil mostrado - e provavelmente o ofertado ao Vietnã - é a versão Block 2 da arma, com maior desempenho comprovado no início deste ano durante os ensaios de fogo real com a Marinha finlandesa que opera o sistema a bordo de quatro barcos da classe Hamina e dois caça minas classe Hämeenmaa.
A marinha finlandesa lançou dois Umkhonto Block 2, e durante os dois disparos o teste foi bem-sucedido. Um Caça-Minas Finlandês e outras embarcações participantes do exercício fizeram seu caminho para o teste através do gelo do inverno e depois de assumir as suas respectivas posições, e após verificações de sistemas e de segurança foram cumpridos, um drone Banshee (Alvo Teleguiado) foi lançado a partir de terra. "Para o lançamento deste primeiro alvo extremamente pequeno foi utilizado os sistemas de sensores de rastreamento do navio", segundo a Denel em um comunicado. "Depois de uma corrida curta confirmaram que todos os sistemas estavam funcionando, Umkhonto prontamente destruiu o alvo com um ataque direto. O segundo teste utilizou os sensores de rastreamento de um navio diferente para rastrear o alvo. Novamente o Umkhonto conseguiu um acerto direto confirmando a capacidade única desse míssil”.
O Umkhonto também esta em serviço a bordo de quatro fragatas da classe Valour da Marinha Sul-Africana. O Almirante Johnny Kamerman, diretor de projeto da fragata em uma conferência de imprensa em 2006, disse que o desenvolvimento do sistema começou em 1993. A África do Sul decidiu desenvolver seu próprio sistema, mesmo depois que as sanções para aquisição de sistemas high-end, como o Aegis americano foram suspensas, até pelo fato deste sistema possuir um custo exorbitante, “não poderíamos arcar com os lançadores, e muito menos os mísseis", explicou Kamerman - e os sistemas como os mísseis lançados do ombro foram "um desperdício de tempo".
Testes baseados em terra terminaram em Julho de 2005, quando o sistema foi julgado qualificado para uso em terra. O teste envolveu interceptar um drone Skua em vários perfis de voo, incluindo os de baixíssima altitude e em manobras evasivas. Os testes culminaram com o Skua sendo destruído com uma "ogiva padrão", disse Kamerman.
Em maio de 2008 Oberholzer disse que o caminho de desenvolvimento do Umkhonto incluiu uma vasta gama de variantes do IR, bem como uma versão all-weather, guiados por radar e uma versão ER. Como dito acima, o atual Umkhonto guiado por IR tem um alcance de 12 km. Oberholzer disse que este alcance esta sendo ampliado, como parte de um projeto de melhoria do produto. Uma versão de alcance estendido infravermelho esta sendo desenvolvida e irá possuir alcance de até 22 quilômetros. A versão de radar, apelidado de AWSAM – versão All-Weather - que pode ter alcance de 20 km, enquanto uma versão de maior alcance será equipada com um foguete (AWSAM-E) - que superou os 30 km, aumentado suas capacidades. Ele acrescentou que a vantagem de uma família de mísseis é que "você pode ter uma combinação de mísseis em um único sistema de lançamento para enfrentar de forma mais adequada à ameaça. Os mísseis guiados por IR são mais baratos que os guiados por radar, sendo você não precisará usar um míssil caro para derrubar um alvo fácil. "
A Denel Dynamics está buscando parceiros para o financiamento de futuras configurações avançadas do Umkhonto. "Vai ser idealmente um programa como o A-Darter", a empresa recebeu R$1 bilhão em investimentos para o desenvolvimento conjunto do IR 5 de curto alcance para mísseis ar-ar sendo desenvolvido com o Brasil. Mas ele também questiona o fato de que o Umkhonto IR não é um sistema All-Weather. “Vale ressaltar que o fato de que as Marinhas Sul-africanas e finlandesas selecionaram o Umkhonto depois de profundos estudos - apesar de as condições climáticas típicas da Marinha. O sistema esta amparado na capacidade dos avançados radares 3D instalado em um navio ou no ponto de lançamento, com isso o míssil é guiado por Datalink até a proximidade do alvo, onde só então é acionado o sistema de direcionamento IR do míssil, com isso superando as contramedidas do alvo e aumentando o seu índice de acerto. Quanto mais preciso for o radar 3D, melhor é o desempenho do sistema em condição climática adversa, pois o IR só é usado na fase final do vôo, apenas como um último recurso para garantir a precisão. O melhor radar, o melhor míssil, uma combinação letal para qualquer adversário no campo de batalha. Por isso a Denel vê claramente a necessidade de aperfeiçoar a variante de míssil All-Weather guiado por radar como previsto a princípio.
O sistema Umkhonto é realmente um sistema revolucionário, de baixo custo e uma alternativa muito atraente no mercado, seja por sua simplicidade e baixo custo ou principalmente por suas características únicas de desempenho.
Tradução e Adaptação: Angelo D. Nicolaci
Fonte: Defense & Professional
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