Obama se reúne com Ahmadinejad se Irã cumprir condições

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "está preparado" para se reunir com o iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, se o Irã cumprir "certas condições", como retomar conversas sobre seu programa nuclear com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), disse neste sábado o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, James Jones, em entrevista à rede CNN.

Jones ressaltou que o diálogo sobre os planos nucleares do Irã têm que ser discutido no marco do grupo G5+1 (os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU: China, EUA, França, Reino Unido e Rússia, mais a Alemanha), mas que se o Irã reassumir seus compromissos internacionais, Obama "está preparado" para se reunir com Ahmadinejad.

"Se os iranianos estão de acordo em retomar as conversas a porta está aberta para um diálogo aberto e transparente", acrescentou.

Outra das condições que apontou Jones seria a libertação dos três excursionistas americanos que levam mais de um ano detidos no Irã, acusados de espionagem.

"Sua libertação seria o início de uma melhora das relações", disse Jones, que reiterou que o governo americano deixou claro que os detidos -- Sarah Shourd (30 anos), Shane Bauer (27 anos) e Josh Fattal (27 anos) -- não têm nada a ver com os serviços de inteligência americanos.

No último dia 2, Ahmadinejad, propôs um diálogo cara a cara e de homem para homem com Obama, para falar de questões mundiais. O convite chega um dia depois do Pentágono revelar que os EUA têm planos para atacar o Irã, caso outras medidas fracassem em evitar que o país construa armas nucleares.

Durante um discurso difundido pela televisão estatal, Ahmadinejad afirmou que poderia aproveitar sua viagem à Nova York, nos Estados Unidos, para a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro.

"Estou disposto a sentar com Obama, cara a cara, de homem para homem, para falar livremente sobre questões mundiais, ante os meios de comunicação, para encontrar uma melhor solução", afirmou Ahmadinejad, que não citou os planos americanos de ataque.

Fonte: EFE