terça-feira, 15 de junho de 2010
ONU condena violência no Quirguistão e pede calma
O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou nesta segunda-feira a violência étnica no Quirguistão e pediu a volta do Estado de direito àquele país, assim como uma solução pacífica para o conflito.
Após ser informado dos últimos acontecimentos no Quirguistão, os 15 membros do Conselho de Segurança condenaram "os repetidos atos de violência" neste país do centro da Ásia e fizeram um apelo à "calma, a um retorno ao estado de direito e a uma solução pacífica dos diferendos", revelou o embaixador do México, Claudio Heller.
Os membros do Conselho assinalaram ainda a necessidade de se "apoiar, de maneira urgente, a distribuição da ajuda humanitária".
A violência étnica se intensificou hoje no sul do Quirguistão, no quarto dia de confrontos armados entres quirguizes e uzbeques, que já causaram 124 mortos e mais de 60 mil refugiados.
Em Osh, segunda cidade do país, onde explodiu na noite de quinta-feira passada os enfrentamentos entre quirguizes e membros da minoria uzbeque, os disparos ainda são constantes.
O número de vítimas pode ser muito superior aos 124 mortos e mais de 1.500 feridos anunciados nesta segunda-feira pelo ministério da Saúde.
Apesar de ter mobilizado o exército, instaurado o estado de emergência e um toque de recolher, além de dar ordem a suas forças para disparar, o governo interino do Quirguistão admitiu que está difícil retomar o controle no sul desta ex-república soviética da Ásia Central.
Estes confrontos são os piores episódios de violência registrados desde a revolta de abril (87 mortos), que derrubou o presidente Kurmanbek Bakiyev e levou ao poder o governo interino atual, que tem previsto celebrar um referendo sobre uma nova Constituição em 27 de junho.
Fonte: AFP
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