domingo, 4 de julho de 2010

EUA e Polônia fecham acordo sobre escudo antimísseis


Estados Unidos e Polônia assinaram neste sábado um protocolo que concretiza o consentimento da Polônia para instalar em seu território um componente do futuro escudo antimísseis americano na Europa.

O documento, assinado em Cracóvia (sul) entre a secretária de Estado Hillary Clinton e seu colega polonês Radoslaw Sikorski, emenda o acordo sobre o escudo antimísseis americano assinado em Washington em agosto de 2008, para adaptá-lo ao projeto modificado pela administração de Barack Obama.

O dispositivo posicionado em uma base polonesa "ajudará a proteger o povo polonês e a todos na Europa, nossos aliados e os outros, da ameaça (...) representada pelo Irã", afirmou Hillary Clinton.

Os Estados Unidos abandonaram em setembro de 2009 o projeto inicial de escudo antimísseis na Europa Central, que previa instalar um poderoso radar na República Tcheca associado a dez interceptadores de mísseis balísticos de longo alcance na Polônia por um custo de 1,6 bilhão de dólares.

O projeto elaborado durante a administração de George W. Bush irritou a Rússia, que julgou sua segurança ameaçada.

O novo plano já não está elaborado para derrubar mísseis de longo alcance e sim de média e curta trajetória, depois de uma reavaliação da ameaça balística iraniana. Moscou recebeu positivamente o novo enfoque.

A Polônia prefere a nova versão do projeto, argumentou Sikorski: "Está fundado numa tecnologia existente, o que aumenta a probabilidade de que seja realista e eficaz".

Hillary Clinton recordou, por sua parte, que convidou a Rússia a participar neste esforço "puramente defensivo" e que esta oferta continua de pé.

Mas a Rússia não está convencida. Em fevereiro, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Nikolai Makarov, afirmou que o escudo antimísseis "visa à Rússia".

Makarov fez estas declarações depois da aprovação do presidente Dimitri Medvedev a uma nova doutrina militar que situação a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na liderança das ameaças que pesam sobre a segurança de seu país.

Em um comunicado conjunto publicado depois da coletiva de imprensa, Estados Unidos e Polônia precisaram que o acordo assinado neste sábado é "o primeiro acordo que coloca em andamento a mobilização por fase de mísseis antimísseis americanos SM-3".

A data geralmente evocada para a mobilização na Polônia é 2018. Mas Hillary, interrogada a respeito, não evocou uma data precisa e se contentou em afirmar que o compromisso de mobilizar os mísseis será mantido.

O secretário americano da Defesa, Robert Gates, havia afirmado em 17 de junho que o Irã era capaz de lançar um ataque contra a Europa utilizando "dezenas e, inclusive, centena de mísseis".

Seu colega iraniano, Ahmad Vahidi, respondeu no dia seguinte que os mísseis iranianos são apenas para a defesa do Irã contra uma eventual agressão e que não ameaçam nenhum país.

Os Estados Unidos investiram muito na investigação, o desenvolvimento e a colocação em funcionamento de sistemas para blindar seu território, em especial contra mísseis intercontinentais, uma das principais preocupações dos governantes desse país desde o começo da era atômica e espacial.

Entre 1951 e 1997, dedicou 100 bilhões de dólares (por seu valor em 1997) e durante os últimos dez anos gastou de novo uma cifra equivalente com esse objetivo.

Fonte: AFP
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1 comentários:

  1. Sabe,

    Eu já tive uma professora na vida assim, igualzinho a Hilary. Na verdade tive várias. Com este mesmo sorriso no rosto quando a agradávamos. Perfeito de tão igual na alma e na face!

    Incapaz de sair de um "encontro" favorável (mais a ela do que a nós - alunos) com um simples: Obrigado. Quanto mais um obrigado de alma e coração.

    Defourt

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