quarta-feira, 18 de agosto de 2010
EUA pretendem atenuar restrições de viagens a Cuba, diz assessor
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GBN News
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O governo Obama se prepara para atenuar as restrições de viagens a Cuba para alguns norte-americanos, mas sem suspender o embargo comercial e a proibição do turismo dos Estados Unidos para a ilha, disse um assessor parlamentar nesta terça-feira.
Com pequenas medidas, determinados grupos de norte-americanos voltariam a ter a ilha comunista como parte de seus intercâmbios acadêmicos, culturais ou religiosos, como ocorria durante o governo de Bill Clinton, disse essa fonte à Reuters, pedindo anonimato.
Os funcionários estão tentando concluir as novas regras para que possam ser anunciadas ainda durante o recesso do Congresso, que vai até meados de setembro, e bem antes das eleições parlamentares, em 2 de novembro.
Alguns parlamentares norte-americanos de origem cubana se opõem terminantemente à melhoria das relações com o regime comunista, ao qual os EUA impõem um embargo econômico que já dura quase 50 anos.
Mas outros parlamentares, como o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, John Kerry, querem que os EUA se abram mais a Cuba. Vários projetos que tramitam no Congresso promovem o comércio e as viagens à ilha.
Restrições a remessas financeiras também podem ser atenuadas, facilitando doações para organizações comunitárias ou religiosas cubanas, segundo a fonte parlamentar.
A motivação das sanções dos EUA à ilha é estimular sua redemocratização, mas críticos dizem que esse objetivo nunca foi cumprido nestes quase 50 anos.
O presidente Barack Obama tomou posse no ano passado prometendo "remodelar" as relações com Cuba, e logo revogou restrições a viagens de reunificação familiar e remessas financeiras de cubano-americanos a parentes seus na ilha.
Partidários de uma melhoria nas relações bilaterais esperam que o governo Obama vá além, especialmente depois de Cuba ter decidido libertar 52 presos políticos.
"Haverá uma enorme ênfase nas viagens pessoa a pessoa. Esse é todo o mantra (do governo Obama)", disse Sarah Stephens, diretora-executiva do Centro para a Democracia nas Américas, uma ONG de Washington que é contra as sanções a Cuba.
Ela lembrou que Cuba pretende prospectar petróleo na sua costa do golfo do México, e que as empresas dos EUA ficarão de fora caso depósitos sejam encontrados e o embargo não seja suspenso.
Bill Burton, porta-voz da Casa Branca, disse que não há nenhuma novidade na política relacionada a Cuba, mas que "o presidente vai continuar fazendo coisas que sejam do melhor interesse dos Estados Unidos e que ajudem as pessoas a criarem um ambiente mais democrático e ampliarem as liberdades para o povo cubano."
Nas mudanças a serem anunciadas, segundo o assessor parlamentar, a lei que proíbe viagens de norte-americanos a Cuba não seria revogada, mas seriam abertas mais exceções, analisadas caso a caso pelo Departamento do Tesouro.
Isso já acontecia no governo do democrata Bill Clinton, e deixou de ocorrer durante os dois mandatos do republicano George W. Bush.
Fonte: Reuters
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