sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Liga Árabe rejeita reconhecer Israel como 'Estado judeu'


Os ministros árabes de Relações Exteriores afirmaram sua rejeição em reconhecer Israel como um "Estado judeu", em uma resolução aprovada na madrugada de quinta para sexta-feira, no fim de sua reunião na sede da Liga Árabe no Cairo.

"O Conselho de Ministros da Liga Árabe afirma que rejeita os pedidos israelenses aos palestinos de reconhecer Israel como um Estado judeu", afirma o texto da resolução.

No início da semana, funcionários israelenses indicaram que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sustentará, durante as negociações com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, que os palestinos devem reconhecer Israel como Estado-nação do povo judeu.

Os ministros árabes pedem, por outro lado, "ao governo americano pressionar Israel para que congele totalmente a colonização dos territórios palestinos, inclusive Jerusalém".

O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Musa, advertiu em coletiva de imprensa no fim da reunião ministerial que "não haverá negociações" caso não seja prolongado o congelamento da colonização.

"É nossa posição e a do presidente (palestino), Mahmoud Abbas", completou.

Musa pediu na quinta-feira que seja "dada uma chance" às negociações de paz entre Israel e Palestina, apesar das dúvidas sobre seus resultados.

"Mas a essência da política israelense mantém-se inalterada, e apesar das dúvidas de alguns sobre os objetivos dessas organizações, tomamos a decisão acertada de dar a eles uma oportunidade", disse.

As negociações diretas entre israelenses e palestinos, suspensas desde o fim de 2008, foram retomadas em 2 de setembro passado em Washington entre o primeiro-ministro Netanyahu e o presidente Abbas.

As tratativas foram retomadas na terça-feira em Sharm El Skeikh (Egito) e continuaram na quarta-feira em Jersualém, na presença da secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

As discussões tripartites não permitiram diminuir as divergências sobre uma ampliação da moratória sobre o congelamento da colonização judaica na Cisjordânia, que expira em 26 de setembro.

Fonte: AFP
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