domingo, 27 de junho de 2010

Irã tem planos para elevar produção de gasolina após sanções


Planos de emergência aumentarão a produção iraniana de gasolina até o início de 2012, disse um funcionário do governo, segundo declarações publicadas neste domingo num jornal, depois que o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei contra empresas que fornecem combustível à República Islâmica.

O Irã é o quinto maior produtor de petróleo do mundo, mas não tem capacidade suficiente de refino e se vê forçado a importar até 40% de seu consumo de gasolina, o que o torna potencialmente vulnerável a medidas punitivas que afetam o comércio.

O vice-ministro de Petróleo, Ali-Reza Zeighami, disse que a produção de gasolina aumentará em 17 milhões de litros até o fim do próximo ano iraniano, que se estende até março de 2012, "por meio da implementação de planos de emergência", informou o jornal "Resalat" em sua edição deste domingo.

O número quase alcançaria o mesmo volume de combustível que o Irã importa atualmente. O jornal indicou que o Irã produz cerca de 43 milhões de litros de gasolina por dia.

As sanções unilaterais norte-americanas contra os fornecedores do Irã reduziram o número de empresas que podem vender gasolina ao país persa, embora funcionários do governo dizem que a nação não enfrenta neste momento problemas para comprar o que precisa.

Zeighami, que também é diretor-gerente da Companhia Nacional de Refinamento e Distribuição de Petróleo, disse que a produção aumentaria em 11 milhões de litros na refinaria de Arak, onde atualmente são bombeados 5 milhões de litros.

"Os planos para aumentar a produção de gasolina estão acontecendo em uma série de outras refinarias no país a um custo de entre US$ 1,8 bilhão e US$ 2 bilhões", declarou.

Nos últimos meses, funcionários fizeram comentários parecidos, enquanto o Irã enfrenta uma crescente pressão internacional por seu programa nuclear. Segundo as potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, o país islâmico tem o objetivo de produzir bombas atômicas.

Fonte: Reuters
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