segunda-feira, 13 de setembro de 2010

EUA vivem "islamofobia" superior à do 11 de Setembro, diz imã


Os níveis da "islamofobia" nos Estados Unidos "talvez superem à do período imediatamente depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001", disse hoje o imã Feisal Abdul Rauf.

Rauf, diretor do projeto para a construção de um centro islâmico a poucas quadras do local onde ficava o World Trade Center, fez estas declarações no programa "This Week", da emissora de TV "ABC".

"Há uma crescente islamofobia neste país. Os muçulmanos americanos são tratados como se não fossem americanos, mas somos médicos, banqueiros, motoristas de táxis, fazemos parte da nação", afirmou.

"O campo de batalha não é entre o Islã e o Ocidente, o campo de batalha é entre os moderados de todas as religiões no mundo todo e os radicais em todos os países", disse Rauf.

O ímã afirmou ainda que se Terry Jones, chefe de uma seita cristã em Gainesville (Flórida), tivesse levado adiante seu plano de queimar em uma fogueira exemplares do Corão, "teria acontecido um desastre no mundo muçulmano".

Jones voltou atrás e suspendeu o protesto alegando que seria parte de um acordo para que Rauf e seus associados transferissem o projeto do centro islâmico a outro lugar.

"Como é possível comparar as duas coisas?", perguntou hoje Rauf, que negou que haja tal acordo.

"Como é possível comparar a profanação de escrituras sagradas para qualquer pessoa com um esforço para construir a paz e o entendimento entre as religiões?", questionou.

"Os radicais e extremistas assumiram o controle da conversa sobre as relações entre os diferentes credos religiosos. Os radicais dos dois lados, os radicais nos Estados Unidos e os radicais no mundo muçulmano. Eles se nutrem reciprocamente", acrescentou Rauf.

O imã reiterou ainda que se tomasse a decisão de construir o centro islâmico em alguma outra parte de Nova York, como concessão aos protestos, o "mundo muçulmano diria que o Islã está sob ataque nos Estados Unidos".

"Isto fortalecerá os radicais no mundo muçulmano e lhes ajudará a recrutar militantes", continuou.

Rauf indicou que toda a controvérsia que cerca agora o projeto do centro islâmico responde a interesses políticos.

"Este projeto foi comentado em artigo na primeira página do 'New York Times' em dezembro passado. Mas desde maio certos políticos, por razões políticas, decidiram que este projeto poderia ser útil para suas ambições e espalharam a controvérsia", concluiu.

Fonte: EFE

Nota do Blog: O extremismo e a intolerância em ambas as partes, principalmente no ocidente, tende a levar o mundo civilizado a uma nova era de cruzadas e perseguições religiosas.

O preconceito e o desrespeito a cultura e a religião são os principais legados do 11/09, quando ficou marcado o choque de civilizações entre o mundo ocidental e o Islã. Uma verdade que soa muito surreal para um mundo globalizado dito moderno e civilizado, que ao longo dos séculos parecia ter aprendido tolerar as diferenças, hoje caminha para o extremismo de ambas as partes, predominando este fenômeno nos EUA e Europa, onde temos visto uma escalada na perseguição ao povo mulçumano, seja pelo desrespeito a seu livro sagrado, ou seja pela proibição de trajes da cultura islãmica, além disso há ainda a miopia ocidental que confunde a cultura do Islã á pratica terrorista.

Sigo o cristianismo, mas respeito o povo mulçumano e sua cultura, pois a fé e a religião são bens individuais, é direito de cada ser humano cultivar a fé que lhe convir, pois Deus,Jeová,Alah,Javé ou como preferir chamar, nos deu livre arbítrio e não fundou esta ou aquela religião, mas sim nos deu exemplos a seguir. Nos deixou como princípio o amor em suas variadas formas.

Bom não vou adentrar neste campo delicado e complexo, afinal cada um possui suas faculdades mentais e fórum intimo a este respeito.
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