quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Rússia e Otan estreitam relações em reunião em Nova York


Os ministros de Relações Exteriores dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da Rússia se reuniram hoje em Nova York para concretizar a cooperação em assuntos como o Afeganistão e a defesa antimísseis, em uma reunião que o secretário-geral da organização, Anders Fogh Rasmussen, qualificou de "muito positiva".

"O espírito geral da reunião foi muito positivo e é o reflexo do progresso substancial que alcançamos em nossas relações durante os últimos 12 meses", declarou Rasmussen em entrevista coletiva em Nova York após o encontro.

A Otan e a Rússia retomaram sua cooperação em dezembro do ano passado, após mais de um ano de interrupção como consequência do conflito entre Moscou e Geórgia em agosto de 2008.

Rasmussen admitiu que ainda há "diferenças fundamentais" em assuntos referentes à Geórgia e à Moldávia, mas que "todos os ministros expressaram seu claro desejo de tomar medidas concretas e substanciais para levar a cooperação entre a Rússia e a Otan adiante".

O secretário-geral explicou que os três assuntos tratados na reunião de hoje foram a cooperação no Afeganistão, a defesa antimísseis dentro da Europa, e a organização de uma cúpula Otan-Rússia durante este mês.

No que se refere à cooperação entre a Otan e a Rússia para o controle de armas convencionais na Europa, Rasmussen afirmou que estão ocorrendo diálogos em Viena e que essas conversas devem progredir este ano.

Embora o secretário-geral da Otan tenha se mostrado cético sobre uma possível conclusão destas conversas até novembro, quando será realizada a próxima cúpula da Otan em Lisboa, Rasmussen disse que "com sorte" será possível chegar a um acordo "sobre o controle de armas convencionais".

Rasmussen ressaltou que ainda não foi feito um pedido à Rússia a respeito da cooperação sobre a defesa antimísseis, mas insistiu que já foram realizadas duas reuniões sobre o assunto e que este mês haverá mais uma para discutir esta e outras questões.

"A cooperação entre a Otan e a Rússia para tratar dos desafios de hoje não é só uma grande oportunidade para construir melhores relações com esse país, mas se transformou em uma necessidade se quisermos ser soldados na defesa de nossos próprios países", destacou Rasmussen.


Fonte: EFE
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