sábado, 12 de junho de 2010
Quirguistão contabiliza 45 mortes em onda de violência
Pelo menos 45 pessoas foram mortas durante a violência étnica ocorrida no sul do Quirguistão, afirmou o governo local. As mortes ocorreram na região de Osh. Segundo as autoridades, 637 pessoas ficaram feridas nos distúrbios na região, ponto de entrada do Vale de Fergana.
A crise levou o governo quirguiz a decretar estado de emergência em Osh, segunda maior cidade do país, despachando reforços para controlar a situação. A violência opôs a maioria quirguiz contra os usbeques, um povo de origem turca que é minoritário no sul do Quirguistão.
Os tumultos se espalharam para a capital Bishkek, embora com menor intensidade.
O governo provisório do Quirguistão, liderado por Roza Otunbayeva, luta para impor a ordem na instável nação da Ásia Central.
Testemunhas afirmam que os confrontos envolvem quirguizes étnicos e grupos usbeques étnicos em Osh. Elas disseram que ocorreram vários disparos de armas de fogo na noite de quinta-feira na área. A mídia local informou sobre gangues com jovens que atacaram lojas com pedras e barras de metal e também incendiaram carros.
O governo interino do Quirguistão declarou estado de emergência em Osh e em algumas áreas vizinhas, despachando veículos blindados, tropas e helicópteros para pacificar a situação. Soldados foram colocados em esquinas e outros pontos estratégicos da cidade, mas os tumultos não cederam. As autoridades decretaram toque de recolher, entre 20h e 6h, que irá vigorar até 20 de junho.
Em 1990, a violência étnica entre quirguizes e usbeques deixou cerca de mil mortos em Osh, pouco antes do fim do poder soviético na Ásia Central. Existem bases russas e dos Estados Unidos no Quirguistão.
Fonte: Estadão
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